O Grupo de Análise de Imagens da Revista UFO tem sido constantemente solicitado a se pronunciar quanto as inúmeras filmagens postadas em páginas de vídeos, as quais – centenas de milhares e aumentando diariamente – conteriam imagens de possíveis UFOs. Informamos que todo cuidado é pouco com estas fontes, pois podem se tornar grandes centros de desinformação, ufologicamente falando. As cenas divulgadas não possuem o mínimo de qualidade ou resolução para uma análise técnica básica e seus conteúdos supostamente ufológicos, na grande maioria, não trazem detalhes sobre a ocorrência sequer em sua descrição, como, por exemplo, um endereço eletrônico para que se possa requerer as imagens originais do(s) autor(es) para análise técnica. Portanto, geralmente não são investigáveis neste sentido, apresentam-se menos confiáveis e praticamente descartáveis.
Funcionam como iscas e acabam fisgando aos incautos por apresentarem fatos e imagens de forma completamente distorcida e, inclusive, perigosa. Um simples teste de míssil de alguma nação se torna um “portal dimensional” numa apresentação videográfica de baixa qualidade, ou uma mancha no retrovisor de um automóvel vem a se transformar numa “nave gigantesca”, pairando sobre os céus. São imagens enganosas (ilusórias) produzidas por efeitos resultantes da perda significativa de qualidade a cada upload, aos olhos dos inocentes e ufófilos desavisados.
“UFOs” na tsunami
Com a divulgação de vídeos sobre o cataclismo ocorrido no Japão, a Internet ficou repleta de questionamentos por determinadas filmagens que mostrariam UFOs presentes durante a tsunami. As imagens foram obtidas a partir de outras aeronaves e o objeto se desloca em direção oposta. Demonstramos e comentamos abaixo os dois principais casos: Tratam-se, ambos, de helicópteros, que estão igualmente em outras filmagens exibidas na TV (sob melhor qualidade) das mesmas cenas e facilmente identificáveis. No primeiro vídeo, devido a sua cor branca e ainda “subido” ao Youtube, fica camuflado quando passa sobre a esteira de espuma no mar. No segundo caso, trata-se apenas de sua sombra sobre o mar (a aeronave está acima do foco da câmera), parecendo quase imperceptível quando passa por uma área de água mais escura. Como aviões e helicópteros se deslocam em alta velocidade, qualquer objeto que se encontre entre eles e o solo terá, assim, uma velocidade aparente. Por este motivo o deslocamento do objeto em relação ao solo não é tão grande quanto aparenta no vídeo.
Acrescente-se a isso que helicópteros passam facilmente de 200 km/h, mas quando os olhamos contra o céu, por não haver bons pontos de referência, sua velocidade fica em nosso cérebro subestimada, isto é, parece que voa muito mais lentamente do que realmente está voando. Quando temos a oportunidade, como nestes vídeos, de os olharmos por outro ângulo devido a existência do solo ou do mar como bom ponto de referência, podemos perceber o quão rápido eles se deslocam.
As transmissões ao vivo que são gravadas sofrem, a cada vez que se faz um upload, perda significativa de resolução da imagem em cerca de 10% (por vez), e quando o objeto enfocado se desloca contra um fundo de tom mais contrastante, esta perda de qualidade provoca a formação, por efeito de permanência de imagem, de um falso rastro.
Em filmagens postadas em sites de vídeos, os rastros, via de regra, devem ser desconsiderados. Aliás, é muito importante alertar, novamente, que elas não apresentam condições técnicas de qualidade de imagem, devendo ser encaradas com muita precaução, devido aos inúmeros “efeitos” que adquirem no upload. O que é visto, muitas vezes, não corresponde à realidade original gravada. Assista alguns exemplos clicando aqui.
Veja novamente o “objeto” do vídeo 1, agora em alta definição (HD), e surpreenda-se com a nitidez do helicóptero. A perda de resolução acontece, igualmente, mas por se tratar de HD, não interfere tanto: