Desde que foram divulgados em 2017, os vídeos feitos por pilotos da Marinha dos Estados Unidos vêm causando polêmicas e discussões, algumas muito acaloradas, sobre aquilo que mostram. Alguns dizem que ali não há nada demais e outros que são objetos de outro planeta.
O comandante David Fravor serviu 22 anos como aviador naval dos Estados Unidos e ele não é um mentiroso e nem um maluco. E ele testemunhou que viu algo extraordinário enquanto voava a partir do porta-aviões USS Nimitz no Oceano Pacífico, em 2004.
O objeto excepcionalmente manobrável em forma de “tic-tac” visto por Fravor, não tinha asas nem propulsão a jato visível, e parecia estar sob controle inteligente. A Marinha admitiu que três vídeos de objetos voadores não identificados, incluindo um gravado pelo esquadrão de Fravor durante o incidente de 2004, são de fato vídeos de fenômeno não identificado.
Esta admissão colocou o testemunho de Fravor e de outros pilotos sob crescente escrutínio. Alguns dizem que os pilotos confundiram o que viram ou ficaram confusos. Outros sugerem que os pilotos não viram nada.
Esse ceticismo é saudável. E vai resultar em mais pessoas reconhecendo que os vídeos mostram objetos reais que, antes e depois da gravação, executaram movimentos aparentemente impossíveis e foram capturados em várias plataformas de sensores.
“Os pilotos que testemunharam esses objetos com seus próprios olhos, bem como várias câmeras de aeronaves, dizem o mesmo”, afirmou Tom Rogan, do site Washington Examiner.
Coragem, comando e segurança
David Fravor Crédito: El Confidencial
Mas mesmo além dos dados, há boas razões para acreditar no Fravor. Ele é um aviador e um líder distinto. Enquanto comandava o Strike Fighter Squadron 41 embarcado no Nimitz, Fravor participou de um documentário da PBS de 2005, Carrier.
A inteligência e a calma autoridade do comandante brilham ao longo da série, mas o momento mais revelador ocorreu em um episódio em que seus pilotos ficaram presos no ar tentando pousar em um convés lotado.
Questionado pela PBS sobre se ele concordara com a decisão do capitão de ordenar operações de treinamento no convés, Fravor mostra que não é intimidado por posição. “Não cabe a mim dizer, mas provavelmente é um pouco além de onde precisamos estar”.
Enquanto a noite se aproximava e os pilotos lutavam para aterrissar no convés, Fravor se prepara para ajudá-los a reabastecê-los, em vez de enviar um piloto mais jovem em seu esquadrão. Fravor explica: “Se eu realmente não quero estar lá fora, não quero isso para o meu pessoal novinho em folha”.
Mesmo enquanto outros pilotos lutam para pousar e são forçados a fazer várias tentativas antes de finalmente conseguir, Fravor antecipou o movimento maciço do convés e fez uma aterrissagem perfeitamente suave. Os olhares nos rostos do resto da asa dizem tudo. Mesmo essas personalidades exageradas reconhecem que Fravor é um dos melhores dos melhores.
Fravor não é um esquisito. Ele viu o que viu. Não era uma falha no sensor ou uma mosca em sua câmera. E o governo dos Estados Unidos está altamente confiante de que não é uma tecnologia militar da China, Rússia ou Estados Unidos. Então, o que era?
Não sabemos, e é exatamente por isso que essa questão merece muita atenção.
Fonte: Washington Examiner
Assista abaixo o documentário da PBS: