Os UFOs representam um desafio enorme não apenas para os pesquisadores na área, mas também para os pilotos civis e militares. Em muitas ocasiões, os aparelhos são visíveis a olho nu, mas não aparecem nas telas dos radares. Em outras, são identificados nas telas, mas não se consegue vê-los. Não são poucos os casos nos quais caças militares foram enviados para interceptar uma aeronave desconhecida e seus pilotos nada encontraram ao cabo da perseguição, embora o radar apontasse a presença de algo não identificado voando naquelas exatas coordenadas. Por muitos anos os ufólogos têm ouvido perguntas de interessados sobre experiências com UFOs, e uma das mais levantadas diz respeito justamente à detecção destes objetos voadores pelos radares.
Vamos, neste trabalho, relatar alguns casos, contados diretamente por testemunhas oculares, para confirmar que alguns objetos realmente foram captados nas telas dos operadores. Mas antes é bom saber que a pesquisa pioneira para o desenvolvimento da tecnologia de radar começou em Orford Ness, na região de Suffolk, na Inglaterra, nas proximidades da Floresta de Rendlesham, célebre pelo caso ufológico homônimo. O processo seguiu de 1935 até a Segunda Guerra Mundial e o radar se tornou crucial em ajudar a Força Aérea Real Britânica (RAF) a vencer a Batalha da Grã-Bretanha, em 1940.
O principal comandante aéreo inglês daquela época, Hugh Dowding, líder do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da RAF, é considerado historicamente uma figura essencial para o avanço da tecnologia de detecção aérea — foi ele quem supervisionou o desenvolvimento de radar das aeronaves Hurricane e Spitfire, amplamente usadas durante a Segunda Guerra e responsáveis por abater muitos aviões alemães. Em 1957, Dowding falou publicamente sobre o que pensava e conhecia a respeito dos UFOs. Disse ele: “Acredito que são extraterrestres e estão muito mais avançados do que qualquer nação poderia estar no presente”. Quase 60 anos após essa declaração, ainda podemos afirmar que os extraterrestres continuam mais avançados do que qualquer nação terrestre.
Discos voadores sobre a Europa
O comandante também confirmou que recebera informações de várias fontes oficiais a respeito de avistamentos de discos voadores sobre a Europa detectados nas telas. Mas uma das pessoas que primeiro contou uma experiência verdadeiramente marcante com a radarização de UFOs foi um militar aposentado que trabalhara em Orford Ness. A testemunha disse que, ao sair da Marinha Britânica como especialista e treinadora em radares, foi levada pelo Exército dos Estados Unidos para trabalhar em uma instalação militar que desenvolvia a Operação Cobra Mist, no começo dos anos 70. Ela funcionava em uma base chamada pelos envolvidos no processo de “Radar Array”, que fez parte de um tipo de conjunto de radares que utilizava antenas similares às do Sistema Haarp, que ressaltam o alcance do radar em diferentes níveis da ionosfera.
O militar relatou que, enquanto trabalhava naquela instalação, os técnicos rastrearam objetos que voavam ainda sob o alcance do radar, viajando a velocidades entre de 14.000 e 16.000 km/h. A testemunha disse ter escrito vários relatórios a respeito a seus superiores, confirmando que acreditava serem aqueles UFOs naves de fora da Terra e com tecnologia alienígena. Porém, nunca recebeu resposta. Outro caso relatado por testemunhas veio de um operador de radar que trabalhou em Devon, Inglaterra, em 1947. Segundo seu relato, os técnicos viram na tela objetos dando uma volta tão rápida, de leste para oeste, que o aparelho mal conseguiu captá-los — eles entraram em contato com seus colegas em outra estação de radar vizinha, localizada em Dovar, que tiveram exatamente o mesmo problema.
Há também o caso relatado por um líder de esquadrão da RAF que teve um incrível encontro com um enorme UFO em formato de cone no Chipre, por volta dos anos 60, enquanto servia na estação da Força Aérea Britânica de Akrotiri. O militar descreveu um UFO que foi rastreado sobre a Europa e que depois foi radarizado por vários países. Segundo ele, os jatos se movimentaram para perseguir o objeto e os pilotos foram informados de que seriam liberados para pousarem, quando precisassem, em uma base área amiga, não importava o lugar em que estivessem. Ele afirmou que apenas o comandante principal da RAF ou o primeiro ministro inglês poderia ter autorizado aquele procedimento, ou seja, que estavam sabendo da manobra envolvendo a aeronave desconhecida.
Operação Mainbrace
Um operador de radar aposentado da Força Aérea Real Britânica (RAF) que estava perto de Exmouth, na região de Devon, contou uma interessante história. Disse que, em 1952, um UFO foi rastreado durante um importante exercício militar chamado Operação Mainbrace, desenvolvida no período entre 14 e 25 de setembro daquele ano. A operação envolveu várias nações militares, como os Estados Unidos, Inglaterra, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Holanda, Noruega e Portugal. Segundo relatou a testemunha, o artefato voou sobre a Alemanha e a França, rumando para o canal inglês, onde sua base estava, e depois cruzou o Reino Unido, a Irlanda e alcançou a Oceano Atlântico — o UFO viajava a aproximadamente 7.300 km/h em uma altitude de aproximadamente 21.900 m. O operador ressaltou que em 1952 — e nem hoje — nada poderia voar tão rápido e tão alto quanto aquele objeto.
Após o incidente, um oficial superior chegou com papéis secretos, que todos tiveram que assinar, e pediu para não comentarem sobre os acontecimentos. A Operação Mainbrace foi um importante exercício militar que envolveu cerca de 200 barcos, 1.000 aviões e 80.000 homens, incluindo o primeiro porta-aviões a carregar armas nucleares dos Estados Unidos, o USS Franklin D. Roosevelt. As manobras aconteceram no Mar do Norte, na Escandinávia e nas águas do Mar Báltico, locais onde houve muitos avistamentos gravados de UFOs e de OSNIs, gerando reportagens em vários jornais internacionais [Veja o livro OSNIs: Os Incríveis Segredos dos Russos, código LIV-036 da coleção Biblioteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br].
Objetos triangulares iluminados e outros em forma de disco, que saíram do mar, também foram vistos naquelas imediações em 21 de setembro de 1952. Em uma ocasião, seis pilotos britânicos da RAF que estavam voando em jatos sobre o Mar do Norte viram um artefato esférico subindo da água e depois voando em direção à frota — eles perseguiram o intruso, que desapareceu de sua frente e reapareceu atrás dos caças, sem explicação. Houve também um caso no qual o operador de radar do USS Franklin D. Roosevelt rastreou um artefato não identificado submerso e com tamanho aproximado de 400 m, que seguiu o porta-aviões e depois voou para fora da água.
UFOs sobre Washington
De forma geral, afirma-se que a Operação Mainbrace foi realizada como uma demonstração de força para a Rússia no começo da Guerra Fria. Entretanto, ela aconteceu logo após uma forte onda de avistamentos nos Estados Unidos, em julho de 1952. Foram mais de 500 ocorrências registradas, incluindo 70 em Washington, a capital. Em 26 de julho de 1952, doze UFOs foram vistos e filmados sobre o Capitólioe a Casa Branca. Eles foram rastreados por três diferentes sistemas de radar, incluindo os da Base Aérea de Andrews e o da Base Aérea de Washington. Depois do incidente de Roswell, em 1947, dos avistamentos sobre Washington, em julho de 1952, e dos incidentes com os UFOS durante a Operação Mainbrace, em setembro de 1952, pode-se imaginar que certas áreas militares tenham passado a levar o assunto extremamente a sério.
Aqui vale ressaltar que toda a região do Mar do Norte é rica em avistamentos de UFOs e OSNIs e que não foram apenas os aliados que tiveram problemas com naves alienígenas naquela área — de acordo com os poucos arquivos que foram desclassificados após a queda da União Soviética, os militares do país baseados na área também registraram vários avistamentos, muitos dos quais foram rastreados pelos sonares.
Mais casos inexplicáveis
Uma operadora que trabalhou no controle de tráfego aéreo do Aeroporto de Heathrow, em Londres, nos anos 60, revelou que costumavam avistar pontos inexplicáveis constantemente nos radares. Isso acontecia particularmente durante o período de menor movimento aéreo, entre as 02h00 e as 06h00. Ela também relatou que, em seguida às detecções, os operadores recebiam visitas de homens que se diziam membros da Associação de Comércio Britânico e pediam para que não comentassem nada sobre os avistamentos. Homens de preto?
Há alguns anos este autor conversou com um capitão da empresa aérea British Airways que revelou que, enquanto voava em uma aeronave modelo Dash-8, viu um ponto se aproximando no radar, logo quando atravessava uma nuvem espessa. Piloto e copiloto entraram em contato com o controle de tráfego aéreo inglês e foram avisados de que aquilo que o radar apontava não era um avião, pois não havia nenhum voo no local naquele momento. O objeto não identificado voou perigosamente/ próximo a eles, que não conseguiram avistá-lo de forma clara devido às baixas condições de visibilidade, impondo sério risco à navegação.
Em 1957, Hugh Dowding, líder do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da RAF, falou o que pensava a respeito dos UFOs: ‘Acredito que são extraterrestres e estão muito mais avançados do que qualquer nação poderia estar no presente’
Um importante testemunho obtido em primeira-mão aconteceu quando pesquisadores ingleses que trabalhavam com operações aéreas tiveram a oportunidade de visitar a torre de controle de tráfego aéreo do citado Aeroporto Heathrow. Lá, perguntados a respeito, vários dos controladores, que são civis, afirmaram terem visto algo de diferente em suas telas, possivelmente UFOs. Eles disseram ainda que, com medo de represálias, evitavam tratar do assunto. Um dos técnicos afirmou que, embora não tivesse visto nada naquele aeroporto em particular, avistara um objeto não identificado enquanto trabalhava para a Força Aérea Real Britânica (RAF) em Neatishead — o ponto que surgiu no radar da testemunha voou sobre o monitor rapidamente e a uma velocidade muito superior do que se esperaria de um jato.
Como em outros casos, o operador de radar também fez um relatório sobre o avistamento aos seus superiores, mas não recebeu qualquer tipo de resposta ou esclarecimento. Ainda durante a visita dos pesquisadores a Heathrow, outro controlador mostrou como os técnicos podem trocar de tela para apontarem apenas aeronaves, para apontarem qualquer coisa que seja sensível ao radar ou para mostrarem todos os alvos imóveis sendo detectados, como montanhas, torres, campanários etc — incluindo discos voadores. “O computador pode filtrar tudo que não se move para uma melhor visualização de tela”, disse. Isso é semelhante a relatos sobre a capacidade de o radar do Comando Norte-Americano de Defesa Aeroespacial (NORAD) de detectar alvos aéreos militares e comerciais no espaço e na atmosfera, o que permite que o comando filtre qualquer anomalia, usando o processo de eliminação de alvos. Muitos UFOs foram captados assim.
Casos na Austrália e na França
Outro importante relato veio de uma testemunha que declarou ter estado na Austrália entre 1968 e 1971 e lá testemunhado ocorrências ufológicas impressionantes. Segundo o homem, em 1969, seis UFOs foram rastreados por radar enquanto voavam para o sul, junto à Costa Leste do país, perto de Brisbane. Quando os objetos estavam a aproximadamente 32 km de Sidney, eles misteriosamente entraram no mar — uma semana depois, os artefatos simplesmente reapareceram de repente, saindo do mar, e voaram em direção norte, na mesma trajetória anterior, seguindo para Brisbane.
Há também muitos casos em que os UFOs conseguem evitar a detecção por radares, além daqueles em que são invisíveis a olho nu. Um desses acontecimentos envolveu uma tripulação que estava voando em um Boeing 737-800 sobre Paris na noite de 29 de abril de 2010, a 12.000 m de altitude. O piloto e o comandante viram uma luz brilhante atrás da aeronave que voava à frente deles, porém não conseguiram registrar o avistamento no sistema de prevenção de colisão aérea. Eles, então, avisaram o controle de tráfego mais próximo, mas os operadores não conseguiram ver o UFO, apenas as duas aeronaves. Um pouco depois, os pilotos avistaram o artefato partir em altíssima velocidade.
Embora existam muitos outros casos documentados de UFOs identificados por radar, a Ufologia não é tão simples quanto as pessoas esperam e estes acontecimentos não vêm à tona por causa de uma forte censura oficial. De qualquer maneira, quanto mais se pesquisam casos aeronáuticos, mais se encontram testemunhos de indivíduos que corroboram a tese de que estamos sendo constantemente visitados por outras inteligências cósmicas. Neste contexto, as ocorrências envolvendo tripulações em aviões no ar e pessoal de controle de tráfego aéreo e manejo aeroportuário são extremamente importantes.