Há anos, casos de estranhas luzes que rodopiam nos céus do Nordeste brasileiro são relatados por produtores rurais que, apavorados, temem serem raptados ou mesmo atacados por aquilo que consideram um aparelho do diabo. Isso já fez com que muitas famílias deixassem suas residências no campo e migrassem para os grandes centros, criando, assim, também um problema econômico. Ao saírem do interior da região, cai a produção, o consumo e automaticamente o dinheiro circulante na localidade.
A atividade em nosso país de discos voadores e seus tripulantes é reconhecida por ufólogos de todo o mundo como exótica e surpreendente. Tanto que o Brasil é conhecido no exterior como um “celeiro de UFOs”. Muitos desses relatos estão presentes em obras consagradas da Ufologia que revelam o quão covardes são os ataques aos rurícolas nordestinos. Dentre elas podemos destacar Perigo Alienígena no Brasil [2003], de Bob Pratt, UFOs no Brasil: Misteriosos e Milenares [2002], de Antônio P. S. Faleiro, e ETs, Santos e Demônios na Terra do Sol [2000], de minha autoria, em que mostro detalhadamente a aterrorizante casuística do Nordeste [Todos esses livros são da Coleção Biblioteca UFO e podem ser encontrados na seção Shopping UFO desta edição]. Lá são comuns casos de ataques de alienígenas a humanos, resultando em ferimentos graves e até mortes, raramente encontrados noutras partes do mundo. Enfim, são centenas de fatos ocorridos e nós, do Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU), fazemo-nos presentes nos mais importantes, colhendo a verdade sobre as perseguições, ataques ou aterrissagens de UFOs, conhecidos na região como aparelhos. Em 28 de outubro de 1996, por exemplo, a pequena e isolada cidade de Banabuiú, localizada à 230 km Sertão adentro, testemunhou as evoluções de UFOs que “aparecem como saindo do nada”, conforme explicou uma testemunha.
Pernas longas e cabeludas — O “troço” chegou a ficar mais ou menos 200 m do solo. Era grande, com 5 à 6 m de diâmetro e não era possível se distinguir detalhes, pois via-se somente luz, uma luz ofuscante e mercurial. “Estava acima do açude Pedras Brancas e parecia observá-lo”, informou Francisco Cunha Santos, que passava nas imediações. Nas proximidades do Sítio Lopes, na estrada que liga Banabuiú a Quixadá, o clima é de pavor, pois além das luzes aéreas, adultos e crianças avistaram uma esquisita criatura que estava aparecendo à noite, fazendo com que a polícia fosse mobilizada. O delegado da localidade, o sargento Rolim, depois de ouvir as testemunhas enviou uma patrulha ao local onde o possível disco voador estava aparecendo, sem que, entretanto, tenha conseguido registrar alguma ocorrência. Por isso, o delegado regressou à cidade, acreditando ter sido “invenção de pessoas que querem aparecer”. O caso, entretanto, tomou rumo diferente quando, às 23h30 do dia 09 de outubro daquele ano, cinco pessoas ilustres da cidade, que viajavam de Quixadá a Banabuiú, quase capotaram o automóvel em que estavam.
Um ser postou-se à frente do veículo, fazendo com que a motorista, Nilda Benevides, empregasse toda sua perícia para evitar o atropelamento. Além dela, o líder comunitário e vereador Narcilio Maia, sua esposa Aldenir e a professora Silvia Saraiva eram os outros componentes do carro. Quando entrevistadas pelo CPU, as testemunhas fizeram questão de destacar que o ser avistado na estrada não era um ET, e sim um homem alto que parecia um humano comum. De acordo com as testemunhas, a criatura era alta, com mais ou menos 1,90 m, e tinha pernas longas e cabeludas. O rosto dele lembrava alguém usando máscara ou mesmo uma maquiagem muito forte “como as usadas por travestis”. Aldenir disse ainda que “as pernas eram muito grossas e ele postara-se bem no meio da estrada, como se quisesse se suicidar”. Isso também foi destacado por Nilda, pois ela teve que fazer uma manobra arriscada para desviar da criatura que estava na estrada. “Além do mais, estava com os braços cruzados e quando o carro desviou para a esquerda, ele, em rápidos movimentos, também foi para o mesmo lado. Imediatamente rodei o volante para a direita a fim de não atropelá-lo e, novamente, com passos largos, postou-se à frente do veículo, fazendo com que, numa manobra quase impossível, eu desviasse”.
O veículo passou a poucos centímetros do ser e assustou todos dentro. “Ao olharmos para trás, ele continuava de costas para o automóvel e ainda com os braços cruzados. Como não poderia deixar de ser, acelerei o carro a fim de evitar um novo encontro com aquela criatura”, contou Nilda Benevides. Por sua vez, o agricultor Aluísio Sousa esteve a alguns metros do possível ET que “mantinha sempre os braços cruzados e as pernas longas e grossas abertas, como se tentando equilibrar-se. Seu rosto incomum era horrível, um monstro!” Os pesquisadores do CPU montaram acampamento na Estrada do Medo, onde fôra relatado o acontecimento, e lá permaneceram por dois dias tentando esclarecer o fato. No segundo dia, foram alertados pelo rádio que alguém havia sido avistado à 35 km do local. Imediatamente, contando com o apoio do delegado Rolim e da repórter do jornal O Povo Alessandra Araújo e o fotógrafo Evilásio Bezerra, procuraram interceptar o possível alienígena, que agora já estava sendo considerado pelos ufólogos como um ser humano qualquer e não um ET, pois as características fugiam ao biótipo alienígena.
Perseguidos por UFOs — Juntamente com os policiais e os repórteres que estavam dando cobertura ao CPU, Reginaldo de Athayde e Hélio Loyola chegaram à estrada em que o elemento havia sido avistado e, para surpresa, lá estava um homem com 1,85 m de altura, barbas e cabelos longos, feições crísticas, calças jeans, camisa cinza de malha e um manto amarelo no ombro. Sem resistir à ordem de prisão, ele levantou as mãos e se entregou, declarando nada haver feito de mal e que era inocente de qualquer acusação que desabonasse sua conduta, pois era apenas um pregador andarilho, que levava a verdade sobre Cristo às pequenas cidades do interior nordestino. “Choro pela humanidade e prego o Evangelho. Jesus é a verdade e nada se poderá realizar sem Ele”, declarou José, profeta pernambucano, 31 anos, que informou também haver visto UFOs nas imediações. Esclarecido o engano, depois de muito trabalho dos ufólogos que provaram não ser ele o possível extraterrestre, a polícia o liberou, enquanto que novas informações chegavam pelo rádio da delegacia. Informa&cced
il;ões estas de que o suspeito alienígena havia sido avistado noutras cidades, inclusive em Quixadá, Quixeramobim e vilarejos circunvizinhos, onde o visitante poderia ter se escondido numa caverna, pois tinha sido visto saindo de uma delas. Ali há centenas de cavernas profundas que rasgam os grandes monólitos que caracterizam a região. Ainda em Banabuiú, naquela época o prefeito Aluísio Cajazeira de Sá, quando entrevistado, declarou que sua filha, secretária da Cultura, juntamente com três pessoas, incluindo o vice-prefeito, haviam sido perseguidas por um UFO que teria aproximadamente 5 m de diâmetro, fazendo-os jogar o veículo para o acostamento, evitando assim derrapar ou capotar. Por sua vez, o delegado Rolim declarou com certa reserva também ter presenciado as evoluções do UFO e que, apesar de não acreditar em discos voadores, tinha certeza de que aquilo era realmente algo muito estranho, não se comparando a nada que tenha visto em toda a sua vida. O mesmo aconteceu com o comerciante Cristiano Lopes Silveira, proprietário da loja Zélia Modas, que viu o objeto ziguezaguear nas imediações em que o possível alienígena foi observado. Rolim, depois de criteriosa sindicância, deu o caso por encerrado, fazendo a paz voltar temporariamente a Banabuiú.
Entretanto, o possível ET voltou a causar pânico no Sertão Central, desta vez na localidade de Cacimba do Meio, onde dois rurícolas chegaram a usar armas de fogo a fim de que a criatura não se aproximasse. Para o agricultor José Maria de Oliveira, 55 anos, aqueles “foram momentos difíceis e parecia uma coisa do outro mundo. Era alguém com aspecto estranho. Devia medir 2 m de altura e o rosto era esquisito, não se parecendo com gente. Vi também luzes no céu, muito altas”. Outras testemunhas, inclusive a dona de casa Josefina Maria de Lima, 67 anos, residente em Poço do Meio, entre Quixadá e Quixeramobim, disse que está apavorada e que já levou o caso à polícia. Enquanto isso, o estranho ser taxado de homem gigante, monstro cabeludo, alienígena etc, apavorou homens destemidos que em Juatama, Uruquê e Gruta do Magé armaram-se para enfrentar o desprezível visitante que tanto lhes tem dado preocupação. Inclusive, na época, afastaram as crianças dos terreiros e escolas que, geralmente, na zona rural são distantes das vilas e sítios.
Recorde de casos — O carroceiro José Haroldo de Oliveira carrega consigo, no veículo, uma espingarda e um facão e declarou que “se o tal de ET aparecer, eu dou conta dele direitinho, vai ver”. O odontólogo José Edimilson Silveira, de Quixadá, informou que nada viu, mas que as testemunhas são tidas como “respeitáveis na região, portanto, por que não acreditar?” O médico Everardo Silveira, que foi apontado como testemunha ocular, evitando entrevista, disse enfaticamente que “não viu a estranha criatura”. Já o médico Antonio Moreira Magalhães, que acompanhou por 17 anos Luiz Barroso Fernandes, do conhecido Caso Barroso [Veja UFO Especial 30], informou que também avistou UFOs. Segundo o doutor Magalhães, ele jantava em companhia de uns amigos num restaurante ao ar livre quando um objeto saiu por trás de um dos monólitos, subindo e parando a mais ou menos 200 m.
Depois, numa velocidade incrível, desapareceu no escuro do céu. Ele acredita que “os casos estão mais freqüentes e que logo teremos algo mais sério. Só espero que não seja igual ao do Barroso…” O jornalista Jonas Sousa acha incrível a quantidade de informações que recebe diariamente e destaca que “a coisa está ficando séria na região” e que, se continuar assim, algo terá que ser feito pelas autoridades, a fim de que os rurícolas voltem a ter paz. José Sinval Carlos, radialista e produtor, já viu UFOs e conhece dezenas de casos ocorridos, destacando um comício político, quando um disco voador fez com que os participantes e candidatos procurassem abrigo nas residências próximas. O artefato esteve tão perto que “o som do trem-elétrico pifou, enquanto que os seus responsáveis abandonaram tudo correndo e somente regressaram quando o objeto não era mais visto. Ele saiu lentamente para o lado de Quixeramobim”. Ele ainda indagou que “parece até que eles vão se comunicar definitivamente com os quixadenses. Você acredita?” A equipe do CPU esteve em algumas cavernas onde, segundo informações, o ser estaria se escondendo sem que, além de cobras, nada encontrassem, fazendo, assim, com que permanecesse o mistério. Tal fato continua a ser pesquisado pelo CPU, que acredita estar acontecendo algo fora do comum. O grupo manteve pesquisadores permanentemente na região tentando flagrar o possível alienígena ou mesmo documentar fotograficamente as estranhas luzes celestes, no entanto, nada foi encontrado. Mas as coincidências nos detalhes das informações mostraram que um ou mais seres diferentes andavam vagando pelas estradas e vilas da redondeza e sempre após os sertanejos avistarem UFOs nos céus estrelados do Sertão Central.
Cidade visitada por UFOs — Distante alguns quilômetros de Banabuiú, em Morada Nova, objetos aéreos não identificados foram observados, chegando a pairar sobre um açude, do qual pareciam estar sugando água. “Estava escuro e somente aquela coisa mal iluminada era vista. De longe, por trás de uma árvore, eu e meu filho José víamos o bicho. Depois de alguns minutos ele saiu lentamente, rumando para Quixadá”, informou Pedro da Silva Santos. A cidade de Baturité, distante alguns quilômetros do local dos acontecimentos, também foi sobrevoada por UFOs, criando um novo clima de mistério, quase dois anos após havermos fotografado seis discos voadores no momento em que um beato dizia estar falando com a Virgem Maria [Veja UFO Especial 35].
Desta vez, quando descia a serra, o caminhoneiro Mário Schimidt foi seguido por um objeto esquisito, que jogava flashes de luz sobre seu caminhão. Aquilo, quando apagava, deixava uma luminosidade fosforescente que aos poucos ia desaparecendo. “Era esquisito. Pela primeira vez fiquei com medo na estrada, e só espero que não o veja mais”. Um outro caminhoneiro, ao chegar em Baturité, vindo de Guaramiranga, parou num bar e pediu uma lata de cerveja. “Nunca bebo antes de dormir, mas o que vi dá para beber umas duas caixas. É demais, não vou nem falar”, acendeu um cigarro e saiu lentamente sem dar quaisquer explicações. À 98 km de Fortaleza, onde no Brasil foram liberados os primeiros escravos negros, a cidade de Redenção
foi palco de histeria coletiva quando, em Itajaí, à 12 km da sede do município, um UFO desceu numa lagoa, quando um casal de pescadores havia lançado os espinhéis para iniciar sua tarefa. Os dois, desesperados, abandonaram os instrumentos de pescaria e correram aos gritos pedindo socorro, enquanto o objeto era observado também por mais dois pescadores que iam para o lago, mas que desistiram ao verem a luminosidade. Escondendo-se debaixo de uns cajueiros o pescador Manuel pôde ver que “aquele bichinho era uma coisa redonda e com luz muito forte. Parecia estar parado acima da lagoa e, às vezes, uma luz era dirigida para a água. Clareava tudo e tinha um barulhinho como de marimbondo”. A história foi confirmada por Lúcia, filha de Luiz Barroso Fernandes, que estava morando na cidade naquela época. Por coincidência, o fato aconteceu na sua fazenda e com um funcionário seu.
Como se fosse dia — Lúcia informou que no mesmo dia a filha de uma amiga, Natécia, também viu o UFO. Quando ela se dirigia ao sítio de seu pai, de Itajaí para Redenção, ao subir uma ladeira íngreme, viu à sua frente um UFO parado e com luzes fortes. Conhecendo o que já havia acontecido com outras pessoas, deu ré, descendo a ladeira em alta velocidade, até chegar à cidade onde, nervosa e trêmula, contou sobre a ocorrência. Além de Redenção, os UFOs foram avistados em Prainha, Caucaia, Cascavel, Hidrolândia, Pentecoste e outras cidades, o que confirma uma nova onda ufológica no Nordeste e, conforme falamos, pelas minúcias e coincidências dos detalhes, eles estão aqui e desta vez, acreditamos, manterão vários contatos de terceiro grau. Quixadá, que já teve muita casuística no passado, também se encontra às voltas com UFOs. Cercada de montanhas gigantes por todos os lados, a cidade, no Sertão Central do Ceará, parece ser o cenário ideal para o surgimento de UFOs. São registrados constantemente diversos avistamentos de discos voadores em áreas rurais, que deixam os moradores apavorados. Tais fatos foram divulgados na época por emissoras de rádio da região. Como, por exemplo, o caso de UFOs que sobrevoaram a Fazenda Galiza, de propriedade de Flávio Pordeus. O agricultor Luís Delfino disse que não saía mais à noite e ficava trancafiado dentro de casa com uma arma na mão para se defender de um possível ataque de visitantes de outras galáxias. “Discos voadores são vistos freqüentemente em minha fazenda”, declarou Tadeu Costa Cavalcante, ex-funcionário do Banco do Brasil. Quando os UFOs aparecem, além da população ficar apavorada, os animais começam a correr, devido à emissão de luzes muito fortes provenientes dos objetos, que chegam a deixar toda a área da fazenda clara como se fosse dia. Orvácio Lobo de Carvalho, pesquisador do CPU e da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (Feclesc), de Quixadá, declarou que sua cidade possui o maior número de aparições de UFOs de todo o país. Através de uma matéria publicada pelo jornal Correio Braziliense na época das ocorrências, pôde-se constatar que existe um interesse muito grande da população quixadense em discutir o assunto. Muitos encontros já foram realizados na região para se discutir a Ufologia e a incidência de UFOs no interior do Ceará. A maioria com a participação e o apoio da comunidade. Uma prova de que tal tema precisa ser realmente discutido, para que toda a população saiba exatamente com o que está lidando.