Embora pareça que, às vezes, a Ufologia esteja em baixa, sempre há pesquisadores se dedicando a este estudo de maneira árdua e metódica. Uma prova é o revelador projeto que estão levando adiante dois importantes ufólogos, o norte-americano Richard Haines e o espanhol Vicente Juan Ballester Olmos. Psicólogo e ufólogo há mais de 40 anos, Richard Haines ocupou importantes cargos na NASA e tem vasta experiência na pesquisa de fatores humanos no campo da aviação e aeroespacial, além de ser autor de numerosos livros científicos e de Ufologia. Já o pesquisador Vicente Juan Ballester Olmos, liderou o processo de liberação de documentos oficiais sobre UFOs, que aconteceu na Espanha na década de 1990 e é autor de diversos livros de leitura obrigatória para aqueles que desejam se aprofundar na investigação de UFOs.
Ambos colocaram sua ampla experiência ao serviço da elaboração de um estudo realizado na Central Nacional para a Informação de Fenômenos Anômalos (NARCAP). O NARCAP é uma instituição privada norte-americana, fundada em 2000 cujo diretor científico é o doutor Richard Haines. A organização procura estudar os denominados UAP ou Fenômenos Aéreos Não Identificados. Este termo não é à toa. Obedece à necessidade de se estudar fenômenos aéreos mais complexos como aqueles que se referem aos UFOs e fazê-lo de uma perspectiva técnica e não sensacionalista. A finalidade das analises do NARCAP não é tanto decifrar a natureza das observações anormais, como determinar sua incidência potencial na segurança aérea.
Desta forma, Haines e Olmos estão elaborando um ambicioso catálogo no qual ficariam registradas todas as imagens (fotografias, filmes e vídeos) de um fenômeno aéreo estranho, tiradas de aviões comerciais ou militares, aeroplanos, helicópteros em pleno vôo. O interesse nos denominados casos aéreos está na “característica não habitual de que são fenômenos fotografados ou filmados no mesmo entorno em que os mesmos UFOs se manifestam” segundo palavras do próprio Olmos. Para poder levar adiante esta empreitada, os ufólogos aproveitaram as potencialidades do Fotocat. Esta passa por ser uma das maiores bases de dados fotográficos sobre avistamentos de UFOs que se conhecem, com quase 9.000 acessos. Olmos, responsável pelo projeto Fotocat, conseguiu extrair 172 casos aéreos deste catálogo, ou seja, 172 acontecimentos em que um UFO foi fotografado ou filmado em pleno vôo, para incorporá-los ao projeto com Haines. Esta recopilação primária recolhe acontecimentos que vão desde alguns encontros com foo-fighters, na Segunda Guerra Mundial, até avistamentos registrados em 2005.
Desta pesquisa inicial já foram extraídas algumas conclusões:
• 45% dos avistamentos extraídos do Fotocat têm uma explicação racional, ou seja, devem-se a alguma causa natural, muitas vezes trata-se de uma confusão com alguma estrela ou com algum balão atmosférico.
• 15% dos acontecimentos não obtiveram confirmação visual. A testemunha percebeu a anomalia, posteriormente, ao visualizar o material captado pela sua câmera.
• Os países que mais registram casos ao Fotocat são Estados Unidos (55), Itália (11) e Argentina, Japão e México (8).
Mas a investigação apenas começou. Seus responsáveis manifestaram que este é um projeto de longo prazo, com a finalidade de incrementar o catálogo de casos que acompanha esta nota técnica com novos casos do planeta todo para completar os que já estão registrados. Com essa finalidade, Olmos e Haines fazem um chamado a todos os investigadores do mundo que possam fazer suas contribuições para continuar ampliando o catálogo e formar parte, desta maneira, de um projeto de investigação rigoroso que, algum dia, possa trazer respostas importantes. Quem desejar consultar o andamento desta pesquisa basta acessar a página do NARCAP (clique aqui). Para fins de recolhimento de informação como fotos e relatos, mande seu e-mail para fotocap@anomalia.org.