Neste fim de semana, ufólogos e estudiosos se reuniram em Botucatu, no interior de São Paulo, para discutir a possibilidade de existir vida em outros planetas. Em uma das palestras do congresso o ufólogo Alexandre Ficheli deu dicas de como observar objetos voadores não identificados. Ele garante que lanterna, bússola, binóculo, conhecimento básico sobre aeronaves e sobre a geografia do local escolhido são os equipamentos essenciais. Ficheli, que dá aulas de administração de empresas em uma escola estadual paulista, faz as seguintes recomendações básicas para quem quer algum dia tentar avistar UFO: fazer um estudo visual pela manhã do local a ser observado e não se esquecer dos três acessórios – binóculos, bússola e lanterna. “É importante também o pesquisador saber distinguir avião, balão dirigível, satélite”.
Método – Ele sugere que se memorize visualmente a área em que se vai tentar observar algum UFO, porque a paisagem natural pode confundir o observador. Ficheli diz que é preciso conseguir distinguir o relevo do local, saber se passam veículos terrestres pela região, e se helicópteros, aviões, satélites ou balões costumam circular pela área. “Precisa ter idéia das luzes e reflexos que vão existir em volta”, disse o ufólogo. A bússola também é importante, segundo Ficheli, porque pode “sentir” a presença de UFOs na área e também ajuda a definir o ponto cardeal por onde pode vir a passar o objeto voador. “É pra você ter idéia se o objeto estava ao norte ou ao sul”, explicou. “Quando um UFO se aproxima muito, às vezes ele provoca uma perturbação eletromagnética, que faz o ponteiro girar sem controle”, acrescentou. Já a lanterna e o binóculo servem para apontar e ver com detalhes o que pode parecer ser uma nave extraterrestre explicou o especialista. Depois de estudar a área e pegar o kit básico, é preciso fazer uma vigília, “de preferência em horário noturno”, recomenda o ufólogo. Segundo ele, durante a noite é mais fácil identificar o que pode ser um UFO no céu.
Casos – O estado de São Paulo já foi palco de casos que deixaram a população intrigada. Em Peruíbe, uma marca de um suposto UFO apareceu no meio de um matagal na madrugada do dia 18 de agosto. Uma das testemunhas disse que viu um clarão pela janela de casa, como se fosse um relâmpago. O ninho, como é conhecido mo meio ufológico, aberto no meio da mata chamou a atenção do ufólogo Paulo Aníbal Mesquita, de São Paulo. Ele esteve em Peruíbe e colheu amostras do solo e da vegetação para fazer uma análise mais detalhada. Segundo ele, não se deve descartar a hipótese de que a marca tenha sido feita por algum extraterrestre. Em fevereiro, duas clareiras abertas em canaviais deixaram intrigados os moradores de Araraquara e Monte Azul Paulista. Em uma área de aproximadamente 500 metros quadrados a cana baixou como se tivesse sido atingida por um vendaval. Mas os meteorologistas descartam essa possibilidade. Sinais semelhantes foram encontrados, em janeiro, na cidade de Riolândia. Testemunhas disseram ter ouvido um barulho forte e visto luzes sobre o canavial.