Este artigo visa demonstrar de que maneira se pode inserir o estudo da vida extraterrestre nos projetos pedagógicos das instituições de ensino, desde o nível fundamental até o superior. Igualmente, o texto propõe a difusão constante da importância da pesquisa ufológica no Brasil e no mundo, e sugere uma listagem de 1.000 obras e publicações nacionais e estrangeiras sobre o assunto para divulgação no meio estudantil [Veja como ter acesso à listagem ao fim do texto]. A idéia de se difundir a presença alienígena na Terra de tal forma, através da Revista UFO, visa também sensibilizar os educadores para que aumentem o acervo de suas bibliotecas com um novo rótulo para consulta: Ufologia.
Considero de extrema importância que o Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV) divulgue a referida listagem de obras e publicações com o intuito de levar os leitores a consultar tais referências bibliográficas e, assim, compreender melhor a origem do universo, do planeta Terra, de nossos visitantes extraterrestres e sua relação com o Homo sapiens. Desta forma, a sociedade estará mais preparada para fazer contatos com outras civilizações, sejam de planetas ou dimensões diferentes ou até mesmo da própria Terra, contatos estes praticamente inevitáveis no século XXI.
Ufologia nas escolas — Como se sabe, o enfoque do estudo da vida ministrado nas escolas tem se dado apenas no campo da biologia terrestre. Entretanto, no mundo moderno, torna-se imprescindível a preparação do educando quanto ao conhecimento de evidências de condições propícias à vida também em outros planetas, sistemas estelares ou dimensões. As instituições de ensino não podem mais ignorar tantas comprovações de que não estamos sós no universo, obtidas sob forma de fotos, filmes, evidências, depoimentos e uma gama de outras informações que os centros de pesquisa especializados e pesquisadores autônomos, de renome nacional e internacional, possuem – sejam eles militares, civis, testemunhas ou não da manifestação de UFOs. É fundamental dizer ao educando, por exemplo, que a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) não perderia seu tempo enviando informações sobre nosso planeta e seus habitantes – como fez na missão Pioneer – para além do Sistema Solar, se não tivesse certeza do que vem estudando há tanto tempo.
Para isso, proponho que se leve o estudo científico praticado pelas associações e centros de pesquisa ufológica para dentro das escolas, acompanhado de uma metodologia de abordagem que utilize uma linguagem de fácil compreensão, de acordo com o nível do receptor. O astrofísico Carl Sagan (1934-1996) chegou a ser premiado por tal atitude, quando proferia palestras a estudantes de nível secundário. Sua série Cosmos [1980], apresentada por redes de TV de todo o mundo, teve enorme repercussão entre os jovens. Antes de Sagan, o programa de rádio de Orson Welles (1915-1985), dramatizando a novela A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells (1866-1946), entrou para a história. No cinema, Steven Spielberg, com os filmes Contatos Imediatos de Terceiro Grau [1977] e ET [1982], deixou no cérebro de muitos adolescentes a esperança de contatos reais, nas esquinas, praias, cidades e até no interior de suas casas.
O cosmos como um todo — No Brasil, mais recentemente, o programa Linha Direta, da Rede Globo, tratou do tema chupa-chupa na ilha de Colares (PA). A audiência do programa bateu recordes no país inteiro, assim como o Caso Varginha, sobre a captura de criaturas alienígenas naquela cidade mineira, permaneceu na mídia nacional e internacional durante muito tempo. Enfim, esses poucos exemplos servem para ilustrar como o momento é adequado para a inclusão do tema Ufologia no conteúdo programático das disciplinas de ciências e de biologia do ensino fundamental, médio ou superior. A idéia é implantar no currículo escolar informações sobre a possibilidade de vida em outros mundos, as recentes descobertas de planetas extrassolares e de sistemas estelares, além da importância da exploração da Lua e de Marte para a humanidade. Item particularmente interessante são os fenômenos ufológicos, desde as observações até as abduções. Estes são tópicos que despertam no estudante brasileiro o pensamento, a análise e a crítica sobre a Ufologia. Como biólogo e professor, quando abordo a pesquisa ufológica em algumas aulas, nos cursos de graduação e pós-graduação em ciências biológicas, noto que a curiosidade dos estudantes é impressionante. Digo sempre aos alunos que, se o curso superior de biologia forma profissionais que tentarão desvendar os segredos da vida, então não devemos nos restringir à vida na Terra, mas abarcar o cosmos como um todo.
Para ilustrar a importância do que proponho, cito o exemplo do então aluno de graduação Wilson de Oliveira, que em 1995 chegou a apresentar uma dissertação sobre estudos ufológicos no Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB) [O consultor de UFO Claudio Tsuyoshi Suenaga fez o mesmo, apresentando em 1994 tese de mestrado em história, versando sobre Ufologia, na Universidade Estadual Paulista (Unesp)]. Em se tratando de cursos de graduação em ciências biológicas, o item Ufologia cabe perfeitamente dentro do conteúdo programático da disciplina evolução. É aí que se enfoca a origem do universo, a origem do Sistema Solar, o processo de formação da Terra, a atmosfera primitiva, o resfriamento da superfície, as primeiras formas de vida heterotróficas, os primeiros seres vivos, o criacionismo, o fixismo, a cosmogonia etc, todos passos iniciais do processo evolutivo. É neste ponto que podemos inserir algumas aulas, direcionadas para a tentativa de explicar como a vida pode também emergir em outros planetas, seja ela à base de carbono ou não.
Quando confrontamos Darwin com Lamarck, e depois estudamos o neodarwinismo, chega o instante de se apresentar o tema “recombinação genética entre humanos e ufonautas”, apontando para o que registraram os escribas das primeiras civilizações terrestres
Quando confrontamos Darwin com Lamarck, e posteriormente estudamos o neodarwinismo, chega o instante de se apresentar o tema “recombinação genética entre humanos e ufonautas”, apontando para o que registraram os escribas das primeiras civilizações terrestres – sumérios, babilônios e outros.
Divulgação paralela — Desta forma, um novo horizonte surgirá na mente daqueles que serão os futuros educadores e formadores de opinião, preparando-os para o inevitável dia do contato dito “oficial” com nossos visitantes extraterrestres. Paralelamente à inserção da Ufologia nos projetos pedagógicos das instituições de ensino, há de se programar um processo constante de massi
ficação das informações sobre o tema para a população em geral. Proponho que, sob a coordenação geral do CBPDV, suas representações regionais em todas as capitais do país, comandadas por ufólogos com credibilidade assegurada, titulados ou não, civis ou militares, empreendam mais ações de divulgação do conhecimento científico do Fenômeno UFO junto à sociedade. É verdade que essas ações têm sido efetivadas, porém, ainda, de maneira discreta. Assim, torna-se necessária uma programação coordenada, com planejamento de mídia local, que desperte a atenção da população em cada município. Filmes, exposições fotográficas, feira de livros, palestras, conferências, painéis, enfim, são ações de baixo investimento – mas de extrema importância – para se atingir tal objetivo. Além de muito interessantes para todos os habitantes deste planeta no século XXI, ávidos por novos conhecimentos.
A mídia escrita, falada e televisada vive à busca de novas informações sobre ciência, tecnologia, astronomia e, portanto, sobre Ufologia, até mesmo para sair da repetição constante de um noticiário já desgastado. Como se constatou, após a década de 40, as manchetes de jornais sobre UFOs eram constantes, mas depois o ânimo da imprensa para o tema arrefeceu. Precisamos retomá-lo, agora com um respaldo mais científico, digno do novo século em que vivemos. O aporte para as propostas listadas acima se chama bibliografia. O estímulo à leitura nos últimos anos tem levado uma multidão de jovens às feiras de livros. As editoras nunca publicaram tanto como agora, e as bibliotecas itinerantes fazem sucesso nos bairros e cidades por onde passam. É certo que os livros ainda são caros para o nível sócio-econômico da maioria dos brasileiros, mas os acervos públicos podem minimizar esse problema, e por isso oferecemos a referida listagem de 1.000 obras e publicações nacionais e estrangeiras sobre Ufologia, que está disponível ao leitor no Portal UFO, no endereço: ufo.com.br/arquivos/max_reis.
Confira também as ilustrações classificadas do 1º ao 5º lugar no Terceiro Concurso Nacional de Ufologia da Revista UFO acessando nossa galeria de fotos ou clicando aqui.