O “pai” da Ufologia, Joseph Allen Hynek, batizou em meados da década de 70, com o nome de “Luzes Noturnas”, as manifestações luminosas vistas freqüentemente nos céus e das quais se desconhece sua origem e natureza. Há sérios indícios de que elas tenham relações estreitas com o Fenômeno UFO e que de alguma maneira estão vinculadas com a água, que atua como o “pólo de atração”, sejam em lagos, rios, riachos, mares etc. São inúmeros os registros de discos voadores entrando e saindo de grandes extensões de água. Com base nisto, Luis Burgos realizou um importante trabalho intitulado “Luzes nos Lagos” e durante o ano 2000, a Fundação Argentina de Ovnilogia (FAO) teve a oportunidade de observar em Cerro Matanza, em Victoria, este singular comportamento graças à excelente direção da investigadora Silvia Simondini.
O desembarque na lagoa
Foi assim que eu, minha irmã Rosana Rocha e minha amiga Nora, decidimos viajar até esta cidade, localizada a 100 km da capital argentina, cuja famosa lagoa abrange 720 hectares de água. Chegamos no dia 28 de janeiro, às 18h00 e seguimos ao camping do Sindicato dos Caminhoneiros. Escolhemos um lugar magnífico para montar as barracas e nos dedicarmos somente ao descanso e a pescaria. Incrivelmente os únicos visitantes aquele lugar éramos nós. Lamentavelmente não sabíamos o que nos esperava naquelas noites.
Primeira noite: Estranhas formas quase-luminosas
Passava da meia noite e resolvemos pescar. Dirigi-me primeiro com os equipamentos de pesca nas mãos e comodamente sentei para esperar minha irmã e minha amiga. Por volta das 00h45, observei no centro da lagoa, algo que deslizava como uma luz branco-amarelada, muito tênue, quase imperceptível. Sem fazer comentários para não assustar minhas companheiras, decidi caminhar uns 30 metros pela beira da lagoa. Depois de cinco minutos, aquela luminosidade já havia tomado forma, eram três pessoas de baixa estatura que se moviam sobre a água em completo silêncio. Perplexo e com um pouco de nervosismo, também devido à escuridão reinante, decidi dizer a minha irmã o que eu estava vendo. Foi assim que nós três observamos, atônitos, aquela estranha aparição. Os Seres se moviam em linha reta e pareciam estar de mãos dadas. Estávamos uns 200 m distantes deles e naquele momento o tempo estava nublado. Depois que os três Seres caminharam uns 100 m, inexplicavelmente, se evaporaram, definição usada pela minha irmã. Decidimos então parar pescar e ir dormir. Porém, quando elas dormiram, retornei ao local, em busca de “algo” e foi em vão. Na manhã seguinte, comentei com o encarregado do camping o que havia acontecido e sua resposta foi: “Certamente o que vocês viram foi o reflexo da Lua”.
Segunda noite: Um fantasmagórico feixe de luz
Já na segunda jornada noturna, um pouco preocupados com o ocorrido e também por não ter conseguido pescar nada, tentamos a sorte novamente. Pude perceber que as mulheres miravam no lugar da aparição. Por várias horas, e por sorte para elas, nada aconteceu. Até que às 03h30, uma luminosa branco-brilhante, apareceu do nada no mesmo lugar da lagoa. Pouco a pouco o que parecia uma linha na água, de uns 300 m de largura, se converteu em um potente “facho de luz”, similar ao projetado pelos refletores. Fomos de bote até a origem daquela luz, porém, ela “nascia” no meio da lagoa sem que encontrássemos sua fonte ou origem. Naquele instante, escutamos um forte ruído, um ruído agudo e a luz desapareceu. Nos assustamos, mas depois procuramos entender o ocorrido, procurando explicações para o que vimos. Aquela luz surgiu no mesmo lugar da luz da noite anterior e não havia nada sobre a água, era algo totalmente anômalo. Seguimos pelo campo, porém não aconteceu mais nada naquela noite.
Última noite: Flashes e aproximação de uma esfera branca
Como nas noites anteriores e com pouca pesca, voltamos a tentar pescar algo. Sem dúvida, minha irmã e minha amiga ameaçaram se retirar se a luz aparecesse novamente. Passadas das 23h00, começamos a perceber “flashes” sobre a água. A noite estava estrelada e estes relâmpagos apareciam a cada sete ou 8 minutos. Por um instante chegamos a crer que alguém estava batendo fotos do outro lado, porém, aqueles flashes vinham do centro da lagoa. Foi um fenômeno totalmente diferente e que nos chamou muito a atenção. Depois de uns nove ou 10 flashes, eles desapareceram. Rosana decidiu ir dormir. Ao retirar sua linha de pesca tive a má sorte de ela enroscar no fundo do lago. Com uma lanterna na mão, decide ir soltá-la. De repente escutamos: “Uma luz… uma luz…” e Rosana correu para junto de mim e Nora aterrorizada dizendo que viu uma estranha luz. Então, vimos uma potente esfera branca e brilhante a uns 30 m. Do nosso ponto de vista a luz aparentava ter uns 30 centímetros, não produzia ruído algum e quando se afastou a grande velocidade em direção a cidade, notamos que deixava um rastro luminoso na escuridão. Lamentavelmente, devido ao pânico das mulheres, nos retiramos do camping. Eu com promessa de voltar e investigar a região e minha irmã Rosana e Nora com a promessa de jamais retornarem.