Em psiquiatria chamamos de Transtorno de Personalidade Múltipla-TPM, a existência de duas ou mais personalidades distintas dentro do mesmo indivíduo, cada uma dominando em determinado momento.
O número médio de personalidades presentes é de treze, podendo ocorrer em agrupamentos ou em estados polifragmentados.
Ela ocorre devido a um distúrbio ou uma alteração nas funções integrativas da identidade, memória ou consciência. É mais freqüente em mulheres, e estudos médicos atuais mostram que não é um fenômeno tão raro quanto antigamente se pensava.
Sabemos que os fatores predisponentes estão associados a abuso quando criança, especialmente o incesto, estupro, prostituição infantil, bestialidade ou pornografia.
Muitas vítimas alegam abuso em cultos, especialmente satânicos. A personalidade dominante determina o comportamento do indivíduo. Cada personalidade individual é complexa e integrada, com seus próprios padrões singulares de comportamento e relacionamento social . As personalidades podem mostrar diferentes respostas a testes psicológicos e medições fisiológicas.
Podem também afirmar serem de uma diferente raça, idade e sexo do real hospedeiro. Uma personalidade pode ter consciência de uma outra como pode também, nem imaginar que isso esteja ocorrendo com ela.
As personalidades podem travar um diálogo interno com as suas outras personalidades. Algumas podem ter nome e outras não. O aparecimento se dá no início da segunda infância, após severo trauma psicossocial. O curso do distúrbio tende a ser mais crônico que outros distúrbios mas, normalmente, responde bem a terapia.
É mais comum ocorrer em pessoas que foram submetidas a estados de persuassão coerciva prolongada e intensa, tipo lavagem cerebral, doutrinação por seitas, cativos de terroristas, fanáticos. É considerado um transtorno psicótico e deve ser diferenciado da esquizofrenia que ocorre normalmente em idade mais adulta.