A questão extraterrestre despertou minha atenção há cerca de seis anos. Como outras pessoas, eu achava que o assunto era fantasioso e nada comprovado cientificamente. Tratava-se de um tema sem muito interesse. Até que numa gravação de áudio, que fiz através da Transcomunicação Instrumental (TCI), uma voz solicitou que eu gravasse também imagens. No passado já havia feito isso por um período, mas depois tinha interrompido. Diante do pedido, comprei uma câmera nova e reiniciei os trabalhos de forma tradicional, filmando chuviscos da TV. Rapidamente, começaram a surgir imagens de “cabeções”, como as chamava de início. Custou-me a admitir o óbvio: os “emissores” estavam transmitindo imagens deles próprios. E qual a importância disso no meu trabalho? Na TCI o fato novo era que as imagens não pareciam ser de seres humanos, mas de entidades alienígenas, além de que constatei que elas alcançavam outros níveis dimensionais.
Diferente dos contatos mediúnicos, que acessam quase exclusivamente os falecidos, ficava evidente nos filmes a possibilidade de se atingir níveis mais profundos de comunicação, talvez compatíveis com outras realidades de cérebros diversos, mais afeitos a certos tipos de tecnologia do que a nossa concepção humana. Entretanto, como mostra a literatura, existem muitos relatos de supostos contatos com ETs via canalizada, ou seja, mediúnica. Mas, no geral, pesa neles o fato de trazerem tantas fantasias, medos e sandices acerca de supostas invasões da Terra ou de ingênuas proteções angelicais, que não ganham crédito de pessoas mais exigentes, sem dizer ainda das infundadas previsões que só se concretizam quando deduzidas do óbvio. Assim, a eventual comunicação com ETs, tão garantida por poucos, é desacreditada da maioria. O motivo disso é a falta de legitimidade.
Assim, como a maioria das psicografias, que raras vezes trazem evidências pessoais e específicas da entidade comunicante, os contatos com ETs tendem a desabar no mesmo bojo. Talvez por isso, desde o início os emissores revelaram a preocupação de executar tarefas que nós, os humanos, não conseguimos. Deste modo, delimitaram diferenças e atestaram a autenticidade de suas comunicações com técnica inequívoca. Nada de fazer coisas superficiais, como, por exemplo, dizer que são ETs. Isso, qualquer um diz, inclusive o subconsciente de médiuns inventivos.
Os emissores têm demonstrado cuidados, atuam na comunicação de maneira que jamais cogitamos. E os feitos gerados por eles talvez sejam, por si sós, as evidências de que precisamos para dar tais intercâmbios como sendo eventos de procedência ET, para serem aceitos de modo conclusivo no futuro, através de aprimoramento científico e de exames positivos em laboratório. É isso que nos incentiva a prosseguir. A nossa meta é atingir esse ponto de excelência na pesquisa.
Postulado sobre vida extraterrestre — “Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objetivo final da providência”, disse o espírito comunicante a Allan Kardec, o codificador do Espiritismo. Portanto, criara os mundos para cada criatura alcançar seu patamar mais alto de evolução. Contudo, quando faço palestras em centros espíritas e falo de seres alienígenas, parece que se instala no ambiente uma espécie de pânico, uma inquietação geral. Percebo e compreendo isso, pois há alguns anos também já fui adversa ao tema. Possivelmente, o público me veja com a aparência de uma emissária de “renovação do planeta”, alguma nova versão de Hollywood para este assunto tão intrigante, a questão extraterrestre. Mas, quem pensa assim no ambiente espírita, por certo não deu a devida atenção aos livros básicos da doutrina, aos tópicos que vamos lembrar aqui.
Com seu pioneirismo no mundo ocidental, o Espiritismo veio postular a pluralidade dos mundos e a existência de infinitas humanidades no cosmos. De fato, em O Livro dos Espíritos [1857], na questão 55, o codificador indaga: “São habitados todos os globos que se movem no espaço?” Teve como resposta: “Sim, e o homem terreno está longe de ser o primeiro em inteligência, bondade e perfeição”. Na primeira parte de O Livro dos Médiuns [1861] está expresso que os diferentes mundos do universo são habitados e, assim sendo, também fornecem seus contingentes para o mundo das almas, via desencarnação. E em outro trecho indaga se é lícito perguntar por que Deus faria da Terra a única sede de vida e nela degredaria as suas criaturas. Então, complementa afirmando que, “ao contrário, tudo anuncia a vida por toda parte e a humanidade é infinita como o universo”. E acrescentou que a reencarnação do espírito pode dar-se na Terra ou em outros mundos.
No que tange a essa pluralidade de existências e de mundos no cosmos, em A Gênese [1868], capítulo 6, os espíritos esclarecem: “Não vejais, pois, em torno de cada um dos sóis do espaço, apenas sistemas planetários semelhantes ao vosso. Mas também uma portentosa diversidade, inimaginável, se acha espalhada pelas moradas eternas que vagam no seio dos espaços. Com condições e de acordo com o papel que a cada um coube no cenário do mundo”. E essa visão foi ainda mais reforçada e desenvolvida nas demais obras básicas do Espiritismo e nas subsidiárias, principalmente recebidas pela psicografia de Chico Xavier, provenientes de vários espíritos.
Fenômenos inusitados — Hoje, seria o homem capaz de modular a luz? A resposta é não. Se a nossa ciência é insuficiente até para explicar isso de modo satisfatório, o que se dirá, então, produzir tal fenômeno? Seria o ser humano capaz de criar imagens do nada e, ainda por cima, dar-lhes animação? Por certo, nem pensar. Seria capaz, o maior dos no
ssos cineastas, de fazer desaparecer as imagens que estão efetivamente diante da câmera? Para nós, isso parece mágica, mas não o é para os emissores que receptamos. Seríamos nós capazes de trazer imagens de pessoas falecidas para o nosso tempo? Seríamos, quem sabe, capazes de projetar imagens perfeitas sobre tecido chapado ou de criar volumes sobre papéis? E o mais incrível, fazer tudo isso em tempo real.
Os enigmáticos emissores criam tais imagens e fenômenos raros enquanto estamos filmando, à medida que vamos gravando o vídeo, podendo-se notar isso na tela do computador ao ver a imagem inicial ser alterada. As novas cenas criadas por eles são distintas da inicial e seguidas de animação, ocorrendo na tela uma verdadeira metamorfose enquanto filmamos. Trata-se de algo raro, que exige uma técnica e um conhecimento científico que não temos.
O fato de tudo ser feito em tempo real, possivelmente seja o detalhe marcante da atuação desses seres insólitos. Para exemplificar o que estamos afirmando, podemos colocar um tecido branco diante da câmera, escurecer o laboratório, focar o tecido com lanterna caseira e, em poucos segundos, as imagens passam a ser geradas, com perfeição e coloridos de todos os matizes. Segundo a nossa hipótese, isso só ocorre porque os emissores têm conhecimento suficiente para alterar a luz branca da lanterna em diferentes comprimentos de ondas, gerando cores e formas variadas. E, acentua-se, que tudo ocorre em tempo real, é claro. Indaga-se: Isso é ou não evidência de contato com seres superiores a nós? Se não for, que alguém faça o mesmo, explique cientificamente e publique o feito.
Produzir tais fenômenos raros e ainda outros, evidencia que esses emissores não podem ser humanos. Ou seriam humanos superdesenvolvidos? Isso também é altamente improvável, pois seria um feito absurdo, hoje não existente. Se os homens não conseguem realizar aqui tais coisas, como explicar que tendo passado para o além-vida, alcançaram de súbito uma capacidade tão superior aos padrões estabelecidos de conhecimento? Como poderiam elevar seu padrão científico a, talvez, milhares de anos à frente da humanidade?
Informo ao leitor que não entro em detalhes técnicos, pois o objetivo aqui não é detalhar o modus operandi. Afirmei que já tenho centenas de vídeos impressionantes, mostrando que os emissores têm a capacidade incomum de modular a luz e de alterar imagens em tempo real. Embora não haja como mostrar em textos de revistas a criação de tais imagens, nem as suas metamorfoses, ainda assim ilustro meus argumentos apresentando alguns casos, que tiveram técnicas diferentes de execução.
Até hoje, observei 12 tipos diferentes de fenômenos que os emissores demonstram capacidade de produzir. Dentre esses, temos a transformação fisionômica de falecidos. A técnica para nós é simples, já que o fenômeno é gerado quase que totalmente por eles. De nossa capacidade, dão mostras de precisar quase nada. Há poucas semanas, esteve em meu laboratório o menino Rafael, trazido por sua avó, Maria. Alguns meses atrás o garoto perdera o pai, policial assassinado em perseguição a bandidos, e o objetivo do encontro era contatar o falecido através de sons e imagens. Registrei 21 transcontatos – como chamamos os contatos através da TCI – em voz e algumas centenas de imagens.
Os enigmáticos emissores de origem alienígenas utilizam a Transcomunicação Instrumental para criar imagens e fenômenos raros enquanto estamos filmando, à medida que vamos gravando o vídeo, podendo-se notar isso na tela do computador ao ver a imagem inicial ser alterada
Transformações fisionômicas — Coloquei-o diante da câmera, na expectativa de que seu rosto se transformasse no do pai, o falecido Ivanildo. Ao que tudo indica, não apenas o policial apareceu, mas de modo surpreendente também uma dezena de outros rostos, entre conhecidos e desconhecidos. Por vezes, surgiu um jovem negro de uns 16 anos, por outras, um jovem louro e de pele branca, também uma criança de uns 5 anos, e finalmente, de modo incrível, o rosto de algumas meninas. O caso mais notável de remodelação fisionômica foi justamente o rosto de uma garota falecida, identificada pela mãe, a nossa amiga Inês Gadelha, de Fortaleza.
Recentemente, graças à cooperação de amigos da área técnica, sobretudo de Sílvio César Mello, coloquei em prática algo inovador. Criei uma “placa de chuviscos” e me vali do mesmo sistema habitual, ou seja, colocar alguém diante da câmera para que esse rosto seja remodelado pelos emissores. Na primeira experiência, vimos Sílvio. E depois, ele mesmo, atrás da placa, no dia em que realizamos o teste.
Foi fácil observar, em laboratório, que ele tem o queixo quadrado, pele clara, olhos claros e testa alta. Durante a filmagem, tais características se alteraram, sobrevindo um mulato de olhos castanhos, nariz arrebitado e chato. Também se transformou em um idoso, lembrando muito as feições de seu pai falecido pelo queixo fino, diferente do dele. Dentre as tantas aparições de distintos rostos que tive, ainda ocorreu este, que pode ser o rosto do falecido João, cuja esposa e filha viriam a fazer contato com ele dias depois dessa gravação. A entrada na testa, a sobrancelha, o olho e a maçã do rosto são alguns dos destaques fisionômicos, como se pode observar nas imagens obtidas.
Os emissores seriam ETs? — Outros fenômenos vêm ocorrendo, mostrando que os emissores possuem tecnologia e conhecimento diferentes dos nossos, articulam uma ciência muito superior à nossa. De fato. Como fariam eles para alterar, em tempo real, um rosto estático diante da câmera? Seriam essas transmissões realmente de ETs? É provável, pois é comum o envio de imagens de “cabeções”, que nos reportam às imagens descritas por testemunhas de contatos com ETs. A diferença substancial é que, até então, só havia desenhos fisionômicos dos alienígenas, feitos por artistas a partir de informações da testemunha. Ocorre que no desenho fica apenas registrada a opinião da testemunha, enquanto que na imagem obtida por TCI o retrato é dado supostamente pela própria entidade contatada. Parece que tal habilidade, dentre outras observadas nos vídeos que tenho registrado, denota um conhecimento científico não só diferente do nosso, mas muito superior a ele.
Sem dúvida, os emissores possuem o domínio da fotônica, do tempo e de outras coisas mais que nos são desconhecidas. “Eles” mostram em suas apresentações uma determinação inabalável para fazer contato permanente conosco. Quanto a mim, no uso pleno da razão e com fundamento no que a ciência aponta, afirmo que tenho a honra de participar dessa empreitada e de poder auxiliá-los nessa tarefa ainda tão pouco conhecida. Mas não sei o ponto em que o desenvolvimento deste trabalho irá nos levar.
As fisionomias apresentadas são muito sugestivas e totalmente diferentes das dos humanos falecidos. Supostos alienígenas mostram fisionomias que podem ser confrontadas com outras de ETs e enriquecer a tipologia alienígena até agora conhecida. Estas foram dadas pelos próprios emissores. Basta que se confronte as mesmas com as dos falecidos para ver se são humanas.
Aprenda a gravar vozes e fazer contatos com o outro lado
O mais recente livro de Sonia Rinaldi, Gravando Vozes do Além, lançado em 2005, tem a função de servir não apenas como mais uma fonte de informações sobre as técnicas da Transcomunicação Instrumental, mas também como manual para estudiosos iniciarem seus próprios experimentos de contato. A obra é acompanhada de um CD com 62 casos de gravações para o leitor examinar. Os estudiosos que seguirem as instruções dadas podem se surpreender ao obterem resultados práticos com experimentos de relativa simplicidade, que requerem poucos equipamentos eletrônicos, além de um computador. Peça a obra visitando o site da entrevistada, www.gravandovozes.kit.net, através do qual a pesquisadora também pode ser contactada