Todas as testemunhas envolvidas no caso do avistamento do UFO em Brasília foram ouvidas pelo pesquisador Roberto Affonso Beck. Em entrevista exclusiva à Revista UFO, realizada no dia 15 de setembro deste ano, Hildo Oliveira, um dos primeiros a observar o fenômeno, e seu filho, Marcelo Oliveira, que fotografou o UFO, relataram todos os detalhes daquela madrugada de agosto.
MARCELO OLIVEIRA — No dia 21 de agosto, às 05h00 da manhã, o telefone tocou. Era o senhor Nascimento, amigo da família, chamando-me para que fosse até a casa de meu pai, e levasse a máquina fotográfica. Ele me disse que havia um disco voador na região, por isso queria que eu o fotografasse. Eu e meu cunhado fomos para o local, com todo o equipamento fotográfico. Logo que saímos à rua foi possível ver a luz. Ela se destacava das demais estrelas no céu devido à sua forma e tamanho. Fomos para o local combinado, mas não encontramos ninguém. Telefonamos para o Nascimento que nos deu a referência correta do local em que se encontravam. Não posso negar que, na situação, senti um pouco de medo.
Quando chegamos ao local, já havia algumas viaturas da PM e vários policiais. Montei o tripé e fotografei inúmeras vezes o objeto. A câmera focalizava o UFO automaticamente, porém o objeto não permanecia na mesma posição. Se isso acontece em fotos de objetos que se movimentam em baixa velocidade os negativos ficam marcados com um risco. O que não aconteceu neste caso. Seu brilho era diferente… Uma estrela apresenta uma onda de luz muito mais fraca do que a do objeto. Seu tamanho era cinco vezes maior do que a Estrela Dalva. Não era possível ver a forma do UFO. O cabo Galdino mostrou-me as imagens que tinha feito. Não deu para reparar nos detalhes, mas depois vi que havia muitas semelhanças entre as imagens do vídeo e as fotos tiradas por mim.
HILDO OLIVEIRA — Naquele dia, Agamenon Nascimento, Antônio Cassimiro Rodrigues e eu saímos de Palmas (TO), às 18h00, para voltarmos à Brasília (DF). Durante o trajeto de 900 km, (distância entre uma cidade e outra), a viagem transcorreu tranqüilamente. Até que, na entrada de Brasília, mais precisamente no Bairro Lago Sul, Nascimento, que dirigia o carro, alertou-nos para que olhássemos um estranho objeto no céu. Eram 04h00 e a noite estava clara.
Percebi que não era avião e nem helicóptero, pois o objeto acompanhava nosso carro em alta velocidade e sem ruído algum. Esses movimentos eram muito estranhos. Não podíamos acompanhá-los. Ao percorrermos mais alguns metros, ficamos sem visibilidade. Foi quando penetramos em uma densa vegetação. Porém ao chegarmos no final da mata, novamente pudemos vê-lo. O objeto emitia uma luz forte de tom azul e estava parado no meio da pista, a uma altura aproximada de 20 m. Paramos o carro à esquerda da pista, mas achamos que não deveríamos passar sob o UFO. Sentimos que era algo sobrenatural. Sugeri que fôssemos até um posto da Polícia Militar a fim de pedir assistência. Embora os dois policiais que estavam de plantão também tivessem visto o UFO parado a 150 m dali, nada fizeram no sentido de averiguar o caso. Indignados com o descaso dos policiais, continuamos a viagem.
Quando atravessávamos a barragem do Lago Paranoá, o objeto se encontrava sobre o mesmo, a 100 m de altura. Houve uma forte turbulência na água, que nos assustou. Era como se uma lancha estivesse passando em alta velocidade. Chegamos ao prédio do Corpo de Bombeiros, porém não havia ninguém. Telefonamos para outro posto policial e, em poucos minutos, chegaram ao local viaturas armadas e uma ambulância. Chamamos meu filho Marcelo Oliveira, que é fotógrafo profissional, a fim de que viesse registrar o misterioso fenômeno. O cabo Galdino, da Polícia Militar, disse-nos que já havia filmado o mesmo objeto. O dia já estava clareando, porém o objeto continuava a se movimentar. Depois de alguns instantes, ganhou altitude e desapareceu. Foi uma experiência incrível e, ao mesmo tempo, pavorosa. Até agora ainda não consigo entendê-la. Muitas pessoas da imprensa, ufólogos e amigos perguntam-me sobre a sensação que tive quando percebi que se tratava de um UFO. Ainda não consegui achar resposta. Para comprovar o caso, existem as fotos e as imagens filmadas pelo policial, por isso não posso aceitar que qualquer pseudo cientista que não presenciou o referido aparecimento e não analisou o material fotográfico original e o filme emita, precipitadamente, um laudo afirmando que o objeto se tratava de um balão ou uma estrela. Fiquei chateado com isso. Não sou conhecedor do assunto, mas o que aconteceu não foi um fato que eu pudesse inventar. Houve outras testemunhas. Respeito o trabalho da imprensa que apurou os fatos, mas que, em certos momentos, abriu espaço para julgamentos errôneos de pessoas que não viram absolutamente nada.