Causou nova polêmica um vídeo, gravado durante recente erupção do vulcão Popocatepelt. Esse cume se localiza entre os estados mexicanos de Puebla, México e Morelos, e tem 5426 m de altitude. No vídeo, um objeto cilíndrico brilhante pode ser observado em trajetória descendente, e alguns sugerem ser um tipo de nave que mergulhou na cratera. Outros ainda arriscam-se a apontar as dimensões do suposto UFO em 1 km de comprimento por 200 m de diâmetro.
Toni Inajar, Conselheiro Especial da Revista UFO, apontou assim como outros membros da Equipe um fato óbvio: o tal objeto não causa qualquer efeito no vulcão, especialmente uma explosão ou sequer respingos de lava. Qualquer objeto mergulhando em um meio líquido como esse causa o deslocamento de uma massa igual a sua própria. Sequer a fumaça foi afetada pela rápida passagem do objeto, o que torna ainda mais absurda a alegação quanto a suas imensas dimensões.
Mais tarde surgiram novas informações, especialmente no que concerne a câmera responsável pela filmagem. O aparelho faz parte de uma estação de monitoramento do Popocatepetl situada em um vulcão vizinho, o Iztaccíhuatl, e que inclusive é parte da infraestrutura da rede de televisão Televisa. Detalhe extremamente importante é que a câmera toma uma imagem do vulcão a cada 30 segundos, e não a cada 1 minuto como alegou o site Cenapred, onde a polêmica começou.
Com esse grande tempo de exposição, as imagens do vulcão se tornam mais espetaculares, e como consequência, qualquer objeto movendo-se em velocidade apareceria com o formato de um bastão. No vídeo do alegado UFO cilíndrico, aparecem na verdade três capturas, com aproximadamente 30 segundos entre cada imagem. Portanto, o vídeo do objeto foi montado com essas 3 imagens comprimidas em um tempo bem menor.
Essas informações comprovam ser as alegadas dimensões imensas do objeto completamente falsas, resultado de ilusão de ótica. Inajar comentou que provavelmente se trata da captura fortuita de um meteoro, que caiu atrás do vulcão a partir do ponto de vista da câmera, e não um UFO. Ele, que é perito em análise de imagens, também observa que o longo tempo de exposição amplifica a luminosidade de qualquer objeto, fenômeno que é usado para estudar as imagens e a atividade do vulcão. Esse mesmo efeito amplificou a velocidade aparente do meteoro, que por suas dimensões deve ter provavelmente se queimado completamente na atmosfera, sem atingir o solo.
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