Histórias que permanecem um mistério, algumas desvendadas, e ainda outras que continuam no terreno do fantástico. Assim ficaram registrados pela imprensa local alguns dos depoimentos de testemunhas que afirmam ter visto objetos voadores não identificados em Sorocaba (SP) e vizinhanças. Nesta sexta-feira, 24 de junho, Dia Mundial da Ufologia, a cidade comemorou a data pelo importante histórico de fenômenos e pesquisas sobre o assunto.
As aparições ufológicas no município são históricas, mas uma delas em especial, no final da década de 70, causou impacto e fez especialistas renomados voltarem os olhos para a região. A partir de janeiro de 1979 começaram a surgir objetos luminosos na garagem de casas da avenida Nogueira Padilha, na Vila Hortênsia. O fenômeno foi relatado a policiais por um mecânico que saiu correndo ao avistar as tais luzes. A ocorrência repercutiu rapidamente e as esferas foram vistas na região do Morro da Mariquinha.
O episódio conhecido como o “Caso Mariquinha” completou trinta anos no dia 09 de janeiro de 2009, sendo lembrado com palestras, exposições e discussões sobre o assunto. Esse fato foi reconhecido como ufológico, conforme descrito numa edição de bolso, comemorativa aos trinta anos do caso, do historiador e ufólogo Jorge Facury Ferreira. Os irmãos Facury – o historiador Jorge e o geógrafo Michel [Consultores da Revista UFO], acompanharam as várias ocorrências na região.
Jorge revelou que o interesse e pesquisa sobre o assunto começaram na década de 80, após o “célebre” episódio do Morro da Mariquinha. O fenômeno é relatado em artigos, livros e reportagens [Veja Fatos que marcaram a história da Ufologia em Sorocaba] que tiveram como fontes os irmãos Facury. Michel citou um caso que permanece um mistério, no Vale do Ribeira, divulgado pelo jornal Cruzeiro do Sul. A manchete do Mais Cruzeiro estampava dia 21 de julho de 1991: “No céu de Iporanga, bolas de luz desafiam a ciência”.
Mistérios
As bolas de luz foram presenciadas e fotografados pelos irmãos ufólogos, durante vigílias pela região de Iporanga, mais especificamente no chamado Alto da Boa Vista ou Morro do Mirante. Os fenômenos começariam a se manifestar por volta das 19h00. Apareciam e desapareciam, em intervalos médios de vinte minutos, conforme relatos dos irmãos, na reportagem do Cruzeiro. Outra ocorrência citada pelos Facury foi na Vila Helena, em 1997, mas desta vez virou caso de polícia, com ataque à uma pessoa.
Jorge Facury revelou que foram acionados pela promotoria, pois o caso demandaria um outro tipo de investigação. Um dos moradores do bairro teria sido atacado por um extraterrestre. “Difícil acreditar, mas Sorocaba foi a única cidade a processar um ET”, brincou. A ocorrência foi registrada pela imprensa. Jorge conta que a vítima teve perfurações nos dedos incompatíveis com qualquer objeto. “Falaram em ataque de Chupa-cabras”. Michel adiantou que o caso deve ser retomado.
Mas um passo importante e reconhecido foi a investigação e conclusão de um trabalho que tornou-se referência: o esclarecimento de oito misteriosos círculos encontrados numa plantação do Jardim Serrano, em Votorantim. A pesquisa foi publicada na principal revista sobre o assunto, a UFO, de circulação nacional e internacional. Com a ajuda dos pesquisadores João Carlos Belo e Armando Aparecido Monteiro, os irmãos debruçaram-se sobre os estudos por mais de dois meses [Veja Mistérios do céu e da terra].