A Sociedade Portuguesa de Ovnilogia (SPO) está investigando 11 casos de relatos de avistamentos de objetos voadores não identificados para os quais ainda não encontraram respostas satisfatórias. Em atividade desde 2005, a SPO é muito cautelosa “o fato de não terem explicações não significa que sejam de origem extraterrestre”, explica Nuno Montez da Silveira, presidente da SPO. A verdade é que, o desconhecimento e a falta de informação levam à descrição de fenômenos aparentemente extraterrestres, que na verdade, segundo Montez, não passam de objetos made in planeta Terra. “Até ao momento, estes 11 casos de avistamentos não têm uma explicação científica. Muitas vezes, as pessoas confundem UFOs com objetos visíveis a olho nu, como balões meteorológicos, o planeta Vênus, satélites ou até estrelas” acrescenta o ufólogo.
A Serra da Gardunha, no distrito de Castelo Branco, parece ser um local privilegiado para este tipo de situação inexplicável: “Lá existem quatro casos para os quais ainda não temos resposta, seguido da grande Lisboa com três, Setúbal (dois) e Abrantes e Azóia (Sintra/Cascais) ambos com um”. Composta por quatro integrantes, a SPO procura responder às inúmeras solicitações que recebem ao longo do ano, atribuindo um grau de importância e veracidade aos contatos de quem diz ter visto um UFO. Após uma seleção, uma equipe desloca-se para o local, entrevistando as testemunhas e registrando os depoimentos em vídeo para análise. “O que pretendemos é juntar uma equipe multidisciplinar, com psicólogos, astrônomos e cientistas de outras áreas. Só em conjunto conseguiremos atingir explicações para este tipo de fenômeno”, afirma Nuno Montez da Silveira.
Opiniões do ufólogo
Caso Ota-Córdova – “O caso Ota-Córdova é a prova de que existem UFOs em Portugal observados por pilotos credenciados”, comenta o ufólogo, referindo-se à equipe de quatro pilotos liderada por Lemos Ferreira, que, em 1959, assistiu a queda de “cabelos de anjo” numa parada militar em Sintra.
Caso Roswell – “Considero Roswell um mito. Foi a investigação civil que obrigou a Força Aérea dos Estados Unidos a reconhecer que mentiu. Primeiro era um UFO, depois um balão meteorológico e, por fim, o projeto Mogul para espiar a União Soviética”, disse o presidente da SPO.
Agências Espaciais – “Não estão sensibilizadas, nem podem deslocar recursos para algo que não tem uma existência concreta” afirmou, sobre NASA e ESA.