Com uma rica e diversificada casuística ufológica, o Piauí pode ser hoje considerado o estado brasileiro com uma das mais fortes e significativas incidências de contatos imediatos de todos os graus. Uma grande quantidade deles chega regularmente ao conhecimento da equipe de investigadores de campo da União de Pesquisas Ufológicas do Piauí (Upupi) [Veja box], mas representa um percentual muito inferior aos episódios efetivamente acontecidos, que dificilmente serão conhecidos. Praticamente em todos os municípios piauienses há relatos de avistamentos de UFOs e contatos com tripulantes, que, somados, chegam aos milhares. Isso se multiplica a cada geração, pois os antepassados dos moradores já narravam tais fatos aos seus descendentes, décadas atrás. Sabemos também que parte considerável das ocorrências ufológicas talvez nunca chegue ao conhecimento dos próprios contatados, pois só seriam lembradas através de hipnose, inacessível para eles.
O cenário ufológico piauiense vem se consolidando gradativamente nos últimos anos porque os fatos, antes relatados apenas oralmente, agora ganham registros em fotos e filmes, muitas vezes atingindo a internet e, assim, a mídia em geral. Os relatos de experiências ufológicas no estado se incorporam à cultura regional, que apresenta termos próprios para, no linguajar da população, designar o mesmo que UFOs ou discos voadores, tais como aparei, chupa e froque. Interessante é que, embora a ciência rejeite estes acontecimentos, eles são reais e estão presentes no cotidiano dos moradores. Não são fatos isolados, mas múltiplos.
Parece cômico, mas o caboclo ou morador do interior, quando vivencia um contato com UFOs ou ETs, muda instantaneamente seus padrões culturais e habituais. Tanto que, ao longo do tempo, foi possível aos pesquisadores descobrir os períodos de maior incidência ufológica em cada região do estado, o que permite mais eficiência nas investigações. As testemunhas das ocorrências ufológicas são obrigadas a conviver com os fatos, defendendo-se como podem das incursões dos objetos e seres desconhecidos. Temem sua aproximação e, algumas vezes, até disparam armas de fogo em sua direção. Para se proteger de eventuais ataques dos UFOs, usam moitas e se camuflam na escuridão. Em épocas de maior incidência evitam sair à noite, e quando o fazem, nunca estão sós ou saem cautelosos de casa, com um olhar à frente e outro para o alto.
A reação dos tripulantes — Do lado oposto destes acontecimentos, os supostos tripulantes dos UFOs ou os controladores das chamadas sondas ufológicas parecem conhecer muito bem nossa população e seus hábitos. Usam estratégias para interceptarem suas vítimas ou contatados. Suas naves se camuflam entre as estrelas, descendo ao solo para incursões junto das vítimas no momento certo. Sejam quem forem estes seres, evitam noites muito enluaradas e têm grande facilidade para encontrar os caçadores na escuridão da mata, como se tivessem “sensores de rastreamento” para agir à distância. Sua capacidade parece estar além do infravermelho ou das ondas cerebrais. Os tripulantes também parecem monitorar tudo que envolva equipamentos eletrônicos numa determinada área, e sempre que sentem segurança, atuam sem limites.
Constatou-se que os seres extraterrestres atuando no estado permanecem longas horas em determinados locais, fazendo manobras de aproximação que envolvem, inclusive, vôos rasantes sobre as casas, obrigando os moradores a se esconderem, observando as atividades alienígenas através das fendas das paredes e portas. Apesar da regularidade das ações destes seres, muita gente ainda não acredita que os fatos relatados sejam reais. Mas, independente disso, os casos são semelhantes em qualquer lugar que se considere. As atividades alienígenas deixam seqüelas, mudam o padrão comportamental de um povo, alteram a cultura regional e causam o surgimento de novos hábitos. Os avistamentos produzem efeitos físicos nas pessoas e no solo, às vezes marcas tão profundas e irreversíveis que não se apagam facilmente da memória dos contatados. Não devemos desprezar tais acontecimentos, pois são situações profundas e enraizadas em muitas gerações.
A estranheza do fenômeno leva à incredulidade sobre sua natureza extraterrestre. Mas é um erro negar a veracidade de tais acontecimentos, mesmo porque, acreditando ou não nas testemunhas, eles ocorrem a todo instante, independente do nível cultural dos atingidos. A cegueira causada por tal incredulidade faz supostos entendidos no assunto definirem as experiências como meras miragens, alucinações, fenômenos celestes ou da própria natureza. Felizmente, a resistência à aceitação dos fatos e a rejeição à sua origem extraterrestre está aos poucos sendo vencida pelas evidências.
Argumentos da psicologia — Mas, até que ponto podemos tomar o relato das testemunhas como verdadeiros? Não haveria muita imaginação agregada às suas narrativas? Estas são situações que devem ser analisadas. Hoje, com a influência da mídia, estimula-se muito a geração de fantasias motivadas pelo desejo pessoal do indivíduo e até por sua ambição de se tornar o centro das atenções. A psicologia tem argumentos para compreender este comportamento. Mas deve-se levar em consideração que grande parte dos acontecimentos ocorre em regiões interioranas, habitadas por gente simples, de baixa cultura e, em alguns casos, até na mais absoluta pobreza. São pessoas que evitam falar de suas experiências, mas, honestas, sentem-se orgulhosas de revelar o que passaram, apesar das injustiças sociais que sofrem. Não querem ser ridicularizadas ou chamadas de mentirosas por quem não entendem os fatos, e preferem descrever suas ocorrências a pesquisadores que demonstram confiança. A Equipe Upupi verificou isso muitas vezes in locu, encontrando histórias idênticas provenientes de testemunhas que nem se conhecem.
Mas uma parcela dos episódios ufológicos no Piauí foge à regra dos avistamentos em áreas remotas e isoladas, ocorrendo em áreas urbanas e envolvendo testemunhas de nível cultural mais elevado, acima da média da população rural. Esta categoria aumenta a credibilidade dos fatos, sem menosprezar os relatos dos caboclos do interior – que são os que revelam maior quantidade de experiências. As testemunhas urbanas, ao contrário, vivenciam os fatos com menor intensidade. São, muitas vezes, pessoas que saem de seus povoados de origem, no interior, para alcançar na capital uma ascensão impossível onde viviam. Trazem consigo experiências ufológicas da infância, refinando sua capacidade de entendê-las, já em melhor situação social.
Na capital piauiense, Teresina, a Equipe Upupi encontrou e entrevistou inúmeras testemunhas de elevado padrão cultural, como promotores, médicos e advogados, o que demonstra que os seres extraterrestres não escolhem aqueles que serão abordados. Recentemente, o professor de física Oliveira da Silva, 37 anos, foi protagonista de uma experiência inusitada. Com sua esposa, ele viu a passagem de um UFO sobre o prédio de apartamento onde reside. Seu entendimento de leis de mecânica, inércia e princípios referentes a esta disciplina contribuiu para a riqueza de detalhes em sua narrativa, que outras testemunhas, sem tal qualificação, deixariam escapar. Mas o que ajudou a descrever melhor a situação foi seu controle emocional, mesmo com sua esposa quase entrando em crise de histerismo diante do fato, o que foi logo contornada por ele. Se todos que passassem por uma experiência ufológica se comportassem desta forma, talvez tivéssemos muito mais a acrescentar à pesquisa do fenômeno. Mas, ao contrário, grande parte das testemunhas se oculta ou foge das manifestações. A única coisa que relatam é a presença de um objeto luminoso.
UFO em área urbana — Hoje, temos no cenário mundial um novo perfil de testemunhas ufológicas, além dos conhecidos caboclos e trabalhadores da roça, ou dos médicos e juízes das áreas urbanas e tantos outros que se juntam e formam um padrão consistente de casuística. Temos pessoas que são capazes de desafiar os próprios UFOs, testando seus poderes de percepção, deslocamento e trajetória. São capazes de investigar por conta própria o que está além do contato, não aceitando somente ver, mas desejando também entender a situação. A chegada desta nova categoria de testemunhas, com seu ceticismo e postura acadêmica, é muito bem-vinda, pois irá ajudar a pesquisa ufológica, uma vez que elas são livres de sugestões ou de outros tipos de influências que tanto prejudicam a disciplina. Como nos disse o professor Darlan: “Eu era um pouco cético em relação a estes fatos, mas agora não tenho dúvidas e quero saber o que está por trás de tudo isso”.
A Ufologia também está tendo que lidar com o fato de que é crescente o número de contatos imediatos em centros urbanos, que às vezes ultrapassam o da zona rural – que tem a seu favor a baixa luminosidade ambiente, que propicia o avistamento de objetos no céu. Além do que, os moradores das regiões interioranas não têm outra opção de divertimento senão ficar às portas das casas, conversando e olhando tudo que se passa ao seu redor. Mas, um bom exemplo do crescimento nos casos urbanos é o do professor Darlan, morador há três anos do bairro Buenos Aires, em Teresina. O fato aconteceu no dia 04 de março de 2005, às 05h15.
Darlan dormia em seu apartamento enquanto a esposa iniciava os preparativos para ir logo mais ao hospital do bairro, a fim de se consultar. Preocupada que tivesse que enfrentar alguma chuva naquele dia, foi observar pela janela se o tempo estava a seu favor. Neste instante, notou a presença de um estranho objeto no céu, chamando imediatamente o marido para também observar o fato. Segundo seu relato, o artefato tinha formato circular, mas não esférico, e sua parte inferior parecia estar inclinada. “Aquilo veio da região norte muito lentamente, aproximando-se do condomínio e emitindo luzes de baixa intensidade embaixo, algumas delas amareladas”, afirmou. A mulher percebeu ainda uma espécie de mangueira ou tubo na parte inferior do objeto, com uma luz branca, fraca e de pouca intensidade no centro. Ela confirmou que aquilo tinha cor de grafite, era escuro e sem brilho. Percebeu que ao redor do artefato havia uma espécie de campo de força, fato verificado pelas ondas de turbulência que fazia ao redor do aparelho.
Antes de Darlan passar a observar o fenômeno, o objeto havia projetado um feixe de luz de aspecto sólido na direção do solo. Ao passar lentamente diante da janela do apartamento, Darlan pediu à esposa que fosse até o interruptor do quarto e mantivesse a ação de ligar e desligar a luz, em intervalos curtos. Ele queria provocar uma reação naquele objeto, e foi bem sucedido! Ao perceber a luminosidade oscilando no apartamento, o UFO se apagou, parou, inclinou-se um pouco e subiu vertiginosamente a uma grande altitude. O tempo decorrido para estas manobras foi tão rápido que Darlan foi surpreendido por um novo ponto luminoso, agora abaixo das nuvens, que brilhava mais forte do que todas as outras estrelas e permaneceu estática por muito tempo. O professor aproveitou o momento para descer do prédio e observar a luz de um novo ângulo, mas não logrou êxito de fora do apartamento.
Confirmações cruzadas — A esposa soube depois que, naquela manhã, o vizinho do andar de cima viu a referida luz no céu e observou a estranha movimentação no apartamento do casal. O ponto luminoso permaneceu parado por mais algum tempo, até que a luminosidade do dia e as nuvens o encobrissem completamente. Investigando se o fato havia sido presenciado por mais pessoas, Darlan descobriu que um vigilante, que estava próximo dali, confirmou o avistamento de um estranho objeto entre 12h00 e 14h00 do dia anterior. Segundo sua narrativa, o aparelho se encontrava aparentemente ao lado do Sol, e com muita dificuldade percebeu uma espécie de bola que ficou suspensa no ar por muito tempo. O professor soube também que, dias antes do ocorrido, pessoas residentes nas proximidades afirmaram ter observado várias vezes uma luz avermelhada bastante perceptível no céu.
Certas manifestações ufológicas parecem se repetir por longos períodos em locais específicos. Há várias especulações e teorias que buscam explicar o porquê da permanência de determinados fenômenos em dadas regiões, que, em alguns casos, podem perduram até mesmo décadas. Uma das teses sustenta que os tripulantes dos UFOs pré-determinam seus roteiros de atuação para terem a familiaridade de neles realizar exercícios com regularidade e objetividade, cujos critérios nos são desconhecidos. Assim como biólogos acompanhando o comportamento de uma espécie em seu habitat natural, parece que os extraterrestres escolhem uma localidade considerando sua cultura e características geográficas regionais, como numa pesquisa científica.
José de Freitas, capital dos UFOs — Este parece ser o caso do município de José de Freitas, 90 km ao norte de Teresina, onde a Equipe Upupi levantou uma rica casuística. O mesmo se repetiu em outras cidades e vilarejos, que discutiremos a seguir. Em José de Freitas temos uma grande quantidade de casos interessantes, entre eles alguns episódios ufológicos ocorridos na Fazenda Vinagreira, localiza
da num povoado homônimo e de propriedade de Deusdete Sousa. Naquela localidade, as manifestações alienígenas vêm sendo registradas nas últimas duas décadas e parecem indicar um crescente movimento de objetos voadores não identificados, numa dimensão que supera nossas estimativas. Toda a região é cercada de vilas que se interligam, e apesar das pesquisas da Equipe Upupi ainda estarem em andamento na área, já é possível especular que muitas ocorrências ainda virão à tona com seu aprofundamento.
Algumas das dificuldades de nossa atuação na área estão no deslocamento até os locais atingidos e a necessidade de quebrar a resistência dos moradores, refratários a relatarem suas vivências. Afinal, num mundo de violência e desconfiança, pessoas estranhas a uma localidade precisam ganhar a confiança dos moradores, através de um processo de aproximação e de construção de amizades. Parece que nós, ufólogos, sentimos na pele o que os supostos extraterrestres devem sentir em suas tentativas de contatos com os terrestres. Mas o processo descrito está se dando, permitindo que narrássemos neste trabalho alguns casos significativos de contatos imediatos, alguns com nome completo e idade das testemunhas, outras tratadas apenas por seus primeiros nomes. A permanência da Equipe Upupi na região foi suficiente para resgatar a incidência e determinar a profundidade da fenomenologia ufológica local, permitindo buscar possíveis caminhos que levem à compreensão de sua natureza.
Um caso significativo ocorreu com Antônio Gonçalves, 58 anos, lavrador residente ao lado da Fazenda Vinagreira. Gonçalves já perdeu a conta de quantas vezes viu o aparei no céu – designação local dada a um disco voador, numa corruptela da palavra aparelho. Seus vizinhos também costumam ver objetos sobrevoando a floresta próxima das casas do local. O lavrador nos narrou alguns de seus avistamentos, entre eles o acontecido em 15 de maio de 1997. Eram aproximadamente 21h00, quando Gonçalves retornava junto com seu amigo José de uma pescaria no Rio Maratoam, a cerca de seis quilômetros de sua residência. Percorriam o itinerário de volta pedalando uma bicicleta e conversando naturalmente, quando foram surpreendidos por uma luz muito intensa que investiu sobre eles. Gonçalves vinha na garupa e se jogou sobre uma moita junto com José. Ele contou que o brilho do aparei era muito intenso e azulado, não sendo possível observá-lo diretamente. Tamanho susto fez com que ficassem quietos e sem querer olhar em sua direção, numa tentativa de saírem daquela situação inesperada. Felizmente, depois de um bom tempo, o foco luminoso se apagou, permitindo com que ambos continuassem seu percurso.
Luz semelhante a um holofote — Outra interessante ocorrência ufológica envolveu Gonçalves, desta vez com sua esposa, Teresa Rocha de Jesus Oliveira, 61 anos. Ambos retornavam de uma reunião na residência do senhor Maurício, em data que nenhum deles lembra precisamente. Era cerca de 22h00 quando, ao longo do trajeto, um objeto surgiu do nada e jogou um reflexo sobre o casal. A expressão, muito comum naquela região, designa popularmente um foco luminoso intenso, semelhante a um holofote. O tal reflexo fez com que ambos se escondessem em uma moita próxima. Mas a luz não demorou muito sobre o local e logo se apagou, permitindo que retornassem à estrada. Desde a experiência, dona Teresa criou um medo intenso do objeto, que volta e meia reaparece.
Em julho de 1998, Gonçalves voltaria a encontrar o aparei, novamente durante uma pescaria no citado rio e agora junto de alguns colegas e do filho, que não acreditava no fenômeno e até ridicularizava os contatados. Conta o lavrador que, ao voltarem para casa, desta vez de carro, foram surpreendidos pelo objeto luminoso sobre uma mata ainda distante. Enquanto o grupo discutia se era ou não o tal aparei, o ponto distante se apagou e voltou a acender sobre o veículo. O motor do carro “morreu” em seguida, fazendo com que todos os ocupantes saíssem do veículo – um bugre – e buscassem se esconder nas moitas ao lado da estrada, de onde ficaram observando a estranha luminosidade. “Aquilo parecia que estava à nossa procura, mas não fazia qualquer ruído”, declarou Gonçalves.
O lavrador ainda relatou à Equipe Upupi outros episódios ufológicos ocorridos na região, que tiveram como personagens principais moradores vizinhos e alguns distantes. Um dos fatos aconteceu ao senhor Sabino, amigo de Gonçalves. Ele retornava para sua fazenda, por volta das 21h00, quando foi atingido por um raio disparado de um UFO. Com muita dificuldade, conseguiu se arrastar até uma moita e dela pôde observar seres humanóides provenientes do objeto, que tinham pequena estatura e pareciam procurá-lo. Não obtendo êxito, as criaturas foram embora, permitindo que a vítima, bastante debilitada, conseguisse chegar à sua casa. Soubemos ainda do caso ocorrido a uma mulher residente na localidade Pai Luís, cerca de 20 km da Fazenda Vinagreira, que não quis se identificar. A senhora também teve um encontro com seres, mantendo com eles um diálogo. Segundo seu relato, tinham pequena estatura e cabeça desproporcional ao corpo. Conforme declarou, a contatada teve problemas de saúde em virtude das criaturas terem retirado parte de seu sangue.
“Soltando raios para todos os lados” — Outra experiência aconteceu com o senhor Deusdete Costa Filho, 61 anos, proprietário da Fazenda Vinagreira, onde reside há muitos anos. Ele conta que, em agosto de 1997, também teve um encontro com aparei à porta de sua propriedade. Eram 20h00 quando, na companhia de sua esposa, Maria Dalva, e de sua filha, Maria Francisca, retornava para a sede da fazenda, o grupo percebeu uma luz que “acendeu” no céu e passou a brilhar numa intensidade fortíssima e na cor azulada. Costa Filho descreveu que a luz parecia “soltar raios para todos os lados”, sobrevoando a área em mediana velocidade e aparentemente tentando pousar ali. Após alguns minutos e próximo a uns pés de carnaúba [Palmeiras], o objeto se apagou, tornando a brilhar um pouco mais à frente. Isso se repetiu várias vezes, até que não fosse possível mais ver o fenômeno. O proprietário e sua família aproveitaram os intervalos para se esconderem embaixo de umas árvores, até conseguirem atingir a sede. Costa Filho lembra ainda que a altura do objeto ultrapassava um pouco a da mata.
Segundo o fazendeiro, UFOs têm sido vistos por muita gente num ponto de ônibus conhecido como Parada do Portela, na estrada que liga a área rural ao município de Lagoa Alegre, próxima daquela localidade. Geralmente às 05h00, as pessoas vêem o objeto seguindo uma trajetória ora ascendente, ora acendendo e apagando até se perder de vista. Costa Filho contou ainda que alguns moradores evitam andar sozinho pela estrada ou mudam de horário quando pretendem pegar o transporte coletivo. “Um morador da fazenda, conhecido por Chico Lima, teve uma experiência forte quando retornava com o amigo Osvaldo do Rio Maratoam”, disse. O fato se deu há 15 anos, evidenciando que o fenômeno ocorre com freqüência e com muita intensidade há bastante tempo. Chico Lima e Osvaldo se esconderam embaixo de um bacurizeiro, evadindo-se em seguida assustados com o encontro inusitado e deixando até a bicicleta no local.
O vaqueiro da Fazenda Vinagreira José de Ribamar Filho, 18 anos, também foi protagonista de um avistamento ufológico. Ele descreveu o fato, que aconteceu em setembro de 1998, no meio da noite. Ribamar Filho lembra que acordou às 03h00 para recolher o cavalo que estava no campo, na intenção de colocá-lo no curral e providenciar sua alimentação. Ao sair de casa, percebeu, a aproximadamente 50 m, uma luz intensa e avermelhada se deslocar sobre as palmeiras. Diante da situação inesperada, ficou parado e observou que o objeto também fez o mesmo, como se notasse sua presença. O vaqueiro se escondeu embaixo de uma árvore e viu que o UFO continuou a seguir sua trajetória inicial. Após esta experiência, Ribamar Filho tem evitado sair no mesmo horário de antes.
Disparos contra um disco voador — Um interessante relato foi oferecido à Equipe Upupi por um caçador que não quis se identificar, mas que foi entrevistado em Pai Luis, distante alguns quilômetros do povoado Vinagreira. O caçador contou que o fato aconteceu quando seu vizinho Antônio José e a esposa Maria do Amparo foram tomar banho num riacho próximo de onde moram. Num dado momento, um objeto luminoso apareceu e atingiu Antônio com um choque elétrico, fazendo-o cair ao chão. A vítima não encontrou forças para se erguer, tendo que ser ajudado por Maria. Mesmo com dificuldades, ambos conseguiram andar alguns metros, mas foram seguidos pelo UFO até um pé de jatobá. Quando tentavam se abrigar debaixo da árvore, outros moradores ouviram seus gritos de socorro e saíram de suas casas para ajudá-los.
Foi neste instante que entrou em cena o caçador, que se armou de uma espingarda e disparou três vezes contra o objeto. Sua iniciativa era apenas de afugentá-lo, o que ele teve a impressão de ter conseguido quando o UFO se apagou. Mas ele acendeu novamente em seguida e passou a fazer um vôo rasante sobre as casas. O homem tentou disparar novamente, mas foi impedido pelos vizinhos, temerosos da reação que o objeto teria. Após alguns minutos, o artefato tomou rumo ignorado e desapareceu.
Outro relato intrigante nos foi passado pelo senhor Hélio, que também não quer ter seu sobrenome revelado. Figura bastante conhecida em José de Freitas, Hélio contou que às 19h30 de certa noite, cuja data não pôde precisar, observou um objeto a grande altitude. Ele estava às margens do Açude do Bezerra, o maior da região e com atrativos turísticos, e percebeu que a trajetória do aparei era tipicamente a de um UFO. O objeto então subiu bruscamente em ângulo reto e fez nova manobra de 90°, tomando rumo ignorado. Em seu depoimento, Hélio afirmou que não acreditava nos relatos dos outros moradores, até viver sua própria experiência.
Casos como este são inúmeros e podem ser encontrados em todos os pontos do Piauí. Em 17 de setembro de 2005, a Equipe Upupi retornou pela terceira vez ao povoado Vinagreira, para dar continuidade às pesquisas e verificar se o fenômeno ainda acontecia com a mesma intensidade. Algumas testemunhas já entrevistadas anteriormente voltaram a ter experiências posteriores que nos narraram. Uma delas é o senhor Calázio, um desses personagens que compõem o cenário piauiense, uma figura simples e com facilidade de comunicação. Disse-nos que já ouviu muitos relatos sobre o aparei, inclusive que, em 14 de setembro de 2005, viu novamente um objeto voador não identificado sobre a área. Ele relatou que estava sentado à porta da sua casa, entre 19h00 e 20h00, como de costume, quando um artefato iluminou tudo a partir do alto. “O UFO ficou por alguns instantes naquele estado, até diminuir de intensidade gradativamente”. Calázio afirmou ainda que, ultimamente, a forma de surgimento dos fenômenos mudou com relação ao passado.
Segundo ele, atualmente os objetos ficam no alto e não realizam muitos deslocamentos e abordagens às pessoas. Registramos também o depoimento de sua esposa, Maria José, e de seu filho Paulo Henrique. Ambos foram protagonistas de um encontro inusitado com outro UFO, desta vez pousado, e seus tripulantes. Conta Maria José que, há algum tempo, sem se recordar da data específica, ela e o menino saíram de casa à meia noite, com destino à residência de sua mãe. No percurso, uns três a quatro quilômetros à frente, perceberam no céu uma “estrela” que se deslocava no sentido contrário ao seu itinerário. Rapidamente a luz se aproximou deles e passou a segui-los, ora mais próxima, ora distante.
ETs consertando uma nave? — O pânico logo se instalou na dupla, fazendo com que mãe e filho avançassem na estrada, aproveitando a oportunidade quando o objeto se distanciava. “Mas quando ele voltava a se aproximar, a gente corria para se esconder numa mata”, disse a mulher. O UFO tentou cercá-los de um lado e de outro, até que, depois de certo tempo, deslocou-se uns 200 m à frente e pousou.
Do local onde Maria José estava escondida com Paulo Henrique, ambos ouviram por um bom período um som ininterrupto semelhante ao de algo batendo em metal, como se os tripulantes do objeto estivessem consertando ou mexendo em alguma coisa nele. Não ouviram nenhuma espécie de vozes. Paulo Henrique queria gritar, na tentativa de afugentar as criaturas, mas foi impedido por sua mãe. Às 05h00, a dupla viu que o objeto decolou e tomou rumo ignorado. Como o local do pouso estava no percurso que fariam, ambos foram checar e notaram uma área de aproximadamente 2,5 m, onde o capim estava amassado, formando um quadrado. Mãe e filho também perceberam pegadas de calçados de número pequeno em volta do lugar. Questionada por que n&atild
e;o tentou ver mais de perto as manobras dos estanhos seres, Maria José disse que ficou com medo, porque as pessoas comentam que se aproximar muito destes objetos provoca grande frio e até perigo de morte. Ela também disse que os seres usam uma indumentária de metal para se protegerem.