Quando levamos em conta a probabilidade de seres de outros planetas já estarem na Terra desde os primórdios da espécie humana, essa pergunta parece sem propósito. Afinal, poderíamos afirmar que se esses seres quisessem nos subjugar por meio da força, já o teriam feito. Penso, porém, que a situação não é assim tão simples. Há mais de um modo de submeter uma pessoa, etnia, nação ou planeta, aos caprichos de um poder dominante. A força bruta e a imposição direta da vontade alheia, é apenas um deles. Dominações sutis, disfarçadas a tal ponto de parecerem inestimáveis ajudas, ou invisíveis, sem que sequer sejam percebidas, de fato ocorrem com freqüência.
Na história da humanidade, impérios já dominaram e caíram. Egípcios, gregos, romanos etc já foram senhores e perderam o cetro. A Inglaterra teve uma das mais eficazes políticas imperialistas e expansionistas do mundo. Hoje, os Estados Unidos ainda parecem deter boa parte do domínio financeiro e das comunicações do planeta. Dominação sutil. E se considerarmos mais uma vez o Reino Unido, pouca gente ignora que o poder dos bancos ingleses rege a economia mundial. Sutileza. Ou nem tanto.
Se no próprio meio humano ainda existem os subjugadores e as vítimas cientes ou completamente alienadas, não seria exagero nem paranóia supormos que uma civilização extraterrestre muito mais evoluída tecnologicamente — não moralmente — poderia manipular, ou talvez até já esteja manipulando nossas decisões cotidianas, as posições de nossos governos, a gnose de cada uma das grandes religiões institucionalizadas, a mídia internacional, enfim, cada setor da atividade humana. E os possíveis objetivos seriam múltiplos. Estudo, miscigenação, domínio puro por parte de uma política imperialista, tentativa de salvar sua raça da extinção, ou até de nos salvar de nós mesmos.
Domínio do ser humano
Em seu livro Armas Eletromagnéticas [Editora Aleph, 2005], o ativista pela liberdade dos direitos civis, Jerry E. Smith, descreve o famigerado Programa de Pesquisa de Ativação de Alta Freqüência Auroral (HAARP, sigla em inglês, na foto ao lado), a mais poderosa e maior instalação do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Oficialmente, o HAARP é apenas um projeto avançado para estudos atmosféricos e climáticos. Entretanto, muitos críticos contestam a versão oficial dos militares norte-americanos dessa instalação gigantesca a ser completada provavelmente em 2007, mas já em funcionamento parcial, e alegam que o programa é uma espécie de protótipo de um sistema de armas poderosíssimo, parte da iniciativa conhecida como Guerra nas Estrelas, do governo norte-americano.
Na verdade, seria um misto de arma de destruição de mísseis hostis, radar, e, segundo alguns pesquisadores, um poderoso emissor de ondas eletromagnéticas capazes de interferir nas condições climáticas do mundo — em vez de apenas estudá-las — e até do próprio sistema nervoso humano. Como duvidar que forças semelhantes, e até maiores, não possam ser exercidas por seres de outro planeta, talvez séculos à nossa frente no uso do eletromagnetismo, da energia nuclear — e quem sabe até, das quatro forças (nuclear fraca, nuclear forte, gravitação e eletromagnetismo) unificadas, sonho ainda não concretizado na Terra? — e das técnicas psíquicas e subliminares de intervenção?
Mas há um outro lado da questão. Um detalhe interessante, que não escapa de nenhum estudante de história. A história humana mostra que em todas as grandes conquistas, o povo dominante — política e militarmente mais poderoso — sempre assimila algum aspecto dos povos subjugados. O imperialista aprende com o colonizado e assimila em sua própria cultura, por exemplo, hábitos sociais e elementos da religião nativa, como foi o caso de Roma, que tanto aprendeu com os gregos e com os povos celtas. Posteriormente, o cristianismo, via Roma, como poderosa força imperialista, dominou as tribos celtas e pagãs, mas acabou incorporando inevitavelmente em seus dogmas, elementos importantíssimos dos cultos pagãos, a exemplo da própria celebração do Natal. 25 de dezembro, originalmente, era a data em que era comemorado o festival da colheita, que passou a significar o nascimento de Cristo em uma tentativa de apagar o culto original, o que, aliás, funcionou.
O “pacote” da conquista
Caso uma civilização extraterrestre nos invadisse abertamente, e seus líderes se firmassem como nossos senhores, será que ela adotaria alguma faceta de nosso modo de vida? Abraçaria alguma de nossas religiões e filosofias — o judaísmo, cristianismo ou o budismo, por exemplo? Apreciaria o nosso sistema monetário, adotando o uso do dinheiro, um meio que para eles talvez até então inexistiria? E quanto aos hábitos alimentares? Apreciariam esses ETs invasores nossos pratos, nossas fontes de proteína, cálcio, sal, carboidratos? Tudo poderia vir embrulhado junto com o “pacote” da conquista.
Creio que, para nossa felicidade, os ETs que visitam a Terra há milênios não pretendem nos fazer mal, pois, se pretendessem, não teríamos a menor chance contra eles. É muito mais provável que os ocupantes dos UFOs da atualidade sejam seres que têm conhecimento de nossa origem, talvez descendam daqueles que nos inseminaram, que semearam no planeta Terra a espécie humana como a conhecemos, e aqui estão para nos observar, e, se necessário, interferir. Nosso vínculo com eles deve ser muito maior do que imaginamos. Extraterrestres, sim. Alheios ao nosso planeta, não. Esses seres devem, na verdade, saber muito mais sobre a Terra, suas condições geológicas, atmosféricas, sua fauna e flora etc, do que nós mesmos. Quanto a esses, penso que não precisamos nos preocupar. O que não elimina o risco de haver outros povos alienígenas interessados na Terra, e com intenções não muito louváveis.
Partilho com alguns outros ufólogos da idéia de uma possível infiltração de ETs em nosso meio. Não me refiro aqui a influências sutis, mensagens subliminares, contato com seres intradimensionais, contatos extrafísicos, alienígenas reencarnados na Terra, os entrantes [Walk-ins], embora tudo isso seja possível. Falo de extraterrestres de carne e osso mesmo — ou do que quer que sejam feitos — assumindo aparências perfeitamente humanas, vivendo em nossa sociedade, convivendo conosco. Um colega de escritório, o médico da vizinhança, um cantor ou ator famoso, a garçonete do barzinho em frente à sua casa, um ufólogo da Revista UFO etc. Qualquer um poderia, segundo essa teoria, ser um extraterrestre disfarçado.
Armas mortais superavançadas
Fantástico? Nem tanto. Quem sabe o que eles já fizeram ou est&atil
de;o fazendo neste exato instante para pôr em prática um plano bem elaborado de estudo, ajuda, ou, quem sabe, conquista — em último caso — de maneira decididamente sutil? A presença extraterrestre em nosso planeta pode ser de várias formas. Pessoalmente, não acredito em uma invasão em massa, deflagrada, com armas mortais superavançadas e posteriores decretos por parte de forças alienígenas quanto a quem deve fazer o que no novo mundo dominado, como escravos ou prisioneiros perenes em um campo de concentração planetário. Não que isso não possa acontecer. Mas, sinceramente, acho que se existisse tal intenção, ela já teria sido posta em prática.
Guardo ainda uma dose de otimismo quanto ao futuro da espécie humana e penso que, se paira sobre as nossas cabeças a ameaça de um poder extraterrestre que pretende nos subjugar à força, existem também aqueles seres que mencionei acima, os quais seriam como que “olheiros”, observando-nos, prontos para interferir, caso nossas burradas ameacem ultrapassar os limites do seguro, ou se outras civilizações do espaço exterior tentarem invadir nosso domicílio planetário. Entretanto, não podemos realmente saber. Muitos são os que nos observam, disso podemos ter certeza.