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Se não foi encerrada, o que aconteceu com a Operação Prato?

Entre os incontáveis casos de avistamentos de discos voadores na Amazônia estavam, inclusive, os de naves de grandes proporções. Publicado em 22/02/2020.

A. J. Gevaerd

Mesmo tendo sido encerrada há mais de 40 anos, supostamente em 1977, a mais robusta missão militar de investigação ufológica da história ainda suscita debates e levanta polêmicas. A Operação Prato, conduzida secretamente pela Força Aérea Brasileira (FAB) no litoral fluvial do Pará, entre os meses de setembro e dezembro de 1977, foi a mais colossal atividade já realizada por militares para se investigar o Fenômeno UFO — que na época se manifestava geralmente na forma de esferas de luz apelidadas pelos ribeirinhos de “chupa-chupa” ou “luzes vampiras”. Eram artefatos que emitiam raios de luz contra as vítimas, semelhantes a emissões de laser, através dos quais extraíam sangue. Foram centenas de casos, em especial na ilha de Colares, a 80 km de Belém, epicentro das manifestações, que resultaram em pelo menos quatro óbitos conhecidos. A referida missão militar já foi amplamente exposta em diversas edições pela Revista UFO, reativando as investigações. Na verdade, esta publicação tem perseguido o assunto obstinadamente desde os anos 80.

Já naquela época nossa equipe recebeu de fontes anônimas dezenas de páginas de documentos sobre a Operação Prato, que, evidentemente, apesar de ainda vivermos no fim da Ditadura, foram parar em nossas páginas e ficaram conhecidas em todo o país. Mais de 10 anos depois, em 1997, período em que mantivemos a busca por mais evidências sobre aquela missão militar, a publicação obteve uma entrevista bombástica e exclusiva com o homem que a comandou, o coronel Uyrangê Hollanda.

O militar confirmou o que em parte já se sabia — que a Aeronáutica chegou a obter mais de 500 fotografias de discos voadores e sondas ufológicas, cerca de 16 horas de filmes em formato super 8 e 16 mm e centenas de depoimentos de testemunhas e vítimas, formando um calhamaço de cerca de 2.000 páginas. Como se pode ver, o volume de informações gerado pela Operação Prato é assombroso e sua quantidade e natureza foram confirmadas, em 2008, pelo brigadeiro José Carlos Pereira, ex-comandante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra) e homem de destaque no meio militar brasileiro, tendo ocupado vários cargos de prestígio no país — um deles a Infraero, quando tentou debelar o caos aéreo que assolou a nação recentemente. Pereira, em entrevista exclusiva à Revista UFO, não apenas fez declarações inesperadas para um homem em sua posição — “Está na hora de revelar todos os segredos sobre os discos voadores”, por exemplo — como ainda atestou a idoneidade de Hollanda e a veracidade de tudo o que ele declarara em 1997. Simplesmente não há conhecimento, em lugar algum do mundo, de uma ação militar que tenha obtido tamanho volume de documentação e tão impressionantes resultados — e tudo oficialmente conduzido por militares em missão oficial e com soldos para executá-la.

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Isso é algo significativo e sem precedente na história da Ufologia. Sem contar o ponto crucial daquela missão militar, que tinha entre seus objetivos finais a tentativa de estabelecer contato direto com as inteligências responsáveis pelo chupa-chupa. Sim, exatamente isso: a Operação Prato, uma iniciativa oficial de pesquisa ufológica, tinha como seu maior propósito determinar a natureza das inteligências por trás do fenômeno e ainda tentar fazer contato com elas. Estas são informações passadas por Hollanda, o homem que começou sua função de comandante da operação como um cético e acabou, quatro meses depois, como contatado por ETs — com a significativa diferença de que ele era um militar em posição chave em um dos maiores destacamentos da Aeronáutica no país, o I Comando Aéreo Regional (COMAR I), e não uma testemunha qualquer.

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Seu contato com um ser extraterrestre ocorreu no início da segunda quinzena de dezembro de 1977, quando a Operação Prato já tinha todos os registros documentais citados acima. O próprio Hollanda estava com um de seus comandados em uma pequena embarcação de alumínio no Rio Guajará-Mirim, que banha um dos lados da ilha de Colares, quando ambos avistaram um UFO cilíndrico de cerca de 100 m de comprimento. Emitindo um chiado, o objeto ficou suspenso no ar em posição vertical e a uns dois metros do solo sobre a margem oposta do rio. Uma pequena porta se abriu em sua parte superior e através dela uma criatura saiu do aparelho. Vestida com macacão inteiriço e capacete como o de um motoqueiro, ambos brancos, o ser desceu flutuando e se colocou praticamente na frente dos homens, atônitos. “Parecia que aquela criatura queria que o víssemos e soubéssemos que ele sabia de nossas atividades no local”, disse Hollanda.

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Ademar José Gevaerd (Maringá, 19 de março de 1962 – Curitiba, 9 de dezembro de 2022) foi um ufólogo brasileiro, editor da Revista UFO, publicação do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), entidade do qual também foi fundador e presidente. Também é director brasileiro da Mutual UFO Network (MUFON). Ele representou o Brasil no Center for UFO Studies e foi diretor para a América Latina do Annual International UFO Congress. Esteve em diversas redes brasileiras de TV, além do Discovery Channel, National Geographic Channel e no History Channel, tendo discursado em muitas cidades do Brasil e em outros 50 países, além de ter realizado mais de 700 investigações de campo dos casos de Ovnis no Brasil. Era considerado um dos maiores ufólogos do mundo, uma das personalidades máximas do Brasil nesse assunto, membro de várias associações internacionais de ufologia. Considerado um dos mais respeitados ufólogos, é conhecido por seu empenho em tentar amparar todo fenômeno ufológico com o maior número possível de provas e testes. Ainda na década de 1980, foi convidado pelo Dr. J. Allen Hynek para representar no Brasil o Center for UFO Studies (CUFOS). Gevaerd sofreu uma queda em casa, no dia 30 de novembro de 2022, vindo a morrer no dia 9 de dezembro de 2022 no Hospital Pilar em Curitiba.