Mesmo tendo sido encerrada há mais de 40 anos, supostamente em 1977, a mais robusta missão militar de investigação ufológica da história ainda suscita debates e levanta polêmicas. A Operação Prato, conduzida secretamente pela Força Aérea Brasileira (FAB) no litoral fluvial do Pará, entre os meses de setembro e dezembro de 1977, foi a mais colossal atividade já realizada por militares para se investigar o Fenômeno UFO — que na época se manifestava geralmente na forma de esferas de luz apelidadas pelos ribeirinhos de “chupa-chupa” ou “luzes vampiras”. Eram artefatos que emitiam raios de luz contra as vítimas, semelhantes a emissões de laser, através dos quais extraíam sangue. Foram centenas de casos, em especial na ilha de Colares, a 80 km de Belém, epicentro das manifestações, que resultaram em pelo menos quatro óbitos conhecidos. A referida missão militar já foi amplamente exposta em diversas edições pela Revista UFO, reativando as investigações. Na verdade, esta publicação tem perseguido o assunto obstinadamente desde os anos 80.
Já naquela época nossa equipe recebeu de fontes anônimas dezenas de páginas de documentos sobre a Operação Prato, que, evidentemente, apesar de ainda vivermos no fim da Ditadura, foram parar em nossas páginas e ficaram conhecidas em todo o país. Mais de 10 anos depois, em 1997, período em que mantivemos a busca por mais evidências sobre aquela missão militar, a publicação obteve uma entrevista bombástica e exclusiva com o homem que a comandou, o coronel Uyrangê Hollanda.
O militar confirmou o que em parte já se sabia — que a Aeronáutica chegou a obter mais de 500 fotografias de discos voadores e sondas ufológicas, cerca de 16 horas de filmes em formato super 8 e 16 mm e centenas de depoimentos de testemunhas e vítimas, formando um calhamaço de cerca de 2.000 páginas. Como se pode ver, o volume de informações gerado pela Operação Prato é assombroso e sua quantidade e natureza foram confirmadas, em 2008, pelo brigadeiro José Carlos Pereira, ex-comandante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra) e homem de destaque no meio militar brasileiro, tendo ocupado vários cargos de prestígio no país — um deles a Infraero, quando tentou debelar o caos aéreo que assolou a nação recentemente. Pereira, em entrevista exclusiva à Revista UFO, não apenas fez declarações inesperadas para um homem em sua posição — “Está na hora de revelar todos os segredos sobre os discos voadores”, por exemplo — como ainda atestou a idoneidade de Hollanda e a veracidade de tudo o que ele declarara em 1997. Simplesmente não há conhecimento, em lugar algum do mundo, de uma ação militar que tenha obtido tamanho volume de documentação e tão impressionantes resultados — e tudo oficialmente conduzido por militares em missão oficial e com soldos para executá-la.
Isso é algo significativo e sem precedente na história da Ufologia. Sem contar o ponto crucial daquela missão militar, que tinha entre seus objetivos finais a tentativa de estabelecer contato direto com as inteligências responsáveis pelo chupa-chupa. Sim, exatamente isso: a Operação Prato, uma iniciativa oficial de pesquisa ufológica, tinha como seu maior propósito determinar a natureza das inteligências por trás do fenômeno e ainda tentar fazer contato com elas. Estas são informações passadas por Hollanda, o homem que começou sua função de comandante da operação como um cético e acabou, quatro meses depois, como contatado por ETs — com a significativa diferença de que ele era um militar em posição chave em um dos maiores destacamentos da Aeronáutica no país, o I Comando Aéreo Regional (COMAR I), e não uma testemunha qualquer.
Seu contato com um ser extraterrestre ocorreu no início da segunda quinzena de dezembro de 1977, quando a Operação Prato já tinha todos os registros documentais citados acima. O próprio Hollanda estava com um de seus comandados em uma pequena embarcação de alumínio no Rio Guajará-Mirim, que banha um dos lados da ilha de Colares, quando ambos avistaram um UFO cilíndrico de cerca de 100 m de comprimento. Emitindo um chiado, o objeto ficou suspenso no ar em posição vertical e a uns dois metros do solo sobre a margem oposta do rio. Uma pequena porta se abriu em sua parte superior e através dela uma criatura saiu do aparelho. Vestida com macacão inteiriço e capacete como o de um motoqueiro, ambos brancos, o ser desceu flutuando e se colocou praticamente na frente dos homens, atônitos. “Parecia que aquela criatura queria que o víssemos e soubéssemos que ele sabia de nossas atividades no local”, disse Hollanda.