A Rússia só enviará naves tripuladas a Marte depois de 2035, embora possa levar aparelhos automáticos ao planeta em 2015, anunciou hoje a Agência Federal Espacial russa (Roscosmos).
“A Roscosmos dá um grande valor à preparação dos projetos de vôos a Marte e à Lua, mas este é um processo muito longo. Os vôos a Marte estão sendo planejados para depois de 2035”, assegurou Anatoli Perminov, chefe da Roscosmos, à emissora de rádio Mayak.
Com o objetivo de realizar vôos interplanetários, o consórcio russo Krunichev terá que construir foguetes com capacidade de colocar em órbita cargas de entre 120 t e 130 t, enquanto os atuais portadores russos Proton conseguem elevar apenas 22 t.
Segundo projetos desenhados por centros russos, a nave para viajar a Marte será construída na órbita terrestre a partir de módulos de pelo menos 100 t cada um. Estes módulos serão encaixados de forma similar à atual Estação Espacial Internacional (ISS).
A nave, com 600 t, poderá transportar a Marte uma tripulação de seis cosmonautas, em uma viagem de entre 440 e 500 dias de duração, que inclui ida, estadia e volta.
Estas naves consumirão um combustível diferente ao dos atuais foguetes e operará com motores elétricos que usam a energia solar ou nuclear, com capacidade de funcionar sem necessidade de reabastecer durante a viagem.