Em 15 de maio de 1950, o arquiteto e ex-piloto italiano Enrico Bossa, viajando de automóvel por uma região deserta à cerca de 280 km de Baía Blanca, na Argentina, viu, não longe da estrada, um UFO aterrissado com cerca de 15 metros de diâmetro e parecendo estar ligeiramente inclinado. A cabine do objeto, segundo descreveu ao pesquisador italiano Alberto Perego, estava aberta, o que o levou a entrar no mesmo. Por dentro, ela era redonda, com 6 metros de diâmetro, e espaçosa. Mas, ao virar-se de lado, o arquiteto observou uma cena macabra: um dos pilotos da nave estava curvado sobre uma espécie de mesa com instrumentos de comando, enquanto outros dois jaziam sobre um sofá contra a parede. Estavam todos mortos!
O fato de que a escotilha estivesse aberta fez Bossa supor que um quarto piloto, sobrevivente, tivesse escapado da morte saindo do UFO. Os seres eram de raça branca (a pele do rosto parecia carbonizada), tinham expressões finas, imberbes e normais, mas todos de pequena estatura. Os aparelhos de bordo estavam marcados – ainda de acordo com o que Perego apurou – com sinais e cifras desconhecidas. Os comandos estavam agrupados sobre uma espécie de teclado, com numerosíssimos botões. Sobre essa mesa, ainda, se encontrava um tipo de mapa mundi rodeado por um anel que fez Bossa recordar o planeta Saturno. No alto e ao longo do ângulo superior da cabine, um foco de luz azulada palpitava, acendendo e apagando alternadamente, dando a impressão de que o aparelho possuía energia própria.
Tomado pelo medo, Bossa saiu da cabine e procurou por uma cidade próxima, que ainda estava a dezenas de quilômetros do local. No dia seguinte, voltou ao ponto com outras pessoas, mas encontrou só restos incandescentes do aparelho que – segundo concluiu o ufólogo Perego, com base em investigações de casos gerais na redondeza, naquela data – fora destruído por dois outros UFOs, que todos ainda podiam ver distanciarem-se no céu e alcançarem, em seguida, uma outra nave, desta vez cm forma de charuto, que estava parada à enorme altitude.
Notícias Secretas – Real ou fantasia, o episódio relatado pelo ufólogo Alberto Perego lança um tapete de perturbante indagação: será verdade que UFOs têm-se acidentado na Terra, algumas vezes com sérias avarias em suas máquinas, outras com a morte de seus tripulantes? Parece que sim e várias fontes confiáveis têm, nos últimos anos, falado e publicado muita coisa interessante a respeito. O autor e pesquisador norte-americano Frank Edwards, por exemplo, publicou material sobre quedas de UFOs c resgates de seus tripulantes em um de seus livros, “Flying Saucers, Serious Business” (em português: “Discos voadores, coisa séria”), best-seller em vários países, já há mais de 3 décadas.
Também fontes populares publicam material sobre essa delicada questão. Uma delas, o jornal alemão “Sluttgarter Tageblatt”, assegurou recentemente que um episódio do gênero se verificou há quase 4 décadas, na Escandinávia. Segundo o Stuttgarter noticiou, um perturbante evento correu na Noruega, em 1952, e foi mantido em sigilo por muitos anos. Diz um trecho da matéria: “Somente agora a comissão de investigação do Estado Maior Norueguês tornará conhecidos os resultados das pesquisas sobre os destroços de um UFO resgatado nas cercanias da cidade de Spitzbergen”. Em adição às declarações da tal comissão, o coronel Gernod Darnbyl, seu diretor, afirmou, durante uma explanação a um grupo de pilotos oficiais da Força Aérea daquele país que “a queda do UFO cm Spitzbergen é assunto de máxima importância. Mesmo assim, não concordando com os aluais meios científicos de resolver todos os enigmas, estamos confiantes em que os destroços revelarão dados imensamente importantes para Humanidade”. Mas, na mesma reunião, o coronel deu a entender que houve um equívoco na divulgação do acidente, pois várias fontes, na época, afirmaram que o UFO era dc origem soviética.
Continuou o militar:”Temos certeza que o aparelho não era soviético nem pertencia à qualquer país da Terra. Os materiais usados em sua construção eram totalmente desconhecidos por todos os \’experts\’ que tomaram parte nas investigações”. Ainda segundo Darnbyl, a comissão de investigações não soltará nenhum comunicado completo sobre o assunto até que a questão fosse discutida com os governos americano e inglês.
Assuntos Herméticos – Quando soube da queda em Spitzbergen, através de seus inúmeros contatos por todo o mundo, Frank Edwards, ainda antes de falecer, declarou: “Não é difícil concluir que, se os noruegueses nunca soltaram uma notícia formal e completa sobre o caso, é porque ficaram sensíveis aos \’conselhos\’ daqueles que são os melhores \’clientes\’ de seu país, justamente os EUA e a Inglaterra, que, com certeza, solicitaram a não-divulgação do ocorrido”. Há anos, Edwards enviou uma carta a um dos componentes da comissão de investigação norueguesa, perguntando sobre o episódio de Spitzbergen. Após meses de espera, mereceu a seguinte resposta: “Sentimos muito, mas ainda e impossível responder às suas perguntas. Com certeza, poderemos satisfazê-lo em uma outra data”. Desnecessário dizer que o pedido até hoje está sem resposta… E até hoje, apesar do envolvimento pessoal dos que voltaram a ocupar-se da questão, não foi dita ainda uma única palavra definitiva sobre o assunto. Mas, voltemos aos EUA.
“Estive dentro de um UFO” – Em 1951, nada menos do que 4 décadas atrás, uma afirmação sensacional como esta, lançada por um dirigente da rádio de Pueblo, Joseph Rohrer, deu a volta ao mundo, fazendo os ufólogos se mexerem. Imediatamente, um dos maiores ufólogos da época, o major da reversa dos Marines, Donald Keyhoe, então diretor do National Investigation Committee on Aerial Phenomena (NICAP), de Washington, declarou em seu livro “Flying Saucers From Outer Space” (português: “Discos voadores do espaço exterior”) “que o assunto todo era fantástico, mas que tal história era absolutamente verdade”. Mas Rohrer era um cidadão estimado, presidente da Pike\’s Pwcak Broadcasting Company, e insistia em fazer suas declarações a nível público, o que causava alguma comoção. Sua história ocupou o lugar dc honra no diário de Pueblo, o “Chief tan”, e foi difundida cm outros jornais e rádios dos EUA.
Segundo a afirmação de Rohrer, sete discos voadores caíram nas mãos do governo dos EUA, 3 dos quais tinham sido forçados a aterrissar no Estado de Montana. A coisa mais singular de seu depoimento, no entanto, era que um dos tripulantes dos discos – um humanóide com um metro ou menos de altura – havia sobrevivido ao impacto do aparelho. “Por 2 anos” – informou o major Keyhoe, um dos que mais contato manteve com o assunto – “o ET foi mantido com vida em um local isolado da Califórnia. Toda tentativa de se comunicar com o ser foi em vão, até que, pouco a pouco, foi havendo alguma troca de informação através de imagens. Os lingu&iacu
te;stas destacados para pesquisá-lo finalmente conseguiram ensiná-lo a ler e a escrever em inglês”.
As máquinas extraterrestres – segundo Rohrer – consistiam em discos gigantes que giravam sobre seu eixo, mantendo cabines imóveis ao centro. Tinham diâmetro de mais ou menos trinta metros e altura dc mais dc cinco metros. O disco possuía, ainda, cinco salas ou compartimentos, e para dormir sua tripulação usava tubos com capuzes nas extremidades. Rohrer, incrivelmente detalhista, acrescenta que o ar da cabine do objeto era pressurizado, consistindo de uma mistura de 30% de oxigênio e 70% de hélio. “A mistura de hélio e oxigênio, em proporção diferente da encontrada no UFO, é a que agora vem sendo usada nos projetos de navegação espacial”, comentou Donald Keyhoe a respeito.
Alta Voltagem – Como meio de propulsão, os discos encontrados por Rohrer usavam turbinas eletrostáticas e campos magnéticos gerados pelos anéis rotativos das naves, que lhes conferiam velocidades espantosas. A variação dos campos magnéticos dos aparelhos, relativos às diversas velocidades que desenvolviam, eram responsáveis pelas mudanças de cores observadas muitas vezes em UFOs. Devido à sua altíssima voltagem, segundo Rohrer, os discos evitavam aproximar-se demais de cidades ou de aviões em vôo. Mas, num caso, um dos discos foi levado à uma base aérea em Seattle, para análises, quando os fusíveis da instalação saltaram e queimaram-se totalmente. Rohrer conclui sua história afirmando que o governo dos EUA mantinha o caso em segredo, para evitar que a população entrasse em pânico.
“Quando estas notícias de UFOs acidentados se espalharam, alguns logo relacionaram com a história do humanóide de alumínio, circulada em 1950”, concluiu Keyhoe. Este fantástico caso foi conhecido através dc uma publicação popular da década dc 50, o “Talk of the Times”. Numa de suas edições, o semanário trouxe duas fotos que, segundo o articulista, haviam sido obtidas no Arizona. Na primeira, distinguia-se um pressuposto UFO em vôo oblíquo, sob a qual uma legenda dizia: “Atingido por foguetes antiaéreos, o objeto explodiu produzindo uma cenas de fogos de artifícios. Cerca de vinte cápsulas prateadas caíram ao solo”. Já a segunda foto mostrava 2 homens de capa preta segurando os braços de uma estranha figura humanóide com altura de cerca de um metro. No segundo plano desta foto, eram vistas duas pessoas visivelmente assustadas com o homúnculo. A foto tinha a seguinte legenda: “Uma das cápsulas prateadas se partiu e o primeiro marciano foi capturado”.
Homem de Alumínio – Uma testemunha ocular da queda, o guarda-noturno McKennerich, deu a seguinte declaração ao Talki “Compreendi a importância deste grande momento, que é ver, pela primeira vez, um ser de outro mundo! Mas me impressionou também a desesperança demonstrada pelo \’homem de alumínio\’. Seu corpo era coberto por uma folha de metal reluzente”. Os técnicos do Observatório de Phoenix, próximo de onde caiu o marciano (sic), presumiram que a couraça aluminizada do ET servisse para protegê-lo contra os raios luminosos. Mas não explicaram, porém, como o homem de alumínio pôde sobreviver à queda do UFO.
Na realidade, histórias de \’homenzinhos espaciais\’, como estas, não eram novidade nem naquela época. Quem pela primeira vez, se ocupou do assunto foi o pesquisador e jornalista Frank Scully, da revista “Variety”. Scully também publicou alguns casos em seu livro best-seller “Behind the Flying Saucers” (português: “Por trás dos discos voadores”), onde afirmou que dois discos voadores provenientes de Vênus tinham caído no sudoeste dos EUA. Segundo suas informações, entre os destroços dos UFOs haviam sido encontrados corpos de alguns humanóides que, de acordo com o que Scully sustentava, teriam sido resgatados pela Força Aérea Norte Americana, a poderosa USAF, que também cuidou de fazer desaparecer os destroços das naves.
Keyhoe acha que Scully exagerou em suas afirmações: “Evidentemente, Frank foi vítima de uma mistificação, mas acho que ele sempre acreditou na autenticidade de suas fontes”, declarou sobre o ocorrido. Na realidade, Scully – até hoje desaparecido misteriosamente – sustentava com segurança suas informações, vindas de um de seus principais informantes, um cientista especializado em eletromagnetismo e por ele indicado apenas como Dr. Gee. E oriunda de tal personagem misterioso, também, a notícia de que 3 UFOs haviam aterrissado com avarias em Aztec, no estado do Novo México, nas proximidades das instalações atômicas de Los Álamos, em 1949. Alimentado por informações do Dr. Gee, Scully forneceu uma série de detalhes sobre a estrutura interna e externa dos aparelhos acidentados (de respectivamente 33,24 e 12 metros de diâmetro), a bordo dos quais foram encontrados 34 ETs mortos ( 16 no primeiro, 16 no segundo e 2 no terceiro). Ainda segundo o Dr. Gee, os seres eram semelhantes a humanos, mas de baixa estatura.
Ondas Eletromagnéticas – Scully foi o primeiro a levantar a hipótese de que os aparelhos fossem acionados por energia eletromagnética e que uma falha nesse sistema havia gerado a queda. Segundo o Dr. Gee, outro UFO já havia caído pelo mesmo motivo, anteriormente, no deserto do Saara, destruindo-se com o impacto. O livro de Seully, na realidade, mais confundiu do que esclareceu a população sobre as quedas. Segundo a avaliação de Edwards, Seully fez uma carta confusão, abordando dezenas de variantes, cada qual narrada por pessoas diferentes, o que fez o leitor concluir que todas eram protagonistas. Mas, quando Scully acordou, já era muito tarde; o periódico “True” desenvolveu pesquisas aprofundadas e desmascarou por completo o misterioso cientista que alimentava Scully de informações.
Posteriormente ao fim das discussões sobre Scully, em 56, o pesquisador francês Jimmy Guieu, em seu livro “Black out sur les Soucoupcs Volantes” (português: “Black out dos discos voadores”), se referiu novamente a questão dos UFOs acidentados. Guieu foi informado sobre um caso extraordinário por um correspondente americano que admitiu, por sua vez, estar em contato com uma testemunha ocular do episódio. Essa testemunha chamar-se-ia Smith e havia presenciado, no fim de abril de 1954, a aterrissagem de
5 UFOs aproximo na Base de Edwards, na Califórnia. Os ocupantes das naves, de formas e dimensões diferentes entre si, tinham um aspecto humano e permitiram que os técnicos da base visitassem o interior de seus aparelhos, demonstrando-lhes sua capacidade de materializar-se e desmaterializar-se.
Truman e Eisenhower – Participaram também dos encontros com os extraterrestres, 3 autoridades civis norte-americanas: um parente de Truman, então presidente dos EUA, um representante autorizado de uma importante agência de notícias do país e um bispo da Igreja Episcopal Metodista. Naturalmente, nunca houve meio de se checar a exatidão da perturbante informação, mas observamos que os dados fornecidos por Smith a Jimmy Guieu são estranhamente coincidentes com o relato de outras testemunhas, sobre ocorrências do mesmo gênero, verificadas em 1951.
Segundo o pesquisador e escritor francês Robert Charroux, citando o americano Meade Layne, em 1951 um UFO teria aterrissado no aeroporto militar da Base Aérea de MoonMouth, nos EUA. Segundo as descrições das testemunhas, 2 homens desceram do objeto e, dirigindo-se aos oficiais da base, pediram para ver imediatamente o presidente Eisenhower. Considerando o caráter fantástico da visita, os militares telefonaram para Washington e, 4 horas depois, o avião do presidente estava estacionado no mesmo aeroporto. Nesta noite, foi protagonizado o que seria o primeiro encontro oficial entre o presidente dc um nação da Terra e seres de outros planetas.
Naturalmente, tudo foi mantido dentro do mais absoluto sigilo militar. Entretanto, na tentativa de se checar esta informação fantástica, solicitei a um de meus contatos nos EUA, um jovem ufólogo do Arizona, que fizesse uma entrevista com oficiais da base e tentasse descobrir algo. E ele leve sorte: encontrou justamente o oficial que foi testemunha das conversações com os ETs. Este, no entanto, foi muito reticente em suas respostas, mas, vendo que o seu interlocutor insistia e ameaçava tornar público o fato, consentiu em descrever o episódio em troca da garantia de que nada seria revelado até que 10 anos se passassem a partir daquela data. Satisfeitas suas exigências, o oficial declarou que, de fato, dois homens que desceram do UFO falando em inglês e dizendo serem originários de um planeta vizinho à estrela Betelgeuse. Afirmaram, ainda, que as condições de vida de seu planeta são idênticas às da Terra. E só! O oficial não acrescentou mais nada ao caso, encerrando seu depoimento nesse ponto. “Isto é tudo o que posso dizer”, argumentou.
Pesquisa Difícil – É muito difícil termos, no entanto, absoluta certeza dos fatos narrados em cada um desses casos, especialmente por serem de origem tão controversa e estarem ligados à uma das principais questões da problemática ufológica – a mais delicada, com certeza. Aliás, um acontecimento deste gênero, mesmo que verificado completamente, bem dificilmente poderia ser publicado em larga escala, como notícia popular, pois traria perturbadoras conseqüências para a opinião pública mundial. Por outro lado, a humanidade terrestre tem não só o direito legal, mas também natural, de saber tudo sobre o assunto. Um caso como o contato na Base de Edwards, que os EUA esconderam do mundo, precisa ser, de alguma forma, conhecido.
Não nos iludamos, pois os governos belicosos do mundo podem e fazem de tudo para manter sua hegemonia. Por exemplo, a duas semanas do episódio de Edwards, Eisenhover apoiou um ataque com armas termo-químicas contra a China comunista, no mais típico estilo belicista e imperialista que, segundo o historiador Nevins, tinha apoio dos militares e do líder republicano no senado. É interessante, também, notar que o episódio de Edwards se verificou após a abertura da Conferência de Genebra sobre a Coréia, em 25 de abril daquele ano. Igualmente, em 1955 ocorreu a famosa e decisiva Conferência dos Quatro Grandes, também em Genebra, seguida, em 56, do 20° Congresso do Partido Comunista da União Soviética, no qual Kruschev exporia os princípios da coexistência pacífica russo-americana – todos eventos indiscutivelmente importantes e cruciais para a Humanidade.
É bem possível que tudo isso lenha ocorrido justamente devido ao “fechamento do cerco” e à quase intervenção que os seres extraterrestres colocaram em prática no fim da década de 40 e início da de 50. Muito oportuno, nesse sentido, foi a visão de Robert Wise em seu filme extremamente realista de ficção, exibido a partir de 1951 e até hoje um sucesso inegável, “The day the Earth Stood Still” (português: “O dia em que a Terra parou”).
Avalanche de Testemunhas – Leonard H. Stringfield é um dos mais conhecidos pesquisadores de UFOs dos EUA, estando trabalhado no meio ufológico há mais de trinta e cinco anos. Em 1978, Stringfield anunciou que possuía novíssimas provas sobre o controvertido assunto dos acidentes de UFOs e resgates de tripulantes, o que foi apresentado em forma de relatório no simpósio anual da organização norte-americana de pesquisas Mutual UFO Network (MUFON), em Daytona, naquele mesmo ano. Pois Stringfield surpreendeu muitos pesquisadores. O “meio ufológico” presente ao evento estava mudando rapidamente de opinião sobre toda a questão ufológica, passando da “velha” teoria de que os UFOs são exclusivamente extraterrestres para a gradual aceitação da teoria alternativa proposta por Jacques Vallée e John A. Keel, bem mais mística e ligada à uma “nova onda ufológica”.
Os restos dos discos voadores que caíram nos EUA, descritos no documento de Stringfield, assim como os corpos de seus ocupantes, indicavam que tudo aquilo só poderia ter uma origem física verossímil e extraterrestre o que, por isso mesmo, não justificaria mais as orientações psíquicas ou místicas (se e que este é o termo) de Vallée e Keel. E quem conhece Stringfield sabe que ele sempre se manteve no âmbito da máxima seriedade. Portanto, havia apenas duas possibilidades para o enquadramento dos depoimentos do pesquisador: “ou tinha ficado louco, ou era realmente muito corajoso”, comentou o jornalista e ufólogo Gray Barker, que o entrevistou à época. “Stringfield foi um dos primeiros pesquisadores sérios, dos últimos tempos, a se expor de tal forma, visando esclarecer o público sobre os verdadeiros e graves aspectos do Fenômeno UFO”, finaliza Barker. B isso numa época cm que a toda-poderosa NICAP ainda rejeitava “a priori” os casos de contatos de graus mais elevados. (Editor: Parte do trabalho de pesquisa de Stringfield foi publicado pelo CPDV – veja leitura recomendada pelo editor)
Também em Edwards – Stringfield foi o único a publicar relatos semelhantes com tamanha precisão de detalhes. Mas deve todas as peças do \’quebra-cabeças\’ a um informante altamente qualificado que era radarísta da base de Edwards á época deste acidente ufológico em particular, no ano de 1952. Ele não tinha visto o objeto no solo, mas seguira a sua queda pelo radar, passando a conhecer o resto da história através de conversas na base, entre alguns oficiais. Humanóides de um 1,35 metro de altura foram
encontrados mortos na nave e enviados para outra base da USAF, desta vez a de Wright-Patterson, no Ohio (bem distante de Edwards, por sinal). É nesta segunda base que fica situado o famoso hangar 18.
Stringfield também obteve detalhes do episódio através de um guarda civil da base de Wright-Patterson, que lhe descreveu o que havia observado à época: um enorme caminhão-reboque que transportava, para um setor “de máxima segurança” dentro da base, um objeto discoidal coberto por um encerado e umas caixas transparentes contendo corpos de pequenos seres humanóides macrocéfalos. A testemunha estava de guarda no portão da base. Um outro radarista de Fort Moonmouth, na Nova Jersey, assistiu em 1953 à uma projeção especial, numa sala da base, de um filme muito curto e de péssima qualidade sobre o episódio, porém em regime de máxima segurança. Numa seqüência do filme, via-se um objeto discoidal em terra, cercado de militares. As cenas mostravam também os corpos de 3 seres com cabeças enormes, deitados sobre mesas, no interior de uma tenda. Terminada a projeção, um oficial convidou os presentes a refletirem bastante sobre o que assistiram e para não comentarem o assunto com ninguém.
Algum tempo depois, este mesmo oficial encontrou um companheiro de armas, também radarísta, que servia em outra base norte-americana. Ao conversarem sobre o assunto – segundo informou a Stringfield depois – descobriu que, por coincidência, seu colega tinha visto o mesmo filme em sua base.
Humanóides de 1,20 Metro – Em meio à avalanche de testemunhos que Stringfield foi coletando, está o depoimento de um engenheiro da Atomic Energy Commission ( AEC, órgão dos EUA para controle do uso de energia atômica). Este engenheiro foi levado, junto a outros especialistas de vários áreas, para o local de queda de um UFO, no Arizona. Chegando em Phoenix, com seus colegas, a testemunha foi convidada a subir num ônibus com janelas escurecidas e levada para uma zona desértica, nos arredores de Kingman, onde todos fizeram um relatório verbal e escrito sobre algumas particularidades do objeto, considerando suas áreas de especialização.
A testemunha não pôde entrar na nave, mas obteve informações de um colega, da área médica, sobre um ser humanóide de 1,20 metro que este teria observado enquanto estava dentro de uma tenda montada no local. O engenheiro assinou uma declaração jurada sobre seu depoimento.
Um certo major Daly, da USAF, \’expert\’ em metais, examinou um outro UFO que caiu mais ou menos nas mesmas condições descritas pelo engenheiro acima mencionado. Provavelmente, trata-se do mesmo caso, pois a descrição do objeto feita por Daly tinha sido idêntica. Mas é difícil precisar, pois faltam mais subsídios para pesquisa, além do fato de que nenhuma das testemunhas fornece todos os dados disponíveis, o que, fatalmente, levaria as autoridades a saber quem são. Assim, dentro da mesma avalanche de testemunhos, vários outros não confirmados, mas dignos de citação, foram sendo recebidos por Stringfield, especialmente após a liberação de seu primeiro relatório. Entre esses depoimentos está o de um oficial da Guarda Nacional, que viu chegar à Base Aérea de Wright-Patterson, em 1953, um DC-7 com vários caixões metálicos contendo, cada um, corpos de pequenos seres com cabeças enormes. Os pequeninos também tinham a altura de 1,20 metro e um deles pareceu ser do sexo feminino.
Outro exemplo de informação fragmentada sobre quedas de UFOs veio de um comerciante de Conrad, Montana, que, em 1953, viu um objeto em formato de charuto que estava, aparentemente, em dificuldades, soltando fumaça e chamas, finalmente explodido em alguns minutos. Convocado à Base Aérea de Great Falis para um rude interrogatório feito por um coronel e alguns especialistas, foi seriamente ameaçado se viesse a narrar o falo a terceiros. Saindo da base, ainda, o comerciante cruzou com vários soldados carregando sacos padronizados, contendo formas humanas – corpos -, mas foi bruscamente afastado. Outro exemplo é o de uma senhora que trabalhava em Wright-Patterson, em 1955, e presenciou o transporte de dois pequenos seres de cabeças grandes. Ela somente revelou o fato em 59, ao pesquisador Charles Wilhelm, quando estava em fase terminal de câncer a não sofreria represálias.
Cabeças Enormes – As observações de extraterrestres, vivos ou resgatados mortos, invariavelmente dão conta de seres com cabeças grandes, como fetos humanos – crânios bem desenvolvidos e desproporcionais ao corpo. Todos os casos coletados, envolvendo ETs resgatados, são um padrão, como o exemplo a seguir.
Um empregado civil perto de Wright-Patterson, a base militar acima citada, conseguiu, em 1956, apoderar-se de uma foto do corpo de 2 pequenos seres humanóides de cabeça desproporcional. Imediatamente, mostrou-a para seu filho, dizendo que uma patrulha armada havia encontrado um UFO fora do perímetro da base militar, junto com alguns seres humanóides – um dos quais ainda estava vivo e havia lutado com os soldados para escapar da captura. Porém, capturado, foi-lhe administrado um sedativo e, a seguir, levado para Wright-Patterson.0 Este caso já é mais raro, pois envolve um captura dc ET. Vejamos, no entanto, outras ocorrências narradas por novas testemunhas dc quedas e resgates:
• Segundo o pesquisador Robert Barry, um UFO pousara no Novo México logo depois de planar como um pássaro. Hm seu interior foram encontrados dois pequenos seres humanóides, macrocéfalos, usando macacões sem fecho ou botões.
• Um novo informante de Springfield declarou ter conhecimento, através de um major da USAF em serviço em Wright-Patterson por cinco anos, de um caso cm que um UFO que acidentou-se e seus ocupantes foram encontrados mortos e conservados na base.
• De acordo com o relato de uma senhora americana, seu marido, que era guarda civil de Patterson, teria sido enviado, determinado dia, para um serviço de vigilância especial num local secreto, onde teria visto uma equipe de médicos examinando cadáveres de seres pequenos de cabeça grande.
• Um major da USAF e sua unidade de residência, na Base Aérea de Roswell, no Novo México, havia examinado minuciosamente um campo no qual o proprietário encontrou fragmentos de metal não identificados e de até 15 cm, finos como papéis de cartas, mas fortíssimos. Certamente caídos do c
éu. Mas de que engenho?
• Um sargento, também daquela base, veio a saber por um general que trabalhava com ele num setor de máxima segurança, que um UFO havia caído em 1957, a sudoeste dos EUA. Revelado pelo radar durante a queda, o objeto foi encontrado imediatamente e, em seu interior, havia corpos de quatro humanóides com 1,50 metro de altura e cabeças grandes, quase carbonizados.
• Ainda neste caso, o general mostrara ao sargento um documento classificado como “ultra-secreto”, que se referia a um estranho acontecimento próximo à Base Aérea de Nellis, no Nevada. Na ocasião, um desatamento armado e comandado por um coronel havia se aproximado e posicionado em iniciativa de ataque a um UFO em terra. De repente, saiu do objeto um homúnculo gorducho que, com um potente facho luminoso, paralisou o coronel literalmente, que só leve chance de dar ordem dc abrir fogo. No entanto, nenhuma arma funcionou.
• Um militar da reserva relatou a Strigfield que, em dezembro de 1964, esteve no local de impacto de um UFO, com sua patrulha, afim de impedir o acesso de curiosos. O objeto não tinha achatamentos ou danos materiais visíveis.
• Um civil, que eslava em regime de contraio com a USAF para a construção de mísseis do tipo “Nike”, encontrava-se em Wright-Patterson quando teve a oportunidade de ver pessoalmente nove corpos de pequenos humanóides conservados em condições criogênicas particulares. Ele soube depois, por outras pessoas da base, que outros trinta corpos e a carcaça de um UFO acidentado também estavam ali conservados.
Posições Oficiais – Essas são as principais histórias de acidentes de UFOs e resgates de seus tripulantes, a maioria relatadas a Stringfield devido ao seu sério trabalho no setor. A elas soma-se uma outra notícia de peso, desta vez divulgada em diversos jornais, de que o pesquisador William Spaulding, da entidade GSW (Ground Saucer Watch), teria em seu poder declarações, sob juramento, de 2 coronéis da USAF, dc que UFOs acidentados naquele país realmente estavam em poder das autoridades, assim como seus ocupantes (de 1,20 metro de altura e vestidos com macacões metálicos que pareciam quase fundidos a seus corpos). Spaulding e outros membros da organização CAUS (Citizens Against UFO Secrecy), através da Lei de Liberdade de Informações, forçaram a CIA a liberar mais dc mil páginas de documentos relativos à observações de UFOs sobre centrais atômicas e bases militares, fato não confirmado oficialmente, no entanto.
Logo que explodiu o incidente de Roswell, publicado minuciosamente através do best-seller “The Roswell Incident” (português: “O incidente de Roswell”), de Charles Berlitz e Willian L. Moore, a questão tomou corpo de proporções assustadoras. O episódio é muito conhecido por constituir objeto do mais amplo estudo, cuja polêmica que gerou ainda não cessou. Ainda aparecem dezenas de novos testemunhos e documentação para mostrar que pequenos corpos carbonizados de seres alienígenas foram, de fato, resgatados pelas autoridades – que ainda não se dignaram a posicionar-se oficialmente a respeito.
Em 1987, no Congresso Internacional de Ufologia, organizado em Washington pelo grupo MUFON em homenagem aos 40 anos da pesquisa institucionalizada dos UFOs, tentou-se um balanço parcial do problema através da apresentação de fatos levados ao conclave por delegações África do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, Chile, Grã-Bretanha, Espanha, Itália, Suécia, França, Japão, índia e Canadá, além dos anfitriões norte-americanos. Pela primeira vez tantos especialistas se encontraram, e muita coisa de concreto sobre a questão pôde, então, ser obtida. Mas, o que mais golpeou a comunidade ufológica internacional foi a publicação do desconcertante documento secreto denominado “Majestic 12” que, se autêntico, comprova definitivamente que, no início dos anos 50, uma dúzia de especialistas envolveu-se numa pesquisa secreta para analisar os inúmeros fragmentos da queda de UFOs, assim como os pedaços dos corpos de seus tripulantes, seres não humanos de origem desconhecida e mais parecidos com macacos!
O grupo Majestic 12 envolvia diretamente a coordenação do presidente Eisenhower e dele faziam parte, também, expoentes da CIA. Isso prova cabalmente que a questão das quedas não é assunto isolado, que não são poucas as evidências de sua ocorrência e que o governo dos EUA (entre outros) não cumpre seu papel dc dirigente ao negar as informações ao público. Isso, lamentavelmente, é uma grande perda para toda a Humanidade.
Leitura recomendada pelo Editor:
(1) Várias publicações editadas pelo Centro para Pesquisas de Discos Voadores (CPDV) – responsável por UFO trazem matérias sobre quedas de UFOs e resgates de tripulantes. Entre elas destacamos as seguintes edições, que podem ser obtidas em forma original ou cópia xérox (Veja encarte central desta edição):
• Ufologia Nacional á Internacional nº 7, de março de 1986: Matéria de pesquisa de Leonard H. Stringfield,
• Ufologia Nacional & Internacional n° 9, de maio de 86: Trabalho sobre a queda de UFO em Roswcll, de Michel Granger.
• UFO nº 3, de maio de 1988: Trabalho científico de Waldo Luiz de Faria Viana.
• UFO nº 6, de dezembro de 1988: Entrevista com um dos integrantes do grupo CAUS, Larry Fawcett.
UFO Especial nº 2, de janeiro/fevereiro de 1989: Trabalho de pesquisas de Jáder U. Pereira.
(2) Vários vídeos ufológicos produzidos nos EUA trazem impressionantes informações sobre as quedas e resgates de tripulantes de UFOs. Algumas destas produções podem ser obtidas no Brasil, em cópias autorizadas e diretas dos originais, entre elas os seguintes títulos (Veja encarte das páginas centrais desta edição):
• Os UFOs são Reais: Documentário com entrevistas às mais renomadas autoridades e narrativas de casos históricos, quedas de UFOs e dezenas de filmes (Código de referência VC-05).
• UFOs: Assunto Ultra-secreto: Uma das melhores produções ufológicas já realizadas em todo o mundo, declara que o governo americano possui seres extraterrestres em cativeiro (Código de referência VC-12).
• Ufologia – O Ponto de Reflexão: Detalha a questão das abduções e a tecnologia ufológica (Referência VC-13).
• Pesquisa Ufológica – As Provas Ocultas: Documentário que apresenta enfoque sobre o acobertamento de informações por parte dos governos (Referência VC-19).
(3) Há, também vários livros sobre a questão, porém a maioria editada nos EUA. Aqueles títulos que o CPDV recomenda e pode oferecer são os seguintes (Veja descrição completa no encarte das páginas centrais):
Os Discos Voadores: Apresenta a Ufologia mundial em 1959, quando os EUA resgataram ETs nos desertos do Novo México (Referência LH-04).
• The Report on UFOs: Livro histórico sobr
e as primeiras revelações, “manobras” e comissões da USAF para pesquisa do assunto (Referência LH-12).
• The Case for the UFOs – Livro pioneiro a denunciar as manobras dos EUA para esconder que já haviam capturado UFOs e seus tripulantes (Referência LH-13)
(4) Além destes itens, há grande quantidade de textos especializados sobre a questão. Estes textos, na maioria produzidos no exterior, são aprofundados e tratam dos resgates de ETS com bastante clareza (Podem ser obtidos também através do CPDV):
Lei de liberdade de informações: Que permitiu aos ufólogos norte-americanos processarem o governo para obter informações sobre UFOs (Referência DI-13).
• Resgate de UFOs: Documento sobre o Hangar 18 e o “acobertamento” aos cadáveres extraterrestres capturados (Referência QR-02).
• UFOs acidentados: Apresenta as provas oficiais, sonegadas pelos EUA, sobre os resgates dc UFOs – texto de Willian Moore (Referência QR-03).
• O Enigma dos UFOs: Texto governamental preparado pelo Congresso dos Eli A sobre a questão ufológica em todo o mundo (Referência DI-14).
Com o são os extraterrestres resgatados
Com base nas informações colhidas, Stringfield montou o quebra-cabeças e até definiu como seria o corpo dos seres humanóides capturados pela Força Aérea Norte-Americana. É importante salientar, entretanto, que os dados aqui apresentados foram colhidos de vários depoimentos, muitas vezes prestados por pessoas diferentes mas sobre o mesmo fato. Assim, o esboço abaixo é apenas uma tentativa dc definição de como seria um ET:
Altura – Algo em torno de 1,30 metro (num único caso foi constatado que o ET tinha 1,50 m), com corpo normal mas todos macrocéfalos.
Rosto – Com olhos ligeiramente oblíquos, sem nariz, e com ausência de pelos e cabelos. Furos ou aberturas, em lugar de orelhas e nariz. Boca pequena e sem dentes, quase uma fenda, sem lábios.
Corpo – Tronco magro e pequeno, geralmente coberto por vestes. Não têm umbigo. São extremamente frágeis.
Braços e mãos – Grandes e finos, os braços vão quase nos joelhos. Mãos com quatro dedos, sendo dois deles maiores e dois menores. Foi notada uma espécie de membrana interdigital entre os dedos.
Pernas e pés – Nenhum detalhe foi conhecido sobre as pernas e pés dos ETs, exceto que são finas e frágeis.
Cobertura – A pele, em geral, é acinzentada mas, às vezes, também é descrita como sendo bege, marrom e de outras cores nesses mesmos tons. Em todos os casos, são mais escuras que a pele de um homem de raça indo-européia (suspeita-se que tal cor de pele seja oriunda da carbonização do corpo durante a queda).
Órgãos sexuais – Os seres estudados não tinham órgãos sexuais visíveis e nem qualquer indicação de um dia terem tido e estarem atrofiados.
Órgãos internos – Não foi constatada a existência de aparelho digestivo, esôfago ou mesmo ânus.
Sangue – Nenhum sangue, comparável ao humano, foi encontrado no corpo dos ETs, mas sim um líquido incolor desconhecido.
Com base em tais elementos e na tipologia física dos extraterrestres resgatados, alguns pesquisadores norte-americanos levantaram a hipótese de que podemos estar diante não de uma criatura viva, um ser semelhante ao humano, mas sim de um ser sintético, possivelmente produzido em laboratórios através de \’clonagem\’. Outros pesquisadores sustentam que tais seres são uma espécie de “robôs biológicos”, criados pelos mesmos construtores dos UFOs, que os utilizam para pilotar suas naves em missões de reconhecimento em seu lugar, evitando, assim, cada possível risco ou perigo.
Afinal, o que desejam os extraterrestres
Não resta mais a menor dúvida de que, há muito tempo, a Terra foi descoberta por seres de outros planetas, originários do nosso ou de sistemas solares diferentes. As pesquisas e explorações que “eles” vem realizando, com objetivos ainda indefinidos, já estão sendo feitas às claras, abertamente, sem a menor preocupação em ocultá-las dos terrícolas ou sequer disfarçá-las. Os discos voadores não visitam a Terra apenas como recreação turística: pelo contrário, essa ronda constante c enigmática parece obedecer a um plano geral de pesquisa dos nossos recursos naturais, da constituição física dos seres humanos, das indústrias básicas, da capacidade militar e, quando descem ao solo, das formas e meios de reação dos habitantes.
Bezerros, carneiros e até coelhos têm sido arrebatados por eles: cafezais e milharais são sobrevoados em vôos rasantes e feéricos, com as luzes dos discos clareando extensas áreas. Em síntese, eles estão fazendo, com absoluta desenvoltura e inteira liberdade, um arrolamento de bens e coisas, como se tudo lhes pertencessem. A Terra é um imenso laboratório de pesquisas e experiências e nós, os humanos, somos as cobaias dos extraterrestres, que nos devem ver como habitantes de um mundo selvagem. Considerar os discos voadores como pacíficos e inofensivos, que vêm à Terra unicamente em missão de paz, sem ambições de conquista e dominação, é traição à Humanidade. Eles representam, na realidade, um grave perigo, uma ameaça a liberdade e à própria sobrevivência de todos os povos.
Os discos voadores não devem ser hostilizados, porque a Terra não tem capacidade militar para anular o seu terrível poder, mas só os ingênuos e fanáticos os vêem como amigos, a despeito de não possuírem uma só prova definitiva de suas boas intenções. Sempre que descem à Terra, para pesquisas e explorações, os tripulantes dos discos voadores conduzem aparelhos que, acionados, emitem raios luminosos e paralisantes, cujos efeitos geralmente cessam logo após o desaparecimento do veículo. Mas, em algumas ocorrências, perturbações físicas e mentais perduraram nas vítimas. Os tripulantes dos discos se dividem em dois grupos: um de indiferentes, outro de agressivos. Em ambos os casos, não querem estabelecer nenhum contato com os terráqueos, porque são originários de supercivilizações e nada têm a aprender conosco. Apenas cobiçam as nossas riquezas naturais e fazem da Terra um vasto campo para suas experiências.
(Fragmento do livro “A era moderna dos discos voadores”, de Paulo Coelho Neto, da Academia Carioca de Letras).