SERES DIFERENTES OBSERVADOS EM HOSPITAL DO INTERIOR DE SÃO PAULO
Mais ou menos em 1960, residia em Lins, no interior de São Paulo. Fui visitar um tio que se encontrava internado no Sanatório dos Tuberculosos, quando, em certo momento, senti sede e, como havia notado que a enfermeira ia buscar água, pedi um pouco. Ela falou para eu acompanhá-la. Ao chegarmos ao pátio, um ser diferente, vestido de preto da cabeça aos pés apontava para a torneira, como que pedindo um pouco de água também. A enfermeira entrou em pânico e fugiu, e o estranho ser pegou a água, porém não a bebeu.
Deixei-o ir. Só que, depois, resolvi segui-lo. Fiquei surpresa ao notar que o ser entrara em um objeto que não era um disco, como se costuma ver em filmes ou jornais, mas algo parecido com um grande circo, só que bem alto, arredondado e metálico. O mais interessante foi que, assim que o ser entrou no objeto, o mesmo começou a girar e algumas luzes se acenderam. Não havia barulho e presenciei tudo a uma distância aproximada de 15 ou 20 metros.
Passados três anos, estava com algumas crianças na estação de trem de Lins, quando vimos o mesmo ser. Dessa vez, estava acompanhado de mais outro. Os dois tinham a altura de um homem normal e colhiam areia e pedra perto de um barranco. Havia uma espécie de luz em seus corpos (coisa que não notara da primeira vez) e um deles parecia-se muito com o que eu avistara anteriormente. Tive a impressão de que me reconhecera, pois parou de colher pedras e ficou me olhando.
Tomei a iniciativa, dando dois passos à frente. Eles, tímidos, deram quatro para trás, segurando as pedras sem se virarem. Seu andar era diferente, como se caminhassem por cima de nuvens. Depois, eles se foram, quando estávamos a uma distância de três ou quatro metros. Uma das crianças quis vê-los mais de perto, mas nós a seguramos, temendo que algo pudesse acontecer-lhe. Entraram no mesmo objeto que vira anteriormente, levando areia e pedra. Não dava para ver seu corpo e mãos, pois estavam cobertos com um manto negro. Eu e as crianças contamos para todos, mas ninguém acreditou em nós.
Maria Zilda, Rua Vieira de Souza,
Santos (SP).
PALAVRAS ESTRANHAS E RAIOS DE LUZ
Certo dia do ano de 1993, fui a Betânia – município de Pernambuco, localizado a aproximadamente 500 km de Recife – para encontrar e tentar negociar uma fazenda naquela região seca. Estava acompanhado de dois investidores gaúchos, cuja exploração, na maior parte, está ligada à criação de caprinos e a frutos da região. Faltando 15 km para chegarmos ao local desejado, dentro da caatinga, às 18h e quase sem claridade, algo como uma aeronave circular pairou por cima de meu carro e, sem pousar, emitia palavras cuja interpretação eu e meus clientes – sou corretor de imóveis – desconhecíamos. Aquilo durou cerca de 15 minutos.
Descemos do veículo para tentarmos identificar o objeto, achando que se tratava da polícia federal, pois é grande o tráfico de entorpecentes nessa região. A luminosidade era tão grande que não conseguíamos observar os detalhes do objeto. O mesmo lançava tantos raios de luz sobre o veículo que, ao nos aproximarmos dele, sentimos que estava quente, sendo impossível voltarmos a seu interior. Os dois homens, ao se depararem com o objeto, correram desesperados para dentro da caatinga. Eu, que dificilmente me abalo com o perigo, tentei olhá-lo e gritei: “O que vocês querem? Estou esperando por vocês aqui embaixo!”.
O calor e o barulho tornavam-se cada vez mais insuportáveis. Afastei-me do veículo e pude vê-lo com mais clareza. Não tinha porta, era totalmente fechado, como dois pratos unidos ao meio. À medida que me afastava, subia como se eu o controlasse, até desaparecer no espaço, muito além de nossas vistas. Tudo voltou ao normal, só restando um problema de funcionamento da parte elétrica em meu carro. Mas não consegui localizar meus clientes e voltei a pé ao centro do município. Chegando lá, não os encontrei, vindo a saber que teriam pego um táxi e partido para Recife. Retornando ao local onde tudo ocorrera, com um eletricista, encontrei meu carro de cabeça para baixo sobre um pequeno monte de terra, funcionando normalmente.
A princípio, pensei serem alguns homens da região que teriam mexido e roubado algo do automóvel. Entretanto, ele estava inteiro, inclusive com pertences de meus clientes. Relatei o fato ao mecânico, que me contou abismado já ter acontecido isso com outras pessoas. Em resumo, não foi nada interessante para mim, pois além de não acreditar em tais fatos, tive grande prejuízo financeiro e de tempo por não conseguir vender a propriedade. Em Recife, fui ao hotel onde se hospedavam meus clientes e estes me disseram que jamais retornariam àquela região pois, segundo suas crenças, tratava-se de premeditação demoníaca. Ridicularizava o fato ao contar a colegas de trabalho, transformando-o em um verdadeiro motivo para gozação e piada.
Em dezembro de 1995, o proprietário da fazenda fez uma grande liquidação. Como achava que seria muito difícil conseguir vender o imóvel, deixei para um colega fazê-lo. O mesmo levou um comerciante à propriedade e o fato aconteceu novamente. Mas dessa vez não houve problemas com o automóvel, nem palavras estranhas.
Uz José A. Silva Neto,
Recife (PE).