PILOTO SE ARRISCA EM PROVA DE FOGO NO PARANÁ
EDITOR — O piloto de avião Manoel Luiz Christóvão, depois de ler a edição da revista IstoÉ cuja capa mostrava um corpo extraterrestre sendo autopsiado, sentiu que algo havia mudado. Percebeu que a mídia estava abrindo espaço para tratar de Ufologia e achou que podia falar sobre suas experiências mais abertamente. Escreveu ao CBPDV contando seus contatos, permitindo que fossem relatados na Revista UFO, inclusive com sua identificação.
Posso contar hoje que já passei por várias experiências ufológicas em vôos de multimotor. Avistamentos são até comuns, normalmente na lateral do avião, na direção da asa. Um fato menos corriqueiro, no entanto, animou-me a escrever à Revista UFO e contar em detalhes o que ocorreu. No dia 2 de maio de 1989, realizava um vôo visual diurno da cidade de Iguatemi (MS) para Arapongas (PR), com horário previsto de chegada para 18h no Aeroporto Municipal Alberto Bertelli de Arapongas.
Estávamos a bordo eu e um casal de passageiros. Como esse casal não conhecia a região, fui mostrando e comentando os detalhes durante o percurso. Ao nos aproximarmos do destino, a cerca de 10km, quando fui mostrar aos passageiros que já se podia avistar o aeroporto, notei uma enorme luz circular verde que, devido à distância, mais parecia um grande farol rotativo. A questão era que, em Arapongas, não existe farol rotativo e muito menos na posição em que aquele objeto se encontrava.
Posso afirmar que, com mais de 1.200 horas de vôo, nunca havia visto algo tão impressionante. Aquela luz parecia flutuar a aproximadamente 100m do solo. O casal de passageiros logo me interrogou sobre o que seria aquilo e achei melhor não afirmar nada, dizendo que não dava para saber por estar ainda muito longe. Neste mesmo instante, outra aeronave aguardava na cabeceira da pista para decolagem e como conhecia o tráfego do meu avião, informou-me que iria aguardar meu pouso. Aproveitei para solicitar ao comandante que verificasse aquela luz verde sob minha aeronave. Respondeu-me que nada via de anormal. A essa altura dos acontecimentos, pensei comigo: devemos estar em outra dimensão e, com certeza, este objeto é um UFO. Fui seguindo minha rota em direção ao pouso quando notei que a luz havia se elevado ao meu nível de vôo e se mantinha exatamente na proa, sem alterar altitude, como que aguardando a penetração do avião em seu interior. Neste momento, já não podia responder às perguntas desesperadas de meus passageiros e resolvi tentar um contato com a nave. Realizei uma coordenação e dei sinais de luz, mas não obtive resposta. Para evitar o choque, realizei uma manobra perigosa, fazendo com que a aeronave ganhasse altura em seu pico máximo e dando uma virada de 180 graus ascendente. Tive uma surpresa quando, ao final de toda esta manobra, constatei novamente a presença do objeto na proa, dessa vez mais próximo, no mesmo nível de vôo. Tentei, então, novas manobras mas não conseguia me livrar da perseguição.
Com tudo isso, cheguei à conclusão de que eles, fossem quem fossem, tinham a capacidade de prever meus pensamentos pois a cada manobra que realizava, ao finalizá-la já me deparava com o objeto me aguardando no mesmo nível. Procurei manter a calma, pois notei que nada iriam fazer-me de mal mas ainda havia que pensar na saúde de meus passageiros, que eram idosos.
Resolvi então enfrentar o UFO, imaginando ser a única saída. Para isto, executei uma seqüência de ação que me deixa meio nervoso até hoje quando relembro: recoloquei a aeronave em posição de pouso, baixei o trem, sinalizei os faróis e luzes de navegação e, desacelerando o motor, iniciei a descida para o pouso final. Com esta atitude de vôo, o objeto parou na frente do avião com aproximadamente mil metros de distância e nenhum movimento mais foi verificado. Dessa maneira, em alguns segundos nos chocaríamos. Mesmo prevendo o choque, posicionei a aeronave na direção do UFO, segurando o manche com as duas mãos. Resolvi enfrentar a situação, era a única coisa a fazer.
Para meu alívio e dos dois tripulantes, na hora em que se processaria o choque, em uma velocidade assustadora e inimaginável, o objeto se projetou para a direção leste, sumindo no horizonte. Pudemos pousar em segurança. Na pista estávamos sendo aguardados por mais de 10 pessoas, que viram assustadas minhas manobras mas não puderam ver o objeto em momento algum.
Calculo que esse período de perseguição e manobras bruscas durou cerca de 20 minutos. Hoje consigo lembrar-me com maiores detalhes do acontecimento, mais calmamente e posso afirmar ter visto, quando estava mais perto do UFO, um círculo grande e mais dois menores prateados ao lado do maior. Considero ter sido uma experiência assustadora, inicialmente, mas especial ao mesmo tempo.
Manoel Luiz Christóvão,
Arapongas (PR).
O MISTÉRIO DAS ABDUÇÕES
Quando eu era criança fui paralítico dos dois até os quatro anos e meio de idade. Fiquei paralítico quando fui encontrado no portão de casa, após ter estado desaparecido por várias horas. Isto aconteceu em meados de 1959. Diversas juntas médicas me analisaram mas não descobriram o motivo de eu não mais poder andar. Subitamente, após dois anos e meio, voltei a andar normalmente.
Na adolescência eu era comunicativo e muito inteligente. Nesta fase, porém, tornei-me introvertido, inseguro e me afastei de todos. Aos quatorze anos, fui acometido de uma forte dor de cabeça, que só pôde ser sanada com um forte psicotrópico. Alguns dias depois, meu nariz sangrou abundantemente. Nos meus sonhos, alguém que eu não via conversava comigo. Eram coisas que eu não entendia muito bem. Em uma grande estufa vi hortaliças maiores que um homem e supliquei para que a voz me permitisse trazer grandes pedras azuis.
Expliquei que eu seria um homem rico na Terra, tamanha era a realidade de meus sonhos, porém a voz me disse coisas que apesar de eu não ter entendido, deixaram-me um tanto perdido, sentindo-me um idiota. Aos 20 anos de idade, entre Taubaté e Caçapava, num final de tarde, deparei com uma nuvem escura e, por 15 minutos, fiz contato piscando o farol do carro. Quatro meses depois, uma mulher luminosa visitou a mim e minha esposa em Osasco.
CINZAS — Tornei-me um ufólogo anônimo após esses dois últimos fenômenos. Só pude avaliar esses fatos da infância e adolescência após assistir ao filme Intruders. Na revista UFO 33, de outubro de 1994, em uma reportagem sobr
e Robert Dean, fiquei surpreso ao ver que nas principais conclusões da OTAN, quanto ao reconhecimento das primeiras quatro raças extraterrestres identificadas, a descrição da segunda raça – humanos cinza pálidos – coincidia com os personagens dos meus sonhos mais recentes.
Como ufólogo, acho que a Bíblia nos traz informações extraterrestres do poder supremo que engloba planos físicos e também os mais sutis. Acho que esse poder supremo está temporariamente usurpado pelas potências locais e também pelos híbridos que elas geraram. Esses híbridos possuem virtudes das quais nos esquecemos ou perdemos porque, de certo modo, também somos híbridos brancos, vermelhos, amarelos e negros. Perdemos a virtude (poder) devido ao longo período de apuração e isolamento pelo qual estamos passando, longo, pelo menos do nosso ponto de vista.
Penso que aqueles que chamamos de sensitivos, desde os feiticeiros das tribos, animistas africanos, médiuns, até os atuais canais da Ufologia são, de fato, abduzidos inconscientes. Não acredito em soluções fáceis nem na força de uma religião ou seita. Acho mais prático fechar a porta do meu quarto e pedir em secreto ao pai. Dessa maneira, me libertei até mesmo das abduções.
É importante cobrir o nu e repartir o pão. De outro modo, se fôssemos abrigar as raças híbridas do espaço aqui na Terra, elas se tornariam contaminadas com a ignorância e pobreza que nos assolam. A desonestidade é extradimensional. Compreendo agora as subjetividades que afastaram o ufólogo Ubirajara Franco Rodrigues dos meios ufológicos.
Maurício Melfa,
Osasco (SP).