Logo após a guerra entre Estados Unidos e Espanha, em 1898, na qual a Espanha foi derrotada, o arquipélago de Porto Rico, a menor ilha das Antilhas Maiores, foi invadido e ocupado por forças militares norte-americanas. Cobiçado pelas potências colonialistas do século XIX, por sua posição estratégica no Caribe, Porto Rico era um valioso espólio de guerra para a Marinha dos Estados Unidos. Isso impedia a realização do plebiscito em prol da emancipação do país, solicitado pelos próprios porto-riquenhos. Com a não realização do plebiscito, os Estados Unidos declararam sua soberania perante Porto Rico e as ilhas menores que fazem parte de seu território (entre elas Vieques, Culebra, Mona, Monito e Desecheo), graças ao chamado Acordo de Paris, no qual a Espanha cedia sua soberania sobre Porto Rico.
Em 17 de março de 1941, através do Ato Público 13, os Estados Unidos desembolsaram 36 milhões de dólares para a construção de uma base naval na ilha de Vieques, também chamada de Isla Nena. Como se não bastasse o interesse militar na ilha, os inúmeros e estranhíssimos incidentes relacionados à presença de UFOs e seres alienígenas na área também despertaram o interesse norte-americano pelo local. Foi essa presença incomum que motivou a investigação que resultou no livro Vieques: Shooting Range of The Third Kind [Vieques: Campo de Tiro de Terceiro Grau]. Mais de cinco meses depois, em 25 de agosto de 1941, através de novo ato público (247), os norte-americanos autorizaram as forças navais de seu país a iniciar o processo de desapropriação de dois terços da área de Vieques. Contudo, o processo de aquisição das terras só começou em 1942. Em troca de suas propriedades, alguns habitantes da pequena ilha receberam 27 dólares e foram cruelmente alocados em locais próximos a suas antigas propriedades, onde até mesmo bebês nasceram ao relento.
Cinco anos depois, em agosto de 1947, o Ministério do Interior e a Marinha dos Estados Unidos decidiram transformar toda a ilha de Vieques em base naval. Para tanto, organizaram a transferência dos moradores para a ilha de Santa Cruz, nas Ilhas Virgens. Em 1963, as autoridades militares dos EUA propuseram (na verdade, tentaram impor novamente) o “Plano Drácula”, que tinha por objetivo, além da recolocação de todos os habitantes de Vieques na ilha principal de Porto Rico ou Santa Cruz, a remoção de todos os túmulos e cadáveres do cemitério de Vieques para a ilha principal de Porto Rico.
Esse segundo intento da Marinha não vingou graças à ação do governador Luis Munoz Marin, que alertou a Marinha sobre os sérios tumultos sociais e políticos que uma atuação deste tipo poderia desencadear no país, tendo em vista à religiosidade dos porto-riquenhos. Com isso, a Marinha desistiu do plano original. Mesmo assim, Vieques ainda é considerada uma região estratégica. Extremidades opostas da ilha – dois terços de seu território – são ocupadas pela Marinha dos Estados Unidos, que realiza no local exercícios militares e praticamente obriga a população a se aglomerar no centro. Os moradores da ilha estão permanentemente à mercê de bombas erráticas, sobretudo nas zonas militares da ilha. Um desses locais, chamado Bulls-Eye Target Two [Olho de Touro Alvo Dois], serve de campo de teste para bombas nucleares.
Testes Bélicos — O Campo de Armas da Frota Atlântica é composto pela Base Naval da Trilha Roosevelt, Vieques e, até 1980, por sua ilha vizinha, Culebra, um dos locais utilizados pela Marinha dos Estados Unidos e frotas navais de seus aliados para testes em terra, bem como experimentações com novos armamentos.
Importantes equipamentos navais já foram testados na área, como os mísseis de ar e terra Walleye, Bulldog e Bullup. De acordo com os moradores da ilha, os testes com bombas são mais intensos nos meses da primavera, com uma média de 140 exercícios e a participação de 24 navios. Os horários e a duração das operações são freqüentemente alterados, não sendo possível, portanto, estabelecer a regularidade da atividade militar na ilha. Além do risco que a população corre com os constantes exercícios militares, há a denúncia de que a Marinha estaria utilizando munição de urânio em seus testes navais. A denúncia tem sério respaldo nos índices alarmantes de câncer encontrados entre a população de Vieques, os mais altos registrados em Porto Rico. Mesmo assim, a ilha é única zona habitada no mundo onde as forças militares usam munição ativa para exercícios de bombardeios e testes de novas armas. Essa prática, comum há cerca de 60 anos, aliada à presença militar no local, provocou a deterioração do meio ambiente, da cultura e até mesmo dos valores espirituais de toda a comunidade. Isso sem contar as mortes acidentais em exercícios de guerra e as punições descabidas. Um exemplo disso é a condenação do pescador Carlos Zenón e de seu filho, Yabureibo, a seis meses de prisão, por simplesmente terem entrado no campo de tiro – ato que costuma ser punido com advertência ou multa de 25 dólares.
Apesar do mistério em torno da ilha e das atividades militares, as ocorrências ufológicas são constantemente registradas, principalmente por moradores de Vieques. O pescador Corcino, por exemplo, avistou juntamente com Carlos Zenón e outros amigos uma luz grande e brilhante, que se dirigia para o mar. Segundo ele, imaginaram inicialmente que se tratava de um barco atolado, mas, ao se aproximarem, puderam notar um imenso objeto grande e redondo, com luzes amarelas, verdes e vermelhas intermitentes em suas bordas.
Na sua parte inferior, foi possível notar uma grande luz esverdeada no centro, movendo-se na direção ao mar. De acordo com Corcino, o objeto estava a cerca de três metros acima do mar. “O que mais nos impressionou foi como um objeto enorme daqueles ficava suspenso e imóvel no céu. Ele estava sugando água do mar”, relatou. Segundo o pescador, era possível observar a água subindo e entrando por baixo do objeto, onde estava a luz esverdeada. “Era uma grande coluna de água, sem peixes ou qualquer outra coisa nela”. Corcino lembra ainda que tudo aconteceu no mais absoluto silêncio. “Chegamos mais perto do disco voador e ele continuava silencioso. Momentos depois, partiu rapidamente em direção às montanhas El Yungue, ou da Estação Naval da Trilha Roosevelt, na ilha Ceiba”.
Nave Discóide — Os amigos resolveram, então, não revelar a estranha experiência a ninguém. “N&at
ilde;o podemos falar sobre isso quando voltarmos, porque ninguém vai acreditar”, afirmou Zenón. O fato de Corcino e seus companheiros terem visto um grande objeto voador ou uma nave discóide é de extrema importância à pesquisa ufológica, pois reafirma a casuística em zonas de grande manifestação alienígena em Porto Rico. Os mesmo amigos foram ainda protagonistas de outras ocorrências ufológicas posteriores. Em uma delas, durante uma noite de céu limpo e sem nuvens, viram uma grande luz brilhante e esverdeada emergindo do leito do mar.
De acordo com Corcino, o objeto era discóide, escuro e muito grande. Os pescadores imaginaram, inicialmente, que se tratava de um submarino da Marinha norte-americana. Contudo, no momento em que deveria estar se projetando para fora da água, a luz se apagou repentinamente. Neste instante, ouviram um grande jato de água cair ao mar, perto de onde estavam, o que também os molhou. Era como se algo tivesse emergido e subisse em direção ao céu, em meio à escuridão.
Após o incidente, os amigos deixaram o local rapidamente, assustados. Segundo eles, são comuns os avistamentos de bolas de luz, que, às vezes, “saem de tubos nas lagoas”. Para os pescadores, os estranhos objetos parecem ser controlados por alguma força inteligente, que os faz desaparecer repentinamente. “O que vimos no mar parecia o que as pessoas chamam de disco voador. Não tenho dúvidas. E não acredito que era da Marinha, pois, pelo que sei, ninguém na terra é capaz de fazer uma coisa daquelas”, afirmou Corcino.
Seu relato soma-se aos de dezenas de moradores de Vieques. Imensos discos voadores, que sugam água do mar, misteriosas esferas luminosas, aparentemente dotadas de inteligência, são apenas alguns dos objetos descritos por habitantes desta e de outras ilhas de Porto Rico. São ocorrências ufológicas registradas há muito tempo por seus moradores, mas mantidas em segredo pelo Ministério da Marinha dos Estados Unidos e pelas autoridades políticas de Porto Rico.
E justamente esse interesse dos militares nos fatos inusitados da ilha pode ser o principal motivo da instalação da base naval. “Quem sabe, a Marinha esteja de senvolvendo pesquisas neste local, com os objetos e até mesmo com os seres a bordo dos discos voadores?”, indaga Corcino.
“Acho que as autoridades não querem que ninguém saiba com o que estão lidando”, afirma. Para o pescador, o mais importante é que, mesmo que haja objetos e seres alienígenas na ilha, eles nunca “prejudicaram os moradores de Vieques. Aqueles que nos fazem mal, prejudicam a ilha e nos contaminam são os indivíduos da Marinha. Então, é a Marinha que deve ir embora e nos deixar em paz”, analisa. Corcino informa ainda que foi instalado na ilha, recentemente, um potente sistema de radar na Playa Grande, o controvertido e altamente secreto sistema de radar Rothrs [Relocatable Over-the-Horizon Radar, ou Radar Relocalizável sobre o Horizonte], projetado para alerta tático de combate a grupos aéreos e ameaça de superfície em grandes extensões. Dois Rothrs da Marinha norte-americana são operados em Corpus Christi, no Texas, e Chesapeake, na Virgínia, com cobertura do Caribe e partes do Oceano Atlântico e do Golfo do México. Esses Rothrs são utilizados em tempo integral para vigilância em ação anti-narcótica. Um terceiro está instalado em Porto Rico.
Exercícios de Guerra — Estudiosos e moradores de Porto Rico não medem esforços para tentar acabar com os exercícios militares na ilha de Vieques. O sociólogo e professor da Universidade Interamericana de Porto Rico, Gazir Sued, por exemplo, é membro ativo de grupos de desobediência civil pacífica, que reivindicam o cessar dos exercícios militares e testes com bombas na ilha. Em 2000, contudo, Sued se mostrava incrédulo com as descobertas relacionadas à presença de objetos voadores não identificados e seres de origem aparentemente não humana em Vieques, e como tal presença parecia, de alguma forma, estar ligada às atividades da Marinha.
Sua atitude indiferente é bastante comum nos círculos intelectuais do país, que geralmente não dão importância à casuística ufológica. Não que tais indivíduos queiram esconder o que se passa, mas simplesmente não têm acesso às informações ou jamais tiveram a iniciativa de investigar o assunto com qualquer grau de objetividade científica. Tomam como verdade toda a desinformação que as agências de inteligência norte-americanas têm espalhado nos últimos 50 anos, do estabelecimento científico, intelectual e acadêmico, financiada por agências de inteligência que escondem a verdade dos fatos, sobretudo quando se trata de fenômenos ufológicos. É preciso estar atento para o fato de que a Ciência não explica o que não foi investigado, mas investiga o inexplicado. Felizmente, existem intelectuais com uma verdadeira mente científica, limpa e livre de preconceitos. Estes são indivíduos que, observando um fenômeno para o qual não têm uma explicação, reconhecem sua existência e buscam a compreensão. O professor Gazir Sued é um desses indivíduos.
No início de 2001, quando a Marinha começou nova série de exercícios militares na ilha, os grupos de desobediência civil protestaram. Algumas pessoas entraram em campos de tiro e se ofereceram como escudos humanos, para impedir que navios e aviões militares soltassem bombas em Vieques. Sued esteve presente em todas as demonstrações de desobediência civil, monitorando a área do topo do Monte Carmelo. A partir dessa ação, o grupo de dividiu em subgrupos, para penetrar no Campo Garcia, outra zona militar. Em junho do mesmo ano, no Campo de Justiça e Paz, Sued relatou o que ele e vários companheiros observaram na zona militar. Segundo o sociólogo, em uma noite entre 27 e 29 de abril de 2001, por volta das 21:30 h, quando estavam no topo do Monte Carmelo, observando a zona com binóculos e desejando um sinal, uma luz semelhante a fogos de artifício ou rojões, para alertar os civis de que estavam no campo de tiro, observaram um estranho objeto, brilhante e semelhante a uma estrela.
De acordo com Sued, não havia luar aquela noite, por isso o objeto poderia
ser visto claramente e identificado pela luz que dele emanava, se fosse algo conhecido. “Começamos a observá-lo com binóculos. Era oval e longo, com cerca de sete formas ovais menores e brilhantes no interior, ao longo de sua estrutura. Emitia uma luz branco-azulada muito forte, como de uma solda. Estava suspenso no ar, completamente imóvel”, relatou.
“Não era avião nem helicóptero, nem dirigível. Nós o observamos por cerca de 15 minutos. Alguém nos chamou e nos viramos por alguns segundos. Quando olhamos novamente, o objeto tinha sumido”. Segundo Sued, o objeto pairava a uma altura média, não muito longe do Posto de Observação Número 1 [Prédio onde os comandantes da Marinha analisam os resultados das missões de testes com tiros e bombas], nem do acampamento dos soldados no Campo Garcia.
Show de Outro Mundo — Naquela noite, havia um grande número de militares e participantes civis do protesto dentro da área, portanto, Sued estima que todos viram o “show”. “Logo depois, começamos a discutir os detalhes do avistamento, mas não encontrarmos explicação para a curiosa aparição. Aquele era um fato objetivo, algo que não podíamos negar nem explicar, que existia e fora visto. Não que acreditemos em seres extraterrestres ou algo do gênero, mas uma pessoa com conhecimento científico não pode negar os fatos”, afirmou o sociólogo, que não descarta ainda o envolvimento da Marinha com o acontecimento. “Acreditamos que pode ter sido um dos estranhos exercícios da Marinha, alguma coisa de que não temos conhecimento. Decididamente, era um objeto voador não identificado, suspenso no céu”.
Além dos avistamentos de estranhas luzes, é possível encontrar em Vieques diversos testemunhos de observação de entidades não-humanas. Um exemplo disso foi relatado por Mercedes Sanes e seu marido, o pescador Luiz Ortiz, respectivamente irmã e cunhado do falecido David Sanes. Ortiz trabalhava na estância Sun Bay, ao sul de Vieques, havia muitos anos. “Devo admitir que vi alguns objetos estranhos no céu. São grandes e brilhantes, sempre seguidos por quatro menores. Pela distância de onde os vi, posso precisar que são maiores que meu jipe (seu carro tem cerca de 1,80 por 2,10 m). Isso só para se ter uma idéia do tamanho dessas coisas”, relatou Ortiz, que afirma ter observado os objetos durante anos. Segundo ele, os avistamentos são freqüentes por volta das 21:00 h ou 21:30 h, geralmente enquanto está trabalhando na Sun Bay.
“Eles vêm do oeste, indo no sentido leste, na direção da área do Campo Garcia e do campo de tiro de Marinha”, afirmou. O formato dos objetos observados pelo pescador e as circunstâncias do avistamento somam-se às demais descrições de experiências ufológicas na ilha: artefato em formato oval, que não emite qualquer ruído. “E os objetos menores sempre seguem o grande, como se estivessem em formação. O grande tem uma luz amarelo-alaranjada muito forte, e os outros quatro também são brilhantes como estrelas. Cada um tem uma cor diferente: branca, amarela, vermelha e azul. Às vezes, ficam parados no ar”, destaca.
Mercedes, por sua vez, relatou que os viu, em certa ocasião, ao lado do marido, na sacada de sua residência em La Mina: “Era como se o objeto estivesse me chamando e, quando saí, lá estava ele. Era muito grande, brilhante, com uma luz amarelo-dourada. Movia-se no sentido oeste, na direção do Campo Garcia. Aliás, eles sempre vão naquela direção, ou vêm de lá no sentido oeste”, lembra. Segundo ela, desta vez o aparelho ficou suspenso no ar, silenciosamente, por cerca de meia hora e, de repente, desapareceu. “Era muito estranho, mas achamos que devia ser alguma coisa da Marinha, por isso não comentamos com ninguém”, explicou.
E essas não foram as únicas ocorrências ufológicas protagonizadas por Ortiz. “Vi em 1998 dois desses objetos sendo seguidos por uma fileira de artefatos menores e luminosos. Instantes depois, dois jatos militares passaram na mesma direção. Certamente, os jatos vinham da base na Trilha Roosevelt”, relata. O pescador lembra ainda que, pouco depois deste avistamento, foram ouvidas explosões. “Eram aproximadamente 20 horas quando escutamos o barulho. Imaginamos que militares estivessem fazendo exercícios com bombas no campo de tiro”. Meia hora depois, no entanto, um dos objetos voltou em sentido oeste. Até hoje Ortiz não conseguiu apurar se estavam sendo realizados testes militares no local no momento do avistamento.
UFOs em Velório — O certo é que, mesmo com a ação militar na ilha, os fenômenos ufológicos foram se tornando cada vez mais evidentes, o que comprova sua autenticidade. Ortiz, por exemplo, teve ainda mais um avistamento. “Estávamos no velório de nosso filho, aqui em casa, quando vimos um estranho objeto pairando na direção de Sun Bay. Lembro-me bem que o fato aconteceu logo após alguns exercícios navais”. E o que revelou a seguir foi ainda mais surpreendente: “Além dos objetos, estranhos homenzinhos aparecem aqui há muitos anos”, disse empolgado, ao lembrar de relatos de seus vizinhos sobre contatos com criaturas humanóides em algumas das lagoas locais. “Posso falar, porque eu os vi”, afirmou. “E não fui o único. Outros que vão pescar na lagoa Kiani também viram. Muitas vezes, quando íamos pescar durante o dia, víamos esses seres. Eles são muito rápidos, têm uma agilidade incrível”.
Segundo Ortiz, os humanóides eram extremamente magros, pálidos, com braços e pernas muito finas, quase como as de galinhas, e com cerca de um metro de altura. “Digo isso porque os pés deles têm dedos finos, três ou quatro, e parecem pés de galinha porque são longos, finos e abertos”, contou. Além disso, de acordo com o pescador, as criaturas tinham boca pequena, nariz achatado, olhos escuros e cabeça lisa e calva. “Não sei explicar bem, porque estava escuro, mas é como se eles tivessem uma teia carnuda entre o peito e os braços. Parecia também que suas mãos tinham dedos palmados”. Criaturas como as descritas por Ortiz são freqüentemente vistas na ilha, sobretudo na lagoa Kiani – extremo oeste de Vieques, próximo à reserva natural de pássaros. E, embora a área tenha sido devolvida à Vieques pela Marinha norte-americana, o acesso à lagoa é restrito ao público pelas autoridades federais, sob alegação de que a lagoa e terrenos adjacentes estariam contaminados com produtos químicos e metais pesados, de armamentos que o Ministério da Marinha mantém no local.
Será esse o verdadeiro motivo para o acesso restrito a essa área? Se não for, é possível que o governo esteja apenas tentando evitar que os moradores de Vieques saibam da ação alienígena na ilha, até mesmo porque acontecem justamente em setores controlados pela Marinha. Outro fator intrigante é que não há registros de comportamento perigoso ou hostil das estranhas criatur
as. Segundo Ortiz, os seres simplesmente iam embora quando viam os humanos. “Corriam e pulavam dentro da água. Nunca tentaram nos fazer mal algum. Aliás, aqui em Vieques, quem nos faz mal é a Marinha, disso temos certeza”.
Não é Coincidência — Por outro lado, é interessante observar a semelhança na descrição dos seres avistados, bem como seu comportamento e o local das observações. Mesmo porque nenhuma das testemunhas sabia das experiências das outras, o que torna as ocorrências ainda mais intrigantes e reafirma a veracidade das descrições. Após uma análise lógica, é possível afirmar que o que ocorre em Vieques não é coincidência nem acidente. E não apenas em Vieques. No sudeste de Porto Rico, próximo à lagoa de Cartagena, também são registradas ocorrências semelhantes. Entretanto, a mídia de Porto Rico se recusa a debater a questão. Devido às suas implicações, toda essa informação merece ser divulgada à população de Porto Rico e ao mundo todo. No momento, continuamos nossa investigação na área. Os fenômenos que encontramos no local são mesmo surpreendentes e parecem indicar que um contato oficial com seres não humanos, de outros mundos, já está acontecendo, e já aconteceu em Vieques, Porto Rico.
Um ufólogo exigente e destemido
Jorge Martín, radialista e ufólogo em Porto Rico, é um exemplo a ser seguido. Mesmo inconformado com a política de sigilo aos UFOs imposta pelos Estados Unidos – que controlam seu país em quase todos os sentidos –, não se detém diante das dificuldades de encontrar ocorrências ufológicas. Ele é o maior ufólogo da ilha caribenha e tem um repertório admirável de casos pesquisados. As principais manifestações de abdução e contatos com ETs em Porto Rico foram investigadas por ele. Martín publica o que descobre em sua revista Evidencia OVNI, editada em espanhol. Formado em Ciências Políticas, atua também como representante em seu país de inúmeras organizações internacionais dedicadas à Ufologia, como a Mutual UFO Network (MUFON), dos Estados Unidos, e a própria Revista UFO. No detalhe, acima, um de seus livro sobre o Chupacabras, do qual foi um dos descobridores e principal investigador.
Famosa abdução chilena pode ter sido apenas invenção
Uma das mais intrigantes e significativas ocorrências da Ufologia Chilena e mundial, o Caso Valdés, de 25 de abril de 1977, voltou à tona recentemente através de surpreendentes revelações. Após 25 anos do acontecido, seu protagonista, o cabo do Exército Armando Valdés Garrido, revê declarações, depoimentos e afirma que o termo abdução não é suficientemente abrangente para definir a experiência pela qual passou. E em meio a inúmeras retificações, vai ganhando notoriedade na imprensa como um caso, além de interessante, extremamente polêmico.
De acordo com os relatos iniciais, Valdés estava trabalhando juntamente com outros militares, entre eles Raul Salinas e Pedro Rosales, em Pampa Yuscuma, à 5 km de Putre, por volta das 04:15 h, quando avistaram um estranho objeto luminoso no céu a uns 1.500 m de distância. Salinas chamou a atenção de Valdés para o artefato. “Em nome de Deus, se identifique”, solicitou o cabo, que não foi respondido. Instantes depois, de forma misteriosa, o objeto e Valdés desapareceram, embora a estranha luminosidade ainda pudesse ser notada. Cerca de 15 minutos depois, Valdés foi encontrado por seus companheiros, totalmente desorientado. Eles notaram imediatamente que sua barba havia crescido e o relógio estava adiantado cinco dias. Depois disso, Valdés passou a relatar o fato em declarações de aspecto místico, que culminaram com o livro A Sombra da Verdade, em que conta detalhadamente toda a experiência que protagonizou.
Recentemente, no entanto, declarações do cabo têm colocado em dúvida a veracidade de sua experiência como fenômeno ufológico. “Eu não lembro de ter visto nave, e sim luzes. O que aconteceu foi um efeito paranormal, totalmente inédito para mim. Nada pode explicar em que lugar estive, somente eu sei a verdade”, afirmou ao programa Meganoticias, em reportagem sobre os 25 anos de sua experiência. Valdés se mostra hoje decepcionado com o tratamento dado ao fato. “Estou tão cansado com tudo isso, que já prefiro não falar nada. Vou levar tudo o que sei para o túmulo”, afirmou ao mesmo programa. O cabo chegou até mesmo a negar ter sido abduzido ao jornal Las Ultimas Noticias. Segundo ele, o próprio termo abdução não seria suficientemente abrangente para explicar a magnitude de sua experiência, que teve ainda “revelações escatológicas relacionadas ao futuro da Humanidade”.