São muitas as acusações de que a Ufologia nunca poderá se tornar uma ciência. E o motivo seria o desconhecimento do seu objeto de estudo. Embora válida, a acusação também encobre um grave erro, pois o objeto de estudo – independentemente de sua origem – pode ser considerado um fenômeno material que interatua com o meio ambiente, incluindo os seres humanos. Esta ação requer, à margem de quaisquer considerações preconcebidas, um estudo metodológico que, infelizmente, muitas vezes não está ao alcance dos ufólogos por diversas razões.
Também tem-se dado demasiada credibilidade nos últimos anos às teorias psicossociais para explicar o Fenômeno UFO. O certo é que muitos casos não se explicam com essa teoria, que pese a sua validez em muitas ocasiões, não é a “panacéia” que muitos querem ver para poder explicar de uma vez por todas um problema tão complexo como o dos fenômenos ufológicos. A via para o estabelecimento de uma verdadeira ciência ufológica é, pois, a multidisciplinaridade. Já há muito tempo, vários ufólogos se tornaram recoletores de informações e provas da existência de fenômenos anômalos, geralmente voadores, e as conduziram a cientistas e laboratórios. Isso já é fazer ciência. Mas, nesta conferência, trataremos de mostrar outra faceta da investigação ufológica, talvez demasiadamente clássica para alguns, mas ainda válida por sua proposta.
Segundo o arqueólogo e antropólogo Miguel Rivera Dorado, do Departamento de Arqueologia da América da Universidade Complutense de Madri (Espanha), o método comparativo é um instrumento de que dispõem não só os arqueólogos como muitos outros cientistas para obter conhecimento. Da mesma opinião é outro arqueólogo, o professor Dick Edgar Ibarra Grasso, de Buenos Aires (Argentina), célebre por suas teorias difusionistas. Ambos acreditam que o fato de comparar diferentes culturas permite ampliar as referências comportamentais e estabelecer os pontos de similitude e de diferenças entre os povos e, com isso, tecer e ampliar o horizonte de conhecimentos.
SUBSTRATO PSICOLÓGICO – Se aplicarmos o método comparativo à Ufologia, poderemos chegar a uma aproximação dos fenômenos que ocorrem em diversas partes do mundo, estabelecendo importantes conexões de casos que podem pertencer a uma mesma realidade ou contexto. Defendo a investigação de campo para alcançar uma maior noção da realidade do fenômeno ufológico – embora se considere que esta realidade ainda está muito longe da nossa compreensão – e, por isso, dediquei os últimos 9 anos a pesquisas em diversos países,entre eles o Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, México, Guatemala, Honduras, Espanha e Portugal. O isolamento geográfico e cultural de muitas testemunhas de UFOs serviu para mostrar que o fenômeno é real e se reproduz a 100 ou 12.000 km de distância.
Pude verificar que cada povo “reveste” o Fenômeno UFO com uma explicação própria, de acordo com o seu substrato psicológico, social e cultural, que está presente nas lendas, tradições, artesanato etc. O melhor exemplo da projeção das próprias convicções culturais para explicar um fator desconhecido o encontrei no alto Rio Negro, no Estado do Amazonas (Brasil), entre a fronteira da Colômbia e Venezuela. Lá, um caboclo me contou ter visto um “dragãozinho deitando fogo pela boca e voando sobre o rio”. Sua esposa, por sua vez, julgou ter observado um objeto luminoso de pequenas dimensões, como se fosse uma “lanterna focando para baixo”. Ambos contavam a verdade, nenhum mentia. O homem, talvez influenciado por leituras bíblicas dos missionários que viajam pela região, projetou inconscientemente a imagem de um “dragãozinho” sobre aquilo que não podia explicar logicamente.
Estabeleci, para esta conferência, uma classificação que, longe de presumir ser de total acerto, é uma tentativa para, como disse o professor Rivera Dorado, aproximar-nos da realidade. Assim separei as comparações em casos de humanóides, Chupacabras ou de mutilações de animais, objetos voadores não identificados de aparência metálica, queda de objetos voadores não identificados, luzes misteriosas e humanóides radiados em figurações rupestres.
CASOS DE HUMANÓIDES – Com relação aos casos de humanóides, de acordo com os que pude pesquisar, divido-os nas categorias de “criaturas monstruosas” e de “humanóides de pequena estatura”. O primeiro se refere aos chamados yetis americanos. É o caso do El Salvaje ou El Peludo, que pesquisei na selva de Huimanguillo, no Estado de Tabasco (México), um ser entre 1,80 a 2 metros de altura, revestido de pêlos, de aparência simiesca. A região, especialmente o Cerro de la Pava, é foco de aparições de luzes misteriosas – um tipo de fenômeno que se conhece desde a mais remota antigüidade concernente a objetos voadores luminosos de pequenas dimensões e que, geralmente, tem um comportamento repetitivo e inteligente, ou seja, voa entre uma montanha e outra e persegue as pessoas e animais, por exemplo.
O Salvaje já foi visto por muitas pessoas, e suas pegadas, maiores que as de um ser humano, também foram encontradas diversas vezes. Na Guatemala ouvi relatos sobre o Sisemite, na província de Alta Vera Paz, região de bosques, assim como na província de Salta (Argentina), onde se fala do Ucumar ou Ucumarí. No Brasil temos o Mapinguari, distribuído em uma ampla região, do norte amazônico até as fronteiras com a Bolívia. Curiosamente, na área de distribuição geográfica destas criaturas há fenômenos ufológicos e de aparições de luzes populares.
No Piauí existe um personagem folclórico denominado cabeça-de-cuia, semelhante aos típicos grays. No mesmo Estado e em Goiás fala-se do pé-de-garrafa, entidade sobrenatural que deixa um rastro em forma de fundo de garrafa. Às vezes se confunde com a figura do pai-do-mato, um humanóide peludo e de pequena estatura que habita o fundo de poços, cavernas ou matas. Ainda no Piauí, nas pinturas rupestres de Sete Cidades, há imagens de seres humanos com asas, homens pássaros, encontrados também em outras culturas do mundo inteiro. É célebre o caso acontecido no Rio Grande do Sul nos anos 70 de homens pássaros vistos por um casal que transitava por uma estrada. Em São Gabriel da Cachoeira, alto Rio Negro, encontrei uma adolescente de 14 anos que havia visto um “anjo”, ou seja, um homem alado flutuando á pouca altura do rio, onde também acontecia uma onda ufológica.
Os ufólogos portugueses Joaquim Fernandes e Fina d\’Armada possuem um dos trabalhos mais interessantes a respeito da possível conexão entre alguns fenômenos religiosos, como os das aparições da virgem de Fátima, e o Fenômeno UFO. Anjos, demônios e outras entidades que aparecem na Bíblia poderiam fazer parte de uma mesma realidade associada aos UFOs. No México, no Estado de Chihuhahua, o grupo Vigila
ntes do Norte pesquisou um caso importante na localidade de Meoqui do que eles chamaram “los monitos de Meoqui” (os macaquinhos de Meoqui).
No mês de setembro de 1987 várias crianças, que foram inclusive estudadas por psicólogos, juraram ter visto criaturas de 15 centímetros de altura de pele branca, nariz e orelhas inexistentes, cara semiredonda e a boca sendo somente uma tênue linha horizontal. Sobre o peito possuíam uma espécie de luz vermelha circular. Os pés e as mãos possuíam apenas três dedos. Um caso semelhante aconteceu na Guatemala, pesquisado por Oscar Padilla Lara e Jaime Castellanos, cujos seres também foram vistos por crianças.
MUTILAÇÕES DE ANIMAIS – A visão de seres que portam uma luz na mão ou no peito também se encontra nas aparições da virgem de Fátima e em muitos outros casos da extensa casuística ufológica. Na localidade de São Roque (Estado de São Paulo) houve uma onda de mortes de animais em várias fazendas a partir de março de 1996 e que se estendeu até o ano de 1997. O jovem pesquisador Juliano Ajeje foi o primeiro a recolher casos de aparições de pegadas de três dedos e com 40 cm de comprimento em uma fazenda da região. Também foram recolhidos pêlos de uma criatura desconhecida. Em março de 1996, numa fazenda pertencente a um criador de origem japonesa, foram encontradas três ovelhas mortas com marcas sobre o pescoço e sem sangue.
Em uma chácara apareceram mortas dezenas de galinhas, com o pescoço cortado e sem sangue. Os gansos e os cães não se agitaram durante a matança que não foi vista por ninguém. Os casos remetem ao chamado Chupacabras, cujas manifestações atuais mais conhecidas são as de Porto Rico, a partir de 1977, e com uma nova onda em 1995 e 96. Menos conhecidos são os casos acontecidos em abril de 1979, na localidade de La Laguna, nas Ilhas Canárias (Espanha), onde apareceram cães mortos com orifícios circulares por onde aparentemente haviam sido extraídas as vísceras. Tampouco possuíam sangue em seu interior e não latiram durante a agressão. Os fatos foram associados a seitas satânicas mas não se encontraram provas de que assim fosse. Algumas crianças afirmaram ter visto um “bicho estranho”, recoberto de pêlos escuros.
Em São Roque um adolescente contou-nos ter visto a silhueta de uma criatura maior que um homem, aparentemente recoberta de pêlos. Na ilha de Tenerife, Canárias, correu o boato de que teria aparecido um jovem com feridas idênticas às dos cães e sem as vísceras. No Brasil há um caso pesquisado pela espanhola Encarnación Zapata Garcia, bem documentado, de uma mutilação humana, cuja vítima também teve suas vísceras “succionadas” por algum aparelho desconhecido. Pode ser que existam muitos outros casos semelhantes mas que são encobertos pelas autoridades policiais ou serviços secretos de inteligência de vários países.
Nos anos 70 e 80, em vários Estados do Nordeste e da Amazônia brasileira se contabilizaram muitos casos de agressões de seres humanos pelo Chupa-chupa que, aparentemente, não tem relação com os Chupacabras. Porém, um laço comum une alguns casos: o sangue. A finais de 1996, recolhemos um caso em Parnarama (Maranhão) contado por terceiros de duas mulheres cujo sangue foi extraído por humanóides de baixa estatura procedentes de um UFO. No ano seguinte, estudei um caso semelhante na Argentina, em Amaicha del Valle (Tucumán), ocorrido com uma pastora de cabras. Um dos casos clássicos da Ufologia Argentina é o de Trancas, acontecido em 1962 na província de Tucumán. Lá, as mulheres da família Moreno puderam avistar vários objetos luminosos a pouca altura do solo perto de uma linha férrea em frente à sua fazenda, silhuetas de pessoas e um objeto de maiores dimensões, entre 7 e 8 m de diâmetro em forma de disco e de aparência metálica.
Encontrou-se um pó branco que o pesquisador argentino Roberto Banchs [representante de UFO em seu país] associou ao de um poderoso refletor usado pelos militares para executar manobras na região. O acontecimento foi investigado pelas forças armadas argentinas. O comandante de fragata Daniel Ferisse considera o caso autêntico e descarta a possibilidade de as luzes serem refletores, pois não se verificou o seu uso durante as manobras. Na Guatemala estivemos em uma fazenda de café onde seus proprietários avistaram nos anos 50, juntamente com vários agricultores, um UFO que lembra o de Trancas, de aparência metálica e com uma espécie de tubo ou canhão que emergia de seu interior.
QUEDAS DE UFOS – Em Portugal, em 10 de setembro de 1991, na localidade de Alfena, 25 testemunhas viram um objeto esférico e com uma espécie de apêndice dependurado. Sua aparência era metálica e de superfície rugosa, conforme um informe fornecido pelo pesquisador português Raul Berenguel. Foram obtidas quatro fotos que, analisadas por computador, foram consideradas autênticas. Já em Asturias, na Espanha, pudemos pesquisar um caso de uma testemunha que afirmou ter visto um “satélite voando à baixa altura, sendo que no extremo de suas antenas havia luzes coloridas”. A região foi alvo de muitos UFOs durante 1996, assim como a Galícia.
Um dos casos mais espetaculares de quedas de UFOs aconteceu em setembro de 1995 na região de Parnarama, Estado do Maranhão (Brasil). Lá, um objeto espacial abriu uma cratera de 8 m de diâmetro e 10 de profundidade no meio da mata. Curiosamente, a região foi alvo dos famosos Chupa-chupa nos anos 70 e princípios dos anos 80, quando aconteceram várias mortes de caçadores em função do suposto ataque de tais objetos.
Organizamos uma expedição à área em dezembro de 1996 junto com engenheiro Amauri Ribeiro, proprietário da fazenda onde caiu o objeto. Ele, junto com o caçador de meteoritos Wilton Carvalho, coordenou as escavações que chegaram até 28 m de profundidade. Mas um desmoronamento provocou a paralisação das atividades. O objeto que abriu a cratera possuía qualidades anômalas: sua queda foi quase em ângulo reto, ou seja, perpendicular ao solo (os meteoritos caem obliquamente). Além disso, ele deixou pouca terra queimada, estava incandescente até pouco antes de cair (os meteoritos se apagam a pouca altura) e apresentava velocidade superior ao que se poderia esperar, segundo informou Wilton Carvalho. Descemos ao fundo da cratera e pudemos constatar que o objeto deixou a terra mais “levantada” na parte central. Alguns cientistas consideraram, erroneamente e sem pesquisar o lugar, que o que lá aconteceu foi um desmoronamento de um espaço oco da terra, formando uma cratera (dolina).
Recolhemos depoimentos de moradores da região que afirmam ter visto o Chupa-chupa ou “apareio
” recentemente. Na Espanha, na Galícia (Serra de Outes), também se verificou a queda de um objeto desconhecido no dia 18 de janeiro de 1994. O investigador do caso, o físico José Angel Docobo Durántez, diretor do observatório astronômico Ramon Maria Aller, descarta que o que formou uma cratera de 29 m de comprimento por 13 de largura e um metro e meio de profundidade seja algo natural.
O estudo mostrou que o objeto caiu a uma velocidade mais lenta que a normal e também se apresentava luminoso a pouca altura do solo. Tal fulgor só poderia ser mantido até uma altura entre cinco e dez quilômetros. Não se encontram restos de meteoritos ou de objetos metálicos na zona de impacto. O lugar esteve submetido a uma temperatura de 400 °C. José Antonio acredita que a cratera foi aberta por algum tipo de arma secreta, de plasma.
Recentemente pesquisamos alguns casos de quedas de objetos desconhecidos na província de Salta, na Argentina. Um dos objetos, que colidiu contra uma montanha, jamais foi encontrado. Dias antes, um morador da região ao norte da capital viu um objeto luminoso esférico voando lentamente sobre a montanha. Na Bolívia, perto da fronteira com Salta, também caiu algo enorme e desconhecido em meados dos anos 70 nas ladeiras de uma montanha e que, aparentemente, não deixou nenhum vestígio.
O dia 13 de março de 1345, na localidade espanhola de Manresa (Catalunha), sempre será recordado por um fenômeno inusual: na igreja Del Carmen, perto do altar, apareceu uma luz que foi comparada a uma estiola e fez várias evoluções no recinto sagrado até desaparecer. Até hoje se comemora essa aparição, a da “misteriosa llum” (misteriosa luz, em idioma catalão). Manresa está a somente 20 km da montanha de Montserrat, cujo mosteiro e sua Virgem são mundialmente conhecidos. Lá, todos os dias 11 de cada mês se reúnem centenas de pessoas que, sob a orientação meditativa de Luis Grifol, observam misteriosas luzes nos céus.
Uma lenda conta que, ao encontrar-se a imagem da Virgem de Montserrat, La Moreneta (por ser de pele escura), esta estava rodeada de uma estranha luz. Ao mesmo tempo sentiu-se um odor agradável no ar e se ouviu uma música melodiosa de origem desconhecida. Santo Inácio de Loyola, que esteve em Montserrat, teve a visão de uma “serpente” que resplandecia em plena luz do dia, no ar, e que se mostrava rodeada de uma série de luzes, tendo também ouvido uma música celestial. Por todo o Nordeste do Brasil, ouvimos histórias de aparições de Virgens associadas a fenômenos luminosos, como nas proximidades de Piripiri, Piauí, e de sons de sanfoneiros vindos de parte alguma em regiões geralmente isoladas, como no Parque Nacional de Sete Cidades ou próximo de Picos. Estudos efetuados por cientistas canadenses mostraram que tais sons poderiam ser provocados por emissões de microondas.
No caso de Fátima, investigado por Joaquim Fernandez, algo semelhante ocorreu, inclusive porque as roupas de muitas testemunhas do “sol dançante” se secaram, efeito que as microondas provocam sob determinadas freqüências. Os sons melódicos estariam associados a alucinações sonoras provocadas pelas microondas emitidas por UFOs confundidos com virgens, santos, anjos etc, de acordo com o contexto cultural. Na ilhota de Esvedrá, em frente às costas da ilha de Ibiza (Espanha), no Mar Mediterrâneo, antigos religiosos chegaram a ter visões de Virgens e luzes populares sobre sua forma piramidal.
LUZES DO CANDEEIRO – Entrevistei alguns camponeses que me contaram que tais luzes ainda aparecem sobre os céus da região, especialmente procedentes de Esvedrá. Os pesquisadores espanhóis Jaime Riera e Antonio Ribeira acreditam que a área é uma base de UFOs subaquáticos. Na região de Beja, no Alentejo português, fala-se das luzes do candeeiro, de pequenas dimensões que voam sobre os campos a pouca altura. Em 1995 aconteceram alguns avistamentos, sendo que em um deles o objeto teria disparado um feixe de luz sobre a arma que lhe era apontada por um pastor. Outras testemunhas confirmaram ter visto a luz.
Na base aérea militar de Évora foram vistos objetos desconhecidos de maiores dimensões. No norte do México, no Estado de Chihuhahua, os índios tarahumaras nos falaram de luzes estranhas que sobrevoam as montanhas e os canyons.
Em Carolina, no sul do Maranhão, luzes com comportamento repetitivo sobrevoam o Morro do Chapéu e outras chapadas. Muitos motoristas foram perseguidos por tais luzes. No mesmo Estado, na região das dunas, fala-se do jipe fantasma, luzes que sobrevoam as dunas à baixa altura. No interior da Paraíba, na Serra do Caxexe, são muitos os casos de fenômenos luminosos que transitam de um extremo a outro da serra.
Em Goiás, na região de Paraúna, esses mesmos fenômenos são muito comuns e estão associados a tesouros enterrados. No Estado de São Paulo, na selva da Juréia, são conhecidos como mães-do-ouro, também guardiães de tesouros. Tais fenômenos, como já foi dito no princípio deste trabalho, têm comportamento inteligente e, segundo algumas teorias, poder-se-ia tratar de uma “forma de vida” ainda desconhecida. Tudo indica que procedem do interior da terra, e não do espaço, como é o caso de outros UFOs. Segundo o pesquisador espanhol Vicente Paris, existiu no passado uma casta de seres “especiais” ou “iluminados”. Algumas pessoas teriam a propriedade de ver as suas “auras”.
Alguns consideram que tais auras sejam fontes de luz emitidas pelos corpos ou equipamentos de alienígenas que visitaram a Terra em um passado remoto. Adentrando-nos no campo da astroarqueologia, verificamos que existem imagens de seres com características pouco comuns e que apresentam seus corpos radiados. No Estado de Chihuhahua, no México, há uma caverna (Cueva de las Monas) onde aparecem pinturas pré-hispânicas de tais humanóides, rodeados de raios e com roupas semelhantes a escafandros. No Brasil, na região de Monte Alegre (Pará), existem pinturas rupestres de 11.700 anos de antigüidade de seres com raios ao seu redor e com características pouco convencionais (corpos triangulares, cabeças com antenas ou chifres).
Na região do Orinoco, na Amazônia venezuelana, há muitos petroglifos (inscrições em pedra) que mostram seres com cabeças coroadas por raios. Consta que na Austrália também existam figuras radiadas. A experiência de campo nos dá uma dimensão muito mais próxima do que possa ser o Fenômeno UFO. A sua realidade é indiscutível. Os “verdadeiros” UFOs não parecem ser armas secretas ou qualquer artefato humano, muito menos fenômenos naturais ou alucinações individuais e coletivas. Mas, apesar das constatações de realidades semelhantes em lugares e culturas diferen
tes, o fenômeno mantém sua couraça de mistério e resiste a uma análise científica mais profunda.
O jornalista Pablo Villarubia Mauso, 34, brasileiro radicado em Madri, possui uma extensa lista de artigos publicados na área ufológica e é estudioso da influência da ação extraterrestre sobre a cultura humana, sendo respeitado no cenário da Ufologia latino-americana. Colaborador das revistas espanholas Enigmas, Más Allá e Año Cero, além de consultor de UFO, divide seu tempo entre o Brasil e a Espanha. Lá, publica com regularidade artigos sobre os mais importantes acontecimentos ufológicos da atualidade. Aqui, dedica-se a estudar as lendas, contos folclóricos e mistérios brasileiros nas mais diversas regiões do país. Desse seu trabalho, verdadeira aventura em que percorreu milhares de quilômetros, surgiu o livro Mistérios do Brasil: 20 mil km Através de uma Geografia Oculta.
Conheça os mistérios do Brasil
PARA OS APAIXONADOS PELO MISTERIOSO, finalmente um “guia” com os lugares mais intrigantes do território nacional. Trata-se da obra Mistérios do Brasil: 20 mil km Através de uma Geografia Oculta, escrita pelo jornalista brasileiro Pablo Villarrubia Mauso, que atualmente mora na Espanha e é um dos correspondentes de UFO naquele país. Durante mais de quatro meses, Pablo esteve visitando os lugares mais remotos do Brasil, á procura da “geografia oculta”, que ele explica: “Com isso, quero dizer que nem tudo o que vemos é realmente o que está aí fora. Por trás do que se vê, podem estar ocultos fatos e situações que muitas vezes nem podemos imaginar”.
Nesses locais, o jornalista entrevistou diversos moradores que testemunharam avistamentos de objetos luminosos no céu, além de contatos com seres misteriosos, somando assim mais de cem horas de entrevista e três mil slides que documentaram sua incursão pelo Norte brasileiro. Pablo conversou também com os maiores especialistas em História, Arqueologia, Folclore, Ecologia e Antropologia da região, que lhe deram informações e dicas muito interessantes sobre os fenômenos das localidades que fizeram parte de seu roteiro.
PERSONAGENS LENDÁRIOS – Nesta obra, podemos verificar fortes evidências da correlação direta entre as visitas de seres extraterrestres e o rico e diversificado imaginário popular. Verificamos também a presença de povos antigos no Brasil através dos astronautas – ou algo que os lembre – retratados nas inúmeras pinturas rupestres (pictográficas e ideográficas) e formações como as de Sete Cidades, no Estado do Piauí. Vemos ainda relatos de personagens lendários e folclóricos, como lobisomens, o abominável homem das selvas, vampiros terrestres e muitos outros. Uma das lendas que Pablo registrou e que nos chama mais atenção é o mapinguari, um ser com mais de dois metros de altura, semelhante a um símio e com uma boca enorme no meio da barriga, que exala um forte odor e deixa um rastro de morte por onde passa.
Através desta verdadeira e estimulante aventura, o autor nos transporta a lugares incríveis, como as selvas da Amazônia, chapadas e cerrados, desertos do Maranhão, formações geológicas extraordinários, montanhas escarpadas e vales áridos na Paraíba. Nada escapou a seu faro jornalístico e investigativo. Foram mais de 30 localidades visitadas, em que Pablo fotografou e filmou tudo, e que o autor apresenta numa rica coletânea em cores em seu livro. Ao final, o jornalista indica um ótimo roteiro para aqueles que estiverem interessados em conhecer e estudar os Mistérios do Brasil: 20 mil km Através de uma Geografia Oculta. Mais uma obra da Editora Mercuryo (São Paulo), o livro apresenta 328 páginas ilustradas e está à venda pelo encarte desta revista, ao preço de R$ 38,50, sob o código LL-66.