UFOs e ufonautas são freqüentemente confundidos com luzes ou aparições divinas, e muitas vezes com intenso fervor religioso. Em 1896, na Serra do Mendanha, divisa dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, um objeto voador não identificado aterrissou no meio de um cafezal. De seu interior saiu um homem vestindo roupas douradas, cujo tecido assemelhava-se a escamas de jacaré. Trazia um peitoral cheio de botões luminosos e aproximou-se de três meninas que brincavam em uma caverna da região, com quem manteve um diálogo que durou cerca de 20 minutos. Após isso, voltou à sua nave e partiu.
Desde então, o local virou palco de penitências e ficou conhecido como “a caverna do lagarto encantando”, pois as pessoas mais religiosas acreditam que o homem do espaço fosse São Miguel montado em um dragão. Às 19h30 de 05 de abril de 1935, o senhor Mora, um agricultor católico, trabalhava em sua fazenda em Aznalcázar, na Espanha, quando avistou um grande objeto circular descer nas proximidades de um monte, a cerca de 450 m de distância. A esfera ficou pairando sobre o solo. De dentro dele saíram “homenzinhos que o rodearam por alguns minutos antes de partirem”, segundo declarou o agricultor, que conferiu à visão um caráter sobrenatural. Para Mora, Deus quis recompensá-lo por seu fervor religioso e a experiência tornou-se o fato mais importante de sua vida até seus últimos dias.
Em 1969 ocorreu outro caso deveras significativo em Itaperuna (RJ), que na ocasião vivia uma onda ufológica. Enu Correia Lacerda, Maria Nogueira Gargano, Cirlane Lacerda e Virgínia Oliveira voltavam a pé de um culto na Igreja da Restauração, uma seita protestante rígida, cujas mulheres se vestem sobriamente. Essas pessoas, que viviam lendo a Bíblia, eram tidas como incapazes de beber, fumar, mentir e cometer pecados que infligissem seu severo código moral. Em conjunto, as moças contaram o que lhes aconteceu só depois de muita relutância, porque consideravam sua experiência divina. Segundo elas, às 23h00, estavam indo para casa como sempre faziam, após o culto. A noite era estrelada, mas sem lua. No meio da estrada surgiu sobre elas um grande círculo luminoso. “Era uma luz divina que clareou tudo em volta, um facho de muita intensidade. Nós observamos que o centro era meio avermelhado e a periferia muito branca. Ficou sobre nós durante uns três minutos. Tivemos medo”, disse uma das religiosas.
Diamante Cegante — O fato foi publicado na revista O Cruzeiro de 29 de maio de 1969, em matéria dos repórteres Alcino Diniz e Ubiratan Lemos, intitulada A Invasão dos Discos Voadores: Aleluia para a Estrela de Itaperuna. Segundo Diniz e Lemos apuraram, as crentes, em meio a fantástica observação, acreditaram estar diante de um milagre e começaram a cantar o hino ‘Glória a Jesus’. “Ficamos de joelhos, rezamos e agradecemos a Deus a graça daquela aparição. Aleluia”. Esse fato não é isolado e existem inúmeros exemplos idênticos. Um deles aconteceu em 29 de dezembro de 1980, em Huffman, uma pequena cidade texana a apenas 50 km de Houston, centro da estação de controle do programa espacial da NASA.
Numa estrada secundária da região, ladeada por pinheiros altos e imponentes, seguiam Betty Cash, Vickie Landrun e seu neto Colby. Às 21h00, depois de uma garoa que caíra naquela tarde, a estrada estava seca. Como fazia muito frio, o trio se apertou no banco da frente do velho Oldsmobile de Betty. O aquecedor estava ligado e as janelas fechadas. Poucos minutos após o início da viagem, todos notaram uma luz intensa acima da copa das árvores. Pensaram que fosse um simples avião rumando para o Aeroporto Internacional de Houston, mas ao chegarem em um certo trecho da estrada, mais isolado e sem movimento, depararam com um objeto em forma de diamante emitindo uma luz cegante, aparentemente se preparando para pousar. Da parte inferior do objeto saíam chamas que iam de encontro ao solo.
Apavorada, Vickie começou a gritar pedindo que Betty parasse o carro. Nesse instante, o UFO se encontrava a menos de 50 m de distância. O trio desceu do carro e notou um círculo de luzes azuis ao redor do objeto, que parecia metálico. As partes superiores e inferiores não eram pontiagudas, e sim arredondadas. Chorando de medo, Colby entrou no carro e rogou à avó para que fizesse o mesmo. Vickie era extremamente religiosa, por isso não lhe ocorreu outro pensamento a não ser que aquela luz tivesse origem divina: “Não tenha medo. É Jesus chegando do céu, ele não nos fará mal”.
Seqüelas Irreparáveis — Fazia tanto calor no interior do veículo a ponto de obrigar Betty a abrir as janelas e ligar o ar condicionado. O UFO então emitiu suas chamas pela última vez antes de sumir vagarosamente por trás das copas das árvores. No momento em que partia, helicópteros CH-47 da Força Aérea Norte-Americana (USAF) cercou-o por todos os lados.
Sem esperar mais, Betty ligou o carro e prosseguiu viagem. Durante cinco minutos não se viu o UFO e sua barulhenta escolta. Porém, mais à frente, o diamante reapareceu. De onde estavam, contaram um total de 23 helicópteros, após o que Betty voltou à estrada. Pela janela traseira, ainda puderam ver o UFO antes que se distanciasse. Ao todo, o incidente não durou mais do que meia hora, tempo bastante para causar danos físicos terríveis e seqüelas irreparáveis. Todos tiveram problemas de saúde gravíssimos e duradouros, o que acabou prejudicando definitivamente suas vidas. Mesmo assim, e apesar dos helicópteros, nada conseguiu demover a firme convicção de Vickie de que por trás do incidente estava Jesus Cristo em pessoa.