Militares e cientistas uruguaios discutem sobre a possível origem de um objeto voador não identificado, avistado por dois pilotos de aviões comerciais e populares do sudoeste do país. O tenente coronel Walter Alvarado, pilotando um bimotor da empresa Aeromás, voava do Aeroporto de Ezeiza, Argentina, para Carrasco, Uruguai, na madrugada, quando presenciou um brilho que durou de 30 segundos a um minuto. Em declarações a jornalistas, relatou que o comandante de um MD 11 da Lufthansa que sobrevoava a região, descartou alarmado que podia se tratar de um meteorito e mediante comunicação via rádio que o objeto se parecia a um míssil.
Motivados por uma forte explosão que fez estalar alguns vidros de janelas, pessoas presentes acreditaram se tratar de algum objeto extraterrestre. Nesse contexto, a comissão receptora e investigadora de denúncias UFO da Força Aérea uruguaia, tentou esclarecer o caso apresentando duas hipóteses. Segundo especialistas, o objeto avistado é de fabricação humana e poderia se tratar de um míssil. Quando se pensa no brilho, a resposta estaria próxima ao fogo que desprende de um sistema de propulsão de aeronaves de combate para atingir uma velocidade máxima.
Porém, o departamento de astronomia da Faculdade de Ciências de Montevidéu descartou tais suposições. Pela análise do professor Gonzalo Tancredi, conclui de maneira preliminar que o UFO era um “meteorito brilhante”, conhecido como “bólido ou bola de fogo”. O cientista considera que o fenômeno se deve ao ingresso do material rochoso proveniente de um asteróide ou de um cometa na atmosfera terrestre.
Segundo o informe, o objeto, quente pela fricção com o gás atmosférico chega a uma altura de 100 quilômetros, desenvolve uma velocidade superior aos 10 quilômetros por segundo e provoca um desprendimento de luz enorme. A velocidade superior a do som no ar produz uma onda de choque que ao alcançar a superfície provoca o estrondo escutado, conhecido como “boom sônico”.