As sondas espaciais Pioneer 10, Pioneer 11, Voyager 1 e Voyager 2, em trajetória interestelar, levam mensagens e informações para o caso eventual de que algum dia sejam detectadas e recolhidas por seres inteligentes de outro sistema solar. Mais sondas se unirão a essas quatro nessa singular missão de embaixadores cósmicos da humanidade.
Desde a década de 1970 os humanos possuem capacidade tecnológica suficiente e demonstrada para enviar naves para outras estrelas – ainda que a uma velocidade tão lenta que decorrerão milhares de anos antes de que passem relativamente para perto de outro astro. Cabe, então, se propor que outras civilizações em nosso cosmos tenham feito o mesmo. No entanto, os cientistas não detectaram ainda nenhuma dessas hipotéticas naves alienígenas em nosso Sistema Solar. Por que?
A resposta tradicional sempre tem sido que seria porque nenhuma chegou até aqui. Agora, uma sugestiva hipótese alternativa vem sendo apresentada por Jacob Haqq-Misra e Ravi Kumar Kopparapu. Estes dois pesquisadores da Universidade do Estado da Pensilvania, nos Estados Unidos, abordam o problema mediante um enfoque matemático, e sua conclusão é que não examinamos lugares suficientes para assegurar com absoluta certeza que não há artefatos extraterrestres em nosso sistema planetário.
A imensidão do espaço e nossas escassas buscas realizadas até a data implicam que qualquer sonda exploradora não tripulada, de origem extraterrestre e tamanho discreto, provavelmente não seria detectada. Dito de outro modo, poderiam perfeitamente haver artefatos extraterrestres em nosso Sistema Solar sem que soubéssemos, simplesmente por não termos inspecionado o suficiente nossa comunidade interplanetária. Se já é difícil detectar asteróides, mais ainda seria identificar um objeto artificial inerte de, por exemplo, entre um e 10 metros de diâmetro médio.
O paradoxo de Fermi, formulado originalmente por Enrico Fermi (1901-1954), propõe e questiona que se a vida inteligente é comum: por que não temos detectado ainda nenhuma civilização alienígena? As respostas a esta pergunta poderiam ser que a vida inteligente é rara, que as civilizações inteligentes avançadas inevitavelmente se autodestroem, que esses seres inteligentes ainda não nos visitaram por estarem muito longe, ou que estão perto mas não se deixam conhecer.
Pouca inspeção humana
Em qualquer caso, à margem de que se detectem ou não transmissões inteligentes procedentes de algum lugar do universo, também cabe a possibilidade de que, igualmente como fazem os humanos, outras civilizações estejam enviando pequenas sondas não tripuladas para nosso Sistema Solar, para observar discretamente a Terra ou outros planetas. E inclusive poderia ter alguma em órbita do Sol ou repousando em algum rincão de um mundo de nosso sistema.
Essas sondas, de tamanho modesto como as nossas, poderiam estar ocultas em uma ampla variedade de lugares. No cinturão de asteróides provavelmente passariam despercebidas, especialmente se essas supostas naves medissem só de um a 10 metros e pesam pouco mais de uma tonelada.
Haqq-Misra e Kopparapu desenvolveram uma equação que pode ser aplicada a uma parte do volume de espaço ocupado por nosso Sistema Solar e determinar se foi feita uma busca bastante detalhada nessa região para assegurar que nela não há objetos artificiais extraterrestres. Os pesquisadores ratificam que atualmente a questão ainda não pode ser respondida com total certeza, mas isso acarreta que a hipótese tambem não pode ser descartada por completo, há a possibilidade de tal presença.
A superfície da Terra é um dos poucos lugares que tem sido examinada quase por completo com uma resolução espacial de menos de um metro. Mas enquanto os humanos ocupam boa parte da superfície sólida da Terra, a exploram ou fotografam das alturas, ainda existem grutas e selvas, bem como grandes porções do leito oceânico e o subsolo profundo, que não foram objeto de exploração alguma. Apesar disso, há um grande convencimento de que na Terra não há artefatos extraterrestres.
A Lua e Marte estão sendo examinados em pequena escala. Uma missão de mapeamento, a Lunar Reconnaissance Orbiter [Orbitador de Reconhecimento Lunar, LRO], está permitindo observar a superfície da Lua com uma resolução de aproximadamente 50 cm, sendo possível que dentro de algum tempo possamos assegurar que não há objetos artificiais alienígenas na superfície da Lua. No entanto, a perícia dos pesquisadores que interpretam as imagens pode não ser suficiente para distinguir entre uma rocha e uma sonda espacial coberta de pó.
A superfície de Marte ainda está em sua maior parte inexplorada. Igualmente ou menos explorados estão lugares de particular interesse por diferentes razões, como os pontos de Lagrange do sistema Terra-Lua, o cinturão de asteróides e o cinturão de Kuiper, os quais poderiam albergar alguma sonda espacial chegada de outro lugar.
De qualquer forma, a maior parte do volume de espaço ocupado pelo Sistema Solar não tem sido inspecionado ainda pela espécie humana. “As buscas efetuadas até hoje no Sistema Solar são insuficientes, pelo que não podemos descartar a possibilidade de que artefatos extraterrestres estejam presentes nele, e inclusive estejam nos observando”, argumentam Haqq-Misra e Kopparapu.
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