Entre muitos casos de relevante importância, consta na casuística ufológica catarinense a queda de um UFO no litoral do estado ocorrida em 13 de junho de 1974, na Praia de São Miguel, no município de Penha. O fato, pouco reportado e investigado na época, ficou esquecido durante muitos anos e, recentemente, foi revisto pelo Grupo de Pesquisas Ufológicas (GPU), com a intenção de se coletar novas informações que, adicionadas às já existentes, dariam uma melhor idéia sobre o acontecimento.
Infelizmente, já se passaram mais de 22 anos do caso e, dentre as oito pessoas que testemunharam o incidente, poucas ainda estão vivas. O GPU esteve na Praia de São Miguel, em julho último, entrevistando o pescador aposentado Ubelino Generosa, 68 anos. A testemunha recordou-se muito bem do fato e, pormenorizadamente, relatou-o fornecendo importantes e reveladores dados.
A casuística do Estado de Santa Catarina pode contar com um fantástico caso de queda de disco voador. Pelo menos é isso que indicam as pesquisas ainda em andamento, conduzidas no litoral catarinense e em meio a uma intensa busca por mais provas e evidências que permitam aos ufólogos avançar em suas conclusões. Se caso afirmativo, será a 8ª queda conhecida em todo o Brasil
Conta Ubelino que tudo corria normalmente naquele agradável dia de inverno. Entre 15h00 e 16h00, como de costume, reuniu-se com seus familiares para tomar café. Passados alguns minutos, todos resolveram fazer uma caminhada pela praia. Nesta ocasião, seu pai Francisco Severino, o irmão Francisco Filho, a esposa Carmelina Engraça Alexandrina, e seu filho Domingos Jovino Adilson o acompanharam. Ao chegarem ao local mencionado, depararam-se, de súbito, com a visão de um objeto brilhante, com dimensões de um avião monomotor, que se precipitava no oceano à grande velocidade.
“Imaginávamos que era um avião e, imediatamente, antes de vê-lo chocar-se com o mar, eu e meu irmão pegamos um barco, na tentativa de prestar socorro aos tripulantes do objeto”, ainda relembra a testemunha. Como a maré estava baixa, Ubelino e seus familiares tiveram grande dificuldade em colocar o barco na água. Feito isto, deslocaram-se para o local da queda. Lá chegando, as testemunhas não notaram qualquer vestígio do referido objeto. “Meu pai, que estava à margem, fez um sinal com os braços, dizendo que o mesmo havia submergido. Sem que pudéssemos fazer qualquer coisa, resolvemos voltar e, ao desembarcarmos, um senhor chamado Hamilton prontificou-se em ir ao Aeroporto de Navegantes (SC) buscar socorro”, declarou Ubelino, estupefato.
BUSCA DE INFORMAÇÕES — Logo que anoiteceu, alguns funcionários do aeroporto estiveram na casa de Ubelino em busca de informações. Após ouvirem seu depoimento, prometeram tomar as providências necessárias para esclarecer o caso. Na manhã seguinte, um barco enviado pela Capitania dos Portos de Itajaí, com quatro marinheiros a bordo, apareceu na Praia de São Miguel.
Ubelino estava no mar quando o barco chegou e, ao passar próximo a ele, os tripulantes o chamaram. “Eles pediram que eu embarcasse e os orientasse até o local da queda do suposto UFO”, lembra o contatado. Aquela área, segundo os cálculos do pescador, deveria ter cerca de 12 m de profundidade. Dois dos marujos mergulharam e, passados alguns minutos, retornaram dizendo que a visibilidade estava péssima lá embaixo. “Notei quando um dos mergulhadores piscou para os outros marinheiros que estavam a bordo. Havia algo errado. Tenho certeza de que estavam escondendo alguma coisa”, afirmou Ubelino, convicto. Como já era quase meio dia, resolveram almoçar e deixar as investigações para mais tarde. Por volta das 16h00, novamente dois tripulantes da embarcação da Capitania dos Portos mergulharam e, como antes, voltaram algum tempo depois dizendo nada haverem encontrado e decidiram, então, continuar a busca no dia seguinte. Os marujos marcaram o local com uma bóia presa a uma corrente, com um pesado ferro na outra extremidade. No outro dia ninguém apareceu.
O mais estranho é que ao passar pelo local da queda, logo cedo, durante a pescaria, não se via mais a marca deixada pelos marinheiros. “Ela havia desaparecido. Não acredito que tenha se desfeito: para mim, foi recolhida na noite anterior pela Capitania, que retornou para resgatar o objeto”, observou a testemunha, alegando não ter ouvido qualquer tipo de movimentação estranha no mar durante aquela noite. Algumas semanas mais tarde, membros da Capitania dos Portos interrogaram duas outras testemunhas, Alfredo Leopoldo Costa e José Custódio, na presença de um capitão, o qual solicitou-lhes um retrato falado do objeto. A partir das informações fornecidas por Alfredo e José, foram feitos esboços semelhantes a um avião. Porém, o pescador não pôde confirmar se o objeto tinha mesmo essa forma, devido ao brilho emitido na ocasião do avistamento.
Ubelino confidenciou ao GPU que tinha dúvidas quanto à legitimidade dos relatos das tais testemunhas, tomando por base que José chegou à praia minutos depois do ocorrido e que Alfredo estava pescando a cerca de 800 m de distância de onde o objeto caiu. “Nem meu pai e meus familiares”, continuou a testemunha, “que estavam a 200 m dali, conseguiram notar qualquer detalhe. Eles viram somente um objeto muito brilhante que, após cair no oceano, submergiu rapidamente”. Após o capitão ouvir os depoimentos dos envolvidos, todos foram levados de volta às suas casas. Nenhuma ameaça foi feita pela Marinha caso fosse comentado o fato com alguém. Meses depois, Ubelino recebeu em sua casa quatro militares da cidade de Blumenau (SC), que pediram para que ele relatasse novamente sua experiência.
OUTRA TESTEMUNHA — O GPU esteve também com uma outra importante testemunha do caso: Alfredo Leopoldo Costa. Inicialmente, Alfredo relutou em falar a respeito do assunto, afirmando que havia sido orientado pela Marinha a manter-se em silêncio, quando esteve na Capitania. Mais tarde, mesmo ainda um pouco relutante, a testemunha deixou escapar que naquela ocasião estava pescando quando viu um objeto luminoso, movendo-se veloz e silenciosamente no céu.
Tratava-se de um objeto comprido, metálico, sem asas, com uma espécie de leme em sua parte superior traseira e um segmento no centro, que o dividia em duas partes iguais. No local de seu mergulho, criou-se uma roda de espumas e borbulhas. “Nunca vi nada parecido. Para mim aquilo não era daqui, veio de outro planeta, e foi resgatado pela Marinha, às escondidas… Na calada da noite”, considerou o contatado, ainda estarrecido com o que vira. Há ainda uma outra testemunha chamada Nilda Vieira, porém, infelizmente o GPU não conseguiu tomar o seu depoimento em virtude de que a mesma não mora mais na Praia de São Miguel, tendo há muito tempo mudado para outro estado.
Os depoimentos de Alfredo e Ubelino não deixam dúvidas: um objeto não identificado caiu no Litoral Catarinense na tarde de 31 de junho de 1974. Provavelmente, quando foi encontrado pelos mergulhadores da Capitania, deveria estar intacto, pois não foi observado qualquer tipo de explosão na hora da queda, tampouco destroços
boiando. O resgate ocorreu na madrugada do dia 15 daquele mês e deve ter envolvido apenas um barco da Marinha, levando em consideração que o UFO não era tão grande. Agora, supondo que os mergulhadores nada tenham encontrado durante as investigações, podemos estar diante de uma outra realidade: talvez o objeto em questão era um objeto submarino não identificado (OSNI) que, após suas incursões pelo planeta, mergulhou no oceano, rumo a seu esconderijo.
Bases submarinas no país
A Ufologia mundial tem registrado, ao longo dos anos, inúmeros casos de aparições de estranhas luzes e objetos, observados nos mais diversos pontos dos oceanos e mares do planeta. Há relatos incríveis de pessoas que, após serem seqüestradas por discos voadores, foram levadas a cidades submarinas onde, segundo as testemunhas, extraterrestres residem. Na região litorânea do Estado de Santa Catarina, os avistamentos de fenômenos ufológicos são freqüentes. Casos de grandes embarcações – como o cargueiro Naviero – que estiveram a poucos metros de OSNIs não são raros. No dia 30 de julho de 1967, o barco, navegando na Costa Catarinense, detectou em seus radares um objeto não identificado. O capitão Júlio Ardanza observou a estibordo, na companhia de outros tripulantes, um estranho corpo medindo 30 m de comprimento, que submergiu com uma silhueta resplandecente.
“Parecia um submarino e apresentava uma luminosidade branca e azulada”, definiu o capitão. O OSNI, aumentando sua velocidade, virou a bombordo e passou sob a embarcação, desaparecendo no oceano. Casos de estranhos objetos emergindo e submergindo do Atlântico já não constituem surpresa alguma em Santa Catarina e podem, talvez, ser explicados pela existência de bases extraterrestres submarinas. Fonte: UFO Informe, número 25, editado pelo Grupo de Pesquisas Ufológicas (GPU). Endereço: Rua 880 n° 10, Bairro Casa Branca, 88220-000 Itapema (SC).