Segundo informação do ufólogo mexicano Santiago Yturria Garza, representante da Revista UFO em seu país, o vôo da aeronave Merlin C-26A da Força Aérea Mexicana (FAM) teria sido realizado por membros do 501° Esquadrão Aéreo, pertencente ao 3° Grupo Aéreo da Base Militar de Santa Lucia (BAM 01), instalada no estado do México. A aeronave teria decolado da Base Militar de Copalar (BAM 17), situada entre os municípios de La Trinitaria e Comitán, no estado de Chiapas. O Merlin teria então pousado na mesma base, depois do incidente.
Porém, pesquisas do Instituto de Pesquisas Científico-Militares de OVNIs e Fenômenos PSI (IPECOM), presidido por esse autor, feitas com base em diversas evidências, demonstram que provavelmente a aeronave, estando já próxima do estado de Quintana Roo e com pouco combustível, teria pousado na Base Aeronaval de Chetumal, naquele mesmo estado. Primeiro porque, dependendo do modelo da aeronave, sua autonomia de vôo varia de 3.750 a 3.800 km, com reserva de 45 minutos. Segundo porque, a Base Aérea Militar de Cozumel (BAM 04), que seria uma outra opção, também situada no estado de Quintana Roo, estaria bem mais longe. Também temos informação da existência de uma Base Aeronaval em Ciudad Del Carmén, no estado de Campeche.
O percurso de vôo do Merlin envolveu, então, a passagem por várias cidades e estados mexicanos. O primeiro alvo detectado pelo radar foi localizado como próximo ou em direção a Ciudad Del Carmén. Provavelmente, neste momento, o avião já estaria sobre a cidade de Tenosique, no estado de Tabasco, quando então decidiu perseguir o alvo desconhecido. No vídeo liberado pela Sedena, a seqüência de detecção começa de forma inesperada, o que leva à conclusão de que o alvo já havia sido localizado pelo radar da aeronave, quando então a tripulação decidiu começar a procurá-lo visualmente – ou sua assinatura térmica – com o equipamento Flir.
É interessante observar que, por mais anômalos e desconhecidos que fossem os alvos, não houve nenhuma solicitação de apoio da aviação de caça mexicana pela tripulação do Merlin, o que era de se esperar. Principalmente considerando-se que, diante da multiplicidade dos alvos, esta seria uma situação de risco ao vôo e à própria segurança do espaço aéreo do país. Talvez este pedido de apoio e interceptação tenha de fato ocorrido, porém, nos registros que temos e que foram liberados pela Sedena, nada existe que confirme essa hipótese. Outro dado importante é que não houve detecção deste primeiro alvo de radar pela torre de controle do aeroporto de Ciudad Del Carmén. Isto poderia ser explicado pela baixa altitude do alvo em questão, que poderia estar fora do alcance de elevação dos radares terrestres.