A suposta queda de um UFO em Roswell, em julho de 1947, é bem conhecida entre os ufólogos e o público em geral. Mas em 1995 o Caso Roswell sofreu uma reviravolta dramática e controversa, com a apresentação ao mundo de um filme surpreendente que teria sido feito a partir das autópsias dos cadáveres encontrados em meio aos destroços do UFO acidentado. Falso ou verdadeiro, o fato é que o filme simplesmente dividiu os ufólogos do mundo inteiro. Mas a polêmica não está nem perto de ser encerrada – apesar de que a maioria dos estudiosos do assunto já proclama que o filme das autópsias é simplesmente uma fraude.
Novas informações e evidências, que serão mostradas neste artigo, dão outra dimensão ao assunto, trazendo à tona a questão suprema: por que o governo dos EUA ainda insiste em esconder a verdade? Roswell, quando inteiramente revelado, será um elemento que desequilibrará a política mundial, dizem os experts. Pode ser, mas o fato é que o filme das autópsias, cuja autenticidade está praticamente provada, é o ponto crucial dessa transformação. Em março de 1995, o distribuidor de música e vídeo londrino Ray Santilli exibiu pela primeira vez para uma platéia seleta seu suposto filme da autópsia de um extraterrestre.
Os representantes da mídia e os ufólogos reuniram-se no museu de Londres para ver o que provou ser o mais controverso acontecimento da história ufológica. Um debate furioso já havia acontecido antes desse evento, desafiando Santilli a “calar a boca” ou trabalhar com os ufólogos, enquanto outros diziam desde o início – mesmo antes de ver o filme – que tudo era uma farsa, por estar fora dos padrões do que acontecera no Novo México, no verão de 1947.
A estratégia de marketing de Santilli, sua exploração comercial do filme e sua ignorância sobre assuntos ufológicos o tornaram desacreditado aos olhos da comunidade ufológica. Não demorou muito para que vários pesquisadores dissessem que o filme era realmente uma fraude, mesmo sem terem provas concretas. Um deles concluiu: “Não há nenhum filme (de 16 mm) e nenhum cinegrafista”. Este mesmo pesquisador alegou que a criatura mostrada na produção cinematográfica parecia “muito humanóide para ser um extraterrestre”, ignorando o fato de que essa é exatamente a forma como muitas testemunhas descrevem tais criaturas.
Infelizmente, são poucos aqueles que têm procurado a verdade, desejando verificar a informação disponível antes de tirar conclusões prematuras. Tais pesquisadores, além deste autor, são Bob Shell, dos EUA, Michael Hesemann, da Alemanha, Maurizio Baiata e Roberto Pinotti, ambos da Itália. Além do coronel Colman VonKeviczky, Bruce Maccabee, Joe Stefula, tenente coronel Wendelle Stevens, Ted Loman, Robert Morning Sky, Llewl-lyan Wykel, Theresa Carlson, Steve Kaeser e Dennis Murphy, todos dos Estados Unidos. Vejamos a síntese dos resultados sobre a investigação do filme da autópsia do ET:
O cinegrafista – Sim, havia um cinegrafista. Várias pessoas além de Ray Santilli falaram com ele pelo telefone. Inclusive este autor, Gary Shoefield, da Polygram, o produtor de TV John Purdie, do Reino Unido, e o pesquisador norte-americano de TV David Roehring. O cinegrafista é um homem idoso, com um sotaque americano. Quando Shoefield foi vê-lo, em nome da Polygram, ele encontrava-se enfermo num hospital. De acordo com a informação fornecida por Santilli, o cinegrafista havia sofrido de poliomielite na infância e as vítimas dessa doença geralmente possuem membros afetados.
Nesse caso, não poderiam ser seus braços, pois se assim o fosse, não teria como operar uma câmera filmadora. Mas as cenas do filme mostram um defeito, talvez em uma de suas pernas. Bob Shell fez pesquisas entre cinegrafistas militares veteranos e lhes perguntou se lembravam-se de um colega da década de 40 com uma perna doente. Disseram que conheciam. Então, revelaram seu nome, o lugar onde mora – Flórida – e sua idade. Era exatamente a mesma alegada ao cinegrafista de Ray Santilli: 86 anos.
Seu nome não é Jack Barnett, como afirmou Santilli no intuito de proteger a verdadeira identidade do cinegrafista. Barnett tinha trabalhado para a Universal News e filmado Elvis Presley num concerto no colegial, mas agora está morto. Por coincidência, o cinegrafista de Santilli também havia filmado um concerto de Elvis. Ray Santilli possui uma entrevista em vídeo com seu cinegrafista, um vídeo que foi visto por Michael Hesemann e Bob Shell. Em dezembro de 1996, alguns trechos foram mostrados por uma emissora de televisão no Japão.
Depois, em abril de 1996, Bob Shell foi contatado pelo capitão James McAndrew, da Força Aérea Americana (USAF). O capitão informou que havia trechos do filme em seu arquivo, que pelo menos parte do filme de Santilli era autêntico e não mostrava um boneco. A USAF sabia o nome do cinegrafista, porém não conseguiu localizar seu endereço atual, pois um incêndio havia destruído os arquivos militares em Saint Louis. McAndrew ressaltou a Shell que se isso se tornasse público, negaria tudo. Ele agiu da mesma forma durante uma conversa comigo por telefone, gravada no final de 1996.
Quando perguntaram ao suposto cinegrafista os detalhes do local da queda do UFO, Michael Hesemann e seus colegas foram convencidos do excelente conhecimento que possuía sobre a área do Novo México. Com Ray Santilli como mediador (e Santilli não conhece o terreno em questão), o cinegrafista descreveu até a ruína de uma pequena ponte, a qual Hesemann e seu grupo só conseguiram localizar na terceira tentativa. Parecia certo que o cameraman de Santilli sabia exatamente sobre o que estava falando. Embora alguns tenham criticado a técnica do cinegrafista no filme da autópsia, outros dizem que é exatamente como filmariam.
Testes atômicos – “O cinegrafista se mantém em movimento para sair do caminho do cirurgião e continua tentando obter a melhor perspectiva. O trabalho de um cinegrafista militar consiste em gravar qualquer procedimento num filme, e não em fazer belas cenas”, disse o doutor Roderick Ryan, cinegrafista da Marinha Americana durante as décadas de 40 e 50, que filmou sozinho muitos projetos secretos do governo, incluindo os testes atômicos no Atol de Bikini.
O cinegrafista não era somente um homem estudado e com experiência em filmagens, possuía conhecimentos na edição e produção de documentários. “Filmar a autópsia em vários ângulos”, para o coronel Colman VonKeviczky, seria uma evidência. Este oficial estudou na Academia de Filmagem UFA, em Berlim, e foi chefe da divisão de áudio-visual do Conselho Geral Real Húngaro, cinegrafista e diretor do 3° Exército Americano, em Heildelberg, e membro do departamento de áudio-visual das Nações Unidas, em Nova York.
Um estudo cuidadoso das cenas da produção original e cópias Betacam de alta qualidade confirmaram que o filme foi rodado em equipamento de 16 mm. O manuseio da câmera indica o uso de um equipamento pequeno e l
eve, com lentes fixas – o que explica as imagens fora de foco durante os close-ups. O cinegrafista e Ray Santilli alegam que foi usada uma câmera de 16 mm da Bell & Howell, igual à dos cinegrafistas militares americanos da década de 40.
Cópias do filme mostrados à Kodak traziam os símbolos usados pela fábrica em 1927, 1947 e 1967 (um quadrado e um triângulo). Dois trechos da película, cada um com três quadros, foram dados a Bob Shell, editor da revista Shutterburg e consultor fototécnico do FBI. Após um cuidadoso exame, Shell confirmou que as amostras eram anteriores a 1956 – ano em que a Kodak alterou sua base de filme de acetato-proprionato para triacetato. A-quela amostragem era claramente de acetato-proprionato.
Na opinião de Shell, o filme é representativo da história descrita por Santilli e seu cinegrafista, entretanto, mais testes deveriam ser feitos para se ter 100% de certeza da autenticidade. Todos os objetos mostrados no filme da autópsia são datados de 1947 ou de um pouco antes. O telefone é um modelo AT&T de 1946, com fios em espiral opcionais desde 1938. O microfone é um modelo Sheer Bros, de 1946. Os instrumentos médicos usados eram padrão para patologistas em 1947. Tais confirmações foram feitas pelo professor Cyril Wecht, antigo presidente da Academia Americana de Ciência Forense.
No entanto, o cadáver sobre a mesa de autópsia foi motivo de muita controvérsia. Poderia ser um boneco, uma fêmea humana com algum problema genético, ou ainda um ser não humano. Virtualmente todos os especialistas em efeitos especiais concluíram que é possível falsificar o cenário de uma autópsia autêntica. Inclusive, levantaram a hipótese de que o material teria vindo da América do Sul. Contudo, ninguém conseguiu fornecer a evidência de que um produtor tivesse falsificado esse filme, ou usado um boneco ou algum sul-americano.
Por outro lado, um grande número de médicos de várias partes do mundo, que viram o filme, está convencido de estar defronte a um corpo de carne, sangue e osso. Contrapondo-se a isso, alguns comentários médicos sugerem fortemente que poderia ser algo que não é humano. O patologista da Universidade de Shefield, na Inglaterra, Christopher Milroy, declarou: “Embora um close-up do cérebro tenha sido mostrado, ele apareceu fora de foco. Contudo, a aparência não era a de um cérebro humano”.
O professor Mihatsch, da Universidade de Basel, na Suíça, reforça: “Com relação aos órgãos removidos, eles poderiam muito bem ser humanos”. No entanto, o professor Cyril Wecht discorda: “Não posso ver aquelas estruturas num contexto abdominal. Acho difícil fazer qualquer correlação com o corpo humano. A estrutura que deveria ser o cérebro não se parece com a de um ser humano”.
Doutor Carsten Nygren, de Oslo, Noruega, apoia: “Aquele não era um cérebro humano. Era muito escuro”. Já o professor Pierluigi Baima Bollone, da Universidade de Turim, Itália, dá maiores esclarecimentos: “Quando olhamos os órgãos internos do corpo, não encontramos nenhum que se assemelhasse a um órgão humano. O principal, que poderia ser o fígado, não possui a mesma forma ou localização.
“A face do suposto ET mostra características anatômicas surpreendentes: grandes órbitas oculares, uma pirâmide nasal muito chata e uma boca um pouco aberta. Não há evidência de musculatura facial como a presente nos seres humanos, a qual é responsável pela grande variedade de expressões. Tenho a impressão geral de que estamos lidando com uma criatura que parece pertencer à nossa espécie, porém claramente atípica”. De acordo com o cinegrafista de Ray Santilli, a autópsia foi conduzida pelos doutores Bronk e Williams. Detlev Bronk não foi surpresa para os ufólogos, uma vez que seu nome já havia aparecido em documentos do controverso Projeto Majestic 12. Ele era, na-quela época, presidente do Conselho Nacional de Pesquisa, um dos maiores biofísicos dos Estados Unidos e membro do Comitê Consultor da Força Aérea do Exército e da Comissão de Energia Atômica. Certamente, a pessoa a quem teriam confiado a supervisão de tal autópsia. Após sua morte, todos seus documentos foram transferidos para o Instituto Rockfeller para Pesquisa Médica, do qual ele havia sido presidente.
Falta nos arquivos – Bronk era uma pes-soa metódica e mantinha detalhes diários de toda sua correspondência, notas e encontros. Mas quando Bob Shell quis olhar os papéis com data de 1947, percebeu que este era o único ano que faltava nos arquivos. Nenhum dos bibliotecários do instituto pôde dizer-lhe por que estavam faltando. Williams poderia ser o doutor Parvin Williams (1891-1967), assistente especial do cirurgião geral do exército em Fort Monroe. Ele era tenente coronel naquele ano e foi promovido a brigadeiro general no ano de 1949.
A menção ao nome Williams indica que o cinegrafista tinha um certo conhecimento. E os médicos presentes no filme, eles eram de verdade ou meros atores? “Enquanto os exames parecem apresentar um aspecto clínico, alguns pormenores sugerem que os exames não foram conduzidos por um patologista experiente, mas sim por um cirurgião”, manifestou-se o professor Milroy. Mihatsch, por sua vez, não questiona a capacidade do patologista ou cirurgião que trabalhou na autópsia. Para o professor Wecht, “aque-les homens eram patologistas ou cirurgiões, e já haviam realizado várias autópsias antes”. Bollone acredita que “definitivamente tratou-se de cirurgiões, e não de patologistas com experiência”.
Ao contrário do professor Pierre, que alega que “aquelas pessoas certamente pertenceriam ao corpo médico, se não fossem experientes patologistas”. Já sob a ótica do doutor Nygren, “eles eram cirurgiões, e não patologistas”. Contudo, nem Bronk nem Williams eram patologistas. O primeiro era biofísico e o outro cirurgião. Nenhum deles confessou ser ator ou ter cometido erros. O maior ponto de crítica, no entanto, foi a própria execução da autópsia. Obviamente serviu mais ao propósito de determinar a causa de uma morte do que em analisar se o ser era não humano. De acordo com o cinegrafista, havia originalmente quatro criaturas vivas descobertas no local da queda do UFO.
Uma não sobreviveu ao resgate, a segunda e a terceira morreram quatro semanas depois e a quarta sobreviveu até maio de 1949. Não sabemos nada sobre a autópsia da primeira criatura. Esta poderia ter sido um exame verdadeiramente científico. O cinegrafista filmou a segunda e a terceira autópsias em 1° e 03 de julho de 1947, quando a questão principal era descobrir a causa das mortes
a fim de manter a quarta criatura viva.
De acordo com esse produtor de imagens, o quarto ser não identificado foi autopsiado cientificamente num teatro médico, em Washington, na presença de eminentes cientistas dos EUA, Inglaterra e França. A cena dos fragmentos do aparelho foi estudada por Dennis W. Murphy, especialista em Tecnologia de Mergulho Marinho e Solda, e estudioso de estruturas metálicas. Ele concluiu: “Jamais vi algo que se assemelhasse às técnicas usadas na construção dos pedaços de metal. Não conheço qualquer processo que produza a variedade de detalhes encontrada em tais estruturas”.
Estruturas quebradas – Murphy recusou ainda diversas outras possibilidades tais como a usinagem. Afirmou em seu relatório: “Não acredito que se possa fazer contornos precisos e símbolos ou letras com máquinas de usinagem, extrusão, rolamento, moldagem e fundição. Contra a teoria dos moldes, há ainda a aparente falta de peso das peças, os ângulos agudos nas raízes, a pouca espessura da flanges [conexão de tubos] na estrutura interna e os detalhes bem definidos das insígnias, que poderiam ter sido produzidas com um metal de alta densidade, o qual teria peso muito maior do que o indicado”.
Ademais, de acordo com Murphy, o uso de painel com estrutura de espuma, a natureza cristalina da rachadura nas estruturas quebradas, a reflexividade do material e a rigidez das estruturas também conspiram contra essa possibilidade. A aparência flexível, luminosa e altamente reflexiva das estruturas internas desconcertou o pesquisador e fez com que ele chegasse à conclusão de que apesar de ser um metal, com uma estrutura cristalina extremamente fina, a técnica de manufatura era desconhecida.
O sargento chefe Bob Allen, coordenador de segurança da Força Aérea Americana, de uma base militar altamente secreta próxima a Tonapah, Nevada, reconheceu os painéis de comando no filme. “O exército chegou à conclusão de que os seres utilizavam os painéis porque esperavam ser capturados. Cada painel foi construído individualmente para cada ser. Eles podiam ser encaixados em vários aparelhos. O sistema completo poderia acionar a propulsão da nave e auxiliar a navegação. Enfim, tudo poderia ser controlado por aqueles botões”.
Allen enfatiza que os militares tentaram operá-los, mas as freqüências cerebrais deles não eram rápidas o suficiente como a dos seres extraplanetários. De acordo com o sargento, as estruturas metalizadas foram encaminhadas, juntamente com outro material alienígena, aos laboratórios Lawrence Livermore para exames.
Mas a confirmação veio através de um engenheiro da Força Aérea Americana que trabalhava para os laboratórios Sandia, em Albuquerque, onde se estabeleceu que os painéis eram “computadores de biofeedback” que respondiam a impulsos neurais. “Era fácil inserir informações neles, mas extrair não”, alegou o examinador.
Bill Uhouse, um engenheiro mecânico que trabalhou na super secreta base da Área 51, no sítio de testes de Nevada, onde supostamente trabalhou com tecnologia extraterrestre, identificou-os como “painéis de controles pessoais”. Eles serviam para a comunicação entre os membros da tripulação e possivelmente para corrigir a unidade de direção da nave.
Possivelmente, também eram utilizados para que os ocupantes do disco pudessem se comunicar com sua nave-mãe, a qual poderia localizá-los e resgatá-los onde quer que estivessem. Quando o objeto se acidentou, cada membro da tripulação levou consigo seu painel. Quando Michael Hesemann olhou pela primeira vez para os símbolos que apareciam na cena das estruturas fragmentadas, de imediato ele reconheceu a semelhança com o alfabeto grego e fenício. Ambos possuem origem comum e pertencem à mesma família, como os alfabetos semita, aramaico, sabaico, samaritano, hebraico, ptotcananita, nabateico e árabe, que se originaram do alfabeto hieroglífico, um dos quatro grupos principais. Curiosamente, várias inscrições, que claramente pertencem ao mesmo ramo dos alfabetos, mas que antecedem às culturas egípcia e fenícia, foram encontradas em todo o mundo, incluindo o Peru, Equador, Brasil, França e nas Ilhas Canárias. Devido à semelhança com o alfabeto fenício, Hesemann os chama de pré-fenícios.
Nesse contexto, o ufólogo alemão foi capaz de decodificar os símbolos vistos nos destroços. A tradução revelou na primeira parte a frase “a jornada dos deuses” ou “vá com Deus”, enquanto um outro símbolo significava “abrir”. Mas, por que tais seres, aparentemente extraterrestres, falariam e escreveriam Fenício, Hebraico ou E-gípcio? Talvez porque, como sugeriu Hesemann, fosse a língua dos deuses, e eles a introduziram na Terra.
Sistema hieroglífico – Os antigos egípcios acreditavam que seu sistema hieroglífico foi dado a eles por Toth ou Tehauti (o deus da sabedoria) um dos Neteru [observadores] que viajavam em barcos celestiais pela Via Láctea. Será coincidência as criaturas autopsiadas terem 12 dedos (seis em cada mão), uma vez que o sistema matemático dos Sumérios e dos Egípcios também era baseado no número 12? Algumas pegadas com 12 dedos foram encontradas nos petróglifos Anasazi, na região dos canyons, em Utah (EUA), e um “kachina do céu” também com o mesmo número de dedos na tradição dos índios laguna, hopi e outros.
A tribo brasileira ugha monguala, por sua vez, acredita que seus “antigos pais”, que vieram das estrelas, tinham seis dedos em cada uma das mãos e pés como sinais de sua origem divina. Ray Santilli sustentouque o filme mostrava cenas de Roswell. Mas nenhuma das testemunhas da queda do UFO em 1947 confirmou que o corpo e os destroços eram os mesmos.
Os cadáveres encontrados em Ros-well eram menores, mais esguios e possuíam quatro ou cinco dedos, e não seis. Por outro lado, se o filme fosse uma fraude, por que seus responsáveis não tiveram o cuidado de ler pelo menos uma das várias obras sobre o incidente e fazer assim uma representação mais precisa? A primeira informação fornecida por Santilli fez com que ufólogos duvidassem de que o filme da autópsia estivesse relacionado aos eventos acontecidos em Roswell.
Santilli insistia, por exemplo, em que a autópsia fora conduzida e filmada nos dias 1° e 03 de julho de 1947 e o resgate da nave acontecido no início de junho. Isso teria sido muito cedo, pois tanto as testemunhas como os pesquisadores envolvidos estão convencidos de que o acidente aconteceu no início de julho. No dia 30 de junho de 1995, Hesemann [representante de UFO em seu país] esteve em Roswell e ligou para Ray Santilli
para obter maiores informações sobre o local em que o cinegrafista alega que os eventos se sucederam.
Primeira informação – O interlocutor pôde somente informá-lo de que era aproximadamente “uma hora e meia adiante”, perto do local de testes de White Sands e de uma reserva apache, na margem norte de um pequeno lago seco, no final de um pequeno canyon. Hesemann pediu a Ray Santilli para telefonar ao cinegrafista e solicitar informações mais detalhadas, ao que ele foi prontamente atendido. O local da queda ficava entre Socorro e Magdalena.
No final de julho de 1995, Santilli liberou a história completa do cinegrafista, confirmando que ele teria sabido do acidente em 1° de junho – o que faz o evento ter acontecido em 31 de maio de 1947. Data, local e restante dos fatos vistos no filme não combinam com a história convencional da queda do UFO em Roswell. O fato de o cinegrafista estar em Roswell naquela época fez com que acreditasse que estivesse envolvido no Caso Roswell, do qual ouviu falar algum tempo depois, e Santilli, pouco sabedor da Ufologia, acreditou nisso.
Seguindo as indicações fornecidas pelo cinegrafista, Hesemann encontrou o pequeno lago seco ao final de um canyon, rumando em direção à última estrada de terra antes das montanhas de Magdalena. Ali, encontra-se cerca de 25 km distante da pista de testes de White Sands e do Parque Nacional Bosque del Apache, uma antiga reserva indígena. Na terceira visita do ufólogo germânico ao local, seu colega Ted Loman foi capaz de localizar as ruínas de uma ponte férrea, mencionada pelo cinegrafista. Após Hesemann ter enviado as fotos para o cinegrafista por intermédio de Ray Santilli, houve a confirmação por parte do cameraman de que aquele era realmente o local da queda do UFO.
No mês de setembro de 1995, Santilli forneceu desenhos feitos pelo cinegrafista, melhorados por um artista, mostrando a região da queda. Hesemann pôde então comparar as fotos do local com os desenhos. Eram idênticos. Conforme a ilustração, em que o cinegrafista projetou o UFO acidentado no penhasco, Hesemann e seus colegas encontraram uma área de 20 m de diâmetro, onde alguém havia deliberadamente esculpido as pedras, como se tentasse remover qualquer vestígio.
Em julho de 1995, Santilli liberou a história completa do cinegrafista, confirmando que ele teria sabido da queda em 1º de junho – o que faz o evento ter acontecido em 31 de maio de 1947. Data, local e restante dos fatos vistos no filme não combinam com a história convencional da queda do UFO em Roswell
Acima do leito seco do lago, o ufólogo e sua equipe localizaram uma antiga mina. De acordo com o escritório de Minas e Tecnologia do Novo México, em Socorro, era uma jazida de manganês chamada Niggerhead, interditada em 1938 e reaberta durante a guerra, quando o manganês era precioso e necessário.
Depois foi fechada novamente e reaberta pelo governo norte-americano, sem qualquer extração de minério, no dia em que o UFO foi resgatado, em 1° de junho – isso de acordo com o cinegrafista. Operações de mineração foram utilizadas para esconder o Projeto Manhattan (construção da bomba atômica). No Caso Roswell, a reabertura da mina poderia representar uma explicação perfeita para o transporte de materiais pesados, caminhões e pessoal, além de justificar o isolamento da área.
No texto Air Accident Report, supostamente escrito pelo general Nathan Twining, do Comando de Material Aéreo em Wright Field, publicado pelo ufólogo Len Stringfield, há menção de um disco voador encontrado próximo à pista de testes de White Sands, em alguma data anterior a 16 de julho de 1947 – a data do relato.
Uma vez que a descrição cobre a avaliação do material técnico da nave, podemos supor que o acidente tenha se dado pelo menos um mês antes desses misteriosos acontecimentos. Outra testemunha citada por String-field, o major V. A. Postlewith, do Serviço de Inteligência do Exército Norte-americano, viu um telex secreto em que se mencionava um acidente com um objeto voador não identificado, nas proximidades da pista de testes de White Sands.
Conseguiu-se localizar algumas testemunhas do evento ocorrido em 31 de maio de 1947. Fred Strozzi, um fazendeiro que morava a poucos quilômetros do local da queda, alega ter observado um meteorito “maior do que uma bola de basquete” caindo na área em questão. O casal Betty e Smoky Pound também viu o mesmo objeto. Infelizmente, Strozzi faleceu há alguns anos, e seu testemunho é o melhor que temos. Contudo, um meteorito idêntico também foi observado por um grupo de crianças índias da tribo acoma. Uma delas se lembra muito bem da data – a mesma do seu aniversário.
Testemunhas ufológicas – Era um dia muito quente e elas saíram para brincar à noite. Passado algum tempo, “…todo o céu ficou iluminado como se fosse dia”, recordou uma delas. “Em menos de quatro segundos uma grande bola de fogo deslizou silenciosamente sobre nossas cabeças da esquerda para a direita. Isto é, de noroeste para sudoeste, na direção de Socorro”. A luz era tão brilhante que as crianças seguraram as mãos ante as próprias faces para proteger os olhos. Dois dias depois, a maioria das crianças apresentou bolhas nas mãos e nos braços – itchies, como as chamavam.
Hesemann recebeu uma carta da filha de uma das testemunhas e duas outras tinham sido entrevistadas, uma por telefone e a outra pessoalmente, sendo esta última uma entrevista gravada em vídeo. Um meteorito não causaria bolhas. Poderiam ter sido essas crianças índias, e mais tarde Fred Strozzi, testemunhas da queda do UFO filmado pelo cinegrafista de Santilli, e não de um meteorito? Pelo menos quatro testemunhas oculares das cenas da autópsia de Santilli foram localizadas.
O sargento Bob Allen, quando enviado a seu trabalho, assistiu aos filmes durante duas horas e meia. No instante em que viu o filme de Santilli pela televisão, imediatamente reconheceu nele parte da mesma série de filmes em posse dos militares. “Vi três autópsias”, disse a Hesemann. E continuou: “Durante uma delas Truman (presidente dos Estados Unidos na época) ficou de pé atrás da tela de vidro na sala de autópsia.
“Ele usava uma máscara de cirurgião, mas podia-se identificá-lo. Após alguns dias o primeiro ser morreu, e logo em seguida o segundo. Eles disseram: ‘Droga! Eles estão morrendo feito moscas e temos que descobrir se possuem alguma intenção hostil e o que estão fazendo aqui. Devemos encontrar um modo de manter vivo o quarto ser”. Para o ufólogo essa foi a razão principa
l de se fazerem as autópsias, pois o quarto extraterrestre teria sobrevivido por mais dois anos.
O sargento Clifford Stone, do Exército Americano, prestava serviços em Fort Ley, Virgínia, em 1969. Ele era parte do Grupo de Reação Rápida contra Acidentes Químicos, Biológicos e Nucleares (NBC). “Como oficial acomissionado de comunicações, tive a oportunidade de levar um tenente aviador, da Força Aérea Norte-americana, até o Forte Belvoir. Naquela ocasião, visitamos várias dependências do local.
“Subimos as escadas e chegamos a um auditório, on-de havia uma janela de vidro pela qual notava-se um grupo de homens que assistiam ao que acreditamos ser trechos de filmes de ficção científica, pois havia UFOs em formato de disco, de charuto e alguns corpos”, denunciou. Stone e o aviador foram adiante para tentar descobrir de onde vinham aqueles filmes, uma vez que eles também se interessavam por ficção científica.
Porém ao se aproximarem, eles se fizeram notar e os presentes disseram-lhes para que os seguissem. Ambos foram presos e submetidos a um intenso interrogatório durante quatro noites e cinco dias. “Ao ver o filme de Santilli, as imagens pareciam-me assustadoras, porque me transportavam àquele dia, em 1969, e me faziam recordar a cena daqueles corpos, alguns vivos. Tenho conhecimento de um filme em que Truman aparece. Se não for ele, trata-se de um dublê perfeito”, enfatizou o sargento.
Prova conclusiva – No dia 26 de junho de 1995, o ufólogo e pesquisador dos misteriosos círculos em plantações Colin Andrews visitou Ray Santilli em Londres. Trouxe consigo um pesquisador japonês chamado Johsen Takano, responsável por enviar informações ufológicas para o governo japonês. Ele estava acompanhado pelo doutor Hoang Yung Chiang, do Centro Nacional de Pesquisa de Biotecnologia de Taipé, Taiwan.
Chiang leciona na Universidade Cultural e na Universidade Médica de Taipé, e através dele a pesquisa ufológica foi oficialmente reconhecida pelo governo chinês como uma disciplina científica. Após verem o filme da autópsia, Takano e Chiang disseram a Andrews que já tinham assistido à película antes. Takano havia visto as imagens quando seu governo solicitou informação ufológica do governo americano, e um agente da CIA levou a película para Tóquio. Já Chiang teria visto o filme ao visitar o quartel-general da CIA em Langley, Virgínia.
Entretanto, até o presente momento, ninguém apresentou prova conclusiva de que o filme da autópsia de Santilli seja uma farsa. Pelo contrário: temos numerosas indicações que podem muito bem ser autênticas. Se é uma farsa, então é sem dúvida a mais engenhosa da história da pesquisa ufológica. Ao invés de se espalharem rumores e boatos, deve-se fazer um estudo sério desse enigmático filme. Somente dessa maneira saberemos a verdade de um filme que poderia bem ser a mais inegável evidência de que não devemos estar sozinhos no Cosmo.
Beyond Roswell
Philip Mantle e Michael Hesemann
Marlowe & Company, Nova York, 1997
Através de Beyond Roswell, o inglês Philip Mantle, diretor de investigação da British UFO Research Association, e o alemão Michael Hesemann, editor da revista Magazin 2000, examinam minuciosamente as circunstâncias em que se sucedeu o acidente de um disco voador em julho de 1947 no Novo México e, em seguida, a provável recuperação pelo governo norte-americano de corpos supostamente não humanos dos ocupantes daquela nave. Após rigorosas análises no filme de Ray Santilli, os autores negam que este seja uma fraude, e corroboram as declarações do cineasta inglês. Entretanto, Mantle e Hesemann afirmam que a película do alienígena capturado ocorreu de fato em Socorro, Novo México, em maio de 1947, e não em julho, como Santilli propalou.
Desde jornais da época a testemunhas, Beyond Roswell – ainda não traduzido para o Português – comenta e esclarece cada detalhe que se sabe a respeito da queda do UFO em Roswell, considerado o mais importante episódio envolvendo naves extraterrestres da Era Moderna dos Discos Voadores. Prefaciado por Jesse Marcel Jr., filho do coronel Jesse Marcel, que somente em seu leito de morte confirmou seu estreito envolvimento com o incidente, a obra é leitura obrigatória para aficionados por estratégias de acobertamento ufológico pelos governos de todo o mundo, pois expõe de forma apurada, clara e minuciosa todos os procedimentos utilizados no coverup norte-americano.
Jesse Jr. escreveu: “Com Beyond Roswell nós agora temos a possibilidade de revelar a todo o público os, antes, rumores que a população tinha de que formas de vida alienígena estão visitando a Terra. Assim, convidamos o governo norte-americano a acabar com o acobertamento ufológico já e nos dizer somente a verdade.
“Temos certeza de que eles sabem muito mais. Meu pai contou tanto para minha mãe quanto para mim naquela noite de 1947. Mas neste momento, meio século mais tarde, é um caso que deve ser revelado para todos nós, cidadãos do planeta Terra” [Interessados em adquirir o livro, entrar em contato com a editora, através do endereço: 632 Broadway, Seventh Floor, Nova York, NY 10012, EUA].
Roswell: Como tudo aconteceu
• Cai um UFO em 2 de julho de 1947, em Roswell, Novo México (EUA)
• Encontram-se fragmentos metálicos na fazenda de Mac Brazel
• Militares emitem nota oficial, primeiro confirmando e, logo em seguida, negando o incidente
• Acesso à Imprensa é negado
• Tripulação do disco voador é resgatada morta. Há indícios de que um dos seres ainda estava vivo
• Ufólogos norte-americanos são impedidos de acompanhar as investigações