Divulgado na primeira semana de setembro, o caso da filmagem realizada nessa cidade de Minas Gerais agitou a Comunidade Ufológica Brasileira, gerando inclusive apressadas e fúteis tentativas de explicação por parte de alguns sites e fóruns. De acordo com as informações disponíveis até o final da semana passada, a possibilidade de ser um balão meteorológico foi negada até mesmo pelo Instituto Nacional de Meteorologia.
Também comentamos a reportagem exibida no Jornal Hoje de 7 de setembro, que teve a participação do editor de UFO A. J. Gevaerd. Destacamos a intervenção da apresentadora Sandra Annenberg, que lembrou que a cidade de Três Pontas situa-se nas proximidades de Varginha, palco de um dos maiores acontecimentos da Ufologia Mundial, a partir de 20 de janeiro de 1996.
Na noite do mesmo dia 7 de setembro, o portal G1 publicou uma nova reportagem, que voltou a destacar a proximidade de Três Pontas com Varginha, novamente conversou com as testemunhas do caso e um vizinho. O destaque maior foi a entrevista com o funcionário público Fábio da Silva Fonseca, que explicou que um balão de festa, com o formato de um tubarão, escapou de sua casa pouco antes do horário em que as garotas fizeram sua filmagem. Sua família inclusive observou o balão se deslocar exatamente para a região onde ocorreu a filmagem das garotas.
Após a divulgação dessa reportagem, o correspondente da Revista UFO no Paraguai, Ronald Maidana, entrou em contato com a Equipe UFO por meio de sua lista de discussão. Ele analisou as imagens do balão em formato de tubarão apresentado na reportagem comparando-as com frames do filme do suposto UFO, e conseguiu localizar evidências das nadadeiras ventrais e caudal do tubarão.
Toni Inajar, consultor de UFO e perito em análise de imagens, examinou o trabalho de Maidana. Descobriu que em ampliações dos primeiros frames da filmagem surgiam evidências do verdadeiro formato do objeto, condizente com o balão-tubarão. O perito destaca também as irregularidades no suposto UFO, como ressaltos, reentrâncias e ângulos, e apontou com precisão a posição do Sol muito distante, o que causou os reflexos desiguais vistos na filmagem. Igualmente, no momento em que surgem dois reflexos isso se deve as irregularidades do balão, tais como as barbatanas inferiores.
A resolução do Caso três Pontas é um lembrete para que deixemos no estudo ufológico as paixões de lado, e analisemos racionalmente o maior número possível de evidências e testemunhos. O desejo de acreditar, se é forte em pessoas como as adolescentes que realizaram as filmagens, não pode contaminar o trabalho sério de pesquisa, com o que se pode apontar o que de fato seja um objeto voador não identificado, ou que pelo contrário se trata de enganos como nesse caso.
Confira a reportagem do portal G1
Reveja a reportagem do Jornal Hoje com participação de A. J. Gevaerd