Embora ninguém discuta que as pirâmides mais famosas do planeta — aquelas que fascinaram sultões, reis e até Napoleão Bonaparte — estão no Egito, no mundo todo várias civilizações também começaram a erguê-las em algum momento. Mesmo que a ciência não consiga explicar realmente por que isso aconteceu, dada à distância existente entre os continentes e a dificuldade de se cruzar os oceanos que havia milênios atrás, é difícil alguém pensar em contaminação cultural para o que poderíamos chamar de “a moda das pirâmides”.
O assunto, entretanto, intrigou estudiosos e acadêmicos, pois se as civilizações não se conheciam, se não trocavam informações e vivam isoladas em seus respectivos territórios, porque começaram a construir esses monumentos imensos e trabalhosos, que demandavam uma perícia e engenhosidade que também parece difícil de se imaginar em seres mal saídos da Idade do Cobre — em alguns casos, os monumentos foram erguidos ainda na Idade da Pedra, o que deixa tudo ainda mais difícil de explicar.
Pirâmide ou montanha?
A grande dificuldade reside, exatamente, no fato de que para se erguer algo que tenha centenas de metros de altura é imprescindível que se tenha bons e sólidos conhecimentos de matemática e de física, de angulatória e distribuição de peso e mais outros campos ligados à engenharia. Mas até onde sabemos, isso não era algo que existisse na pré-história, então como diferentes povos em diferentes locais ergueram tais monumentos?
Entre as explicações arqueológicas e antropológicas oficiais, as pirâmides seriam uma tentativa de se construir algo que alcançasse o céu como forma de reverenciar e de se comunicar com os deuses. Alguns acadêmicos dizem que as pirâmides eram montanhas criadas pelos homens, uma imitação daquilo que viam na natureza, cuja finalidade é sempre indicada como sendo o culto aos deuses ou local de descanso para mortos famosos, como no caso do Egito.
Mas há pirâmides na China, na Índia, nas Américas Central e do Sul, e embora muitas possam estar relacionadas a algumas divindades, estudiosos menos ortodoxos insistem que elas tinham, acima de tudo, um aspecto prático na vida das pessoas. De qualquer forma, o único continente que parecia ter escapado das pirâmides é a Europa, mas isso mudou em uma manhã do ano de 2005, quando foi lançado um novo olhar sobre o Monte Visoko, uma montanha piramidal situada na Bósnia, antiga Iugoslávia. As arestas e vértices da montanha, tão conhecidos da população, se mostraram de forma diferente para o pesquisador Samir Osmanagic.
Ainda naquele tempo Osmanagic fez a declaração bombástica de que a montanha seria, na verdade, uma pirâmide oculta sob camadas de sedimentos acumuladas pelo tempo. Muitas pesquisas e teorias, contra e a favor, se seguiram a essa declaração. Agora, passados 14 anos, essa descoberta se confirma de forma espetacular — não se trata apenas de uma pirâmide, mas sim de um intrincado complexo arquitetônico de pirâmides, túneis interligados e labirintos subterrâneos.
TODO O CONTEÚDO DESTA EDIÇÃO ESTARÁ DISPONÍVEL NO SITE 60 DIAS APÓS A MESMA SER RECOLHIDA DAS BANCAS