Desde a década de 80, tem havido, com maior ou menor intensidade, vazamento de informações ufológicas dos quartéis e bases aéreas de nossas Forças Armadas. Apenas a Revista UFO já recebeu, em seus 25 anos de trajetória, perto de 400 páginas de documentos oficiais e secretos sobre discos voadores no Brasil, 90% provenientes da Força Aérea Brasileira (FAB), além de cerca de três dúzias de fotos de naves alienígenas em várias partes do Território Nacional. Além da UFO, material semelhante foi recebido – geralmente enviado por integrantes do meio militar que não concordam com o acobertamento ufológico – por inúmeros ufólogos brasileiros. Boa parte destes documentos pode ser acessada no Portal UFO.
É justamente este tipo de material que dá à Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) a certeza, inequívoca, de que nossos militares sempre estiveram engajados num rigoroso monitoramento de nosso Território, detectando intrusos que o penetram sem se identificar, uma parte deles resultando naquilo que a Aeronáutica chama de “tráfego hotel”, ou seja, objetos voadores não identificados. Destes, segundo fontes da instituição, dezenas por ano são identificados como UFOs, naves provenientes do espaço exterior, que têm suas trajetórias acompanhadas e detectadas por radar. Em inúmeros casos, caças são enviados ao encalço dos invasores para identificá-los, como ocorreu durante a chamada Noite Oficial dos UFOs no Brasil, em 19 de maio de 1986. Não há informações de quantos episódios do gênero já tenham ocorrido, mas estima-se que sejam constantes as interceptações de naves em nosso país.
De acordo com o brigadeiro José Carlos Pereira, os documentos ufológicos, entre outros de origem confidencial, cunhados nas últimas décadas, somam 14 toneladas e estariam, até bem pouco tempo, espalhados por bases aéreas e instalações militares de várias partes do país. Não se sabe ao certo qual é a quantidade de documentos sobre discos voadores que há para serem revelados à Nação, mas o brigadeiro Pereira garantiu, em entrevista à esta publicação [Veja edições UFO 141 e 142], que, por ordem sua, quando comandante do Comdabra, todos foram concentrados no órgão, em Brasília. O que os ufólogos brasileiros esperam é que estes documentos sejam liberados e encaminhados ao Arquivo Nacional, onde estarão disponíveis para consulta à toda a população brasileira.