O cientista Mark Carlotto divulgou recentemente o estudo New Frontier in Science [Nova Fronteira da Ciência, publicado no site www.newfrontiersinscience.com] em que faz uma análise científica das diversas anomalias presentes nos vídeos produzidos durante o programa das missões espaciais norte-americanas STS-48 e STS-80 [Space Transportation System], esta última do ônibus espacial Columbia, realizada em 19 de novembro de 1996 [Veja o DVD Contatos com UFOs no Espaço, código DVD-007 da seção Shopping UFO desta edição]. O fenômeno mais interessante apresentado na pesquisa de Carlotto foi filmado pela tripulação da STS-80 e denominado pelo pesquisador de F-1. Segundo ele, a manifestação foi registrada numa área localizada a leste de Porto Rico, mais especificamente na região sul da ilha de Vieques. Trata-se de um grande objeto luminoso que aparentemente saiu do mar em um ponto próximo ao sul da região e depois ascendeu. Ao se aproximar do veículo espacial, o artefato deu uma guinada para a esquerda e desapareceu do campo de visão dos astronautas.
Porto Rico, país livre associado aos Estados Unidos, é um arquipélago localizado no Mar das Caraíbas, constituído de uma ilha maior e homônima e outras menores, dentre as quais destacam-se Vieques, Mona e Culebra. Sua capital é a cidade de San Juan. O país detém uma das mais elevadas taxas de manifestação ufológica de toda a vasta área do Caribe, com acontecimentos marcantes que são registrados tanto à luz do dia quanto de noite. Especula-se que tamanha incidência seja devida à existência, em vários pontos do arquipélago, de sofisticadas instalações militares norte-americanas. De todas as ilhas, Vieques é justamente a mais visitadas por objetos voadores não identificados.
Em meu livro Vieques: A Caribbean UFO Cover-Up of the Third Kind [Vieques: Um Acobertamento Ufológico Caribenho de Terceiro Grau, Editora Cedicop, 2001], descrevo muitos incidentes envolvendo UFOs e alienígenas que ocorreram naquela área. Acredito que a análise do evento chamado F-1 é de suma importância, já que confirma as manifestações anteriormente pesquisadas. Muitos dos UFOs e fenômenos luminosos anômalos descritos na obra se originaram exatamente naquela região. Além disso, outros acontecimentos são relatados pela polícia de Vieques, pela Marinha, por funcionários da prefeitura local, pescadores, pilotos, manifestantes pacifistas civis e moradores. Enfim, os registros de objetos voadores não identificados são incontáveis na área.
Uma ordem secreta — Incidentes ufológicos importantes foram registrados em Vieques após a prisão de manifestantes civis, em 04 de maio de 2000, como por exemplo o bloqueio feito em torno da ilha por navios da Guarda Costeira norte-americana, que impediu os pescadores de saírem ao mar para trabalhar. O programa de rádio Fuego Cruzado, muito popular em Porto Rico, que aborda assuntos políticos e sociais, questionou a atitude dos Estados Unidos. Durante uma das apresentações, o analista pró-independência Carlos Gallisá perguntou quem deu a ordem para que a Guarda Costeira agisse daquela maneira, já que sob condições normais seus militares não estariam autorizados a realizar bloqueios. Até mesmo o analista Ignácio Rivera, que normalmente contra-ataca as afirmações de Gallisá, fez o mesmo questionamento. O que, enfim, estaria por trás das manobras hostis dos Estados Unidos?
A política de acobertamento não perdurou e logo se descobriu que as autoridades estavam agindo sob ordens secretas emitidas diretamente pelo ex-presidente norte-americano Bill Clinton, que declarou que Vieques estava “em estado de rebelião”. Mas, ainda fica a dúvida, por que os atos pacíficos de protesto foram considerados ações de rebeldia? A ordem secreta e especial tinha sido emitida por Clinton com base nas leis estabelecidas pelo US National Security Act [Ato de Segurança Nacional dos EUA], segundo o qual a situação na localidade era tensa e prejudicial aos interesses norte-americanos, “sobretudo às relações com uma nação que não identificaram”, disse um memorando que vazou para a imprensa. Esta menção à uma nação supostamente inimiga e desconhecida, citada como causadora do bloqueio, deixou ainda mais perplexos os analistas, que insistiram em saber, afinal, que país seria esse. Sem perceber, tocaram em um ponto nevrálgico, que vinha preocupando os estrategistas da segurança nacional dos Estados Unidos.
A verdade é que nenhuma das nações que participaram dos inúmeros exercícios de bombardeio com a Marinha norte-americana e que realizaram experimentos com novos armamentos na região representam qualquer perigo à segurança dos EUA. Então, a qual poder estrangeiro estava se referindo Clinton ao emitir aquela ordem? E por que ela era secreta? A resposta para tais perguntas poderia muito bem estar no termo “poder estrangeiro”, também utilizado pelo ex-presidente no referido memorando, pois acredita-se que ele estava, na verdade, se referindo a uma civilização alienígena, representada por seres que parecem viver no subsolo da região da floresta de El Yunque, a leste de Porto Rico, ou sob o mar, em torno da Ilha de Vieques. Mais do que meras especulações, tais conclusões são sustentadas por uma cuidadosa observação do Fenômeno UFO na área, acompanhada de documentação de ocorrências de todos os tipos – especialmente de naves entrando e saindo do oceano – e da monitoração da ação militar norte-americana a respeito de tais casos.
UFOs brilhantes — Evidências de UFOs triangulares pairando sobre pistas de pouso da Marinha norte-americana e saindo do mar comprovam a gravidade dos fatos. Um exemplo está na entrevista concedida pelo diretor da polícia municipal de Vieques, Wilfredo Feliciano Santos, que falou sobre uma série de importantes avistamentos que ele próprio protagonizou. O primeiro aconteceu durante o verão de 1997, em torno das 21h00. Santos estava dirigindo seu carro na estrada 997, que liga Esperanza a Isabel II, quando, no cruzamento próximo a um lugar chamado Beco da Marta, percebeu uma luz amarela muito intensa, parada no ar a poucos metros dele. Intrigado, estacionou o automóvel para poder observá-la com mais cuidado. “Era um grande objeto triangular, completamente encoberto por um brilho amarelo. Parecia estar a 150 m acima da área militar dos EUA pertencente ao Camp García [Campo de treinamento da ilha]. Calculei a altura do objeto comparando-a com a de algumas árvores próximas. E o que mais me intrigou foi que aquela coisa estava voando exatamente sobre o lugar onde a Marinha tem uma pista de pouso. Tenho certeza de que aquilo era um UFO!”, garante Santos.
Checamos os fatos e constatamos que não havia exercícios militares na área naquele momento. Então, o que o tal triângulo de luz estava fazendo sobre a pista de pouso de uma instalação militar? “Ao me dar conta de que estava vendo algo que não deveria ver, fui embora imediatamente. Entretanto, daquele m
omento em diante, percebi que algo muito estranho acontecia nas áreas controladas pela Marinha dos EUA em Porto Rico”, declarou. Alguns dias depois, a esposa de Santos disse que também havia visto à noite um objeto parecido pairando exatamente sobre o mesmo lugar, sobre a pista de pouso de Camp Garcia. “Além disso, no final de semana seguinte, quando íamos à casa da minha sogra, observamos outro desses triângulos. Dessa vez, nossos filhos estavam conosco e também viram”, relembra o diretor.
Nave absorve água do mar — Todos avistaram o objeto nitidamente. Santos relatou ainda que parte de seu trabalho como policial municipal é patrulhar a parte oeste de Vieques – naquela época ainda sob controle da Marinha dos Estados Unidos – e em muitas ocasiões viu UFOs brilhantes saindo do mar no setor de Punta Arenas, sumindo velozmente à noite. Muitas vezes, os objetos faziam evoluções rápidas no ar antes de irem embora. “Isso aconteceu em várias ocasiões, algumas vezes entre 21h00 e 23h00, e outras durante a madrugada. Eles saíam do mar em algum ponto entre Punta Arenas e a base naval de Roosevelt Roads, em Ceiba, Porto Rico”. Para ele, o fato mais intrigante é que os acontecimentos se concentram sobre áreas controladas por militares, onde se faz exercícios secretos e a vigilância do espaço aéreo é constante. “Até parece que as naves têm ligação com as atividades militares desenvolvidas nas bases sobrevoadas. Se não, como explicar que pudessem efetuar suas manobras sem serem interceptadas?”, pergunta.
Carlos Zenón, pescador da ilha de Vieques e um dos líderes do movimento contra a presença da Marinha norte-americana na região – o que lhe rendeu vários períodos na Prisão Federal Norte-Americana de Porto Rico –, foi testemunha juntamente com seu filho de vários fenômenos intrigantes. Depois de se certificar da seriedade da investigação que este autor conduz na área, Zenón nos relatou alguns de seus impressionantes incidentes e falou sobre o possível envolvimento dos militares dos Estados Unidos com os eventos associados a UFOs e alienígenas vivenciados pela população. “Isso já ocorre aqui há muito tempo. Não é nada novo. Uma vez, em 1996, estava pescando em alto-mar junto com um companheiro, a poucos quilômetros ao sul de La Esperanza, quando vimos algo inesperado. Várias esferas brilhantes saíram do topo de Cerro Ventana, uma montanha localizada ao sul de Vieques”. Eram 21h00. De acordo com a testemunha, os globos de luz tinham uma tonalidade azulada e pareciam sair bem do alto da montanha.
“Eles circularam a montanha e voaram em direção sul, passando por cima de nós. Faziam vários círculos rápidos e curvas em ângulo. Algo como um som muito fraco, tipo um assovio, quase inaudível, parecia vir deles”. Depois disso, voltaram para Playa Grande e Cerro Ventana, áreas também controladas pela Marinha norte-americana, e desapareceram na montanha. “Foi como se eles se fundissem com ela”. Para ele, o incidente mais impressionante aconteceu em uma noite, quando estava pescando com o amigo Aníbal Corcino e seu pai. Na ocasião, haviam acabado de sair de La Esperanza e já avistaram um UFO de grandes proporções. Inicialmente, Zenón não percebeu o objeto porque era o capitão do navio e encarregado do leme. Mas seus acompanhantes avistaram algo estranho e o chamaram. “Eu me virei e vi aquela coisa enorme, um tipo de nave. Ela saiu do mar perto da lagoa da Playa Grande, subiu um pouco e começou a se mover em nossa direção. Se manteve a alguma distância, mas ainda assim claramente visível, devido ao seu tamanho”. Segundo ele, era algo imenso, com luzes amarelas, azuis e vermelhas em torno de si. Além disso, tinha o formato de um disco e parecia ter entre 12 e 15 m de diâmetro.
O mais curioso de tudo, conforme Zenón, é que o objeto parecia sugar a água do mar. “A água da superfície girava dentro de um círculo e borbulhava, como se estivesse fervendo dentro de um redemoinho. Parecia que estava entrando no disco como uma coluna de água. Ficamos muito impressionados”. Ainda de acordo com o pescador, havia uma coluna de luz verde brilhante, parecida com a de um refletor muito forte, que saía de um buraco embaixo do artefato. O raio era emitido verticalmente e a água subia através dele. “Depois disso, o objeto voou para oeste numa velocidade fantástica e desapareceu em questão de segundos”, destaca Zenón.
Acobertamento de informações — Muitas outras pessoas também já viram tais naves, tanto na região oeste quanto na leste de Vieques. E, se analisarmos essa situação mais detalhadamente, veremos que tais localidades são todas controladas pela Marinha dos EUA. Apesar disso, os moradores nunca denunciaram os casos, talvez com receio de represálias. Não é raro encontramos pessoas com histórias para contar e algum tipo de conhecimento sobre o que está acontecendo, embora muitas relutem. O curioso no entanto, é que as autoridades norte-americanas parecem simplesmente não se importar com a presença desses objetos. “Por isso, nos perguntamos se há algum tipo de comunicação ou colaboração entre os tripulantes dessas naves e os militares da Marinha. Mas isso é algo de que temos certeza, embora seja uma situação complexa. De qualquer forma, devemos nos perguntar o que está acontecendo. Por que os gringos nunca falaram sobre isso abertamente com a população de Porto Rico, se já estão aqui há 62 anos?”, questiona Zenón.
Tantas manifestações nos fazem concluir que existe algum motivo oculto para que a Marinha dos Estados Unidos tenha expulsado os habitantes de Vieques de suas terras, deixando-os somente com uma pequena part
e central da ilha. Eles controlam praticamente todo o território insular, onde há grandes extensões de áreas desabitadas, com montanhas e praias às quais a população não tem acesso. “Se a Marinha está envolvida de alguma maneira com essas naves, parece então muito conveniente para eles que as manobras ocorram nas áreas vazias, porque ninguém vai ver o que está acontecendo”, afirma Zenón corajosamente. Ele acredita que é perfeitamente plausível concluir que o governo norte-americano esteja estudando secretamente alguma forma de tecnologia avançada, provavelmente oriunda de alienígenas, na região de Vieques, a exemplo de como se suspeita que ocorra na Área 51, no estado do Nevada, Estados Unidos. “Quem sabe? Talvez as coisas que vimos estejam relacionadas aos protótipos de novos aviões, desenvolvidos e testados secretamente. Eles poderiam estar em contato, se comunicar com a tripulação desses UFOs e simplesmente não querer que o público saiba”, arrisca Zenón.
Apesar disso, ele analisa o assunto com cautela. Ele diz que ficou em silêncio esse tempo todo porque as pessoas podem duvidar do que fala sobre os discos voadores. “Muita gente não teve a oportunidade de ver uma dessas naves, especialmente uma tão grande quanto a que vi. Além disso, meus filhos e eu fomos presos só porque protestamos contra o que os gringos estão fazendo aqui em Vieques”.
Sabemos perfeitamente que agências governamentais norte-americanas têm manipulado a opinião pública para que as pessoas não acreditem que aquilo que estão vendo é real. Sabemos também que eles trabalham com políticas de desinformação, para fazer com que as pessoas pensem que os UFOs e seres extraterrestres não existem ou não sejam algo relevante. “Creio que, se falássemos mais a respeito, os militares provavelmente começariam alguma campanha para nos ridicularizar perante a comunidade e, ao mesmo tempo, tentariam utilizá-la para desacreditar os esforços dos habitantes de Vieques para acabar com os exercícios de bombardeio da Marinha aqui na ilha”, lembra o pescador.
Armas químicas e biológicas — A coisa é muito mais séria do que parece e chegou o momento de falarmos desse assunto, de levantarmos o véu de mistério que cerca a situação. É preciso que se informe ao mundo que a Marinha dos EUA utiliza armas químicas e biológicas em seus testes em Vieques, uma ilha habitada, mesmo sabendo que seu uso é proibido próximo a tais regiões. As autoridades negavam tais fatos até recentemente, quando uma denúncia formal foi confirmada por documentos do Pentágono. O vazamento de documentos mostrou que os militares chegaram a utilizar urânio enfraquecido em suas experiências, apesar de também negarem isso, até que tudo foi provado. Zenón acredita que as organizações podem estar utilizando Vieques para fazer contato com os tripulantes de naves alienígenas, mantendo tais fatos em segredo. “Talvez, se um grupo investigasse essas ocorrências e descobrisse o que realmente está acontecendo, a Marinha se sentiria forçada a reconhecer publicamente os fatos”. Definitivamente, não restam dúvidas de que há muita coisa irregular acontecendo e as autoridades norte-americanas estão envolvidas – e precisamos saber o que é.
Desde 2005, a Marinha suspendeu os bombardeios e manobras militares em Vieques, exceto em uma faixa de terra na parte oeste da ilha. Todas as outras áreas que eram monitoradas pelas agências militares foram repassadas para o controle do Departamento Interno norte-americano, que as colocou- sob o comando do US Fish and Wildlife Service [Serviço de Pesca e Vida Selvagem]. O Departamento ainda transformou as áreas em refúgios da vida selvagem. Entre elas estão o Camp Garcia, local de constantes atividades militares, a região de Playa Grande, onde uma base de radar está localizada, e também a Lagoa de Kiani. Agora, o acesso a essas regiões é ainda mais restrito ao público do que na época em que a Marinha os controlava. Entretanto, ainda resta a dúvida: o que mais pode estar acontecendo nesses lugares para que sejam mantidos escondidos da população de Porto Rico e do resto do mundo?