O interior do país sempre foi um rico manancial de ocorrências insólitas no campo da Ufologia. Pela pequena parte de informações que nos chega podemos calcular que grandes operações de extraterrestres em território nacional são desenvolvidas por todo lado, especialmente nas áreas rurais dos estados. Para constar do imenso arquivo da casuística brasileira, Limeira, a 150 km de São Paulo, teve no início do ano um significativo encontro com os UFOs, noticiado nacionalmente. Em 30 de janeiro do corrente ano, um domingo, o soldado da Policial Militar José Cambuí fazia mais um plantão noturno na base central do 36º Batalhão da PM de Limeira. O que parecia mais um uma noite calma logo transformou-se numa enxurrada de pedidos de auxílio, emitidos pelos moradores dos bairros Jardim Planalto e Parque Egisto Ragazzo. Os moradores, a partir das 22:30 h, insistiam que estavam observando, nas proximidades do SESI local, um enorme disco voador. Foi tamanha a insistência e a semelhança dos relatos que o plantonista solicitou pelo rádio a presença da viatura n° 18 na área.
Já cerca das 22:45 h, os policiais Luis Santos Moraes e José Francisco de Oliveira puderam confirmar a existência de luzes azuis e vermelhas que faziam um estranho show no ar. Já não se encontravam mais sobre a cidade de Limeira, mas moviam-se em direção à cidade de Araras, parecendo distarem uns 10 km dos bair¬ros citados. Segundo o PM Oliveira, era um único objeto que provocou os relatos: “uma enorme massa azul com uma base vermelha que soltava fachos de luz em cima e nas extre¬midades”, disse. O PM Santos con¬firmou o testemunho de seu colega e ainda acrescentou: “era como uma grande nuvem e nunca vi nada igual; parecia um canavial em chamas no ar”. Questionados quanto ao tamanho do ob¬je¬to, informaram ser maior do que o da lua cheia. O objeto, segundo relatos, desapareceu lentamente no horizonte, totalizando cerca de 40 minutos de observação.
Logo ao amanhecer, Evandro de Paula Gabriel, funcionário da transportadora Transpaula, localizada no Jardim Senador Vergueiro, encontrou uma estranha marca circular num capinzal de um terreno baldio. Entrevistado, nos disse que, no domingo, 30 de janeiro, pouco antes de escurecer, esteve no terreno (que era de sua firma) e não havia marca nenhuma. “Já na segunda-feira pela manhã, quando voltei ao local, vi que o mato estava estranho. Notei uma marca pequena e uma maior um pouco à frente. O mato parecia queimado e ter sido rodado, no sentido horário. Havia também três pontos pequenos sem vegetação”, testemunhou Evandro.
Não são muito comuns, na casuística mundial, os casos de observações coletivas e múltiplas de UFOs. Mas ainda são bem mais raros aqueles casos que se prolongam por mais de um dia, o que qualifica as ocorrências de Limeira como de grande importância para casuística nacional
Ao entardecer desse dia, as senhoras Maria Legor e Donizetti Fernandes viram, novamente próximo ao SESI, uma outra “bola vermelha que fazia movimentos de subida e descida, desaparecendo em seguida”, segundo declaração de ambas. Ainda nessa noite, a situação de Limeira se complicaria ainda mais, colocando a pequena cidade do interior de São Paulo definitivamente nos anais da Ufologia. Pelas 23:20 h, um súbito black-out apagou a cidade por nada menos do que 27 minutos.
Bola avermelhada – Durante esse período, uma nova testemunha – que pediu para seu nome não ser revelado – afirmou ter visto uma bola de luz vermelha fazer evoluções no céu. Assim, somavam-se os testemunhos, sendo que, na realidade, uma grande quantidade de moradores presenciou os fenômenos nos dois dias consecutivos. Não são comuns os casos de observações coletivas de UFOs, mas são ainda mais raros aqueles que se prolongam por mais de um dia, o que qualifica as ocorrências limeirenses como de grande importância.
Evidentemente, assim que noticiados pela imprensa, investigadores de vários lugares do Estado dirigiram-se à Limeira para acompanhar o caso e colher depoimentos. O grupo Tau-Seti de Ufologia e Espiritualidade foi um dos que realizou investigações [Editor: os ufólogos Claudeir Covo, Marcos Silva e Edison Boaventura Júnior também estiveram no local coletando amostras do solo, que foram enviadas para análises. Os resultados estão sendo aguardados para publicação em UFO]. Estivemos no 36º Batalhão da PM, onde fomos prontamente atendidos e conversamos com os PMs envolvidos. Seus depoimentos coincidem perfeitamente. Separadamente, desenham o que viram e mostraram basicamente terem presenciado as evoluções noturnas do mesmo objeto. Entre eles não havia dúvida de terem testemunhado algo desconhecido. O PM Cambuí nos informou que, no momento das ocorrências, chegou a contatar ainda a PM de Araras, cidade próxima, para verificar a possibilidade de tempestade naquele horário, algum eventual show de raio laser ou algo similar.
Raciocinou que, se na hora do fato alguma coisa do gênero estivesse ocorrendo em Araras, isso poderia causar as observações em Limeira, gerando um engano de interpretação. Cambuí, no entanto, nada conseguiu com o pessoal de Araras, e pelo que apuramos, nada semelhante foi visto naquela cidade. Esse é outro aspecto incomum do caso, pois tamanha movimentação de um objeto de grandes proporções deveria ser observada também de localidades próximas ao foco central das ocorrências. Por outro lado, mesmo se os objetos não pudessem ser vistos em outras cidades próximas, devido ao seu tamanho e altitude não serem o que se imagina, fica uma questão: por que o UFO permaneceu exclusivamente sobre Limeira, sem “interessar-se” por outra localidade. Embora soe estranho, isso acontece com regularidade na Ufologia: UFOs muitas vezes permanecem semanas sobre uma determinada área de, digamos, 100 km2, e depois simplesmente vão embora sem se apresentarem fora desse ponto. A Ufologia, embora registre situações assim com certa abundância, não consegue explicação para o fato…
A respeito do black-out também fizemos investigações. Estivemos ao escritório central da Companhia Energética de São Paulo (CESP) e falamos com o gerente de operações local, Sr. Antonio Carlos Vollet. Segundo ele, a escuridão foi causada unicamente por uma falha no chaveamento da subestação Limeira I, que controla cerca de 50% da distribuição de energia da cidade. Vollet afirmou ser este um fato normal e corriqueiro, pois a subestação estava em manutenção de rotina, quando a falha desarmou o sistema, provocando um curto circuito na fase terra.
Muita coincidência – A subestação Limeira IV também perdeu sua energia por semelhante motivo. A explicação dada pelo encarregado da CESP, infelizmente, não convenceu. É muita coincidência faltar luz justamente no momento das observações. Pelos padrões da Ufologia, o fenômeno dos black-outs são bem conhecidos e não ocorrem apenas com cidades: mesmo residências ou instala
ções isoladas – e às vezes até veículos em trânsito – sofrem diminuição, irregularidades ou total interrupção no sistema elétrico nas proximidades de UFOs.
Para confirmar os fatos presenciados pelos moradores de Limeira havia, também, as evidências físicas deixadas no solo do terreno baldio da empresa Transpaula. Uma semana depois do suposto pouso do UFO naquele local, uma equipe do grupo Tau-Seti esteve no local para averiguar as condições do ocorrido e encontrou uma marca circular de cerca de três metros de diâmetro. O mato estava completamente seco e não queimado. Devido ao tempo decorrido entre o surgimento da marca e nossa visita ao local, já não era possível definir com precisão o movimento rotatório com que o mato foi pressionado, que os moradores do local disseram ter se dado no sentido horário. Isso é algo natural, visto que a marca sofreu toda a sorte de depredações pelas centenas de populares que visitaram o local para ver o que tinha ocorrido – além das fortes chuvas que caíram durante a semana. Mas, felizmente, ainda foi possível localizamos as três marcas no solo, que teriam sido causadas pelo toque de um eventual trem de pouso do objeto.
Não havia sulcos no solo que permitissem o emprego de um molde de gesso ou quaisquer outras evidências de o local ter sofrido grande pressão. Entretanto, o mato ao redor de cada uma das marcas parecia ter sido também estranhamente girado, como teria acontecido com a marca maior, de quase 3 metros. A coloração da terra estava alterada, escurecida para os padrões do local, conforme verificamos. Igualmente, as raízes encontradas em volta das três marcas e dentro delas tinham seu aspecto e coloração modificados. Nenhuma substância como veneno para plantas, óleo ou gasolina foi detectada em toda a área, assim como também não havia alteração magnética no local. Outras análises pertinentes às evidências físicas que indicam o pouso de um possível UFO naquele terreno ainda estão em curso e serão apresentadas conforme resultados forem obtidos.
Amostras analisadas – Um exame básico em casos de pouso de UFO foi realizado pelos integrantes do Tau-Seti: amostras de terra de dentro e de fora das marcas, uma vez maceradas e misturadas em água, depois de secas apresentaram nítida diferença entre si. A amostra de terra extraída de dentro das marcas, como esperado, após misturada com água, não formou uma pasta homogênea, permanecendo toda empelotada. Já com a amostra extraída do lado de fora, a alguns metros do local das marcas, apresentava-se exatamente ao contrário. Foram montados vasos com plantas para testar a capacidade de fertilização de cada amostra, sendo que os resultados foram curiosos: não houve qualquer perda aparente de fertilidade em nenhuma das amostras, que comportaram-se identicamente. No entanto, a amostra extraída de dentro das marcas indicou que a terra afetada perdeu cerca de 80% de sua capacidade de absorção natural de água. Outra parte do terreno, também suspeitosamente atingida pelo UFO, mostrou as mesmas características, numa marca irregular de aproximadamente 40 x 60 x 50 cm.
Várias são as conclusões que se pode tirar dessa fantástica ocorrência, uma das poucas recentemente verificadas onde houve registro de evidência física. Os vários depoimentos colhidos – inclusive o dos soldados da PM de Limeira, que torna o caso oficial, apesar de não ter sido lavrado boletim de ocorrência (pela estranheza do fato) – tornam inequívoca a presença dos UFOs na região. O black-out não foi suficientemente explicado, sendo que sua causa está possivelmente ligada aos objetos extraterrestres. Qual falha realmente ocorreu na subestação Limeira I? Deve-se frisar que esta subestação fica justamente no bairro vizinho ao Jardim Planalto, ou seja, na Vila Teixeira Marques – um dos epicentros dos acontecimentos. Além disso, os moradores mais antigos garantiram nunca terem visto um black-out dessas proporções, que atingiu também as localidades de Arthur Nogueira e Mogi Mirim, balançando também o fornecimento de energia elétrica em Araras e Rio Claro. Os residentes consultados também não se lembram de passarem pela mesma escuridão com a regularidade com que garantiu o encarregado da CESP.
Em referência ao suposto pouso do UFO, é lícito supor que uma das tais bolas vermelhas, aparentemente um aparelho menor, por algum motivo desceu no terreno da transportadora Transpaula. Ao que tudo indica, pelas medições que fizemos no terreno, a nave tentou uma primeira aterrissagem, que formou a primeira marca irregular, e posteriormente assentou-se mais à frente, produzindo a marca circular no mato. A inexistência de sulcos na terra supõe que talvez tenha apenas pairado por instantes no local, criando os efeitos rotatórios observados.
No entanto, só uma análise química mais profunda da vegetação e da terra do local poderá, talvez, revelar a que tipo de energia o local foi exposto. Entretanto, indubitavelmente, nossos visitantes extraterrestres estiveram por Limeira, provando mais uma vez aos cépticos que eles existem. Disso não há dúvidas e a pesquisa confirma. Infelizmente, ocorrências como essa acontecem em diversos lugares onde não há acesso e nem tampouco ufólogos por perto para examiná-las.