Há alguns anos circulou nos grupos de discussão ufológica na internet uma notícia postada pelo cientista político Michael Salla, fundador da organização Exopolitics, sobre uma suposta reunião secreta que teria sido realizada na Organização das Nações Unidas (ONU), em 12 de fevereiro de 2008, com a finalidade de debater aspectos críticos da questão ufológica. Na ocasião, segundo a nota de Salla, fora decidida uma estratégia de abrandamento da política mundial de acobertamento ufológico, instalada pelos Estados Unidos no fim dos anos 40 e começo dos 50, a fim de se preparar a população planetária para uma futura revelação da presença alienígena na Terra.
Mas, apesar de impactante, a notícia não pôde ser confirmada. No entanto, coincidentemente ou não, poucos meses depois se iniciou uma repentina e surpreendente sequência de liberações oficiais de informações, por parte de importantes países, sobre a ação de outras espécies cósmicas em nosso planeta — inclusive com disponibilização de grande quantidade de documentos e dados via internet. Esse movimento começou com a França, que disponibilizou nada menos do que 100 mil páginas de material antes secreto, continuando com a Inglaterra, com mais de sete mil documentos, Itália, Dinamarca, Bélgica, Canadá e outros — de lá para cá, foram inúmeras as nações que fizeram o mesmo. Até a administração do presidente norte-americano Barack Obama deu sinais de mudança quando divulgou que revisaria os critérios de classificação de documentos considerados de segurança nacional, o que também pode contribuir para a abertura ufológica. Mas isso depende mais da vontade da comunidade de inteligência do que da disposição do presidente.
Abertura ufológica
Anos depois, em 2009, como desdobramento dos esforços da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) para liberação de informações militares secretas de ocorrências ufológicas, com o emprego da Lei 11.111/2005, o Governo Federal disponibilizou inúmeras pastas com relatórios, croquis e outros documentos relativos a casos de avistamentos, detecções e aterrissagens de discos voadores em nosso território até os anos 70. E repetiu, nos anos seguintes, a liberação do que diz ser todo o conteúdo de informações sobre o Fenômeno UFO no país, fazendo-o por décadas, até chegar a 2010. Isso inclui grande volume de documentos sobre a missão militar desenvolvida secreta e oficialmente pela Aeronáutica no Pará, de setembro a dezembro de 1977, que teve como pretexto investigar o fenômeno chupa-chupa.
Como se sabe, tratou-se da chamada Operação Prato, que tem detalhes sendo divulgados pela Revista UFO há mais de 20 anos — especialmente a entrevista concedida com exclusividade a esta publicação por seu comandante, o coronel Uyrangê Hollanda [Veja edições UFO 054 e 055, agora disponíveis na íntegra em ufo.com.br]. Esta nova fase na aceitação da realidade do Fenômeno UFO está sendo amplamente noticiada não só aqui no Brasil e nesta publicação, onde é natural que isso ocorra, mas também na grande imprensa, causando mais consciência na sociedade, que busca novas informações a cada dia. Não é preciso se estender sobre este tema para se saber até onde ele chega, uma vez que vem sendo trabalhado à exaustão em nossas edições.
O que importa é que são fortes os indícios de que está havendo uma aceleração no sentido de se colocar um fim ao “grande segredo” — motivo pelo qual é urgente fazer uma discussão profunda sobre o que virá durante e após o esperado e histórico acontecimento, a revelação formal de que não estamos sós no universo. O acobertamento ufológico mundial, capitaneado pelas forças armadas norte-americanas desde metade do século passado, só foi tão eficiente até aqui porque a população planetária simplesmente não estava em condições de acreditar na realidade da presença alienígena na Terra, devido a paradigmas ainda arraigados na sociedade, como o antropocentrismo de origem religiosa e a evolução darwiniana, dentre outros. O problema nunca foi a falta de provas da existência de discos voadores e de sua ação em nosso meio. Na verdade, naves alienígenas visitando nosso planeta com seres inteligentes em seu interior sempre foram um segredo de polichinelo, algo que já se sabe amplamente há muito tempo.
Pousos e contatos maciços
Se a comunidade científica e a população em geral não tivessem tais limitações paradigmáticas e preconceituosas, a realidade da vida extraterrestre já teria sido reconhecida como a maior notícia dos últimos tempos desde os anos 50, quando passaram a proliferar os testemunhos e os registros fotográficos de objetos voadores não identificados em todo o planeta, especialmente nos Estados Unidos. Possivelmente, esse também é o motivo pelo qual as civilizações alienígenas amistosas que nos observam simplesmente não aparecem de forma pública, com sobrevoos em grandes cidades ou pousos e contatos maciços — talvez sua ética não lhes permita forçar uma ruptura traumática dos paradigmas que cegam a maior parte da sociedade planetária. Mas o rápido desenrolar dos fatos tem caminhado para uma necessária mudança de padrões, uma verdadeira quebra de paradigmas, o que começou com certas descobertas científicas recentes. E tal mudança de mentalidade pode ocorrer de forma muito rápida, como a aceitação da possibilidade de choques entre astros, apenas para dar um exemplo.
O acobertamento ufológico mundial, desde metade do século passado, só foi tão eficiente até aqui porque a população planetária simplesmente não estava em condições de acreditar na realidade da presença alienígena na Terra
Até meados dos anos 50, por exemplo, boa parte da comunidade científica mundial acreditava que as crateras lunares eram causadas por vulcões extintos, o que hoje pode parecer absurdo mesmo para pessoas com conhecimentos medianos. A teoria de Eugene Shoemaker — o mesmo que décadas depois se tornou um grande descobridor de cometas, tendo alguns batizados com seu nome —, de que as crateras na Lua
eram decorrentes de impactos de asteroides e cometas, só foi amplamente aceita com a análise de materiais colhidos na superfície do satélite pelas missões Apollo. Isso porque a ciência não aceitava que, nesta fase da evolução do Sistema Solar, ainda fosse possível haver tais choques. A prova definitiva e espetacular foi o impacto do cometa Shoemaker-Levy 9 em Júpiter, em 1994. Aliás, em julho de 2009 ainda foi detectada uma mancha decorrente de novo impacto no gigante gasoso do nosso sistema.
Gigantes gasosos do cosmos
Fundamental para concretizar a mudança de padrões de que estamos falando foi um passo dado em 1995. Foi a partir desse ano que o uso de novas técnicas astronômicas possibilitou as primeiras descobertas de planetas extrassolares, ou seja, existentes fora do Sistema Solar — também conhecidos como exoplanetas. Antes desta década e meia, nunca pudemos detectar outros mundos orbitando astros, além dos que existem em nosso sistema, e hoje já temos mais de 3 mil deles detectados, em sua maioria gigantes gasosos, dos quais uns 300 ou 400 confirmados — e, destes, apenas alguns possivelmente rochosos e propícios à vida. O novo telescópio orbital Kepler promete detectar orbes de estrutura rochosa do porte da Terra no espaço exterior, o que será revolucionário.
A comunidade científica passou a aceitar a hipótese de que uma porcentagem significativa das estrelas também pode ter planetas em suas órbitas somente após essas descobertas, coisa que já fazia parte do senso comum de boa parte das pessoas esclarecidas há algum tempo. Antes disso, julgava-se que a formação de planetas era um fenômeno raríssimo, talvez único, reforçando o antropocentrismo e o paradigma terrestre, segundo o qual a vida na Terra seria um fenômeno exclusivo no universo conhecido. Foi apenas a partir daí que os astrônomos passaram a aceitar de maneira concreta — ainda que por implicações estatísticas, que provavelmente há vida espalhada pela galáxia. Apesar disso, outro paradigma persiste arraigado.
A Lei da Relatividade de Einstein e sua limitação de que corpos se locomovam com velocidade maior do que a da luz — de 300 mil quilômetros por segundo — ainda impede os cientistas de aceitarem que extraterrestres consigam nos visitar, devido às grandes distâncias estelares, que supostamente inviabilizariam as viagens pelo universo. Isso usando o raciocínio que postula que tais espécies se deslocariam mais ou menos como nós fazemos ao enviar um foguete à Lua, Marte ou Júpiter. Aqui, novamente, a ficção científica parece estar à frente, falando há décadas em formas de transportar instantaneamente objetos de uma região para outra da galáxia — e há estudos importantes sendo realizados neste sentido há anos. Somem-se a isso as descobertas, a partir da década passada, de objetos do Cinturão de Kuiper, da matéria e da energia escuras, com a consequente confirmação de que a velocidade de expansão do universo está aumentando — ao contrário do que se imaginava.
Impossibilidade estatística
Estes são dados que apenas confirmam como paradigmas científicos podem mudar rapidamente quando eventos catalisadores ocorrem. Da mesma forma como aconteceu com os impactos de asteroides e com os planetas extrassolares, mas com uma magnitude de importância muito maior, é bastante possível que a presença extraterrestre em nosso planeta, após ser publicamente revelada, pareça de repente algo óbvio para grande parte da população. Isso levanta uma interessante questão, a da teoria darwiniana da evolução. Com base nela, aceita como verdade absoluta pela comunidade científica, é comum o argumento de que são fantasiosos os avistamentos de extraterrestres semelhantes ou iguais aos seres humanos — porque seria estatisticamente impossível que, em planetas distantes e com condições diferentes das da Terra, e após milhões de anos de seleção natural, alguma espécie se desenvolvesse independentemente e acabasse ficando com a mesma estrutura e aparência do homem terrestre.
Mas a casuística ufológica mostra justamente o contrário deste postulado. Então, quando esses seres surgirem publicamente, ficará patente que existe alguma ligação genética entre vários deles e nós, talvez uma origem comum, causando forçosamente a revisão da própria teoria vigente do surgimento e evolução da vida na Terra, bem como crises dogmáticas religiosas. Porém, para que o véu caia de uma vez e a realidade extraterrestre surja, é necessário que a humanidade esteja minimamente preparada. Isso talvez viesse sendo realizado de forma descentralizada e lenta, através de séries televisivas e filmes alusivos ao tema disseminados nas últimas décadas, de tal forma que criaram uma mentalidade preparada para a aceitação da realidade extraterrestre, como alguns agentes da CIA já admitiram.
Estudiosos desconfiam que a NASA já saiba que existe vida em Marte há muito tempo. Gilbert Levin, cientista que participou das experiências feitas pelas sondas Viking, em 1976, afirma que encontrou evidências de vida nelas
Ao mesmo tempo em que tudo isso se verifica, também tem havido importantes posicionamentos favoráveis ao assunto por parte da Igreja Católica, através de autoridades eclesiásticas ligadas à astronomia — como recentemente ocorreu com o jesuíta José Gabriel Funes, astrônomo oficial do Vaticano que admitiu que a existência de extraterrestres não seria incompatível com os dogmas da Santa Sé [Veja edição UFO 143, agora disponível na íntegra em ufo.com.br]. Igualmente não se pode esquecer do papel que Marte exerce neste processo. Se já havia indícios da existência de grandes estruturas artificiais no Planeta Vermelho, observados em fotos das missões Mariner 9 e Viking 1 e 2, nos anos 70, que vazaram para a Comunidade Ufológica Mundial, agora, com os mais recentes programas da NASA ainda em andamento — como o recente Curiosity —, tais evidências de vida se multiplicaram.
Veículos robóticos em Marte
Em sites associados à agência espacial norte-americana, como o da empresa responsável pelas câmeras das principais missões a Marte, a Malin Space Science Systems, são disponibilizadas a todo instante milhares de fotos
do planeta, obtidas principalmente pelas sondas Mars Global Surveyor e Mars Reconnaissance Orbiter, além dos veículos robóticos no solo arenoso do planeta vizinho. Há voluntários em todo o mundo que garimpam essas fotos e nelas encontram detalhes desconcertantes, como o responsável pelo site Mars Anomaly Research [www.marsanomalyresearch.com], Joseph P. Skipper, ou, aqui no Brasil, o coeditor da Revista UFO Marco Antonio Petit, que expôs suas descobertas em recentes edições.
Porém, apesar de algumas interpretações discutíveis ou precipitadas para tais aberrações, o Mars Anomaly Research, por exemplo, apresenta imagens que parecem mostrar vida vegetal de grande porte em vários lugares de Marte — além de outras com aparentes reservatórios de água, estranhas e gigantescas estruturas espirais dentro de fendas e até fontes de luz desconhecidas. Isso sem contar as pirâmides na região marciana de Cydonia e possíveis estruturas até mesmo na superfície da Lua. Muitos estudiosos desconfiam que a NASA já saiba que existe vida em Marte há muito tempo. Gilbert Levin, importante cientista que participou das análises das experiências biológicas feitas em solo marciano pelas sondas Viking, em 1976, afirma que encontrou evidências de vida nelas.
Além disso, em 1996, houve a divulgação da descoberta de possíveis microfósseis de bactérias em um dos meteoritos originários do planeta vizinho, o ALH84001, o que permanece inconclusivo. Assim, é natural esperar que, como parte da preparação psicológica da humanidade para a aceitação da presença alienígena, a NASA e sua correspondente europeia, a ESA, venham gradualmente a fazer grandes revelações sobre a vida no Planeta Vermelho. Possivelmente haverá um escalonamento desta estratégia. Primeiro, a confirmação da existência de água congelada. Depois, de água em estado líquido — o que já ocorreu. E por fim, a revelação de que bactérias povoam Marte, seguida pela admissão da existência de vida vegetal no planeta e, finalmente, de que nele há indícios de vida inteligente em um passado remoto. Será que a atual missão Curiosity tem esta função?
Revelações bombásticas?
Mas a simples confirmação de que existe vida fora da Terra, ainda que apenas microscópica, já provocará mudanças de paradigmas revolucionárias. E somente após esses passos será admitido que discos voadores existem e são extraterrestres. Acredita-se que o cenário descrito até agora não só é plausível, como provável e está próximo. Mas não devemos condenar as estruturas militares que mantiveram o acobertamento ufológico até hoje, porque em sua maioria as pessoas que assim procederam acreditavam que a revelação da verdade, décadas atrás, seria catastrófica. Também não podemos esperar que as revelações sejam necessariamente bombásticas e categóricas. Provavelmente, será tudo gradual, para que aumente a porcentagem de pessoas conscientizadas ou pelo menos psicologicamente capazes de suportar o impacto da verdade. Entretanto, não será possível preparar adequadamente toda a sociedade antes que os véus caiam.
Mas ainda temos que considerar, por outro lado, se há vontade por parte de nossos visitantes em se tornarem maciçamente conhecidos, e isso é muito complexo, quase imprevisível. Aparentemente, pelo menos alguns deles também estão fazendo a sua parte, permitindo-se ver cada vez mais e aumentando os contatos com pessoas anônimas em todo o globo. O fenômeno das flotillas, as frotas de centenas de esferas já filmadas à exaustão em países como México, Peru e Equador, e o crescimento no número dos chamados círculos ingleses, hoje modernamente denominados de agroglifos, também contribuem para um aumento na consciência planetária. Curiosamente, as flotillas, tal como os agroglifos, parecem predominar no Hemisfério Norte — e estes últimos, que começaram a surpreender a humanidade nos campos ingleses, onde continuam surgindo preferencialmente, passaram a se espalhar pelo mundo, chegando até mesmo ao Brasil [Veja edição UFO 149, agora disponível na íntegra em ufo.com.br].
Existem grupos na Ufologia que atuam na chamada ala mística e que acreditam na benevolência dos grays, chegando a chamá-los de “amparadores”, o que é temerário. Há indícios de que tais entidades consigam manipular as pessoas
Eles estão assumindo características cada vez mais complexas e intrigantes, fazendo com que muitos estudiosos fiquem convencidos da origem extraterrestre de parte deles, já que reconhecidamente existem outros, falsos, elaborados por imitadores ou pretensos desmistificadores. Com o aumento da atividade desses e de outros fenômenos, com diversificações aqui e ali, o que parece óbvio é que, se há vontade por parte dos visitantes de outras civilizações extraterrestres em se tornarem conhecidos de nossa humanidade, a disposição de cada uma delas para tanto parece se dar em função de seus interesses e índoles.
Alienígenas benevolentes
Em discussões recentes foi aventada a hipótese de que há dezenas de civilizações extraterrestres nos visitando, e que haveria duas grandes facções antagônicas, praticamente em guerra devido a questões transcendentais que estariam relacionadas a toda vida material em nossa galáxia — e até mesmo à origem do ser humano. Recapitulando, parece existir um grupo majoritário de espécies alienígenas benevolentes em ação com o ser humano, que respeitam nosso estágio evolutivo e livre arbítrio, e aguardam o momento certo para se mostrarem sem provocar traumas na população. Podemos classificá-las como positivas, e, considerando a casuística, são predominantemente adâmicas.
Tudo indica que também há um grupo oposto de ETs, um conjunto heterogêneo de espécies que estão envolvidas em abduções, mutilações de animais, experiências genéticas e manipulação mental. Elas seriam negativas e muitas vezes são mencionadas como grays [Cinzas], reptilianos e os menos conhecidos insectoides — seres com aparência de grandes louva-a-deus ou formigas. É plausível considerar que tais seres n&at
ilde;o tenham interesse em aparecer publicamente, a menos que possam tirar proveito disso para suas agendas de ações. De qualquer forma, tanto os positivos quanto os negativos seriam compostos por civilizações materiais como a nossa, assim como por entidades espirituais ou talvez interdimensionais. A origem desta dicotomia teria sido uma grande rebelião na galáxia, ocorrida há milênios em níveis além do material, justamente contra a criação da vida humana.
Tal evento é descrito em escrituras sagradas, como a Bíblia, o Corão e o Pistis Sophia, como a “rebelião dos anjos”, que caíram em função dela. A diferenciação entre os dois lados opositores se complica em várias situações, como no caso das canalizações, que aparentemente são usadas como forma de comunicação por ambos, negativos e positivos. Por exemplo, existem grupos de Ufologia que atuam na chamada ala mística que acreditam na benevolência dos grays, chegando a chamá-los de “seres amparadores”, o que é temerário. Há fortes indícios de que tais entidades consigam manipular as pessoas para levarem-nas a assim pensar, e é difícil perscrutar suas intenções. Por outro lado, há personagens que se mostram com uma bela imagem humana, como o autoproclamado “comandante estelar” Ashtar Sheran, que se apresenta por meio de diversos canalizadores como salvador da humanidade. É necessário ter muita cautela no trato com personagens assim.
Profundo esquecimento
James J. Hurtak, linguista e cientista social norte-americano, que é também veterano e conhecido ufólogo [Veja artigo nesta edição], com base em incríveis experiências espirituais próprias, afirma que uma forma de diferenciar nossos visitantes é empregar certos códigos ancestrais terrestres, ou seja, palavras em linguagem sagrada. O principal seria a expressão Kodoish, Kodoish, Kodoish, Adonai, Tsebaioth, que, segundo Hurtak, seria uma versão original do que em hebraico significa Santo, Santo, Santo é o Senhor das Hostes. Há quem conteste a pronúncia divulgada por ele, mas Hurtak afirma tê-las recuperado do esquecimento da humanidade através de suas experiências — e é bom nos lembrarmos de suas credenciais acadêmicas como cientista internacionalmente renomado.
Como se sabe, a escrita hebraica antiga não tinha sinalização para vogais, o que, aliás, foi a causa da perda de pronúncias originais. Segundo Hurtak, o hebraico, o sânscrito, o chinês arcaico, o tibetano e o egípcio seriam todas linguagens sagradas trazidas à humanidade por seres superiores para catalisar nosso desenvolvimento espiritual. Assim, em suma, a pronúncia de um código como o Kodoish funcionaria como uma espécie de saudação para uma entidade positiva, ao mesmo tempo em que afastaria uma negativa, sobretudo se associada a visualizações adequadas — os seres negativos seriam basicamente criações de entidades chamadas de “anjos caídos” nas escrituras, que buscariam a destruição das humanidades deste e de muitos outros planetas.
Diferentes estágios evolutivos
Também é bastante natural imaginar que entre as civilizações que nos visitam existam outras neutras e interessadas apenas em pesquisar e explorar novos mundos. E certamente há diferentes estágios evolutivos entre elas. Este conceito da divisão dos extraterrestres por suas intenções e índoles é comum em inúmeras obras de ficção científica, antigas e atuais — isso talvez apenas reflita uma percepção de algo real que permeia o subconsciente coletivo. Provavelmente, os pesquisadores militares especializados, principalmente norte-americanos, sabem muito mais do que os ufólogos civis sobre o comportamento e as intenções das raças extraterrestres mais presentes em nosso planeta. Em outubro de 2007 surgiu na internet o que seria a transcrição de briefings secretos da CIA para o então recém-empossado presidente Ronald Reagan, em 1981, nos quais lhe fora apresentada a questão ufológica.
O relatório falava em pelo menos cinco civilizações diferentes visitando a Terra, sendo uma claramente hostil. Em face disso, vem à mente a imagem de Reagan citando uma ameaça extraterrestre em seu discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, em 1987, bem como as alegações de que o programa Guerra nas Estrelas, lançado por sua administração, não seria uma proteção contra armas nucleares soviéticas, e sim contra naves alienígenas.
Responsável e influente
A comunidade ufológica já desconfiava de que os presidentes dos Estados Unidos receberiam níveis diferentes de informação sobre a questão extraterrestre, dependendo da avaliação que os serviços de inteligência especializada no assunto fazem de cada um. Ronald Reagan teria sido um dos mais bem informados, ao contrário de seu predecessor, James Carter, que não teria recebido quase nada. O antecessor de ambos, Richard Nixon, também teria sido cientificado a respeito. Também é plausível que nos principais governos do mundo haja um número muito pequeno de pessoas realmente bem informadas sobre a presença alienígena na Terra, uma comunidade fechada e avessa às administrações recém-eleitas, por estar perfeitamente ciente da gravidade do assunto. Seria uma elite muito responsável e influente, quando necessário. É um erro imaginar que informações ufológicas sérias tenham amplitude generalizada entre os militares de qualquer país, mesmo dos Estados Unidos.
Já em nosso país, os ufólogos envolvidos diretamente na solicitação de abertura de arquivos ufológicos das Forças Armadas têm podido contar com a simpatia e a discreta ajuda de alguns militares de prestígio, o que certamente tem sido bem útil — por sinal, é preciso manter a credibilidade de nossa comunidade ufológica, evitando crises e disputas desnecessárias que minem nossa crescente imagem de seriedade junto a setores militares e da mídia. Seria importante, ainda, a sistematização de um arcabouço conceitual básico com os posicionamentos predominantes entre os pesquisadores brasileiros — já que o consenso é improvável —, para facilitar a educação da sociedade quanto à presença alienígena em nosso meio.
Conscientização gradual
Por fim, a revelação da existência de outras espécies em ação em nosso planeta, de maneira pública e final, trará surpresa para praticamente todo mundo, de uma forma ou de outra. As reações serão muito variadas, indo da euforia e da esperança de uns ao pânico e desespero de outros, passando pela desconfiança e agressividade de poderes militares e religiosos. De qualquer forma, a conscientização gradual e prévia da população é necessária, e parte fundamental da missão dos ufólogos. Aliás, é sua função social.