O mais controvertido caso de contato com extraterrestres das últimas décadas, as experiências que envolveram o suíço Eduard Meier, tiveram início segundo o próprio contatado no distante ano de 1942. Na época, Meier tinha apenas 5 anos de idade e, juntamente com seu pai, pôde observar uma nave em forma de disco, passando silenciosamente sobre eles, a uma altura de 180 m.
Dois meses depois, após avistar uma segunda vez o disco voador, Meier começou supostamente a receber “mensagens” que, de início, vinham na forma de imagens. Conforme relata, com o passar do tempo, essa forma de comunicação foi sendo aprimorada. O contatado começou a perceber palavras e frases completas, que surgiam aparentemente em sua mente.
Contato Direto – Ao completar 7 anos de idade, no dia 3 de fevereiro de 1944, ainda segundo sua história, uma voz diferente, nova, bem mais clara, apresentou-se telepaticamente ao contatado. Ela pertencia a uma criatura que se chamava Sfath, que Meier iria conhecer pessoalmente através de um contato direto, frente a frente, meses depois. Essa entidade nada diferia de um ser humano comum, só que era muito idoso. A voz de Sfath acompanhou Meier até o ano de 1953, quando este completou 16 anos. Após alguns meses de silêncio, o contato seria restabelecido. Mas dessa vez Meier passou a receber orientação de uma entidade feminina chamada Asket, que entre outras coisas o induziu a viajar pelo mundo.
Em 1964, na índia, para onde tinha viajado em busca de experiências mais profundas na área de ioga e meditação, teve também um contato direto, físico com sua “mentora”, fotografando inclusive sua nave. Nesse ano Asket o deixou. Entretanto, não antes de informá-lo que, para seu próprio bem e de seus possíveis contatos futuros, ele seria observado por onze anos. No fim desse período, com a certeza de que ele tinha alcançado o nível espiritual desejado, outras criaturas mais avançadas revelar-se-iam a ele.
No dia 28 de janeiro de 1975, já em Hinwill (Suíça), Meier tentou gravar as chamadas “vozes do além”, através do método descoberto por Friedrich Juergenson, que havia sido confirmado e desenvolvido pelo físico Alex Schneider, o doutor Konstantin Raudive e o psicólogo Hans Bonder. Meier declara que, quando colocou a fita para tocar, foi surpreendido com uma mensagem gravada pelos seres extraterrestres.
Através dela foi orientado a pegar sua câmera fotográfica e sair de casa. “Eu dirigi através da cidade por diversas ruas e cerca de 10 minutos depois cheguei a alguns campos, atravessei os mesmos e, através de campinas e florestas, finalmente cheguei a uma área deserta. Olhei para o relógio; notei que eram 14h12 – tinha dirigido por cerca de uma hora. Naquele momento notei um peculiar movimento no ar. Olhei para cima: um objeto saiu das nuvens vagarosamente”.
Força misteriosa – Pouco tempo depois, ainda segundo o contatado, a nave pousou. Estava silenciosa. Meier correu para observar o aparelho mais de perto. Mas a uns 100 metros dele, uma força misteriosa impediu sua aproximação. Poucos segundos depois o contatado pôde observar surgindo por trás do disco uma mulher numa roupa peculiar: um traje aparentemente flexível e leve colado no corpo, de maneira bem justa. A vestimenta de cor cinza apresentava um anel na altura do pescoço, como se fosse a sustentação para um capacete que a criatura não estava usando. De acordo com Meier, sua expressão era amistosa e receptiva. Parecia muito normal, sem nenhuma indicação de beleza e habilidades superiores. Andava quase que normalmente, ainda que com mais firmeza e vigor. Irradiava autoconfiança e graça natural. Em seguida, os dois andaram em direção ao veículo de Meier e se sentaram na relva. Então a criatura começou a falar em alemão, mas com um sotaque peculiar.
Nesse primeiro encontro com Semjase, a tripulante informou a Meier que outros contatos se dariam, pois ele fora escolhido, preparado para divulgar uma série de informações das mais variadas áreas do conhecimento. Tais informações seriam prestadas a ele gradativamente, com o decorrer dos contatos. Billy teria também a oportunidade de tirar inúmeras fotos, para que pudesse comprovar a validade de suas experiências. Com o decorrer dos anos, o contatado teria tido dezenas e dezenas de contatos com naves extraterrestres e suas tripulações.
Planeta Erra – a maioria delas provenientes do planeta Erra, que orbitaria a estrela Taygeta, pertencente ao aglomerado estelar das Plêiades. O suíço apresentou para os pesquisadores que se interessaram pelo caso mais de mil fotos, várias filmagens de naves, amostras metálicas recebidas supostamente dos próprios ETs e gravações contendo sons emitidos pelos discos voadores. Meier apresentou também para os estudiosos mais de 3 mil laudas de informações oriundas supostamente em grande parte de seus encontros com Semjase. Entre essas informações podemos destacar os detalhes sobre o sistema de propulsão das naves e as informações sobre o passado e origem da Humanidade que, segundo o contatado, estaria relacionada aos extraterrestres. Passados alguns meses surgiram também várias testemunhas de seus contatos, que alegavam ter observado as naves que traziam Semjase e outros seres.
Pessoas das mais variadas formações e classes sociais passavam a ser protagonistas de avistamentos de UFOs na região em que o suíço residia. Algumas delas, incluindo o próprio Meier, passaram por testes em equipamentos detectores de mentira, sem a mínima vacilação. Tal processo é conhecido como “Phychological Stress Evaluation”, que consiste na análise das vozes previamente gravadas em fita magnética por sofisticados computadores gráficos. Neste caso foi utilizado um Mark IX-P Stress Analyser System. As questões a que foram submetidas as testemunhas, como nos revela o coronel Wendelle C. Stevens – principal investigador do caso -, foram elaboradas pelo Departamento de Psicologia da Universidade do Arizona, EUA. Além disso, muitas das fotos de Meier são o produto de fraudes, mas algumas delas têm desafiado os especialistas.
Parecer positivo – Entre os cientistas que deram parecer positivo com relação às fotos do suíço está, por exemplo, o doutor Eric Eliason, do Serviço Nacional de Geologia, situado em Flagstaff, no Arizona. Este cientista tinha criado um software para o processamento das imagens enviadas pelas sondas norte-americanas em visita aos planetas de nosso Sistema Solar. Mediante seu trabalho, os astrogeólogos tinham uma nova “ferramenta” para utilizar em seus estudos.
Após estudar algumas das fotos de Meier, Eliason ressaltou que não podia dar um veredicto definitivo e absoluto, principalmente por não ter trabalhado com o material original. Destacou, entretanto, que em todos os testes feitos por ele não havia encontrado o menor sinal de fraude. O doutor Michel Malin, formado em Física, em Bekerley, Ph.D. em Ciências Planetárias e Geologia, foi outro cientista que concordou em analisar as fotos de Meier. Sua tese de doutorado em grande parte tratava da ciência de processamento de imagens.
Tinha trabalhado
por vários anos no famoso Laboratório de Propulsão a jato da NASA, antes de se juntar ao corpo docente da Universidade do Arizona, onde foi responsável pela implantação do Laboratório de Processamento de Imagens da Universidade, montado com verba conjunta dessa instituição e da própria NASA. Malin foi mais um a confirmar a validade das fotos. Segundo ele, não foi constatado nenhum sinal de fraude. “Nas condições em que vi as fotos, posso afirmar que não eram falsificadas. Elas são uma prova razoável de alguma coisa. Só não sei o que é essa coisa”, concluiu ele.
Análise Geométrica – O próprio diretor de efeitos especiais do filme 2001 – Uma Odisséia no Espaço Wally Gentleman, que estudou algumas das principais fotos do suíço, também ficou impressionado. O especialista submeteu várias das fotos de Meier ao processo de entrosamento em perspectiva, uma espécie de análise geométrica em mesa de desenho. Por mais que as fotos parecessem reais, um exame desse nível denunciaria, no caso de fraude, incoerências sutis. Seus estudos confirmaram, entretanto, que as naves eram exatamente como o contatado havia declarado, tanto no que diz respeito ao tamanho como também à localização.
Gentleman explicou que, quando se fotografa um modelo lançado em frente a uma paisagem, sua imagem é congelada pela máquina numa determinada posição, com a escala de iluminação em sua superfície. Os ângulos e a intensidade do reflexo revelam o seu tamanho pequeno e a sua proximidade da câmera. “Quando olhamos para as montanhas, observamos cores diferentes, que vão ficando cada vez mais azuis quando mais distantes e todas essas fotos possuem perspectivas aéreas indicando distância”, confirmou Gentleman em sua entrevista para o jornalista Gary Kinder, autor do livro Anos-luz, que aborda em detalhes os contatos do suíço. Quanto ao som do UFO gravado por Meier, tomaram parte nas análises alguns dos maiores especialistas em engenharia de som. Entre eles podemos destacar os doutores Robin L. Shellman, Steve Ambrose, Nils Rognerud, Steve Singer, Steven Willians e Howard llson – os dois últimos especialistas do Centro Submarino Naval de Som (NUSC), da Marinha Norte-Americana.
Espectro Sonoro – As primeiras análises foram feitas com o objetivo de identificar e separar da fita original os vários vetores e seus sons respectivos, passando pela própria narração do contato feita pelo suíço, pelo som da sirene de um carro de polícia em aproximação do local, o ruído produzido por um caça Mirage e até o do próprio disco voador. Os estudos feitos através de um analisador de espectro sonoro, construído pelo Spectro Dynamics, de San Diego, Califórnia, como também mediante outros equipamentos, deram resultados surpreendentes, totalmente invulgares e sem paralelos. A conclusão dos especialistas foi que o aparelho responsável pela emissão de tão estranho espectro sonoro, frequêncial, seria uma máquina de natureza eletromagnética, com múltiplos campos magnéticos.
Em termos mais simples, teoricamente o esquema conseguido seria de um complexo gerador eletromagnético muito distante, entretanto, do patamar tecnológico de nossa civilização. Um dos pontos que é sempre esquecido pelos detratores do Caso Meier é o sistema de propulsão das naves apresentado pelo suíço. O doutor David H. Froning, engenheiro astronáutico da McDonnell Douglas Corporation e membro do Instituto Americano de Aeronáutica, estudou tais informações.
Dimensão paralela – Froning trabalhava desde a década de 60 buscando um modelo teórico capaz de possibilitar as jornadas interestelares. O cientista não só achou o sistema de Meier totalmente concebível em termos lógicos, como conseguiu através do mesmo concluir o modelo teórico que vinha desenvolvendo. Segundo Meier, as naves realizam as viagens interestelares através de uma dimensão paralela, o chamado hiperespaço.
Tal sistema permite que centenas de anos-luz possam ser vencidos em poucas horas. Na verdade, segundo ainda as informações supostamente recebidas pelo contatado, a parte mais longa das viagens seria feita em poucos segundos. Os pleiadianos necessitariam de cerca de 3 horas e meia para acelerarem suas naves até velocidades próximas à da luz, quando então efetuariam o “salto” para o hiperespaço. Depois, da mesma maneira, necessitariam de mais 3 horas e meia para desacelerarem, já nas proximidades de seus destinos.
Quanto às informações relacionadas ao passado e à origem de nossa Humanidade, podemos dizer que são paralelas às supostamente recebidas por outros contatados. Meier defende que a origem da Humanidade está intimamente relacionada aos extraterrestres. O homem da Terra seria descendente de um processo de colonização feito há milhares de anos. De acordo com ele, os alienígenas se irmanaram com os humanos que já estavam no planeta, produzindo avançadas civilizações. No entanto, eles entraram em conflito provocando uma grande destruição.
Fontes de informação – Os pleiadianos que nos visitam na atualidade estariam verificando os descendentes de seus antepassados, pois a própria civilização do planeta Erra, nas Plêiades, teria sido fundada por um grupo que havia escapado de uma das destruições ocorridas em nosso planeta. Informações desse tipo parecem, à primeira vista, muito fantasiosas, mas estudos que realizamos no passado, buscando informações em tradições antigas e outras fontes de informação, parecem dar realmente fundamento à tese da origem extraterrestre. Mas a maior evidência da validade de parte das histórias do suíço é, sem dúvida, a amostra metálica recebida por Meier durante um contato com Semjase no verão de 1977. O doutor Marcel Vogel, desenvolvedor das tecnologias dos cristais líquidos, um dos maiores nomes da ciência do Século 20, ficou também impressionado ao analisar o material nos laboratórios de pesquisas da IBM, na Califórnia, onde trabalhava.
De acordo com Vogel, a tecnologia empregada na síntese da referida amostra seria totalmente desconhecida pela ciência terrestre. Hoje a grande tarefa dos pesquisadores de todo o mundo em relação às experiências de Meier é separar a fraude da realidade, a mistificação dos fatos reais vividos pelo mais polêmico dos contatados. Isto não é fácil, mas é bem mais honesto do que rotularmos o caso em sua totalidade como uma grande mentira.