Recentemente, os jornais de todo o mundo documentaram o alegado mau funcionamento da sonda espacial americana Mars Observer, justamente quando a Rede Globo de Televisão apresentou um Globo Repórter em que, ao final, mostrava algumas imagens tiradas pela sonda americana Viking, enviada em 1976 para fotografar Marte. A falha da sonda Mars Observer traz alguns fatos intrigantes que são de pouco conhecimento de nossa comunidade e população, mas de grande interesse para os ufólogos e outros estudiosos dos fenômenos inexplicados.
A sonda foi lançada em 25 de setembro de 1992, a bordo de um foguete Titan 3 e a partir da base da Força Aérea Americana em Cabo Kennedy, na Flórida. Em 26 de julho passado, a sonda enviou sua primeira imagem de Marte, a nada menos que 5,8 milhões de km do planeta vermelho. A imagem foi obtida através de uma de suas câmeras de alta resolução. Dias depois, a NASA informou que perdeu o contato com esta sonda, exatamente em 21 de agosto de 1993, apenas alguns dias antes da esperada entrada da mesma em sua órbita, a 400 km da superfície do planeta Marte, prevista para 13h30 de 24 de agosto passado.
Mapeamento – O objetivo principal de suas câmeras de alta resolução seria o mapeamento de toda a superfície de Marte, com duração prevista para um ano marciano, correspondente a 687 dias terrestres. Diversas tentativas foram feitas visando restabelecer o contato entre a NASA e a sonda, segundo informou a Agência espacial dos EUA, sendo porém infrutíferas. Infelizmente a probabilidade de que a sonda tenha automaticamente entrado em órbita é muito baixa e, portanto, deve estar perdida no Cosmo, errando seu destino inicial que com certeza traria enormes conhecimentos ao nosso próprio planeta.
Mas é interessante lembrar que a aventura do homem em Marte iniciou- se em 1976, com a sonda espacial Viking, que pela primeira vez fotografou a superfície de Marte a 1.700 km de altura. Para surpresa dos engenheiros da NASA envolvidos no projeto, o fotograma 35-A-72 mostrou na região denominada de Cydonia a imagem de uma figura assemelhada a um rosto humanóide, com 1.600 m de comprimento e 450 m de altura [Editor: número obtido segundo alguns cálculos; por outros métodos de estimativa, chegou-se a variados valores]. O rosto aparentemente apresenta-se “olhando” para o espaço a partir de sua superfície. Esta imagem foi descartada pela NASA sem qualquer estudo que tivesse se tornado público, com o argumento de ser apenas uma ilusão de ótica devido a reflexo de luz e sombras…
Em 1980, Vicent DiPietro e Greg Molenaar, engenheiros e então especialistas em processamento de imagens do Goddard Space Flight Center, da NASA, resolveram analisá-las, trazendo diversas conclusões ao mesmo tempo assustadoras e emocionantes. A revelação mais importante está na observação de ranhuras e riscos horizontais na cabeça da figura, similares às encontradas nos ornamentos que os faraós egípcios usavam na cabeça. Mediram a simetria das faces com clara determinação de cavidade ocular, pupilas, nariz, boca e dentes – medidas que indicam proporções similares às dos seres humanos. Impressionante, mas tudo descartado pela NASA.
Aliás, o que a NASA não explica é que o fotograma 70-A-13 mostra a mesma imagem, apesar do Sol estar incidindo na superfície em ângulo superior ao fotograma anterior. Esta nova foto mostra, alem do rosto, uma estrutura piramidal a aproximadamente 16 km a sudeste do rosto, caracterizada aparentemente por cinco lados planos, dos quais três possuem 1.600 m de comprimento e os outros dois 2.600 m, todos com formações em aspecto de fuso em cada canto. A altura estimada desta estrutura e de 100 metros, e intrigantemente seu eixo e paralelo ao eixo de rotação do planeta, ou seja, norte-sul.
Grupo Independente – O pesquisador da NASA Richard Hoagland, através da criação de um grupo independente de estudo destas fotos, mostrou outra coincidência interessante. Esta pirâmide é facilmente circunscrita a um círculo, mostrando assim a dificuldade de se sustentar a hipótese inicial de que são formações criadas por fenômenos atmosféricos do planeta, como a Agência espacial insiste em afirmar. Estas imagens também fascinaram os russos que, num esforço para iniciar suas próprias investigações, lançaram duas sondas, Phobos 1 e 2, com destino à lua de Marte que tem este nome, como já vimos no artigo de Marco Petit. Vale complementar, entretanto, que as Phobos foram lançadas em julho de 1988, com previsão de chegada em Marte em janeiro de 1989.
Estas sondas deveriam mapear o solo marciano exaustivamente, a partir da órbita da lua Phobos. Como a Phobos 1 perdeu-se após receber um comando errado, a segunda sonda chegou ao seu destino iniciando sua missão de aquisição de dados do planeta vermelho só em 28 de março de 1989. No entanto, estranhamente parou de funcionar e, para surpresa dos técnicos da base de controle soviética, as últimas fotos mostram um objeto elíptico aproximando-se da sonda a grande velocidade. Um UFO? Em seguida a isso, a sonda passa a rodopiar fora de controle, apesar dos insistentes comandos da equipe de controle da Terra. No solo de Marte, a foto mostra um objeto não identificado de formato elíptico com 20 km de comprimento.
A agência de notícias Tass, da extinta União Soviética, declarou em 28 de março daquele ano que “… a sonda espacial Phobos 2 parou de se comunicar com a Terra após completar sua operação de alinhamento”. No dia seguinte, a Agência Espacial Soviética Glavkosmos afirmou que a sonda havia simplesmente desaparecido. No que acreditar? Quem está falando a verdade? Por que a Mars Observer sofreu o mesmo fim que a Phobos 2? Aparentemente o mistério continua. E para os interessados em se aprofundar na questão, recomendamos a seguinte bibliografia: (a) Preliminary report of lhe independent Mars Investigation Team: New evidence of prior habitation?, de Richard C. Hoagland (de agosto de 1984); e (b) News from Mars, no Space Bulletin (via Internet), Jet Propulsion Laboratory (de setembro 1993).