Uma tradução de Fábio Franco. John Keel é a própria definição de um investigador de UFOs. Ele não esperou que os avistamentos viessem até ele. Ele viajou ao redor do mundo à procura deles. Ele viajou para o Egito, para o Himalaia e para a Índia, ele investigou o sudeste, mas a sua casa era em Nova York. Ele amava sua cidade – mas quando não estava lá – ele foi para os mais remotos cantos do mundo em busca de mistérios, do inexplicável. Ele teve encontros com os enigmáticos Homens de Preto. Ele investigou casos pelas décadas de 50, 60, 70 e até a de 80. Ele não seguia ninguém, e por causa disto, pessoas da Ufologia não gostavam de seu estilo – ele nunca se desculpou por qualquer coisa que fez.
Quando os avistamentos originais foram reportados, ele não ficou sentado em casa lendo sobre o assunto, ele foi para Port Pleasant. No seu livro The Mothman Prophecies, ele explica sua jornada ao estranho e bizarro.Quando o Homem-Mariposa apareceu, ele estava lá! Ele observou os Homens de Preto, ele observou as pessoas e os eventos enquanto corriam diante de seus olhos. Ele assistiu a ponte cair e até mesmo tentou parar o evento. Mas o filme não fez justiça ao livro. O Homem-Mariposa apareceu subitamente em Port Pleasant? Na minha opinião, ele sempre esteve lá. Eu acho que ele tinha um lar, e que nós, como humanos, éramos tanto uma ameaça para ele quanto ele era assustador para nós. Pense sobre isso: E se ele era residente de algum depósito de munição abandonado? E se a exposição a esses produtos químicos mudou essa criatura? Eu não sei, mas quanto mais eu li o livro, vi o filme, e falei e escrevi para o John, mais eu pensava diferente.
Pense agora fora do habitual: O Homem-Mariposa vivia uma vida solitária e provavelmente em uma caverna ou qualquer lugar escondido, buscando segurança. Port Pleasant era uma pequena comunidade rural, e a interação entre os residentes locais e a criatura eram virtualmente não-existentes. Então a cidade começou a expandir e o seu território, antes seguro, agora era cercado pelo desenvolvimento e a vinda de milhares de novos forasteiros. Subitamente, sua existência pacífica foi ameaçada, seu território agora dominado pela civilização. Sons estranhos como música, construção pesada, o som de crianças e pessoas invadiram seus pensamentos e pela primeira vez ele experimentou o medo genuíno. Escrever para John era um prazer para mim. Ele escreveu como ele foi ao lugar dos avistamentos, questionou as testemunhas, e experimentou as suas emoções em primeira mão. A paixão e medo deles foram envolvendo-o, até que ele próprio foi pego na loucura que engolfava Port Pleasant.
Quando nós entendemos que existem outras criaturas vivas e que nós compartilhamos o nosso planeta com elas, então nós devemos viver em harmonia com elas. Isso é contrário às nossas emoções. Eu acho que medo gera mais medo. Medo do desconhecido é inerente a cada criatura viva. Acho que John acreditava que o Homem-Mariposa era um enigma que rondava essa cidadezinha e tentou viver em harmonia com seus habitantes.Eu não posso provar o que vi. Mas algo começou esses avistamentos. O que eram?John resolveu investigar e descobrir o que acontecia. Ele recebeu telefonemas misteriosos. Ele tinha apreensão, mas, equipado com uma mente inquisitiva quis resolver este mistério. Mas ele não conseguiu. Ele voltou com mais perguntas do que havia começado. Talvez o misterioso Homem-Mariposa sentiu-se isolado e ameaçado e simplesmente reagiu. Lembre-se de que ele estava em menor número e sentiu-se ameaçado! Ele destruiu a ponte como uma forma de reação? Sei que isso é apenas especulação.
Emoção. Sabe o que isso significa? Demonstrar emoção significa se “mover”, algo do tipo. Berrar, gritar ou levantar e agir! E quanto aos Homens de Preto? Bem, eles estão por aí a centenas de anos. Eles já apareceriam no folclore céltico. Eles já apareciam no folclore germânico; sempre vestidos de preto, a cor da noite. Lembra-se de quando você era uma criança, a escuridão era assustadora e enchia nossas mentes de terror. Medo é o assassino da mente! Existe um velho adágio na psicologia: O que a mente concebe, a mente acredita. Alguns acreditam que o Homem-Mariposa ainda está por aí. Alguns dizem que ele se foi. Na realidade, ninguém sabe. Não houveram mais avistamentos publicados do Homem-Mariposa, mas o mistério original continua. Talvez o Homem-Mariposa simplesmente tenha encontrado outra caverna, outro santuário. Mas se acreditarmos que ele ainda está aí… então ele está. Se não, então não está. A não ser que você realmente encontre o Homem-Mariposa, veja um fantasma, um UFO, um Homem de Preto, então você não acreditará.
A mensagem que deve ser aprendida de Port Pleasant é de que a cidade foi avisada dos desastres por vir e escolheu não fazer nada sobre eles. John e outros acreditavam nessas profecias, mas mesmo assim ninguém agiu.Hoje, John Keel é velho, e sua saúde está falhando.Se você ou eu tivesse a chance de ajudar as pessoas, ajudaria? Ou teríamos medo de sermos considerados alarmistas ou pior, loucos. Sempre existe um risco em ajudar, da mesma forma que existe risco em viver. Investigadores como John fazem parte de uma espécie em extinção. Eu ajudaria. Não arriscar, não tentar ou dar nada, não é viver. John não ficou sentado esperando. Ele arriscou, ele ajudou pessoas como eu e questionou tudo. Explore a si mesmo, seu mundo, e deixe sua mente aberta para o mundo estranho ao redor de você, John Keel fez isso, e ele descobriu um mundo envolto em mistério e maravilhas.