Esse artigo aborda um tema complexo e cada vez mais polêmico: as alegadas abduções de humanos por extraterrestres assistidas ou realizadas conjuntamente por militares terrestres. Ele analisa também a questão da inserção de implantes realizados por alienígenas em seus abduzidos e a investigação que militares americanos conduzem em tais pessoas para remover e investigar esses dispositivos. A investigação deste tema durou um ano, período em que foram contatados pesquisadores do assunto em vários países, dos quais recebemos grande apoio para este trabalho.
Neste artigo divulgamos também as descobertas preliminares do chamado Projeto Milab [Do termo em inglês military abductions], que mostram as evidências de raptos ainda mais complexos que aqueles realizados por extraterrestres assistidos por militares. São realizados somente por militares, camuflados de forma a parecem, para as vitimas, basicamente abduções normais. Nesses casos, sofisticados procedimentos psíquicos e eletrônicos têm sido usados.
As abduções realizadas por ETs são um fenômeno complexo e muito estranho. Para os céticos, jornalistas e o público em geral é difícil acreditar que as abduções tenham suas bases na realidade física. Notícias sobre alienígenas entrando nos quartos de suas vítimas pelas paredes e levando abduzidos através de janelas fechadas para naves estacionadas no lado de fora, são questões complexas até mesmo para pesquisadores com a mente mais aberta. Entretanto, estes têm mostrado que tal fenômeno não pode ser explicado como uma alucinação psicológica ou ilusão de massa.
As décadas de pesquisas sobre abdução trouxeram muitas respostas para o Fenômeno UFO, mas também muitas perguntas novas. Uma delas é um tema recentemente alçado à condição de polêmica em todo o mundo: alguns abduzidos alegam que foram também raptados por militares e por pessoal das agências de Inteligência dos EUA, e levados para hospitais ou bases militares secretas no solo ou subsolo. Isso pode parecer estranho, mas o número de pessoas que alegam tais fatos cresce a cada dia. Nem todos os livros que tratam da abdução mencionam tais experiências.
Nestes casos, especialmente desconcertante é o fato de os abduzidos se lembrarem de ter visto militares e pessoas da Inteligência junto a alienígenas, trabalhando lado a lado nas bases secretas às quais foram levados. A presença desses militares e civis habitando o mesmo local físico que seres extraterrestres ultrapassa as resistências dos céticos e a mente aberta de muitos pesquisadores em várias ordens de magnitude. Os céticos prefeririam acreditar que tais histórias de alienígenas e militares em bases subterrâneas do governo são apenas invenções de pessoas que desejam chamar a atenção da Imprensa e dos ufólogos, corroborando com teorias de conspiração ou de alucinação em massa.
Alguns pesquisadores sugerem que estes casos são uma evidência de que todo o fenômeno da abdução por UFOs é uma encenação feita pela comunidade da Inteligência para encobrir seus experimentos ilegais com seres humanos. Outros investigadores mais avançados lutam para que tais histórias sejam apenas ignoradas, já que representam apenas uma pequena fração dos casos. Eu, por outro lado, considero as abduções em que humanos aleguem ter sido raptados por militares importantes por duas razões. Primeiramente, se a comunidade ufológica tem evidências do acobertamento do Fenômeno UFO por parte dos militares e da Inteligência, devido a estarem envolvidos com as abduções, saberíamos que tal fenômeno representa um problema gravíssimo para a segurança nacional.
Em segundo lugar, o envolvimento de militares neste fenômeno pode ser uma evidência de que estejam usando os abduzidos para experimentos de controle da mente, alvos para testes de armas de microondas ou que os monitoram e raptam para coletarem informação sobre os verdadeiros seqüestros feitos por alienígenas. Ou seja: os militares estariam abduzindo pessoas após as mesmas terem sido levadas por ETs, para saberem o que se passou com elas e compreenderem as ações de nossos visitantes.
Helicópteros fantasmas – Se algum destes pontos estiver correto, pode-se esperar resistência quando tal teoria for proposta abertamente em congressos ufológicos. Por essa razão, instalei o Projeto Milab e apresento neste artigo minhas descobertas preliminares. Revisei a literatura, contatei pesquisadores e vítimas de atividades de controle da mente, ufólogos e abduzidos por ETs e militares em todo o mundo. Comparei minhas descobertas com os estudos sobre abduções por ETs feitas pelo doutor Thomas Bullard, com o Projeto Transcription da Mutual UFO Network (MUFON) e com os resultados do congresso sobre abdução realizado em 1996 no Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Diversos estudos indicam que geralmente os abduzidos por militares são monitorados por helicópteros negros sem marcas ou identificação visível, que rodeiam suas casas misteriosamente. As atividades enigmáticas destes helicópteros vêm desde o final dos anos 60 e início dos 70, quando começaram a ser vistos em condições estranhas em regiões de casos de mutilações de animais. Até então não se imaginava sua ligação com abduzidos. Somente o respeitável pesquisador Raymond Fowler havia relatado atividades destes helicópteros negros em relação a abduzidos durante os anos 70. Já o doutor Thomas Bullard comparou 270 casos de abduções em todo o mundo de 1968 a 1984, a maioria dos quais ocorrido nos anos 70 e início dos 80. Destes, Bullard descobriu que somente quatro testemunhas teriam visto helicópteros negros perto ou sobre suas casas – entre elas está Betty Andreasson.
É importante notar que três dos tais casos de helicópteros negros ocorreram nos EUA e um no Canadá. Há relatos também na Inglaterra durante os anos 70, mas sem conexão com as mutilações de animais. Descobrimos também que, desde a década de 80 até a atualidade, as atividades dos helicópteros em relação aos abduzidos têm aumentado. O pesquisador Dan Wright apresenta 10 casos registrados no Projeto Transcriptíon, da MUFON, em que helicópteros foram vistos sobrevoando as casas das pessoas abduzidas. Em média, muitos pesquisadores de abdu&cce
dil;ões nos EUA têm em seus arquivos vários casos de helicópteros negros relacionados com abduzidos. Mas isso parece ser um fenômeno exclusivo deste país, pois nenhum pesquisador da Austrália, África, Europa ou América do Sul investigou acontecimentos semelhantes.
Há outros abduzidos bem conhecidos além de Betty Andreasson. Debby Jordan, Kathy Mitchell, Whitley Strieber, Leah Haley, Katharina Wilson, Beth Collins e Anna Jamerson são exemplos: todos alegam ter sido molestados por helicópteros fantasmas. Isso não é exatamente uma insinuação de que esses aparelhos representem os Cadillacs negros dos famosos homens de preto, adaptados para uma versão anos 90 – alguns abduzidos possuem fotos deles e algumas testemunhas, que não têm ligação com o Fenômeno UFO, também os viram. Mas deixa transparecer que essas máquinas operam para uma força secreta militar ou da Inteligência, e que os homens de preto teriam sua origem ligada aos UFOs.
Pode-se resumir o tópico dos helicópteros fantasmas em vários pontos. Primeiro, seu mistério começou durante os anos 60 e perdurou até o início da década de 70, em conexão com as mutilações de animais. Durante esse tempo, os responsáveis por tais helicópteros tinham um interesse muito pequeno pelos abduzidos. Tais helicópteros começaram a aumentar sua monitoração dos raptados durante os anos 80, continuando atualmente. Existem relatos da atividade destes helicópteros fantasmas na Inglaterra durante os anos 70, mas parece que o interesse por abduzidos e mutilações se restringe à América do Norte.
Seqüestros por militares – A maior parte dos relatos de abduzidos consultados pelo Projeto Milab descrevem o envolvimento de militares e agentes da Inteligência dos EUA ocorridos após o aparecimento dos helicópteros negros. Por exemplo, Debby Jordan relata em uma nota no seu livro Abducted que foi socorrida por uma amiga e levada para um hospital, onde foi examinada por um médico militar que removeu um implante do seu ouvido. Isso teria ocorrido após observar mais um helicóptero fantasma rondando sua casa.
As experiências de abdução de Leah Haley e Katharina Wilson também estão cheias de encontros com militares. Algumas dessas experiências, como as de Katharina, são comparáveis às de controle da mente. Ela passou por uma espécie de flashback de sua infância durante uma abdução, no qual se lembrou de estar num hospital e ser forçada a entrar num tipo de caixa, como um container que era usado para experiências médicas. Por isso, Katharina publicou um excelente artigo em sua página na Internet com o título Are some alien abductions government mind control experiments? [São as abduções alienígenas experiências de controle da mente do governo?].
As pesquisadoras Beth Collins e Anna Jamerson incluem em seu livro Connections declarações feitas sob hipnose quando investigaram abduções por militares. A doutora Karla Turner também analisou as abduções feitas alegadamente por militares, publicando o resultado em sua obra Into the fringe and taken [Dentro dos limites e abduzido]. Por outro lado, um levantamento mundial revelou que a maioria dos pesquisadores de abdução norte-americanos têm em seus arquivos de dois a cinco casos do gênero. Até o momento, não existem relatos na Austrália, América do Sul, África, Inglaterra ou Irlanda.
Pela comparação dos cenários típicos de raptos por UFOs foram encontradas aIgumas diferenças entre abduzidos por alienígenas e abduzidos pelos militares e pessoal da Inteligência. Isso está bem descrito no Projeto Transcription, de Dan Wright, que analisa dez casos bem investigados. Até onde se sabe as abduções por militares envolvem os seguintes elementos, além das atividades de helicópteros negros sem identificações: aparição de estranhos furgões ou ônibus do lado de fora das casas dos abduzidos, exposição desorientada a campos eletromagnéticos, efeitos dopping e transporte das vítimas até um local desconhecido ou a uma base militar subterrânea.
Normalmente, ocorrem efeitos físicos após os acontecimentos, como tonturas e algumas vezes náuseas. Existem também diferenças de como os raptores aparecem aos abduzidos. Na maioria dos casos de abdução por alienígenas, por exemplo, os seres surgem através de janelas fechadas e paredes, ou os abduzidos sentem uma estranha presença no quarto. Muitos relatam que são paralisados por uma força mental emanada dos ETs. Já nos casos de seqüestros por militares, os abduzidos contam que seus raptores se utilizam de seringas. É interessante notar que os raptados relatam ter sido examinados por médicos humanos em salas retangulares, nos locais para onde foram levados, e não em ambientes redondos, como sempre ocorre quando o rapto é genuinamente extraterrestre e os abduzidos são levados para bordo de UFOs.
A descrição dessas salas, corredores e móveis são familiares aos quartos de hospitais terrestres, laboratórios ou locais de pesquisa e não têm nada de semelhante com os detalhes observados em UFOs. Os exames ou procedimentos a que as vítimas de abduções alienígenas genuínas são submetidas são totalmente diversos daqueles empregados em casos de abduções por militares. Por exemplo, na abdução por ETs as vítimas são paralisadas com efeitos mentais, quando, nos outros casos, são amarradas a uma mesa ou cadeira ginecológica. Algumas vezes, recebem uma bebida forte antes de um exame, o que possivelmente seria um fluído para realçar o contraste de algum exame pretendido pelos raptores.
Noutras circunstâncias, há semelhanças entre as duas formas de abdução. Por exemplo, os abduzidos contam receber a visita de médicos vestidos com jalecos brancos que mostram interesse por implantes ou fazem exames ginecológicos. Em alguns casos, médicos militares procuram tais implantes nas vítimas e algumas vezes até inserem um artifício em seus corpos.
Implantes terrestres – Até hoje, mais de três milhões de animais em todo o mundo possuem algum tipo de dispositivo de comunicação fabricado pela empresa Destron-Fearing e implantado em seus corpos. Esse dispositivo é uma espé
;cie de etiqueta de identificação passiva de rádio freqüência, designada para trabalhar em conjunto com um sistema dc leitura por rádio. O aparelho é ativado por um sinal de baixa vibração que transmite o código de identificação para o tal sistema de leitura.
O objetivo disso é ter a localização exata dos animais que se implantou com tais dispositivos, para efeito de alguma pesquisa sobre seu comportamento ou processo de extinção. Estes aparelhos têm o tamanho de um grão de arroz, dentro dos quais um minúsculo circuito eletrônico é ativado por um comando de rádio. Informações sobre o animal marcado com tal sistema são também enviadas por rádio, através de um processo de interpretação.
Estes aparelhos têm sido amplamente usados em todo o mundo por entidades de pesquisa, ambientalistas e estudiosos que buscam conhecer melhor certas espécies animais, e já começaram a ser empregados também em seres humanos. Um dispositivo similar – chamado de Biochip – foi desenvolvido nos EUA pelo doutor Daniel Man, que tem a patente e autorização para implantá-lo em seres humanos desde 1989. Man desenvolveu este aparelho para acabar com o problema do desaparecimento de crianças. O interessante invento é um pouco menor do que o dispositivo animal da Destron-Fearing, mas não pode ser simplesmente injetado por uma seringa. Em vez disso, uma pequena incisão cirúrgica deve ser realizada.
Man afirma que o melhor local para esse implante no corpo humano é atrás da orelha. Coincidentemente, as pessoas que alegam ter sido abduzidas por militares, como Debby Jordan ou Leah Haley, declararam que médicos removeram implantes de suas orelhas! O doutor Daniel Man diz que seu invento é ativado por uma pequena bateria que pode ser diariamente recarregada por um aparelho colocado no corpo da pessoa. Assim, os implantados por este sistema poderiam ser localizados a qualquer instante. Bastaria que as autoridades usassem três satélites ou equipamentos especiais em helicópteros se quisessem localizar ou monitorar alguém que estivesse desaparecido, caso portasse o dispositivo. Utilizando a triangulação de sinais, os satélites ou os helicópteros poderiam dispor de dados precisos para localizar os implantados.
Como vemos, uma agência interessada em monitorar informações psicológicas de um abduzido, que esteja sendo submetido a um processo de rapto por alienígenas, usaria dispositivos como os do doutor Man, ou ainda mais avançados. Este campo de estudos recebeu o nome de Telemetria Biomédica ou Biotelemetria, que é definida como uma área da instrumentação médica que permite a transmissão de informações psicofisiológicas de um paciente de um local inacessível para um com monitoração de controle. A unidade de transmissão – na verdade um implante – pode ser inserido no corpo de pessoas ou de animais. Esses últimos, como vimos, têm sido monitorados pela Biotelemetria há 30 anos. Utilizando-se desse sistema, por exemplo, o Exército poderia obter dados fisiológicos de soldados em combate – tais como respiração, tensão muscular e a presença de adrenalina na corrente sangüínea.
Numa afirmação polêmica, entretanto, alguns pesquisadores e ex-agentes da Inteligência dos EUA garantem que o uso de implantes em humanos já vem sendo feito, em segredo, desde os anos 60. Os doutores Steven Metz e James Kievit, da Agência de Segurança Nacional, por exemplo, garantem que num futuro próximo qualquer pessoa em perigo poderia ser equipada com o que chamam de Individual Personal Locatization Device (IPLD) [Dispositivo de localização eletrônico individual], Metz e Kievit, em seu artigo The revolution in military affairs [A revolução em assuntos militares], sugeriram que tal aparelho poderia ser instalado permanentemente sob a pele e teria ativação automática, como por exemplo, quando uma pessoa deixar os EUA e passar pelo sistema de segurança do aeroporto.
Essa previsão dos cientistas da Agência de Segurança Nacional dos EUA assemelha-se aos planos que o doutor Joseph A. Meyer propôs nos anos 70, que era colocar dispositivos eletrônicos de identificação em americanos presos por crimes. Nesta mesma linha de trabalho, durante o final dos anos 50, início dos 60, o neurologista José Delgado inventou o Stimoceiver, que era um eletrodo capaz de receber e transmitir sinais eletrônicos via ondas de rádio. Com um dispositivo desses implantado no cérebro, o mesmo atuaria como um poderoso estimulante quando ativado por ondas de rádio. Alguns estudiosos sugeriram que o Stimoceiver devesse ser modificado para receber estímulos de microondas e ser capaz de impor um grau de controle no mecanismo de resposta do implantado.
Segundo apuraram pesquisadores ligados ao Fenômeno UFO, tais implantes têm sido usados nas pessoas sem seu conhecimento desde o início dos anos 50. Um bom exemplo disso é o de Robert Naeslund, que afirma ter sido implantado sem saber durante uma operação em Estocolmo, na Suécia. Naeslund tem radiografias que mostram claramente um dispositivo em forma de cogumelo inserido em seu cérebro. Segundo ele, a operação foi realizada pelo médico Curt Strand, que colocou o aparelho através da sua cavidade nasal direita. Interessantemente, os abduzidos por alienígenas falam que seus raptores implantam dispositivos através das mesmas cavidades e dos ossos do cérebro. Normalmente, a colocação é usada numa neurocirurgia.
Robert Naeslund não é uma vítima isolada. Ele agora é pesquisador do Gruppen, uma organização contra experiências ilegais de controle da mente por militares.
Realidade virtual – O Gruppen e outras instituições, como a Fundação de Liberdade de Pensamento, por exemplo, têm coletado muitas evidências de programas de implantes secretos que estão em andamento até hoje. Estes organismos estão em contato com muitas vítimas em todo o mundo, que tiveram a mesma experiência que Naeslund, mas não têm nenhuma ligação com a comunidade ufológica.
Parece que algumas das experiências de pessoas abduzidas por UFOs, assim como aquelas de vítimas de controle da mente, podem ser explicadas por uma avançada tecnologia de realidade virtual, que Karla Turner chamou de “cenários de realidade virtual”. Existem vítimas de controle da mente que afirmam ter recebido imagens implantadas em seus cérebros. Isso quer dizer que quem quer que esteja operando tais métodos pode colocar eletronicamente imagens e memórias intercerebrais em abduzidos.
Estes fatos vêm sendo explorados cada vez mais. Por exemplo, em matéria publicada pelo Conselho Científico da Força Aérea dos EUA (USAF), em junho de 1996, a empresa New World Vistas fornece uma previsão que analisa o desenvolvimento militar dos Estados Unidos nos próximos 50 anos. Nesse artigo, cientistas sugerem que o progresso das fontes de força eletromagnética, seu rendimento e forma, unidos ao corpo humano, permitirão uma prevenção dos movimentos musculares voluntários, o controle das emoções e ações humanas, a indução ao sono, a transmissão de sugestões e até interferência na memória de curta e longa duração, produzindo um conjunto de experiências que poderão ser apagadas por quem operar tal sistema.
Cientistas militares argumentam que o conceito de imprimir uma experiência em realidade virtual no cérebro de alguém é altamente arriscado, mas muito excitante. Se tal tecnologia tivesse sido desenvolvida em segredo e existisse hoje, algumas das vívidas e inexplicáveis experiências de abdução poderiam ser compreendidas como sido causadas pela implantação de “memórias” no cérebro do abduzido. Isso, em tese, pode ser uma convincente explicação para alguns tipos de seqüestros por ETs, e a visão que os abduzidos têm de militares e pessoal de Inteligência poderia significar um vazamento no controle das experiências ou ainda uma falha de procedimento.
Os doutores Joseph Sharp e Allen Frey tentaram, através de microondas, transmitir palavras diretamente a um centro auditivo localizado no córtex humano, via impulsos. O trabalho do doutor Frey, datado dos anos 60, deu origem ao chamado Efeito Frey, que é vulgarmente conhecido como audição por microondas. Novamente aqui podemos notar algumas semelhanças com as abduções, pois muitas vítimas dessas experiências e de controle da mente afirmam que, algumas vezes, ouvem vozes diretamente em suas cabeças, emitidas por seres que não articulam a boca ou de fontes não identificadas. Certamente, esses cenários não podem ser generalizados a todas as abduções, mas podem explicar uma pequena porção ou ainda ser uma importante evidência de abduções por militares, destas que vêm sendo analisadas pelo Projeto Milab.
Em uma determinada fase do projeto, descobrimos que sete abduzidos sob nossos cuidados haviam sido transportados para bases militares subterrâneas. Para checar os dados que forneceram, consultamos a pesquisa do doutor Richard Sauders, um ufólogo norte-americano que mostrou que quase todas as agências federais e instituições militares dos EUA têm dessas bases secretas por todo o país. Algumas delas são tão secretas que há somente rumores sobre a sua existência, outras têm sido tão divulgadas – como a Área 51 – que não restam dúvidas de sua existência. Além disso, devemos também levar em consideração que jornadas a outros mundos e a estranhos locais no subsolo são comuns nas abduções extraterrestres legítimas.
O doutor Thomas Bullard, que é um dos mais notáveis investigadores do fenômeno das abduções, idealizou um modelo padrão que pode ser aplicado às alegadas viagens realizadas por abduzidos, quando conduzidos por seus raptores:
Preparação – Nesta fase, seres alienígenas colocam o abduzido em um ambiente de proteção para a viagem.
Viagem – Quando ocorre o trânsito do abduzido deste para outro mundo, ou desta para outra dimensão, em alguns casos.
Subterrâneo – Nesta fase do processo, o abduzido descreve atravessar uma quantidade de espaço subterrâneo ou submerso.
Paisagem – Neste ponto da viagem, o abduzido tem condições de observar a superfície do mundo para onde foi levado.
Museu – Segundo abduzidos, em dado momento da viagem lhes é dada a chance de visitar uma espécie de zoológico ou museu com artefatos humanos e outros seres.
O estudo do doutor Bullard incluiu 10 casos de abduções em que as vítimas tiveram contato com outro tipo de universo ou realidade. Uma típica abduzida é Betty Andreasson, cujas experiências se iniciaram em 1950. Ela teve chances de observar como um UFO entrava e saía do mar e depois penetrava numa enorme caverna de cristal que dá acesso a um vasto universo subterrâneo, totalmente inusitado. Poucas vezes, segundo a literatura ufológica existente, um exame por ETs ocorre neste local ou nessa fase da viagem. Durante um novo rapto no ano de 1967, Betty passou através de um longo túnel escuro parecido com uma mina. A doutora Gilda Moura, do Rio de Janeiro, nos informa ter investigado casos de abdução no Brasil em que diversas pessoas descreveram jornadas a lugares subterrâneos em eventuais cavernas brasileiras.
Entretanto, essas jornadas a mundos subterrâneos ainda estão sob cuidadosa análise. Elas não se comparam aos casos bem investigados em que humanos foram levados a bases subterrâneas provavelmente de origem militar, especialmente nos EUA. As vivências de transporte a universos paralelos têm um toque místico, enquanto que aquelas em que pessoas são levadas a bases militares têm um aspecto mais perto da realidade. Os abduzidos analisados pelo Projeto Milab descrevem elevadores, corredores, geradores, salas de reunião e médicas nos locais para onde foram conduzidos. Ao contrário das experiências de alegadas viagens a outros mundos, neste caso as vítimas são levadas a tais localidades e são examinadas por médicos aparentemente comuns.
A comparação entre cenários típicos de raptos de humanos por extraterrestres e aqueles de sequestros efetuados por militares e agentes dos serviços de Inteligência, revelou diferenças significantes entre os procedimentos. Tudo indica que os militares estudam o comportamento dos alienígenas
Alguns relatam suas atividades em tais bases e em outros locais separadamente. A senhora Beth, uma abduzida do livro de Karla Tumer relatou que “dentro do processo da abdução alienígena, há flashbacks mentais”. Eles começariam com o abduzido vendo um pequeno disco voador. “Depois, eu me vi entrando em uma cidade muito luminosa. O disco voava por um túnel dentro de uma enorme caverna que contém vários prédios”, continua Beth. Ainda segundo a abduzida, UFOs podem ser vistos parados em muitos lugares, assim como alienígenas trabalhando lado a lado com militares humanos. Num de seus flashbacks, Beth vai para dentro de um poço de água e sai num lago.
Tais fragmentos de memórias – que muitos investigadores e abduzidos
bem denominaram de flashbacks – deveriam ser investigados com muito cuidado, pois podem ser uma mistura de uma jornada a outros mundos com experiências subterrâneas de abduções por militares. Também é importante notar que alguns abduzidos têm flashbacks onde viam alienígenas e militares juntos, mas durante seu tratamento sob hipnose somente se recordaram da presença apenas dos segundos. Talvez misturem histórias de abdução por UFOs com o cenário típico das abduções militares. Ou talvez ainda os abduzidos sofram algum tipo de programa de hipnose por parte de psiquiatras operando junto aos tais militares, durante o rapto.
Se isso for confirmado, muito provavelmente a técnica usada seria a da dissolução eletrônica da memória, a qual é acompanhada de uma espécie de aperto eletrônico do cérebro, causando a neurotransmissão da substância acetilcolina, gerada para criar estática necessária para bloquear sinais e sons externos. Após este procedimento de controle da mente, a vítima não terá memórias do que vir ou ouvir. Sua mente seria, por assim dizer, apagada.
Atividades e projetos secretos – Devemos considerar a possibilidade de que algumas informações que conseguimos sobre os abduzidos por militares e agentes da Inteligência dos EUA podem ser somente histórias de acobertamento induzidas por programas de intensa hipnose. Também existe a possibilidade de que militares operando raptos de humanos tivessem usado máscaras de alienígenas de borracha e efeitos especiais para iludi-los e fazê-los imaginar estarem sendo abduzidos por ETs reais. Vale lembrar que agiriam dessa forma para raptar normalmente pessoas que já vêm sendo abduzidas por alienígenas, de forma a descobrirem o que lhes ocorreu sem levantar suspeitas.
Esses fatos levam alguns pesquisadores a acreditar que todos os abduzidos sejam usados em atividades de controle secreto da mente ou em experiências genéticas, encenado por um forte e oculto exército de agentes do governo dos EUA. Entretanto, oferecemos alguns argumentos contra tal conclusão. Primeiramente, se todas as abduções fossem realmente um disfarce para operações de controle secreto da mente ou experiências genéticas – como foi de fato o Projeto Lebensborn dos nazistas, por exemplo, por que estaria sendo relatado o envolvimentos de militares e de agentes da Inteligência somente desde o início dos anos 80 e não antes? Por outro lado, por que existiriam vítimas dessa técnica que receberam implantes eletrônicos e foram usadas em testes secretos de novas armas se muitas delas não tem nenhuma ligação com abduções feitas pelos extraterrestres ou com o Fenômeno UFO? Ora, para tais experiências de controle da mente não são necessários abduzidos para encobrir a história, já que ninguém acredita em suas afirmações. Finalmente, se todos os abduzidos fossem um disfarce para essas experiências, por que os militares estariam interessados em exames ginecológicos em mulheres raptadas por seres extraterrestres?
Claro que os pesquisadores do assunto devem investigar todas as possibilidades segundo as quais alguns abduzidos podem ter sido induzidos a crer em determinadas histórias com o uso do controle da mente, ou ainda sido usados em experiências genéticas ilegais desde os anos 80, ou antes, mas ainda existem outras possibilidades que devem ser analisadas. As conclusões do Projeto Milab são de que as abduções feitas por militares representam uma evidência forte de que há envolvimento do governo norte-americano diretamente na investigação e monitoração dos raptos de humanos por extraterrestres. E tudo leva a crer que esta força militar secreta opera em tal área desde o início dos anos 80 nos EUA.
Neste ponto de nossas discussões, deve-se lembrar que no início dos anos 80 muito dinheiro foi disponibilizado para projetos ilegais nos Estados Unidos – aqueles conhecidos como “projetos sujos”, para os quais a destinação de verba não precisava ser aprovada ou mesmo discutida pelo congresso norte-americano. Um desses projetos, que consumiu uma fábula de dinheiro, foi justamente o Guerra nas Estrelas.
Ao mesmo tempo em que estes obscuros projetos consomem bilhões de dólares, muitos militares defendem também o emprego de grandes somas de dinheiro na investigação profunda e cautelosa – e sobretudo secreta – dos casos de abdução de humanos por extraterrestres. É sabido através de diversas fontes que os militares envolvidos em tais operações estão monitorando as casas das vítimas dos ETs, raptando-as e possivelmente implantado nelas dispositivos militares, algumas vezes apenas horas após a abdução. Também há evidências de que estão procurando em tais pessoas implantes similares, porém deixados em seus corpos por alienígenas, durante os raptos legítimos.
O interesse dos militares no aspecto ginecológico das mulheres abduzidas poderia ser explicado levando-se em consideração a procura de embriões de alienígenas híbridos que as mesmas portariam, inseridos em seus corpos durante raptos. Para apoiar esta tese há o fato, já exaustivamente conhecido, de que a maioria das mulheres raptadas por militares relatam ter perdido seu feto ou embrião em experiências pelas quais passaram. Disso tudo se tem por certo pelo menos uma coisa, bastante assustadora: que as instituições e pessoas por trás desses raptos usam avançada tecnologia de controle da mente, que são testadas ilegalmente em seres humanos que já têm o duro sofrimento de serem também abduzidos por extraterrestres.