Na primeira parte desse texto, publicada em Ufo 91, Carlos Millan fez uma longa e detalhada análise do relacionamento entre os seres humanos e nossos visitantes espaciais, começando pelos registros históricos de vários povos. Entre os egípcios, por exemplo, florescia a crença de que seu ídolo religioso mais significativo, o faraó Akhenaton, era proveniente do espaço. Os escribas da época relataram no texto Cântico ao Deus Aton que, “enquanto o faraó estava em caçada aos leões, durante o dia, avistou um disco fulgente, pousado sobre uma grande rocha. Era brilhante como ouro e púrpura, e pulsava como o coração do monarca”. Millan também destacou as características singulares que são comuns aos seres humanos que vivem experiências avançadas de projeções astrais e de abdução, comparando as duas situações. Sobre isso, o autor apontou, em especial, uma interessante semelhança entre os dois campos, atestando uma ligação da Ufologia com a espiritualidade. Millan se referiu aos espaços não-terrestres com superfícies curvilíneas, encontrados por abduzidos levados a discos voadores e a estações orbitais, naves-mãe e outros lugares espaciais. Os veículos extraterrestres, em geral, apresentam conformação característica de locais extrafísicos. Para Millan, nelas seria comum se encontrar criaturas diferentes do ser humano, mas mesmo assim humanóides. Segundo concluiu, há uma clara indicação de que seres como esses têm relação íntima com a humanidade. O autor finaliza afirmando que, ao se tentar compreender integralmente a Ufologia, é preciso recorrer a um pensamento do filósofo e matemático René Descartes: “Para atingirmos a verdade, é preciso uma vez na vida nos desfazer de todas as opiniões aceitas e reconstruir novos sistemas do próprio conhecimento, desde seu fundamento”.
— A. J. Gevaerd, editor
Em 1959, Friedrich Jurgenson, durante uma gravação de gorjeio de pássaros, registrou acidentalmente estranhas vozes, que acabaram classificadas como provenientes do além. Era o início do que hoje é conhecido como transcomunicação instrumental (TCI). Conduzindo pesquisas nessa área, a brasileira Sonia Rinaldi obteve uma série de incríveis revelações, manifestadas através de um espírito que se identificou como Gregório, que interessam aos espiritualistas e, notadamente, aos ufólogos. Conforme Gregório, há uma imensa cidade espiritual situada sobre a região norte da Europa, onde viveriam os cientistas que um dia habitaram a superfície terrestre. Eles desenvolveriam estudos e planejariam futuras encarnações na Terra, para continuar trabalhando no aprimoramento tecnológico e auxiliando a evolução humana. Ainda segundo o espírito, há também uma grande plataforma – uma espécie de discoporto – onde seres da estrela Aldebaran costumariam aportar. O astro, o mais brilhante da Constelação do Touro, estaria a 60 anos-luz de nosso planeta.
No livro Missão Alpha I, de autoria de Gregório e psicografado por Sonia Rinaldi, obtemos a descrição de um contato ocorrido nesse discoporto: “Enquanto a comitiva aguardava os visitantes da Constelação do Touro, uma gigantesca nave materializou-se diante da plataforma. Alguns se surpreenderam, mas um dirigente explicou que os seres de Aldebaran não utilizavam a locomoção contínua, porém dominavam o espaço e o tempo. Logo, a atenção voltou-se para uma passagem luminosa que se abria na nave. E então surgiu um foco de luz e, atrás dele, outro. São eles?, perguntou alguém. Novamente o dirigente explicou: ‘Nossos irmãos têm um grau evolutivo que hoje os faz assemelharem-se a pequenos sóis. Eles irão transfigurar-se em nosso biótipo, para facilitar seu trânsito entre nós e também sua comunicação conosco’ ”. A luz que emanava dos focos radiantes passou a alterar sua cor e a freqüência de suas vibrações. Tudo indica que era uma espécie de diálogo telepático com o dirigente.
Visitantes de Aldebaran — Continua o relato: “Em seguida, utilizando um dos presentes como modelo, os focos se transformaram em duas figuras resplandecentes com traços humanos e habilitados para falar”. Esses visitantes de Aldebaran teriam finalmente se encontrado com os cientistas desencarnados, apoiando o projeto de aprimoramento das técnicas de TCI para contatos entre os mundos sutis e físicos. De qualquer forma, independente da TCI, a Ufologia moderna classifica os contatos de graus elevados com seres extraterrestres de maneira a se compreender melhor sua manifestação. Enquanto a classificação clássica do astrofísico J. Allen Hynek descreve os contatos com ETs de maneira diversa, certas correntes da Ufologia atribuem a classificação CI-4 para abduções variadas e CI-5 para os contatos ditos paranormais, onde a sigla CI significa contato imediato. Segundo essa interpretação, podemos identificar pelo menos quatro tipos de seres extraterrestres e diferentes maneiras de como viveriam entre nós:
Infiltrados — São aqueles que, de acordo com suas necessidades, misturam-se ao povo como cidadãos quaisquer, observando e atuando sem que percebamos sua existência. Sua aparência pouco difere da nossa, tendo em geral olhos um pouco maiores, estatura avantajada e tipo físico nórdico ou europeu. Esses seres teriam um estranho comportamento, sendo envoltos em uma aura de mistério. São carismáticos ou lacônicos, mas tipicamente diferentes, e interagem conosco de modo inesperado.
Entrantes — Estes seriam seres que, após a saída do espírito natural de um corpo físico, tomariam conta da matéria para realizar seus trabalhos. Sua característica é a mudança total do comportamento do indivíduo, já que não é efetivamente a mesma pessoa de antes. Essa troca pode ocorrer durante o sono, num acidente ou mesmo na morte. Seus olhos são estranhos e, quando encarados fixamente, podem apresentar quatro pupilas sobrepostas, uma vez que o “encaixe perispiritual” na hora da substituição nunca é perfeito.
Dimensionais — Atuariam principalmente em áreas acima das três dimensões conhecidas. Adensariam no plano físico por manipulação dos padrões vibratórios da matéria e dominariam a transformação de partículas em ondas e vice-versa, técnicas que nossa física ainda trata no campo hipotético. Esses seres se locomoveriam livremente, rompendo a barreira da luz e do espaço-tempo, acessando pessoas ou locais de forma imediata. Mantêm um complexo aparato tecnológico invisível ao nosso rastreamento, via radar ou satélites, orbitando o globo e instalados em locais subterrâneos, picos de montanhas e o fundo dos oceanos.
Encarnados — Estes seres que se dividem em conscientes e inconscientes. Os prim
eiros são uma pequena minoria que, apesar de nascidos de forma usual e terem uma vida aparente normal, têm consciência de sua natureza estelar. Muitos mantêm contatos desde criança com inteligências extraterrestres ou dimensionais. Têm firme determinação e realizam tarefas específicas junto à sociedade. Trabalham em processos de cura, métodos alternativos, paranormalidade ou mesmo dentro da Ufologia. Às vezes, despertam repentinamente na vida adulta, abandonando planos já traçados e mudando radicalmente os rumos de seu destino. Começam a manter contatos telepáticos ou a canalizar mensagens com variadas abordagens e temas. A grande maioria desses seres é insuspeita e permanece desconhecida da Ufologia convencional, apesar de ser atuante dentro a missão a que se propuseram.
Já os encarnados inconscientes teriam uma insatisfação inexplicada, por não possuírem lembrança clara de sua natureza, origem ou missão. Independentemente disso, dedicam suas vidas à busca de respostas, pesquisa contínua ou à espiritualidade. Mesmo sem perceber, são às vezes direcionados a realizar projetos culturais, sociais e de auxílio humanitário. Sentem uma solidão interior muito grande, juntamente com um fascínio demasiado pelas estrelas e o universo. Esses encarnados inconscientes se uniriam a grupos de pesquisas astronômicas, esotéricas ou ufológicas, onde se destacam e se contrapõem a interesses movidos meramente pela curiosidade, egocentrismo, fama ou lucro. Teriam certa dificuldade em relacionar-se com outras pessoas no mundo atual, pois vêem com clareza que nossa civilização ainda está num espantoso grau de barbárie. Seriam afetados psicossomaticamente pela natureza violenta do cotidiano, pela insensatez da mídia e a alienação generalizada. Mantêm contatos outras formas de consciência, através de desdobramento, meditação e outros estados alterados, assimilando o conhecimento necessário às suas vidas ou contatando entidades da mesma origem que a sua.
Almas Peregrinas — Em sua natureza essencial, todos os seres humanos são ao mesmo tempo espirituais e extraterrestres. São almas peregrinas viajando pelo Cosmos, numa jornada aparentemente evolutiva. A diferença entre eles é que alguns já experimentaram viver em muitos mundos diversos, fazendo parte de várias civilizações. Eles são, portanto, carregados de bagagem e capazes de repassar conhecimentos nos orbes em que encarnam. Numa visão espiritualista, os humanos seriam faíscas divinas formatadas em modelos biológicos, ou seja, efetivamente perfeitos pela própria origem. Ao redescobrir e aceitar esta verdade fundamental, a pessoa pode almejar a retirada de todo o imenso conteúdo de conceitos psicossociais que possui, que fortalece o ego e reduz a essência divina do ser, acorrentando sua consciência.
Envolvido por falsos deuses, enganado por sociedades secretas e mantido cativo por religiões e governos – um movimento gigantesco que alguns chamam de Matrix –, o ser humano é arrebanhado e retido como um animal em cativeiro. Tem pouca ou nenhuma informação sobre sua origem, missão e destino. E sabe menos ainda sobre os detalhes do conjunto dos demais seres que, como ele, constituem a raça humana. Assim, somente ao tentar quebrar todas essas correntes de forças, impostas contra nossa vontade ou nossa consciência, poderemos vivenciar uma realidade cósmica superior, livre de amarras e livre, inclusive, da atuação nefasta de seres extraterrestres descompromissados com nosso bem-estar.
Sobre isso, vejamos um caso ocorrido na década de 70, nos arredores da Floresta Nacional de Ipanema, em Araçoiaba da Serra, uma típica cidade interiorana à 120 km de São Paulo. Vamos chamá-lo apenas de Caso Maestro. A Floresta, sediada na Fazenda Ipanema, abriga um conjunto de monumentos históricos de grande relevância para nosso país. Foi nesse local que aconteceu uma sucessão de fatos insólitos com bolas e formas luminosas, seres avançados e outras “realidades”. O protagonista desses episódios é pessoa culta, bem formada e inteligente, até então totalmente cético quanto a possibilidade de tais manifestações. Com espírito crítico e questionador, deparou-se com seres dimensionais que transformariam sua pessoa.
Certo dia, em seu sítio, Maestro avistou um UFO do qual surgiram duas formas humanóides pouco definidas no contraste da noite. Eles se comunicaram com a testemunha através do que chamamos de “pacotes de informação mental”, uma espécie de telepatia em que idéias, dados e sua compreensão são transmitidos de forma aglomerada, impossível de explicar. Este foi o primeiro de uma série de encontros, através dos quais surgiu para o protagonista a possibilidade de contatar sua verdadeira essência humana. “Compreendi que há um grande poder que não se manifesta fora do ser vivo. Ele está adormecido dentro de nós e espera que o despertemos. Sua força é ilimitada e pode gerar capacidades que a imaginação nem sabe conceber. Uma vez devidamente solicitado, esse grande poder nos fornece faculdades novas e fabulosas”, disse Maestro.
O contato em Araçoiaba da Serra progrediu e os seres se comunicaram várias vezes com a testemunha. Entre outras coisas, falaram sobre algumas das possibilidades latentes em nossa natureza essencial. Descreveram a Maestro como se tornar invisível, ágil ou ubíquo, e como se transformar em algo imponderável e indestrutível pelo fogo ou outro elemento. Falaram ainda sobre como é possível se comunicar através da mente com qualquer outro ser vivo. Para essas criaturas, mover massas colossais e visitar qualquer parte do universo era algo comum. Por sua natureza, são imortais e podem dar novas formas a si mesmos. Poderiam ainda materializar-se em qualquer lugar, interferir nos acontecimentos e perceber tudo à distância.
E o mais importante de tudo é que todas essas façanhas, segundo os estranhos visitantes, também estariam à disposição dos seres humanos, pois também teríamos poder para isso. Porém, é preciso antes aprender a agir de maneira sublime, livres das amarras do ego, que dese
ja tudo para si. E agir de forma sublime é colocar como prioridade as necessidades da nossa espécie, da humanidade ou do conjunto dos seres vivos em geral, em detrimento de nossas necessidades individuais. Essa premissa nos remete à oração de São Francisco de Assis, que garantia que “…é dando que recebemos; é perdoando que somos perdoados; e é morrendo que nascemos para a vida eterna”. Morrer, nessa expressão, significa vencer nosso ego.
Conexões Holográficas — Nada no universo está desligado de um conjunto. Tudo faz parte de tudo. O universo, na verdade é um holoverso – de natureza holográfica – onde o todo está nas partes, ínfimas que sejam, e essas partes interagem com o todo. Ao tentar comprovar essa definição, a ciência hoje postula a Teoria dos Campos Morfogenéticos, nos quais os seres vivos interagiriam e influenciariam uns aos outros, independente das distâncias que os separam. Quando um ser de uma determinada espécie assimila algum conhecimento, o conjunto de todos os seres dessa mesma espécie, de alguma forma intangível, cresce juntamente. Todos os membros dessa comunidade acabariam por assimilar o mesmo conhecimento, em qualquer lugar em que estejam.
Nesse holoverso não há coincidências: tudo tem uma razão coerente de ser, um sincronismo perfeito. Portanto, muito do que é classificado hoje como algo místico, poderá num futuro próximo ser considerado ciência pura. Somos seres formados basicamente de água e, portanto, sujeitos a “marés internas” – tanto quanto em nosso planeta as manifestam as marés oceânicas, por influência da gravidade da Lua. Nosso satélite há milênios encaixa-se perfeitamente sobre o Sol, produzindo eclipses exatos. Protetora natural da Terra, a Lua absorve para si quase a totalidade de meteoros que pretendiam atingir nossa superfície. E ainda assim a ciência vê nesse processo um mero acaso, como a própria origem da vida no planeta. E utiliza o princípio da Navalha de Ockham, que “corta” as explicações mais complexas em função das mais simples.
Tal método é no mínimo uma atitude anticientífica, pois a verdadeira ciência busca a verdade, seja lá qual ela for, tenha o formato que tiver. Criar uma tendência ou buscar o reducionismo à simplicidade nas explicações não condiz com a mentalidade aberta, que necessariamente um cientista deve ter para promover os saltos importantes do conhecimento humano. Se a navalha fosse usada desde os primórdios, as estrelas seriam furos na cortina da noite, os meteoritos não existiriam e a Lua seria apenas uma bola de queijo. A ciência é um caminho natural para o saber. Entretanto, precisamos manter a flexibilidade mental, ter um espírito inovador e a certeza de que ainda há muito a desvendar.
Em junho de 1996, na Reserva Sioux Yankton, no Estado de Dakota do Sul (EUA), líderes das tribos Lakota, Oglala, Iroquois, Obeida, Hopi e Yaqui, entre outras, estiveram reunidos numa assembléia Entre eles estavam também os pesquisadores Robert Dean, ex-militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o médico e professor John Mack, o estudioso Leo Sprinkle e dezenas de outros estudiosos. Era um simpósio inusitado e único, chamado Conferência do Conhecimento das Estrelas. “Seu objetivo era compartilhar um conhecimento ancestral dos indígenas com seus irmãos civilizados, acerca do sagrado conhecimento cósmico”, declarou Dean.
O guardião e chefe lakota Alce em Pé declarou na abertura dos trabalhos que os curandeiros tribais tinham a habilidade de comunicar-se com a Mãe-Terra e suas entidades espirituais, e também com os povos das estrelas. “Eles foram as entidades mais importantes que nos contataram, pois ensinaram muitas coisas aos nossos povos. Seus mundos são baseados em leis espirituais e universais. Eles não utilizam sistemas monetários e se preocupam com o bem-estar ecológico dos planetas”, disse Alce em Pé. Alguns xamãs descreveram os ETs como “homens com mais de dois metros”, enquanto outros os assinalaram como “formigas de olhos negros”. No primeiro caso, se refeririam aos tipos nórdicos e, no segundo, aos grays [Cinzas]. Os chefes das tribos representadas na conferência relataram encontros alienígenas ao longo da história de seus povos e a maneira como foram auxiliados com curas, ensinamentos e até profecias. Esse contato perdura até hoje, através de pajés de inúmeras etnias indígenas, em contatos físicos, sonhos e outros estados alterados da consciência. No final dos trabalhos na Reserva Sioux Yankton, algo incomum aconteceu: durante a dança do Sol que realizam os presentes, um círculo perfeito de nuvens formou-se sobre o local durante uma hora, apesar dos ventos, e exibiu-se um maravilhoso anel arco-íris.
Em julho de 1990, estive com membros da Associação de Pesquisas Ufológicas (APU), coordenada pelo astrofísico Laércio Fonseca, numa vigília ao lado do Observatório de Capricórnio, em Campinas (SP). Após alguns exercícios de relaxamento, todos se sentaram em círculo para meditar. Era uma noite fria e totalmente nublada. Estávamos numa imensa rocha atrás do observatório, com uma excelente visibilidade do céu. Logo após iniciarmos as atividades, um sensitivo começou a canalizar um contato e respondeu as várias questões dos presentes. Perguntei para a entidade que se manifestava através dele por que algumas pessoas mantinham uma verdadeira obsessão pela Ufologia e por contatos extraterrestres. E seguiu-se a resposta: “A maioria dessas pessoas já viveu entre nós e muitas foram instruídas por aqueles que vocês chamam de ETs. Eis o porque de sua grande ligação para conosco”.
Camada de Nuvens — Em seguida, alguém questionou a mesma entidade onde ela estaria naquele momento. “Aqui mesmo, acima de vocês”, foi a resposta. Por reflexo, todos olharam para cima e constataram que havia furo na densa camada de nuvens que cobria toda a região, exatamente sobre onde estávamos. Era um círculo perfeito, através do qual podíamos ver claramente as estrelas acima de nós. Depois de uns 30 minutos, quando a comunicação terminou, as nuvens voltaram a fechar aquele círculo, e a noite tornou-se novamente nublada. Em março de 1994, na cidade de Limeira (SP), repetiu-se situação idêntica e novamente os demais presentes e eu tivemos o que se classificaria como um contato canalizado. Para quem viveu esse tipo de experiência, não há dúvidas de que essas inteligências atuam num plano invisível.
Bola Azul Brilhante — Novos exemplos dessa manifestação, e de outras, aconteceriam para nos mostrar sua existência inequívoca. Durante uma reunião de pesquisas em São Paulo, quando a filha do protagonista do referido Caso Maestro relatava partes fundamentais de sua experiência, uma bola de luz azul brilhante desceu do céu na transversal de onde estávamos, alinhando-se em seguida ao horizonte e se apagando repentinamente, a uns 100 m do local. Pelo menos qua
tro pessoas viram o fenômeno através da janela aberta do 20º andar do edifício em que estávamos. A coincidência é que estas bolas azuis seriam sinais dados pelos seres contatantes, conforme disseram nos anos 70.
Com isso em mente, devemos tentar ampliar a visão comumente aceita de que os UFOs são meramente visitantes interplanetários. Tal fato já seria notável, mas, como diz o ditado, a realidade supera a mais incrível ficção. O matemático francês naturalizado norte-americano Jacques Vallée tem uma visão alternativa que pode auxiliar a análise do Fenômeno UFO em outras direções. “Minhas reflexões me conduziram a uma conjectura diferente dos dogmas aceitos pelas pessoas que crêem em UFOs. Estamos lidando com um nível ainda desconhecido de consciência, independente do ser humano mas intimamente ligado à Terra. Não creio mais apenas em espaçonaves com alguma raça extraterrestre em seu interior. Esta noção é simplista para explicar sua aparência, a freqüência de suas manifestações etc”. Para Vallée, é difícil encontrar uma cultura na Terra que não tenha uma tradição de relatos ligados a seres de pequena estatura, que voam em veículos estranhos e seqüestram humanos.
Essas narrativas, presentes nas histórias de povos de todos os continentes, indicam uma relação com seres não terrestres. “Eles, com freqüência, levam suas vítimas para locais esféricos iluminados e os submetem a operações de órgãos ou a viagens astrais por mundos desconhecidos. A interação sexual e genética entre os raptores e raptados também é comum. Como alternativa para a hipótese extraterrestre pura, proponho considerar o fenômeno como uma manifestação física de uma forma de consciência estranha aos humanos, porém capaz de coexistir conosco na Terra”, finaliza o matemático [Veja artigo em Ufo 90].
Durante 30 anos de pesquisas tenho me questionado se os extraterrestres estariam perfeitamente adaptados à nossa configuração planetária? Porque, diferente do que poderíamos esperar, os ufonautas não aparentam ter problema algum com nossas condições planetárias de pressão, gravidade, temperatura, iluminação e atmosfera. Com sua forma humanóide e raramente usando proteção, passeiam sem grandes incômodos, de inverno a verão, por todas as latitudes terrestres. Já o ser humano, até para ir a Lua, enfrenta grandes problemas e necessita de roupa pressurizada, equipamento respiratório, proteção contra ultravioleta etc. Isso demonstra que, ao sair de seu habitat, o homem estaria exposto a riscos.
A grande maioria dos ETs não é atingida por esses problemas. Nota-se que no máximo em 30% da casuística temos descritos contatos com seres de aparência essencialmente física, tais como aqueles que os contatados acreditam ser oriundos das constelações das Plêiades, de Sirius ou Órion. Essas criaturas, aparentemente, não têm as mesmas restrições que os humanos em suas viagens espaciais. Nos demais casos, parecem ser amorfos ou constituídos de alguma matéria desconhecida de nossa ciência. É como se a estes seres fosse aplicada a proposição de Vallée, de que seriam consciências que coexistiriam conosco, em alguma faixa da multiplicidade dimensional da matéria.
A obsessão pela teoria extraterrestre para os UFOs deve-se em grande parte a Raymond Palmer, falecido em 1977, que foi e editor da bem sucedida e sensacionalista Fate Magazine. Desde a década de 50, a Fate inunda o mercado norte-americano com casos ufológicos misturados com muita ficção sobre seres de outros mundos. Tamanho interesse do público pelo assunto não passou despercebido de Hollywood, que usou seu poderio para explorar o tema com dezenas de filmes de segunda classe. Infelizmente, essas tendências nada científicas ou esotéricas dominaram as pesquisas e influenciam o mundo até hoje. De qualquer forma, independente do sensacionalismo que os filmes hollywoodianos imprimem ao setor, uma análise da casuística nos mostra que há pelo menos sete teorias que buscam explicar a origem dos discos voadores. Algumas precisam ainda ser minuciosamente analisadas e talvez estejam todas intimamente inter-relacionadas [Veja quadro nessa matéria]. Entre as origens propostas por estudiosos temos desde os seres demoníacos aos selenitas, supostamente originários da Lua, dos ultraterrestres aos dimensionais, dos extraterrestres, mais comuns, aos intraterrestres etc. Mas devemos tomar cuidado com esses rótulos e evitar as tendências ao maniqueísmo do bem versus mal quando tratamos da questão.
Roda de Sansara — Esse tema nos prende à chamada Roda de Sansara, para a qual quanto maior o grau consciencial dos seres que nos visitam, mais esses conceitos se desvanecem e uma nova compreensão vai surgindo. Os religiosos norte-americanos John Ankerberg e John Weldon, autores de Protestants & Catholics: Do They Now Agree? [Protestantes e católicos: Agora eles concordam?], apresentam uma conclusão para a Ufologia: “Cremos que a falta de evidência para a hipótese extraterrestre e o fracasso de todas as outras teorias exige que a tese demoníaca não seja ignorada. Ela é sustentada pelos efeitos físicos, psicológicos e espirituais danosos nos encontros com UFOs. Os ufonautas passam uma orientação antibíblica e seu estranho comportamento é igual ao de outros seres do ocultismo”.
Seriam os ETs provenientes das hostes do mal? Grande parte dos pensadores protestantes que lidam com a questão ufológica refere-se a eles dessa forma, inspirados que foram no trabalho do decano investigador John A. Keel, que em seus livros Operação Cavalo de Tróia e Nosso Planeta Assombrado faz um extenso paralelo e correlações da Ufologia com a literatura demonológica e o ocultismo. É de Keel também o livro The Mothman Profecies, que inspirou o filme A Última Profecia [Veja artigo em Ufo 85]. Keel é formador de opinião no assunto, assim como o reverendo protestante Barry Downing, no lado oposto da questão. Em seu livro The Bible and the Flying Saucer [A Bíblia e os Discos Voadores], Downing defende que os UFOs são enviados por Deus e, portanto, trazem os anjos a Terra.
Saindo do âmbito dessa questão maniqueísta, é inegável que a Ufologia esteja permeada de fenômenos e manifestações secularmente espiritualistas, mediúnicas ou religiosas. Classificar, julgar ou rotular as atividades de inteligências não humanas em nosso planeta talvez seja um trabalho impossível. Inúmeros contatos foram benéficos ou maléf
icos a nós, mas esses rótulos perdem os sentidos dentro dos princípios da unicidade e equilíbrio pregados em nossas próprias culturas terrenas do zen-budismo, taoísmo ou hinduísmo. Bryan e Helen Reeve, após entrevistarem dezenas de contatados, afirmam em seu livro Flying Saucer Pilgrimage [A Peregrinação dos Discos Voadores] que “o contato com ETs é feito basicamente através de psicografia, telepatia, mediunidade ou outras formas psíquicas”.
Uma das características mais difíceis de se explicar sobre a materialidade do Fenômeno UFO é a gama de espetáculos que produzem estas naves. Os UFOs fragmentam-se em objetos múltiplos, que aparentam ter inteligências próprias. Mudam de tamanho, assumem variadas formas e cores, atravessam barreiras sólidas e fundem-se num só corpo. Emitem raios de luz flexíveis, desmaterializam-se e tornam-se visíveis, inexplicavelmente. Um exemplo temos no relato da abduzida Helen White, de que a nave que a levou era “maior pelo lado de dentro do que pelo lado de fora”.
Como isso é possível? Vallée acredita que “hipernaves” de origens dimensionais seriam capazes dessa inversão topológica do nosso contínuo espaço-tempo, provocando fenômenos similares. Outro estudioso que se dedicou a essas indagações é o psiquiatra norte-americano Berthold Schwarz, inicialmente um cético quanto ao assunto. Apesar de sua postura rígida, encontrou na Ufologia elementos necessários para quebrar sua visão crítica sobre fenômenos desconhecidos. Ele acredita hoje que a grande maioria dos contatados são pessoas sensitivas, que têm experiências com espíritos ou sofrem com alguma manifestação do tipo poltergeist.
Outra Dimensão — Sobre os ETs, Schwarz declara que existem diversos tipos de visitantes, de todos os tamanhos, formas e cores. “Eles são desde robôs até formas de vida iguais ao homem. Minha opinião sobre o assunto é de que a hipótese de uma outra dimensão é o melhor terreno a ser explorado”. Outros estudiosos compartilham de suas conclusões. Alguns voltaram suas pesquisas propriamente para as transformações que o Fenômeno UFO causa nas pessoas, como é o caso da psicóloga carioca Gilda Moura, autora de UFO: Contato Alienígena. Mas até que ponto vai a transformação interna das pessoas que foram contatadas por aliens? Quer gostemos ou não, tais contatos nos apresentaram profundos questionamentos existenciais.
Eles nos conduziram a uma intensa busca e compreensão da vida no universo – e principalmente a uma busca de nós mesmos. Não existe expansão consciencial sem vivências como as classificadas no campo místico. Dois exemplos disso são notórios: a antiga máxima do Templo de Delfos, “conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo”, e a expressão no Templo de Hórus, “não pare a sua busca, pois teu cansaço representa teu fim”. Através da análise de seu conteúdo compreendemos que todo o conhecimento já está em nossa essência perfeita. Entretanto, para contatarmos essa essência, não podemos prescindir da busca interior. E mais uma vez nos amparamos na casuística ufológica como base de nossas conclusões. No conhecido caso de abdução de Hermínio e Bianca Reis, ocorrido em 12 de janeiro de 1976, um ser supostamente extraterrestre chamado Karran disse: “As dimensões existem e são freqüências vibratórias do universo. Nós e vocês pertencemos a dimensão física (visível) e a espiritual (invisível) na qual fomos criados. Somente com a existência do mundo espiritual o mundo material torna-se possível”.
Filosofia Budista — Em muitos contatos ao redor do globo, os extraterrestres têm simplificado sobremaneira as descrições de sua verdadeira origem, devido à limitação intelectual da grande maioria da população, governos e instituições. Sistematicamente, têm afirmado vir de Vênus, Alfa do Centauro ou das Plêiades, sem que isso seja verdade absoluta. Talvez aleguem ter tais origens porque são localidades mais ou menos conhecidas de nossa astronomia, e por saberem que, na verdade, essa informação pouco mudaria para nós. No campo da metafísica hiperespacial, a Terra, as Plêiades e qualquer outro lugar podem coexistir num só ponto imaterial, onde matéria, tempo e espaço fundem-se de tal forma que nossa física é incapaz de compreender. Talvez a única maneira de buscar um entendimento seja abrir mão de padrões rígidos e leis consideradas imutáveis, utilizando “novos” velhos conceitos das filosofias indo-chinesas.
Os mestres zen-budistas ensinam seus discípulos a quebrarem os princípios da lógica através de koans, diálogos que pretendem modificar conceitos e idéias pré-concebidas. O mestre taoísta Lao Tzu, ensinava que “aquele que busca o conhecimento cresce a cada dia, mas aquele que busca o Tao decrescerá a cada novo dia”. Hoje preocupamo-nos demais com a física, economia, política, informática e somos bombardeados com informações de rádio, tevê e internet. Crescemos muito em conhecimento e tornamo-nos cada vez mais apenas um número, autômatos na massa. Decrescer, para Lao Tzu, era vaporizar o ego, reencontrar a essência encoberta. A consciência ou autoconsciência é então o principal cerne da questão, para facilitar contatos com outras realidades e seres dimensionais, que podem ser a quase totalidade do Fenômeno UFO.
Sua manifestação é tão incompreensível para os padrões normais, que levou a pesquisadora inglesa Jenny Randles a criar a expressão Fator Oz, para descrever os estados alterados de consciência provocados pelo contato com discos voadores. Segundo Randles, naves extraterrestres geram estados similares ao onírico, onde nem tudo é concreto e nem tudo é alucinatório, mas manipulações da mente por inteligências desconhecidas. A abduzida norte-americana Betty Andreasson aprendeu durante seus contatos que a humanidade poderia alcançar níveis mais avançados de consciência se utilizasse com mais afinco a busca espiritual. Em experiências extracorpóreas induzidas pelos alienígenas – as chamadas EECs –, Andreasson descobriu a natureza da vida pela ótica dimensional e soube que há inumeráveis estrelas em diferentes planos de existência . O pesquisador Don Elkins, autor de The Law of One [A Lei Única], recolheu farto material sobre o tema trabalhando com centenas de canalizadores. Elkins concluiu que os contatos ufológicos são basicamente interdimensionais. “O ponto convergente de toda a informação colhida pelas vias ditas místicas ou científicas, se tornou a existência de um universo multidimensional”.
Elkins está correto e a negativa desse simples fato parece ter sido a responsável pela estagnação das pesquisas ufológicas nos últimos 20 anos. A insistên
cia generalizada da hipótese extraterrestre como melhor explicação para a origem dos UFOs precisa ser ultrapassada por modelos mais dinâmicos, que incorporem fatores básicos da ciência. E também por discussões que possam extrapolá-las utilizando técnicas de ampliação da consciência e todo o rico manancial das filosofias antigas. E, afinal, devemos rever os textos do Mahabarata, Bhagavad Gita, Ramayana etc, buscando não somente a materialidade dos vimanas, como já foi bem demonstrado no livro Vimanas: Aeronáutica da Índia Antiga, de David Childress, mas também absorvendo a sabedoria transcendental dessas obras, que podem aflorar nossa capacidade de contatação.
Confederação de Planetas — Existe uma realidade oculta por trás da atividade física inequívoca dos UFOs, que já foi amplamente constatada pela casuística mundial. E apesar da imaterialidade da maioria dos ETs, ainda há entre eles os que têm um corpo físico tridimensional, tal como o nosso. Mas devido ao fato de terem uma paranormalidade muito desenvolvida, aparentemente projetariam seu corpo energético com facilidade, sendo às vezes confundidos com seres do mundo espiritual por alguns médiuns ou sensitivos. Em geral, nossos visitantes não possuem uma religião definida. Muitos dos contatados tiveram a impressão de que seus abdutores acreditam numa espécie de fonte primordial, geradora de toda matéria, energia que existem. Como povos mais espiritualizados, demonstram um enorme respeito pela natureza e pela vida. Isso remonta à tese dos mundos confederados e não confederados, muito propalada e bem visualizada na série Jornada nas Estrelas, de Gene Rodenberry. Segundo um grande número de contatados absorveram de seus interlocutores, durante as experiências que viveram a bordo de naves espaciais, planetas que atingiram um elevado grau tecnológico e espiritual formaram uma espécie de confederação de planetas. Seus integrantes peregrinariam pelo universo, levando informação e auxílio sutil aos povos mais aptos a receber essa ajuda. Seguiriam o preceito da não interferência, o que justifica sua atuação suave e quase neutra. Estes seres não seriam os que realizam as abduções, agindo apenas através da formulação de convites para passeios ou visitas a lugares fora da Terra. Já os não confederados seriam os responsáveis pelas abduções, as experiências físicas e genéticas que ocorrem contra nossa vontade – talvez para resolver seus próprios problemas.
Nesse ponto de nossa discussão, é importante ter em mente que não devemos vincular a tipologia física dos seres que nos visitam com sua natureza, eventualmente boa ou má. Temos o péssimo hábito de julgar as situações apenas a partir das aparências e de gerar generalizações. Assim, muitas vezes caímos no erro de classificar todos os grays como malignos ou todos os nórdicos como benevolentes. É preciso um pouco mais de cautela, pois há vários casos na literatura ufológica em que ambos os tipos trabalham em conjunto. É necessária uma análise cuidadosa de suas atitudes e, principalmente, das energias, sensações e sentimentos que emanam desses seres. É difícil se estabelecer uma linha padrão de conduta para todos os seres, pois mesmo entre eles também há “dissidentes”, que não comungam de certos ideais da espécie. E ainda temos que considerar que podem travestir-se em biótipos agradáveis aos seres humanos para conseguir seus intentos. A grosso modo, podemos definir três tipos distintos de seres em contato com o ser humano terrestre:
Positivos — Seriam os confederados ou todos aqueles que preservam o bem-estar humano, evitando interferir em nosso livre arbítrio. Não teriam bases na Terra, o que para eles já significaria uma atitude invasiva, somente na Lua ou em nossa órbita.
Neutros — Os que teriam projetos que não envolvem necessariamente o ser humano. Eles evitam contatos prejudiciais a nós, mas seus objetivos estão acima do que seja bom ou mal, no nosso entendimento. São indiferentes quanto à nossa presença e podem ter bases em nosso mundo.
Negativos — que parecem ser a maioria de todos os nossos visitantes e utilizam o homem como uma espécie de cobaia biológica. Manteriam bases intramarinas e intraterrestres. Em tese, seriam aqueles detalhadamente analisados nos livros do professor norte-americano David Jacobs, A Vida Secreta e A Ameaça.
Essa é apenas uma das classificações vigentes na Ufologia moderna, mas temerária, pois não temos certeza de quais seriam os reais objetivos de cada uma das espécies em contato conosco. Os chamados positivos ou confederados, apesar de sua natureza benevolente, não hesitam em destruir tudo quanto seja nocivo a ordem natural das coisas. Alguns investigadores acreditam até que várias naves acidentadas na Terra teriam sido abatidas por esses extraterrestres, em confrontos com seres negativos. Inclusive o clássico Caso Roswell, de 1947, seria um desses exemplos. Invariavelmente, os seres negativos acabariam sendo um obstáculo, com seus interesses escusos, à missão dos positivos na Terra, o que geraria tais conflitos.
O polêmico psicanalista austríaco Wilhem Reich acreditava na existência de microscópicas células azuis, que seriam unidades básicas de toda a matéria viva. Para pesquisadores esotéricos, como o diplomata chileno Miguel Serrano, alguns grupos humanos especiais ainda seriam resquícios da existência de seres que teriam tido sangue azul na Antigüidade. Essa seria a origem da lenda de que os reis – certamente considerados pessoas especiais – teriam sangue azul, por serem descendentes diretos de antigos deuses guerreiros. Era o caso de Krishna, cujo sangue teria uma coloração azulada. Existiria então, segundo Serrano, uma chamada “memória de sangue”, que ligaria mais intensamente certos grupos humanos a ETs e impulsionaria uma busca do reencontro, assim como uma resistência contra forças hostis que se instalaram no planeta buscando o domínio e a degradação da humanidade.
Invasão de ETs Negativos — De fato, enquanto vivo, Reich também acreditava que sofríamos uma invasão de ETs negativos. Ele desenvolveu uma arma que chamou de “caça-nuvem”, que teria condições de retirar o orgônio negativo das nuvens e combater os UFOs que nos invadissem. Em 10 de outubro de 1954, uma série de naves luminosas de coloração amarela e vermelha sobrevoaram sua fazenda, no estado norte-americano do Maine, quando conseguiu testar seu projeto. De acordo com declarações, quando focalizados pela arma tubular de Reich, os UFOs perdiam a força, diminuíam a intensidade de suas manobras e fugiam. Em suas anotações, o psicanalista deixou escrito que “naquela noite, pela primeira vez na história, a guerra iniciada pelos espaciais foi rechaçada com resultados bastante positivos”. Reich também acreditava na existência de sere
s positivos, cujas naves, azuis, trariam benéficos à humanidade. Coincidência ou não, UFOs azuis são muito mais raros do que os outros…
O Fenômeno UFO é sem dúvida o maior de todos os desafios que o homem já enfrentou. Ele envolve desde nossa própria origem biológica e espiritual até as concepções de Deus e os mundos celestiais, permeando a ciência, a política e a religião de indagações. É passada a hora de grupos de pesquisa civis, governos, entidades religiosas e instituições militares se unirem numa ampla pesquisa e no redirecionamento de sua energia, com o fito de esclarecer de vez a questão. Estamos centrados numa grande disputa de interesses genéticos e espirituais e lidamos com uma variada gama de seres físicos e dimensionais, que conhecem a mente humana e a manipulam ao seu bel prazer. Não raro conhecem nossa vida atual e encarnações pretéritas. Acessam nosso consciente e inconsciente mesmo quando não estão presentes. E nessa multiplicidade de seres, alguns podem representar perigos à nossa integridade física, psíquica ou emocional – quer por sua conduta, quer por seus experimentos, muitas vezes letais.
A ciência perde muito ao fechar seus olhos diante da nova realidade representada pelo Fenômeno UFO. Precisamos defender nossa espécie de abduções forçadas, de colocação de implantes, de extração de sangue, esperma e óvulos, de clonagens e hibridizações etc. Assim como necessitamos urgentemente contatar, de maneira pacífica, aqueles visitantes que porventura estejam num grau evolutivo superior ao nosso, para que possamos sanar os graves problemas que assolam a humanidade. Ninguém fará por nós o que precisamos fazer, porém qualquer auxílio será sempre bem-vindo. É preciso aprender a agir de maneira sublime, buscando alcançar o grande poder, contribuindo para a construção de um mundo regenerado com equilíbrio, paz e respeito entre todos os seres. Já dizia Mahatma Gandhi: “Fizemos longas e intermináveis viagens, mas quando nos demos conta, estávamos em verdade, todo o tempo, voltando para casa”.
As possíveis origens dos nossos visitantes cósmicos
Uma análise da casuística ufológica nos mostra que há pelo menos sete grandes teorias que buscam explicar a origem dos discos voadores:
Extraterrestres — Esta teoria propõe os ufonautas como seres físicos viajantes de outras estrelas ou galáxias, promovendo pesquisas, coleta de informações e materiais ou mesmo migrando pelo Cosmos.
Intraterrestres — Pressupõe a existência de alguma civilização avançada no interior da Terra ou habitando grandes bolsões subterrâneos ou sob oceanos (intramarinos), coexistindo conosco desde muito antes do próprio Homo sapiens.
Selenitas — Seriam seres habitantes de nosso satélite natural, principalmente do lado oculto da Lua. Estariam limitados a incursões pelo Sistema Solar e arredores, e apenas de longe acompanhariam o desenvolvimento terrestre.
Temporais — Viajantes do espaço-tempo, baseados na Terra ou noutros planetas. Apesar de fazerem intensa pesquisa a nosso respeito, evitam a todo custo uma interferência na história humana, devido a probabilidade de alterarem o curso natural dos acontecimentos com conseqüências inimagináveis.
Ultraterrestres — Também chamados de dimensionais, habitariam o hiperespaço ou dimensões desconhecidas da matéria. Fariam incursões em nosso mundo físico com diferentes intentos, podendo existir em várias realidades ao mesmo tempo, seja em Marte, na Terra ou em Alfa Centauro.
Demoníacos — Seres dimensionais específicos, que trabalhariam no arquétipo do mal, sobrevivendo às custas de energias humanas, que sugariam através de vários meios. Pretendem dominar esse plano de manifestação da existência, através de promessas e/ou ilusões, usando as fraquezas do homem.
Conscienciais — Seriam altas inteligências cósmicas que se manifestariam na Terra a fim de empurrar o ser humano rumo à sua essencial natureza e o despertar da consciência. Estariam associados ao arquétipo do bem e muitas vezes serviram de modelos filosóficos para a formação de religiões. Coexistiriam em todas as realidades dimensionais ou planetárias, sendo verdadeiros “deuses”.
Os ETs simplificam sua origens cósmicas
Em muitos contatos ao redor do globo, os extraterrestres têm simplificado sobremaneira as descrições de sua verdadeira origem, devido à limitação intelectual da grande maioria da população, governos e instituições. Sistematicamente, têm afirmado vir de Vênus, Alfa do Centauro ou das Plêiades, sem que isso seja verdade absoluta. Talvez aleguem tais origens porque são localidades mais ou menos conhecidas de nossa astronomia, e por saberem que, na verdade, pouco mudaria para nós saber exatamente de onde eles vêm. No campo da metafísica hiperespacial, a Terra, as Plêiades e qualquer outro lugar podem coexistir num só ponto imaterial, ou numa vibração de freqüência superior, onde matéria, tempo e espaço fundem-se de tal forma que nossa física é incapaz de compreender. Talvez a única maneira de buscar um entendimento dessa questão seja abrir mão de padrões rígidos e leis consideradas imutáveis, utilizando “novos” velhos conceitos das filosofias indo-chinesas.