Thiago Luiz Ticchetti, entrevistado desta edição, nasceu no Rio de Janeiro. Filho de um oficial aviador da Aeronáutica, morou em Natal, Santa Maria e na capital carioca. Após o falecimento de seus pais, passou seis meses em Addlestone, Inglaterra. Ao retornar ao Brasil, mudou-se para Brasília, onde vive até hoje. Em 1997 assistiu ao I Fórum Mundial de Ufologia, realizado pela Revista UFO na Capital Federal, e foi convidado pelo pioneiro ufólogo Roberto Affonso Beck, ali presente, a ingressar na Entidade Brasileira de Estudos Extraterrestres (EBE-ET). A partir daquele convite, diz Ticchetti, “a Ufologia começou a fazer parte da minha vida. Realizei vigílias, pesquisas de casos, pesquisas de campo, o que foi muito importante para o meu crescimento como ufólogo e pessoa”. Por mais de dez anos participou ativamente do grupo, chegando a ser seu vice-presidente. No que tange à pesquisa de campo, Ticchetti salienta com muita propriedade como a situação deixa muito a desejar na atualidade: “São poucos os ufólogos que vão a campo, entrevistam testemunhas e coletam evidências. É muito mais confortável ‘investigar’ um caso no conforto do seu lar”.
É articulista da Revista UFO desde 1997, exercendo hoje a função de coeditor, após ter iniciado na publicação como tradutor e depois passado a consultor e atuado também como coordenador internacional. É responsável pela coluna mensal Casuística Ufológica e já escreveu dezenas de artigos para o veículo. Em especial, entrevistou para a revista inúmeros ufólogos nacionais e internacionais, alguns deles os maiores pesquisadores da Casuística Ufológica Mundial, como Phillip Mantle, David Jacobs, Kevin Randle, Nick Redfern, Steven Bassett, Carlos Ferguson, Stanton Friedman, Nick Pope, Jerome Clark, Graham Birdsall e Wendelle Stevens, para citar apenas alguns. E sua produção ufológica não para aí.
Vasta produção
É autor dos livros Quedas de UFOs: Casos Confirmados de Acidentes com Discos Voadores e Resgates de Seus Tripulantes em Todo o Mundo [Coleção Biblioteca UFO, 2002], Guia da Tipologia Extraterrestre [2014], Quedas de UFOs II [2015] Guia da Tipologia dos UFOs [2017], Arquivos UFO: Casos Ufológicos — Volumes I, II e III [Editora Conhecimento, 2018], Universo Insólito: Livro de Bordo — Parte 1 [Clube de Autores, 2015] e Universo Insólito: Livro de Bordo — Parte 2 [Clube de Autores, 2015] e UFO Contacts in Brazil [Flying Disk Press, 2019]. É o único pesquisador brasileiro a ter artigos publicados pela revista inglesa UFO Matrix e foi pioneiro na publicação de um artigo sobre contatos de pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) com UFOs, na revista inglesa UFO Truth Magazine, da qual também é colunista.
Tão extensa produção é possível, em grande parte, porque ele sabe que pode contar com o apoio da família, “que entende o quanto esse assunto é importante para mim, o que me faz feliz”. O pesquisador é casado e pai de um casal de filhos. Formado em administração de empresas pela Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal (AEUDF), Ticchetti é o atual coordenador da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), assistente do diretor nacional da Mutual UFO Network (MUFON) no Brasil e pesquisador de campo certificado pela mesma entidade, onde trabalha ao lado do editor A. J. Gevaerd, diretor nacional da MUFON.
A entrevista a seguir contou com perguntas enviadas por membros da Equipe UFO ao entrevistado, entre eles os consultores de Alexandre Ito, Cláudio Brasil, Van Ted, Cláudio Iatauro, Pedro Macchion, o conselheiro especial Carlos Odone Nunes e os administradores de nossos grupos no WhatsApp, Marcelo Izabo e Warni Eckert. Nela Thiago Ticchetti responde a perguntas sobre variados temas dentro da Ufologia, o que dará ao leitor a oportunidade de conhecer sua postura séria e suas opiniões vibrantes, que lhe permitem transitar entre os diversos focos da nossa disciplina.
Thiago, você começou ainda adolescente sua carreira na Ufologia, primeiro como tradutor voluntário da Revista UFO, passando logo a consultor, depois a conselheiro especial e agora é coeditor da publicação, enfim, você é hoje um dos mais importantes ufólogos brasileiros. Como foi toda esta trajetória? Na verdade, eu comecei como leitor da UFO. Quando aprendi a ler e a escrever, lia revistinhas em quadrinhos de super-heróis e revistas ufológicas, como Planeta e outras publicações do gênero. Entre essas revistas eu tinha algumas publicações anteriores à UFO, como PSI-UFO e Temas Avançados. Quando a UFO surgiu eu não conseguia comprar todas as edições, pois sua publicação não era regular e era difícil encontrar nas bancas. Meu pai, que foi tenente-coronel aviador da Aeronáutica, gostava muito do assunto. Sempre que ele arrumava o armário, eu via o livro Eram os Deuses Astronautas?, do Erick von Däniken [Melhoramentos, 1973]. Eu folheava com grande curiosidade e meu pai viu meu interesse. Então, ele me deu o livro e ainda me comprou o OVNI e as Civilizações Extraterrestres, de Guy Tarade [Hemus, 1973].
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