As explosões de rádio rápidas (FRBs) são sinais que duram apenas alguns milissegundos, mas podem conter tanta energia quanto o nosso Sol produz em quase um século. Mais de 50 foram vistas no espaço desde que descobertas em 2007, mas ainda não sabemos o que as causa.
Os cientistas estimaram anteriormente que essas explosões misteriosas vêm de galáxias a bilhões de anos-luz da Terra, o que dificulta o estudo. No entanto, os pesquisadores australianos recentemente foram à caça da galáxia hospedeira de uma dessas explosões, a FRB 171020, apenas para descobrir que ela se originou de uma fonte curiosamente próxima da Terra.
A nova pesquisa, liderada pelo Instituto Nacional de Ciência da Austrália [Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation, CSIRO], revelou 16 galáxias candidatas a serem as hospedeiras dessas RFRBs. Com a ajuda do Australia Telescope Compact Array, este novo estudo destaca que ele pode ter se originado em uma galáxia conhecida como ESO 601-G036.
A Galáxia ESO 601-G036 também tem uma taxa de formação de estrelas e abundância de oxigênio similar a outra galáxia onde sabemos que as FRBs poderiam ocorrer. Para efeito de comparação, trata-se de uma galáxia anã a 3 bilhões de anos-luz da Terra, enquanto a ESO 601-G036 está a meros 120 milhões de anos-luz de distância. Então, aquela galáxia pode parecer uma candidata bastante improvável, porque não apresenta as constantes emissões de rádio de baixo nível vistas nesta galáxia.
Assim como qualquer fenômeno que não é amplamente compreendido no espaço, há suposições de que as FRBs são mensagens de civilizações extraterrestres ou balizas de uma espaçonave alienígena interestelar. Certamente não é impossível, no entanto, uma possível explicação científica é que elas são a “franja” de uma colisão entre objetos muito densos, como a fusão de buracos negros ou estrelas de nêutrons. Alternativamente, elas podem ter surgido de uma supernova especialmente energética. No entanto, se os cientistas puderem descobrir com mais precisão onde essas FRBs se originaram, a esperança é que eles possam descobrir o que as está causando.
Veja o estudo feito pela Universidade de Cornell, New York – Uma busca pela galáxia anfitriã das FRB 171020
Fonte: newscientist.com Tradução : Luciano Vidotto
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