Muito se fala atualmente sobre a Ufologia não avançar ou não mais trazer novidades. A questão é polêmica e vem repercutindo nos bastidores da comunidade ufológica há algum tempo. Até ufófilos levantam a questão, alegando que a casuística é sempre a mesma coisa, que não evolui etc. Apesar de nosso país – possivelmente em razão de sua extensão – ser um dos mais visitados pelos UFOs, a França, os Estados Unidos e a Bélgica demonstraram sempre estar a nossa frente em matéria de pesquisas, teses e monografias sobre o assunto. Alguns pesquisadores, depois de razoável progresso, chegaram a mudar de idéia, como podemos perceber na Ciência cartesiana, quanto à maioria das teorias sobre a origem dos alienígenas.
Um deles, muito conhecido no meio ufológico, demonstra nitidamente uma mudança de idéia em seu livro Confrontos. Trata-se do renomado ufólogo e astrofísico Jacques Vallée. Ele a princípio aceitava a teoria de origem desses seres como oriundos de mundos alienígenas. Atualmente, embora aceite que o fenômeno extraterrestre ainda tenha sua origem algures, Vallée ampliou seu ponto de vista para considerá-lo como possivelmente natural de dimensões paralelas, próximas de nós. Afinal, todos evoluímos e nossas novas percepções do Universo modificam nossas opiniões.
O que dizer então de nossa capacidade científica de aferição da verdade se, por ventura, nosso instrumento para reconhecê-la é uma ciência que ainda engatinha em seu berço? Não fossem somente as barreiras econômicas e intelectuais que enfrentamos, ainda nos defrontaríamos com inúmeros outros obstáculos. Aliás, a origem dos tripulantes de UFOs é uma incógnita que repercute há muito nos meios ufológicos. Neste artigo não nos preocuparemos com ela, mas com o porque e como os ETs possivelmente agem. Longe de estarem aqui as respostas finais para estas questões, este texto propõe uma modesta opinião sobre as muitas vertentes que, não raramente, ao serem expostas, abalam a opinião pública e intrigam os pesquisadores. Penso que entender as inteligências alienígenas não seja tão simples como possa parecer. Apesar de nossa evolução tecnológica até o momento, mal compreendemos a totalidade da inteligência humana ou mesmo a de animais de laboratório. Quiçá poderíamos entender a de alienígenas desprovidos de costumes e parâmetros éticos e morais para os quais, obviamente, dificilmente teríamos referenciais comparativos.
Mesmo nossos próprios valores humanos são discutíveis em suas inconstâncias. Valores que em sua dinâmica oscilação afetam tanto nossa percepção e orientação para com nós mesmos, como espécie, quanto com o Universo exterior. Figurativamente, estes valores parecem permanecer em uma balança que ora tende para um lado, ora para outro, dependendo da conveniência temporal, econômica, política etc. Essa conveniência demonstra que hoje não é um ato social legítimo roubar ou matar, mas, em época de guerras, o ponto de vista das massas se modifica (seja por patriotismo ou autodefesa) e o genocídio é sancionado pelo Estado como um ato legítimo. Então, assim, inverte-se totalmente a moralidade vigente das épocas de paz. A necessidade seria a mãe da imperfeição.
Imaginação Necessária — No tocante ao Fenômeno UFO, a observada falta de lógica em atitudes ou comportamentos por parte dos tripulantes dos UFOs sempre é e será questionada por críticos ou ufófilos. Alguns desses últimos se aproveitam dessa aparente ilogicidade, assim percebida por nós, para tentar malograr a veracidade de alguns casos. O que semeia ainda mais desinformação em um tema já complexo e polêmico. Assim, convido o leitor a expandir seus horizontes, para que, através da imaginação, consiga visualizar o que pretendemos demonstrar aqui. Se não se interessar em fazê-lo, então não há como estudar o fenômeno, pois mesmo a Ciência que predomina atualmente inicia-se na imaginação para formular suas teorias. Isso não pode ser negado, pois é fato. As constantes visitas desses seres à Terra vêm demonstrar um lógico interesse por nossa raça. Seus costumeiros exames, observações e mutilações são uma incógnita que muitas vezes perturba o pesquisador mais afoito ou menos informado. Afinal, por que eles vêm constantemente fazer a mesma coisa há tanto tempo? Muitos investigadores alegam que o trabalho dos alienígenas seria o de observar a evolução de nossa espécie. Outros, que estariam buscando uma forma de voltarem a se reproduzir, pois seriam produtos clonados. Alguns acreditam que temos uma profunda ligação genética com esses seres e que nosso planeta não seria mais do que um enorme laboratório alienígena – do ponto de vista deles, é claro. Esse é nosso profundo dilema.
Em todas as nossas ciências, trabalhamos com suposições, hipóteses e teorias que podem ser refutadas. A verdade absoluta, como gostariam alguns, não existe! É um conceito humano e mutável em muitos aspectos. Temos o costume social de achar que tudo deve ter um significado lógico, pender para um lado ou para outro, direita ou esquerda, preto ou branco, certo ou errado. Mas, e se não for assim? Nossos costumes não são necessariamente os costumes de inteligências algures. Nem poderiam. Aceitar a existência de vida lá fora é uma coisa, mas querer que seja exatamente igual a nossa, permitindo um completo entendimento lógico e formal entre ambos, como nos demonstram os filmes de ficção científica, é muito diferente. Não é apenas o conceito de linguagem que está em evidência. Mas o conceito de sentido de linguagem, símbolos outros que não são universais. Até uma comunicação telepática, supondo que seja viável, seria limitada no entendimento, visto que a comunicação teria muitos referenciais alienígenas para as origens de ambas as espécies.
Ciência da Complexidade — Muitos dos nossos costumes, por exemplo, não teriam sentido para uma inteligência alienígena. Podemos citar o esporte e outras de nossas expressões culturais como o futebol, carnaval, beisebol ou futebol americano, a religião, a economia etc. Seria uma lista interminável de manifestações culturais e sociais que o homem desenvolveu à medida que evoluía sua natureza, em alguns aspectos. Dentro dessa evolução, também surgiram várias
formas de pensamento que revolucionaram a nossa História, influenciando mentes e proporcionando novas expressões do julgamento, idéias e descobertas.
Algumas destas correntes de pensamento, entretanto, mesmo fazendo parte da maioria dominante, intuíram que nem todas as respostas estavam embutidas ali. Havia mais. Para muitos, o físico norte-americano Fritjof Capra seria aquele que teria revolucionado a história das ciências a partir da década de 90. Para outros, seria Edgar Morin. Eles surgiram com conceitos de idéias que já vinham sendo amadurecidas por outros pensadores, e derrubaram certos tabus que impregnavam nosso conhecimento. Com o livro de Capra, Ponto de Mutação, editado no Brasil pela Editora Pensamento e também lançado em vídeo nas bancas, esta revolução científica mexeu com as estruturas até então dominantes, deixando muitos físicos teóricos, até hoje, de cabelo em pé. Em sua obra A Teia da Vida, de 1996, Capra nos lembra que, em 1970, Sidney Brenner, um dos principais biólogos moleculares, fez comentários reflexivos, colocando dúvidas e questionamentos científicos em evidência – mas os mesmos ainda não teriam sido totalmente compreendidos. Considerou também que as respostas a esses questionamentos deveriam ser buscadas em outra linguagem, que recebeu diferentes denominações: teoria dos sistemas dinâmicos, teoria da complexidade, dinâmica não-linear, dinâmica de rede etc.
Esta teoria nos propõe uma mudança de paradigma, na qual a visão de mundo mecanicista muda para uma visão de mundo ecológica, uma visão unificada da mente, da matéria e da vida. As soluções dos problemas ou respostas aos questionamentos de Brenner estariam interligadas a outros, formando o que Capra denomina de problemas sistêmicos, demonstrando que as soluções não podem ser encontradas isoladamente. Sugere também que elas só poderão ser descobertas se mudarmos nossas percepções, pensamentos e valores. Essas soluções devem ser sustentáveis, ou seja, devem satisfazer necessidades sem diminuir as perspectivas de gerações futuras. A visão holística de mundo o concebe como um todo integrado e não mais como partes separadas. Ainda assim, a chamada visão ecológica é mesmo considerada mais ampla que a holística. Na realidade, o autor encara a primeira como a visão geral do todo, que chega a absorver em si mesma a visão holística, a qual, na verdade, faria parte dela. Seu exemplo de uma bicicleta é muito bem colocado. Enquanto a visão holística consegue ver a bicicleta como um conjunto de peças interligadas, para que estas trabalhem unidas, a visão ecológica também vê as peças inter-relacionadas e somando-se aos motivos pelos quais elas foram feitas, por quem, como, de que material etc. Ou seja, a visão ecológica, em sua abrangência e inter-relações, é uma percepção muito mais ampla e completa.
Na questão da compreensão do Fenômeno UFO, o princípio das visões acima também se aplicaria, já que, segundo Joseph Allen Hynek, a pesquisa ufológica estaria visualizando apenas os abduzidos, UFOs, casos e conspirações como peças avulsas de um enorme quebra-cabeças. Caso em que a abrangência de uma visão ecológica como a descrita acima, diferentemente, talvez pudesse nos dar respostas mais amplas e completas para esse enigma, ao se ampliá-lo para o estudo de suas inter-relações. De volta à visão mecanicista, a perspectiva da Biologia mecanicista também, curiosamente, já trazia em seu bojo novas descobertas e questionamentos que iriam facilitar o surgimento da Biologia organísmica ou organicismo. Aqui também surgiu o vitalismo, que durante muitos anos disputou seu lugar na Ciência com o mecanicismo. Os vitalistas acreditavam que uma força, entidade ou campo não-físico deveria ser acrescentado à Física e à Química para que seres vivos pudessem ser devidamente compreendidos – isto é, em sua totalidade física e extrafísica.
Já os biólogos organísmicos, por sua vez, afirmavam que tais respostas estariam, sim, nas relações desorganizadoras, e seria através delas que se compreenderia a vida. O embriologista alemão Hans Driesch realizou uma descoberta revolucionária que se opunha à visão da Biologia mecanicista. Destruiu uma das células reprodutoras de um ouriço-do-mar, quando esta estava em processo de meiose – divisão de célula no momento de reprodução –, e percebeu que a célula restante também continuava seu papel, reproduzindo ao final do ciclo um novo ser (de tamanho reduzido, mas completo). Das células desses seres menores, Driesch repetiu o experimento e a reprodução da segunda geração voltou a se refazer, como da primeira vez. Diferentes das máquinas, os organismos vivos conseguem regenerar suas partes.
A Nanotecnologia e os UFOs — O mais próximo que o homem chegou até o momento de deslumbrar estes conceitos ainda está no campo da especulação teórica. Trata-se da nanotecnologia, a qual se propõe a invenção do “Montador Universal”. Ele seria uma máquina molecular que constrói máquinas moleculares. Guiado por um nanocomputador e programado com fitas de computador, um montador usará moléculas como matéria-prima e as transformará em estruturas úteis. “O montador será para o processamento de matéria o que o computador é para o processamento de dados: um dispositivo genérico que fará tudo o que for programado. Dentro dos limites da Física e da Química, um montador será capaz de construir quase tudo”, afirma o pesquisador de nanotecnologia Christopher Lampton.
A princípio, a nanotecnologia pode ser visualizada em filmes de ficção científica, como as séries televisivas de Jornada nas Estrelas, em que os alienígenas Borgs a utilizam, e Cruzade, quando uma raça desconhecida utiliza este conceito como se fosse magia. Retornando mais um pouco no tempo, mais precisamente no início do século XX, os biólogos organísmicos, através de Ross Harrison, mudaram o termo função para organização, denotando-se aqui uma mudança do pensamento mecanicista para o pensamento sistêmico. O bioquímico Lawrence Henderson foi o pioneiro na criação do termo sistema, que pode ser adotado tanto para organismos vivos, quanto para sistemas sociais. Desse ponto em diante, Capra coloca que surge o pensamento sistêmico que compreende um contexto de um todo maior. A palavra sistema deriva do grego synhistanai, ou seja, colocar junto. O biólogo Joseph Woodger chama a atenção para uma rede de sistemas interligados, em que cada subsistema forma um todo e esse último faz parte de um todo ainda maior. São sistemas vivos vivendo dentro de sistemas vivos. Os níveis de complexidade diferenciam-se à medida que descemos um nível. O sabor doce não existe no nível atômico, onde as moléculas de carbono, de oxigênio e n
itrogênio o constituem. Também a temperatura não terá significado no nível atomico, e assim por diante.
Pensamento Sistêmico — As propriedades essenciais de um organismo são propriedades do todo e não estão presentes em apenas uma parte. Elas surgem através das inter-relações das partes. Se isolarmos uma parte, destruímos as propriedades essenciais de um organismo. Na década de 20, o filósofo C. D. Broad denominou essas propriedades de emergentes. O pensamento sistêmico é contextual, ou seja, as propriedades das partes só serão compreendidas a partir de uma organização do todo. E isso é o oposto do pensamento analítico, que acredita que o todo pode ser compreendido se analisadas suas partes. “O pensamento sistêmico, que entende por sistema tanto um organismo como um sistema social ou um ecossistema, vê a realidade a partir de relações e integração. Dá ênfase aos princípios básicos de organização, pois vê os sistemas como totalidades integradas, que só podem ser entendidas a partir de relações, conexões e contextualização”, afirma a estudiosa Iria Zanoni Gomes.
Segundo ela, deve-se pensar em termos de rede de relações, pois sistemas não são estruturas rígidas, apesar de demonstrarem alguma estabilidade. As relações ou redes sistêmicas se realimentam, pois são sistemas abertos. Ora, a complexidade ainda é uma ciência nova que está sendo estudada e analisada por vários estudiosos. Nem todos a aceitam, como, aliás, nem todos aceitaram com facilidade muitas teorias no passado que ainda hoje são questionadas por alguns.
ETs utilizam a extrema complexidade que envolve o Universo. Se com nossa tecnologia avançada e mentes brilhantes ainda temos muito que descobrir ou inventar, imaginem uma raça alienígena que poderia estar milhares ou milhões de anos a nossa frente. Fica até difícil imaginar tal situação, pois mal conseguimos digerir e compreender nossas descobertas tão atrasadas em comparação às manobras dos UFOs e suas intenções desconhecidas. Se algum grupo de alienígenas mais evoluídos não apenas compreende ou aceita a complexidade, mas ainda a domina a ponto de manipular o que chamamos de destino – que para Capra seria a teoria sistêmica –, não seria improvável que modificassem sutilmente alguns fatos imperceptíveis para nós ou abduzissem pessoas-chave, de forma que a História evolutiva corresse de acordo com planos traçados ou supostamente elaborados adiantadamente por eles.
Esse domínio do conhecimento através da teoria sistêmica também seria apenas uma parte de um todo maior, que poderia incluir, para nós, fatores que ainda nos seriam impensáveis ou macro fatores determinantes dentro do plano evolutivo de nossa espécie e do Universo, os quais estariam interligados como uma rede. Planos prevendo conseqüências adjacentes, buscando o aprimoramento de raças, ou seja lá o que for. Marionetes sendo manipuladas? Talvez, mas não no sentido de controle absoluto, e sim no sentido de sutil condução, orientação e reorientação, a ponto de moldar e pavimentar avenidas de evolução de uma maneira ou de outra, sem infringir nosso livre-arbítrio. Ou ainda, diretamente, alterar externa e arbitrariamente a nossa História.
Enquanto os ufólogos estariam sempre batendo na mesma tecla por anos a fio, tentando provar a existência de visitantes alienígenas, estes, por sua vez, estariam cumprindo seu papel no jogo da teoria sistêmica deles próprios, fazendo exatamente o que fora planejado. O que talvez modifique esse jogo seja a Humanidade se dar conta do que vem ocorrendo ao seu redor. Aprender, compreender e também saber manejar a teoria sistêmica, para não depender mais da tutoria alienígena. Se é que esse também não seja um dos seus propósitos, ou seja, a nossa autocapacitação individual e coletiva e a independência humana de poderes externos. Isso sugeriria o próximo estágio de evolução do homem, uma espécie cuja soberania seria individual, espiritual, social e planetária. Se não, o que fazer? Sentar e deixar a vida correr, fingindo que nada acontece e continuar a viver indiferente ao que ocorre lá fora? Ou admitir uma realidade que possa fazer parte de nossas vidas, queiramos ou não? Particularmente, prefiro a última, pois pelo menos não finjo falsidade ideológica.
Longe da perfeição, o homem ainda não é capaz de imitar a natureza. De qualquer forma, ciências especulativas para os humanos já seriam dominadas por seres tecnologicamente superiores e poderiam estar sendo utilizadas por eles. Já se sabe que muitos abduzidos carregam em seus corpos minúsculos implantes que denominamos chips. Esses artefatos poderiam ser apenas um indício de que estaríamos fazendo exatamente o que eles almejam, ou seja, descobri-los através de suas evidências, pois sua tecnologia poderia, há muito, ter alcançado o que apenas teorizamos. Sendo esse o caso, poderiam nossos visitantes estar utilizando, se o quisessem e para propósitos ocultos, a nanotecnologia invisível a olhos nus ou a equipamentos de detecção. Mas, ao contrário, eles têm permitido que as evidências desses chips sejam, curiosamente, detectáveis.
Esta mesma tecnologia também poderia estar sendo utilizada para a confecção dos UFOs, o que, segundo testemunhas e abduzidos, explicaria a aparente ausência de equipamentos dentro desses objetos, seus cantos arredondados, a falta de parafusos ou emendas visíveis, a luminosidade difusa vinda do nada ou do todo (saindo das paredes) etc. De qualquer forma, se eles estão utilizando a teoria sistêmica, e mesmo que a Humanidade alcance tal conhecimento, ainda assim é possível que Capra tenha razão quando coloca que esta hipótese almeja um todo, incluindo aqui o conhecimento dos ETs e o nosso, onde, mais uma vez, todos sejamos peças interdependentes de uma enorme e infindável rede de interligações.
Segundo Capra, na ótica da teoria sistêmica, os organismos vivos, mesmo que simples, como uma bactéria ou uma ameba, possuem a aptidão de perceber mudanças no ambiente, denotando cognição que inclui a linguagem, o pensamento conceitual e todos os outros atributos da consciência humana. “No entanto, a concepção geral é muito mais ampla e não envolve necessariamente o pensar”, escreveu o autor. A autoconsciência é uma propriedade exclusivamente desenvolvida nos animais superiores, e particularmente da mente humana. Porém, sendo a mente um modelo de organização, a consciência pode estar presente até em uma simples célula. Naturalmente, existiriam aqui diferenças de complexidade, mas esse raciocínio leva-nos à especulação de que existe uma mente coletiva ou consciência coletiva, a qual, onipresente, dentro do macro – na visão ecológica –, só poderia ser um aspecto da consciência cósmica.
Atratores, Abduzidos e Contatados — Mas como ficariam os abduzidos e contatados nessa história? Na teoria sistêmica há um termo que seria adequado às pessoas que, de alguma forma, interferem ou influenciam a opinião pública – mesmo que sutilmente. Elas poderiam ser chamadas de atratores ou atratores estranhos. São aqueles que nos permitem perceber a distinção entre comportamento caótico e comportamento aleatório. Os atratores são estados nos quais o sistema, dependendo de suas propriedades, eventualmente se fixa. Lewin, em seu livro Complexidade – A Vida no Limite do Caos, de 1994, exemplifica um atrator comparando uma pessoa solta em um mar virtual, onde existem vários redemoinhos, ou atratores, que levariam essa pessoa aleatoriamente para uma determinada direção, influenciada naturalmente por vários fatores naturais ou mesmo artificiais.
“Os atratores estranhos (caóticos) são formas geradas a partir do caos, que é determinista e padronizado, embora aparentemente desorganizado. Quer dizer: embora um sistema caótico seja governado por equações determinísticas, é impossível prever com exatidão onde a trajetória do atrator passará, porque os sistemas caóticos apresentam uma extrema sensibilidade às condições iniciais, pois pequenas mudanças no início do sistema geram variações em grande escala”, afirma a já citada pesquisadora Iria Zanoni Gomes. Isso ocorre porque nunca daremos conta de todas as condições iniciais. Nesse caso, os atratores estranhos poderiam ser os abduzidos e contatados que, sem querer, ou mesmo sem ter consciência disso, realizam modificações aparentemente aleatórias, mas de alguma importância para os alienígenas no desenvolvimento de nossa consciência de massa planetária e de nossa História.
Atualmente, para nós, essas mudanças são imperceptíveis. Mas como o bater de asas de uma borboleta, na somatória das inter-relações aqui discutidas, o resultado final que vislumbraremos pode ser de grandes e significativas proporções. Assim sendo, podemos dizer sem receio que chegamos à conclusão de que algumas raças alienígenas poderiam estar utilizando nanotecnologia e a manipulação da teoria sistêmica através de atratores estranhos, para alcançar algum fim em nosso planeta. Essa meta cabe a nós mesmos descobrir qual seria, pois o instrumento necessário para isso – a ciência da complexidade – já está a nossa disposição. Só precisamos expandir mais nossa visão, sem medo de deixar para trás sistemas de conhecimento obsoletos e, no desdobramento do novo, descobrir como fazê-lo…
Mudança de percepções e valores
O físico Fritjof Capra, autor de O Tao da Física, propõe uma mudança de paradigma na qual a visão de mundo mecanicista dá lugar a uma visão de mundo ecológica, que unificaria mente, matéria e vida. Capra denomina essas relações de problemas sistêmicos e demonstra que as soluções não podem ser encontradas isoladamente. O físico sugere que elas só poderão ser descobertas se mudarmos nossas percepções, pensamentos e valores, e garante que essas soluções devem ser sustentáveis, ou seja, devem satisfazer necessidades sem diminuir as perspectivas de gerações futuras.
Evidências confirmam o Chupacabras
por Equipe UFO
Carlos Alberto Machado integra a comunidade ufológica há 28 anos. Pro-fundo conhecedor das ciências humanas e parapsicológicas, é autor de uma das mais importantes obras da literatura especializada: Olhos de Dragão – Reflexões para uma Nova Realidade, publicada pela Editora Fenômeno. O livro relata diversos casos de mutilação de animais que se iniciaram em Porto Rico e México e, posteriormente, se espalharam pelo Brasil. A partir de narrações e questões que desafiam o senso comum e a Ciência, Machado iniciou um extenso trabalho baseado em pesquisa de campo, que durou de maio de 1997 até dezembro de 1999, além de pesquisas documentais e consultas a arquivos de alguns investigadores. O autor ainda teve acesso a casos porto-riquenhos, mexicanos e espanhóis, sempre contando com a colaboração de pesquisadores internacionais.
Em suas análises sobre o Intruso Esporádico Agressivo (IEA), sigla que considera apropriada para definir o Chupacabras, pela ausência de identificação popular com o primeiro nome, Machado apresenta detalhes minuciosos do fenômeno que foi considerado o mito do século. Discorre sobre as técnicas de ataque às vítimas e como é a ação dos predadores, sejam animais ou seres humanos, e ainda resgata informações sobre seitas religiosas que mutilam ou matam animais durante seus rituais.
O livro tenta responder a questões que espantam veterinários experientes, como por exemplo a origem de uma substância verde e gelatinosa encontrada em inúmeros casos ocorridos em diferentes pontos geográficos. As análises só conseguiram dizer que se tratava de “substância de origem animal, desconhecida”. Olhos de Dragão é um livro interessante, principalmente para aqueles que compartilham a premissa de que nunca se deve duvidar daquilo que ninguém tem certeza. O livro pode ser obtido escrevendo-se diretamente ao autor, no endereço ao fim de seu texto.