A polêmica quanto aos documentos Majestic 12 existe na Ufologia desde 1984, ano em que o pesquisador Jaime Shandera alega ter recebido um filme via correio. Revelado, seu conteúdo era composto por oito páginas de documentos aparentemente oficiais. Eles descreviam como o governo norte-americano, após o Incidente de Roswell, pôs em andamento a Operação Majestic 12, um comitê secreto formado por ordem do presidente Harry Truman em 1952, a fim de acobertar e estudar a tecnologia alienígena obtida em Roswell, em 1947, e como lidar com a realidade da vida extraterrestre.
O comitê era composto por alguns notáveis cientistas, militares e funcionários do governo, cujos nomes eram: Roscoe H. Hillenkoetter, Vannevar Bush, James Forrestal, Nathan Twining, Hoyt Vandenberg, Detlev Bronk, Jerome Clarke Hunsaker, Sidney Souers, Gordon Gray, Donald Menzel, Robert M. Montague e Lloyd Berkner. Shandera, trabalhando ao lado de Bill Moore e Stanton Friedman, receberam depois mensagens anônimas que os levaram a encontrar o Memorando Cutler/Twining em 1985, por meio de pesquisas nos Arquivos Nacionais dos Estados Unidos. Tanto este papel quanto os anteriores foram logo apontados como fraudes, inclusive por outros ufólogos, porém o trio manteve sempre a convicção de serem legítimos.
Em um artigo publicado no site The UFO Chronicles em 30 de junho último, Kevin Randle e Barry Greenwood descrevem uma longa lista do que alegam ser inconsistências nos documentos. Também acusam Moore e Friedman de nunca terem revelado o envelope dos Correios no qual o filme original foi postado, que poderia pelo menos revelar a localização do remetente. Outra séria acusação reside no formato das datas, que nos documentos do governo norte-americano, entre os anos 40 e 50, era 2 Março 1948. O cético e negador sistemático Philip Klass apontou que nos documentos MJ12 o formato é 07 Julho, 1947. O zero e a vírgula aparecem da mesma forma em textos de William Moore, por alguns acusado de ser o autor da fraude.
STANTON FRIEDMAN DEFENDE AUTENTICIDADE DOS DOCUMENTOS
Do trio original de pesquisadores ligados ao assunto, Shandera e Moore deixaram de aparecer publicamente. Porém, Stanton Friedman permanece como um aguerrido defensor dos documentos. Entre seus argumentos, afirma ter contatado a Livraria Truman e obtido contato com George Elsei, auxiliar do então presidente, a quem perguntou se via sinais nos documentos de que os mesmos eram fraudulentos. Stanton garante que Elsei respondeu não. O veterano pesquisador também questionou, caso algo como Roswell acontecesse, se Truman não apontaria os integrantes do comitê. Elsei novamente respondeu não.
A respeito da Caixa 189, a pasta nos Arquivos Nacionais onde o Memorando Cutler/Twining foi encontrado, Stanton obteve dos funcionários dos Arquivos Nacionais a resposta de que a mesma foi manipulada, antes de Moore e Shandera encontrarem o memorando, por somente uma equipe de 4 pessoas responsáveis pela revisão da classificação dos papéis. Stanton reconheceu que existem muitos documentos fraudulentos circulando no meio ufológico e por fim desafiou Kevin Randle, Barry Greenwood e Alejandro Rojas para um debate sobre a legitimidade dos documentos. Propôs que este seja realizado no Internacional UFO Congress (IUFOC), que ocorrerá no Arizona, em fevereiro de 2015. Rojas aceitou o desafio, porém disse que a programação do congresso está fechada, sugerindo que o embate seja realizado na emissora de rádio online do site Open Minds. A polêmica ainda está longe de terminar.
Visite o site de Stanton Friedman
Confira as ressalvas quanto ao MJ12, em inglês: link 1, link 2, link 3, link 4
Os documentos secretos Majestic-12: fraude ou terrível realidade?
Majestic-12: conspiração ufológica ou um verdadeiro Watergate cósmico?
Quarto dia de conferências do II UFOZ 2013
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Saiba mais:
Livro: Terra Vigiada
Terra Vigiada não é um livro comum, mas um verdadeiro dossiê fartamente documentado que comprova que inteligências extraterrestres observam e monitoram nossos arsenais atômicos. O livro contém dezenas de depoimentos prestados por militares norte-americanos que testemunharam a manifestação de discos voadores sobre áreas de testes nucleares, nas décadas de 40 a 70, comprovando que outras espécies cósmicas mantêm nossas atividades bélicas sob severa e contínua vigilância. Hastings vai mais além e mostra em Terra Vigiada que não é incomum discos voadores interferirem nos experimentos de lançamento, muitas vezes inutilizando as ogivas nucleares a serem detonadas, ou sobrevoarem silos de mísseis armados.