Termina a missão Cassini em Saturno

Com mergulho na atmosfera do gigantesco planeta foi eliminado o risco de a nave cair em uma de suas luas que podem abrigar vida extraterrestre

Equipe UFO

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Em 19 de julho de 2013 a Cassini obteve esta foto da Terra pouco abaixo dos anéis de Saturno, conhecida como O Dia em que a Terra Sorriu
Créditos: NASA

Terminou na sexta-feira, 15 de setembro de 2017 às 07h55, horário da costa leste dos Estados Unidos, a missão Cassini em órbita de Saturno. Esse foi o momento em que foi recebido o último sinal da nave que mergulhava na atmosfera do gigantesco planeta, cerca de 45 segundos antes de queimar pela fricção com os gases. Batizado de Grand Finale pela NASA, a manobra bem-sucedida para destruir a nave tinha o objetivo de evitar qualquer risco de contaminação das luas possivelmente habitáveis de Saturno. Embora todos os veículos espaciais lançados a outros mundos sejam esterilizados, sempre existe a possibilidade da presença de alguns micro-organismos, razão pela qual, devido ao esgotamento das reservas de combustível para manobras, decidiu-se pelo final da missão Cassini.

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A Cassini-Huygens, projeto conjunto da NASA, da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Italiana (ASI), foi lançada em 15 de outubro de 1997 por um foguete Titan IVB/Centaur. Após sobrevoos em Vênus em abril de 1998 e julho de 1999, da Terra em agosto de 1999 e de Júpiter em dezembro de 2000, a Cassini chegou a Saturno em 1 de julho de 2004. A sonda de pouso Huygens, batizada em honra ao astrônomo holandês do século XVII Christiaan Huygens, descobridor da lua Titã, pousou nesse mundo em 14 de janeiro de 2005, até hoje o pouso mais distante já realizado por um engenho terrestre. Seus dados comprovaram a existência de lagos, rios e mares de hidrocarbonetos nessa lua e as informações depois descobertas pela Cassini em seus sobrevoos fizeram de Titã um forte candidato a abrigar vida extraterrestre no Sistema Solar.

A Cassini fez descobertas históricas como a primeira nave a orbitar Saturno, como tempestades em sua superfície, correntes de jato de forma hexagonal em seu polo norte, além de luas em meio a seus anéis que movimentam as partículas das quais este é feito. A nave descobriu novas luas, elevando o total para 62, nove delas ainda não batizadas. Possivelmente a maior descoberta da missão foram os gêiseres no polo de Enceladus, realizando depois várias passagens pelo material expelido e comprovando a presença de água e elementos de química orgânica. O estudo das informações ali colhidas pela Cassini permitiu aos cientistas deduzir a existência de um oceano subterrâneo na lua de cerca de 500 km de diâmetro, que se tornou como a vizinha Titã, candidata a abrigar vida alienígena.

crédito: NASA

Última imagem da lua Daphnis, que molda as partículas de um dos anéis

Última imagem da lua Daphnis, que molda as partículas de um dos anéis

PREPARANDO NOVAS MISSÕES PARA BUSCAR VIDA EXTRATERRESTRE

A perda de contato se deveu ao fato de a Cassini não conseguir mais, devido à fricção com a atmosfera saturnina, manter a antena apontada para a Terra. Mas seus instrumentos funcionaram até aquele momento, colhendo dados que serão analisados por muito tempo ainda, e espera-se saber mais a respeito da formação e evolução do planeta, bem como seus processos internos. Mais de 260 cientistas de 17 países trabalharam na missão, além de centenas de engenheiros, incluindo a astrônoma brasileira Rosaly Lopes, funcionária da NASA desde 1991, que na missão Galileu em Júpiter estudou os vulcões da lua Io, e com a Cassini analisou dados das luas Titã e Enceladus. O Grand Finale teve início em 22 de abril último, quando a nave iniciou uma série de órbitas cada vez mais próximas, passando entre Saturno e os anéis. Conforme os cientistas da NASA disseram, a maior parte do que sabemos hoje sobre Saturno foi descoberto pela Cassini. Serão ainda muitos anos estudando as informações de uma das mais espetaculares e bem-sucedidas missões espaciais de todos os tempos, que representou ainda um salto gigantesco na busca por vida fora da Terra.

crédito: NASA

Última imagem que a Cassini tomou de Encéladus, lua candidata a abrigar vida alienígena

Última imagem que a Cassini tomou de Enceladus, lua candidata a abrigar vida alienígena

Visite o site oficial da missão Cassini

Confira o vídeo Visões da Cassini

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Saiba mais:

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crédito: Revista UFO

Guia da Tipologia Extraterrestre

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Há séculos a espécie humana assiste à chegada de estranhos seres geralmente bípedes e semelhantes a nós, que descem de curiosos veículos voadores sem rodas, asas ou qualquer indício de forma de navegação. Quase sempre estas criaturas têm formato humanoide e não raro se parecem com uma pessoa comum, mas com um problema: elas não são daqui, não são da Terra. O que pouca gente sabe é que existem dezenas de tipos deles vindo até nós, alguns com o curioso aspecto de robôs, outros se assemelhando a animais e há até os que se parecem muito com entidades do nosso folclore. O Guia da Tipologia Extraterrestre faz uma ampla catalogação de todos os tipos de entidades já relatadas, classificando-as conforme sua aparência e características físicas diante de suas testemunhas, resultando num esforço inédito para se entender quem são nossos visitantes.

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