Percy Maitland, militar das Forças Armadas britânicas, encontrou-as pela primeira vez em 1927. No entanto, é a moderna ferramenta Google Earth [Originada a partir da pioneira empresa Keyhole, Inc] que tem permitido descobrir com detalhes as complexas estruturas de pedra na Arábia Saudita. Tratam-se de incontáveis áreas com uma base circular e longas linhas de centenas de metros, que alguns arqueólogos já comparam com as famosas Linhas de Nazca, situadas no sul do Peru.
Segundo um artigo da revista New Scientist, o pesquisador da Universidade de Western Austrália (em Perth) David Kennedy, utilizando as imagens por satélite acessíveis no Google Earth, vem conseguido observar milhares de áreas arqueológicas da Arábia Saudita de seu computador.
A ferramenta transformou-se numa das poucas formas de buscar lugares arqueológicos em alguns países do Oriente Médio. Segundo Kennedy, estes países normalmente opõem-se a que pesquisadores e curiosos realizem vôos para encontrar jazidas, depósitos e ruínas.
Exploração a partir do escritório
Kennedy virou um verdadeiro especialista na hora de localizar sítios arqueológicos mediante o uso de imagens captadas por satélite. Ao longo deste ano, identificou em torno de 2.000 deles por toda Arábia Saudita, com estruturas lineares que recordam às de Nazca. Alguns destes locais mostram desenhos similares a rodas, com um diâmetro que vai de 20 aos 70 metros. Os arqueólogos acham que foram traçadas por motivos religiosos.
As peruanas Linhas de Nazca, que foram declaradas Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1994, estão localizadas no deserto do mesmo nome, entre as localidades de Nazca e Palpa (Peru). Os arqueólogos acham que foram obra dos membros da cultura Nazca e estão compostas por centenas de figuras traçadas sobre a superfície terrestre. Do solo não é possivel apreciá-las bem, então para se ter uma visão completa de sua estrutura é necessário vislumbrar do alto.
Atualmente, a visualização geoespacial permite acesso a qualquer lugar do mundo, de modo que cada vez são mais numerosos os arqueólogos que dedicam parte de seu tempo a “exploração” a partir do próprio escritório ou residência. David Thomas, da também australiana Universidade de Melbourne, encontrou 463 locais no Deserto de Registan, no Afeganistão, em 2008.
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