A concorrência chamada de FX-2, para fornecimento de um novo avião de caça para a Força Aérea Brasileira (FAB), teve um final no último 18 de dezembro, quando o governo e o Ministério da Defesa anunciaram que o Saab Gripen NG foi o escolhido. A proposta sueca era a mais barata entre os concorrentes e grande parte das aeronaves serão construídas no Brasil.
Concorriam com o Gripen o norte-americano Boeing F/A-18 Hornet e o francês Dassault Rafale. O processo de escolha de um novo caça para a FAB teve início no governo Fernando Henrique Cardoso, em 2001, na concorrência F-X. Além dos três modelos mencionados, os russos Sukhoi Su-35, Mig-29 e o Eurofighter Typhoon também estavam na disputa, mas o processo foi paralisado em 2003, e cancelado em 2005.
Ainda em 2005 o governo adquiriu 12 Dassault Mirage 2000 para as missões de defesa aérea, já que os veteranos Mirage III foram retirados de serviço. Ao mesmo tempo a Embraer realizou um extenso programa de modernização dos caças F-5 Tiger II para o padrão F-5EM, com equipamentos e aviônicos mais avançados. Recentemente os aviões de ataque A-1 AMX também passaram por um processo de modernização. Os F-5 devem permanecer em serviço até 2025 e o A-1 até 2023. Importante lembrar que os Mirage III e os F-5 foram os protagonistas, na noite de 19 e 20 de maio de 1986, do episódio conhecido como A Noite Oficial dos UFOs no Brasil.
PARTICIPAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO GRIPEN NG
Em 2006 foi lançada a concorrência F-X2, e em 2009 o relatório da FAB que colocava o Gripen em primeiro na preferência da Força, o F/A-18 em segundo e o Rafale em último foi vazado pela imprensa. Porém, como o governo então negociava um amplo acordo com a França, no valor de 20 bilhões de reais para a aquisição de submarinos e helicópteros, foi anunciada a intenção de adquirir o Rafale. Os militares da FAB discordaram da decisão e o governo voltou atrás.
O lobby norte-americano, tendo à frente a ex-embaixadora daquele país no Brasil Donna Hrinak, fez aumentar as chances do F/A-18. A própria Embraert assinou em maio de 2013 um acordo com a Boeing, para que esta empresa realizasse a campanha de vendas do cargueiro KC-390 que a empresa brasileira está desenvolvendo. Contudo, não há ligação contratual com o programa F-X2 e a Embraer anunciou que tem acordos de cooperação assinados com as três empresas finalistas da concorrência.
Com as recentes denúncias de espionagem contra os Estados Unidos e sua Agência Nacional de Segurança (NSA) atingindo vários países, incluindo o Brasil, a posição norte-americana no processo foi prejudicada. Assim, o governo brasileiro finalmente concordou com o posicionamento dos militares da Força Aérea Brasileira e anunciou a vitória da Saab. A versão NG é um aprimoramento das versões de A a D do Gripen, que voa nas forças aéreas da Suécia, República Checa, Hungria e África do Sul desde 1997, com 235 unidades já construídas.
O Gripen NG possui um motor, o General Electric F414G, mais potente, eletrônica de bordo mais avançada e maior capacidade interna de combustível. Além da própria Força Aérea Sueca, a da Suíça também está em vias de comprar o modelo. O contrato a ser assinado prevê a transferência de tecnologia envolvendo a propriedade intelectual do que for transferido, bem como a abertura dos códigos-fontes do sistema de armas, para integração de armamentos. O brigadeiro Juniti Saito, comandante da FAB, afirmou que 80 por cento das aeronaves devem ser construídas no Brasil, que também poderia exportá-las.
Além da própria Embraer, que deve participar do projeto, a Saab está montando uma unidade em São Bernardo do Campo (SP), para produzir peças do Gripen. Devem ser entregues a partir de 2016 36 unidades, sendo 8 delas na versão biplace, de dois lugares. O total de caças pode chegar a 120 aeronaves, e o Gripen deverá substituir o F-5 na função de combate aéreo e o A-1 em ataque ao solo, servindo ainda como interceptador. A Saab, a partir do NG, está desenvolvendo uma versão naval que pode futuramente vir a equipar a Marinha.
Vídeo promocional do Saab Gripen NG
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