Em fotografia obtida pelo telescópio espacial Hubble da NASA em 03 de outubro, o cometa ISON é exibido aparentemente intacto, sem evidências de jatos de gás emanando de seu núcleo. A imagem foi obtida quando o astro já se encontrada no interior da órbita de Marte, e a 285 milhões de km da Terra.
O ISON não oferece a mais remota possibilidade de risco para a Terra, já que na máxima aproximação para com nosso planeta estará a 64 milhões de km de distância. E evidentemente informações passadas por sites sensacionalistas e mistificadores, no sentido de que naves alienígenas acompanham o cometa, são absolutamente falsas.
Alguns astrônomos defendem que o cometa ISON, por suas características e órbita similares ao do Grande Cometa de 1680, pode proporcionar um espetáculo nos céus da Terra similar ao astro do século XVII. Contudo, observações nos últimos meses têm criado dúvidas entre os observadores, e muitos temiam que o ISON se quebrasse até mesmo antes da passagem pelo periélio.
O periélio é o ponto de máxima aproximação do Sol, por onde o cometa passará em 28 de novembro a uma distância de somente 1,2 milhões de km. O ISON pertence à classe de cometas rasantes solares, percorrendo uma órbita parabólica que provavelmente se iniciou na Nuvem de Oort, a cerca de um ano-luz do Sol, há milhares ou poucos milhões de anos. Cometas rasantes solares costumam proporcionar belos espetáculos no céu da Terra.
Monitorando o cometa
Os especialistas do Telescópio Hubble não encontraram qualquer evidência de fragmentos nas imagens recentes do ISON, e seu comunicado vai além: “Além disso, a coma ou cabeça que cerca o núcleo sólido é simétrica e suave. Não seria o caso se fragmentos estivessem se desprendendo. E um jato de poeira observado nas imagens do Hubble tomadas em abril não é mais visível”.
O ISON, descoberto em setembro de 2012 por dois astrônomos russos, está provavelmente realizando sua primeira viagem pelo Sistema Solar interior. Os prognósticos são de que se sobreviver à passagem pelo periélio, poderá proporcionar um belo espetáculo para os observadores na Terra no começo de dezembro. Além disso, análises espectrográficas podem ajudar a determinar de que tipo de material o núcleo é feito.
Já está organizada uma rede de observação do cometa ISON ao redor do mundo, contando com instrumentos em solo e no espaço para analisar o progresso do astro errante. Boa parte das observações acontecerão após o periélio, quando a visão a partir da Terra será mais fácil. O otimismo é grande, pois com um núcleo de tamanho estimado entre 0,2 a 2 km, o cometa parece ser grande o suficiente para não se evaporar diante do calor do Sol. Como o ISON mostra densidade e rotação típicas de um cometa, os astrônomos afirmam que pode resistir também à atração gravitacional da estrela.
Infográfico explicando a passagem do ISON
Vídeo sobre o monitoramento do cometa
Dúvidas cercam aproximação do Cometa ISON
Saiba mais:
Livro: Contato Final: O Dia do Reencontro
DVD: 50 Anos de Exploração Espacial Parte 1
Esta é a primeira parte de uma coleção memorável de documentários que mostram a história da NASA desde sua fundação até seu 50º aniversário, apresentando de forma inédita suas conquistas, as inúmeras dificuldades e tragédias que marcaram sua trajetória e os planos da agência espacial para o futuro da humanidade no cosmos. Confira também os demais títulos da série: Sobrevivendo no Espaço: Desafios à Frente (Parte 2) e O Futuro já Chegou: O Universo nos Espera (Parte 3).