Mês passado, um intrigante e-mail de Nick Júnior Andrew relatou uma presença alienígena no Alasca. Nessa mensagem, um caçador da comunidade de Marshall descreveu seu encontro com um rapaz que foi supostamente raptado por ircenrraat. Os ircenrraat que no singular é ircenrraq e pronunciado irr-hin-hak, fazem parte das tradições e lendas Yup\’ik, que segunda essa lenda são “homenzinhos” que vivem em tundras, quase sempre subterrâneas e que incomodam, desorientam e capturam os seres humanos inocentes. Muitas pessoas zombam dos ircenrraat, que são tachados como apenas uma superstição. Somente aqueles que viveram nos Yup\’ik, há pouco ou muito tempo, tendem a estar mais dispostos a ouvir e falar sobre esse assunto. Os testemunhos são constantes e, muitas vezes, vêm de vários observadores que afirmaram que quando são encontrados ao ar livre, os ircenrraat, muitas vezes acontecem coisas que são difíceis de explicar.
Por exemplo, há algum tempo atrás, durante uma viagem solitária de caiaque no interior de Yukon, eu juro ter ouvido pedras sendo lançadas em minha direção por mãos invisíveis, ao menos parecia isso. Pedras grandes que caíram em seguida na água. Eram estranhas e pouco assustadoras, embora tivessem uma pontaria má, se é que realmente queriam me acertar. A inspeção, ao suposto ponto de origem desse fenômeno, não revelou nada. Não havia nenhum lugar maior que um esconderijo de esquilos. Não posso dizer que tenham sido os ircenrraat, mas também não posso descartar a possibilidade de terem sido eles os causadores do ataque.
As descrições dos “homenzinhos” que nos fornecem os Yup\’ik lembram as histórias difundidas em todas as culturas ao redor do mundo. A cada ano, a comunidade de Twisp, Washington, realiza um congresso sobre esta questão. Apesar de serem poucas as narrativas de avistamentos ou inexplicáveis acontecimentos que culpam os ircenrraat, estas ainda são pouco difundidas fora da região do Alasca Ocidental. Mas a internet ajudou a divulgar os fatos. Entrei em contato com Andrew, em Marshall. A mensagem foi destinada como sendo privada ou da família, e Andrew ficou perplexo ao saber que seu e-mail tinha recebido essa ampla divulgação. Confirmando todos os detalhes do caso, ele me deu permissão de usar o seu nome.
Segundo relato de Andrew, ele estava caçando aves em seu terreno. Naquele dia, 07 de maio de 2008, nevava muito. O local de acordo com ele é pouco distante do povoado, umas três horas de caminhada. Ao preparar para retornar a sua casa, teve um pressentimento que o fez mudar de idéia. “Quando parei, vi um moço totalmente isolado no meio do pântano”, disse Andrew. O rapaz parecia ser de sua aldeia. “Perguntei onde estavam seus pais ou seus amigos de caça e sobre quem era ele e se estava sozinho por ali. Ele tinha medo e chorava muito. Todas as suas respostas eram não sei”. Andrew descreveu o jovem como desorientado, atordoado, confuso, assustado e sem noção do tempo. “Ele não apresentava estar cansado, com fome ou com sede”. Ao que tudo parecia, o jovem tinha tido muita sorte, pois, a região onde ele havia sido encontrado por Andrew era muito freqüentado por ursos pardos que vivem por ali, nas tundras.
Enquanto o caçador o levava para casa, notou que não haviam pegadas na neve que indicassem a chegada de qualquer pessoa que tivesse caminhado por ali. Havia uns 10 caçadores aos redores, mas nenhum deles tinha identificado o rapaz. Após voltar para a aldeia, Andrew deixou ligado seu rádio VHS a noite toda, esperando que algum outro caçador comentasse a notícia de um desaparecimento. Mas nada foi informado. Somente no dia seguinte a história do jovem que foi encontrado pelo caçador veio à tona. Ele sofria de amnésia, igual às pessoas que alegam terem sido seqüestradas por um UFO.”Fui levado para o interior da montanha Pilcher, um lugar associada a encontros de pessoas com ircenrraat. Ali, me submeteram a um interrogatório, junto com outros “homenzinhos “”, declarou o rapaz.
“Ele me disse que podia fazer contato com uma jovem que foi raptada há 40 anos”, disse Andrew. “Ela disse quem era e que queria ajudá-lo”. Depois disso, os ircenrraat decidiram libertar o jovem “e naquele lugar o deixaram, creio que alguns minutos antes que eu o encontrasse”, mas na verdade Andrew tem dúvidas sobre o acontecido. “Estará nos dizendo a verdade esse rapaz?”, deixando a dúvida no ar.