Entre as mais sólidas evidências físicas deixadas pelos discos voadores estão as marcas do seu pouso encontradas no solo e na vegetação, conhecidos como “ninhos de UFOs”. Estes vestígios, geralmente circulares, costumam aparecer como se tivessem sido produzidos pelo peso e movimento rotatório de um objeto voador que sobrevoa a vegetação ou se coloca sobre o chão. Nos casos das marcas de queima em folhagens, colheitas e pastagens, acredita-se que sejam causadas por calor ou “impressas” no solo pelo enorme peso dos objetos, ou ainda proporcionadas por algum tipo de pressão. Estes casos de contatos imediatos de segundo grau (CI-2), na classificação de J. A. Hynek, foram encontrados desde o início da Ufologia mundial, em praticamente todos os países onde existem estudiosos do fenômeno.
Alguns casos são clássicos e merecem ser revistos. Na manhã de 05 de maio de 1964, o fazendeiro Alfred Ernst, de Bernesville, Minnesota (EUA), após a observação de um objeto oval pousado em sua colheita, encontrou uma depressão no local em forma de cratera, de mais ou menos 1 m de diâmetro. Outros quatro orifícios de cerca de 4 cm de diâmetro cada se encontravam a pouco mais de meio metro de distância uns dos outros, formando um quadrado ao redor do orifício central. O lugar estava estranhamente seco e nas margens da depressão havia uma substância branca que as análises indicaram ser alcalina.
Outro caso interessante pertinente aconteceu na manhã de 06 de junho de 1967, no bairro residencial de Aluche, em Madri. Várias testemunhas observaram estupefatas a evolução de um UFO que aterrissou num local próximo, para recomeçar seu vôo alguns segundos mais tarde. Onde pousou, o objeto deixou três marcas do que se acreditava ser seu trem de aterrissagem. Elas estavam separadas entre si por uma distância aproximada de 6 m e suas dimensões eram de 30 por 15 cm cada. Os rastros formavam um estranho desenho com uma espécie de X no meio, que ficou perfeitamente gravado na terra devido ao peso do objeto. Com características como essas, as aterrissagens de UFOs produzem, em certas ocasiões, efeitos surpreendentes nos locais onde ocorrem. Às vezes o calor originado do objeto ali estacionado pode ser tão intenso que materiais como o quartzo chegam a se vitrificar, como ocorrido em 05 de abril de 1975, em Tamajón, província de Guadalajara, também na Espanha.
As testemunhas desta aparição viram sair do objeto pousado uma espécie de fogo. Na inspeção do local da aterrissagem o resultado foi a descoberta de uma série de materiais fundidos a alta temperatura, como se tivessem recebido a energia proveniente de um raio laser. O caso foi estudado na época pelo ufólogo Arturo Gómez Villalba, constatando-se tratar de um dos episódios mais interessantes da Ufologia Contemporânea.
Cronologia dos Ninhos — Muitos outros efeitos misteriosos estão associados a estas estranhas marcas de pouso. Em 1966, por exemplo, um grande ninho circular foi deixado no solo por um disco voador numa região perto de Tully, em Queensland, Austrália. A vegetação amassada e parcialmente queimada nunca se recuperou. Outra queimadura muito intensa, cujo diâmetro media aproximadamente 2 m, foi registrada em 1976, quando uma grande esfera luminosa pousou na região de Scainei, na Romênia. Aparentemente, esses fenômenos acontecem em todo tipo de terreno. Em 22 de abril de 1967, um UFO imprimiu marcas de queimado no asfalto de uma estrada onde foi observado, em Virgínia do Sul, Estados Unidos. E em 1986 uma marca circular de origem não identificada foi documentada sobre um pântano no Japão, após a passagem de uma luz sem identificação, observada por muitos moradores.
A estranheza dos locais escolhidos para pousos de UFOs não pára por aí. Em 25 de dezembro de 1969, um engenheiro espanhol testemunhou a aterrissagem de um objeto incomum em formato de prato, na região de Navarra. Além de deixar sinais no solo, os mesmos pareciam emitir algum tipo de radiação. Já na França, em 1971, a aterrissagem de um objeto não identificado, registrada no dia 02 de novembro, deixou no local um anel luminoso que irradiou uma luz misteriosa durante muito tempo após o incidente. Os casos se avolumam e podemos encontrar descrições semelhantes em praticamente todo o mundo, inclusive no Brasil, onde há mais de 600 pousos documentados pela Ufologia – alguns deles apurados pela Força Aérea Brasileira (FAB), através do Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (SIOANI), fundado pela Aeronáutica em 1969. Um dos maiores especialistas no assunto, em todo o mundo, é o norte-americano Ted Phillips, consultor da Mutual UFO Network (MUFON) e convidado da Revista Ufo a palestrar em suas conferências internacionais, em 2004. Nascido em 20 de janeiro de 1942 e residente até hoje em Sedalia, Missouri.
Evidências Físicas — Phillips já investigou pessoalmente mais de 600 casos de pouso de UFOs, sendo que possui em seu arquivo referências a outras 5 mil ocorrências. Engenheiro civil, o ufólogo trabalhou no Departamento de Rodovias e ficou famoso após realizar pioneiramente análise em marcas encontradas em várias localidades de seu país. Muitas de suas pesquisas foram realizadas ao lado de Hynek, astrofísico que fundou o Center for UFOs Studies (CUFOS) e lançou a primeira classificação de casos de UFOs. Phillips é considerado a maior autoridade no assunto e em 1998 fundou o Center for Physical Trace Research (CPTR), uma entidade voltada à investigação de evidências físicas. O CPTR pode ser conhecido através do site http://www.angelfire.com/mo/cptr/.